As imputações ao ex-presidente do IGCP Alberto Soares da atual ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, ontem, 30-7-2013, na comissão parlamentar de inquérito sobre os swaps nas empresas públicas são gravíssimas e não podem passar sem o competente procedimento judicial. Segundo o Público/Lusa, de 30-7-2013, na reportagem «Maria Luís Albuquerque diz que teve de pressionar para obter informação»:
O papel nuclear do ex-presidente do IGCP Alberto Soares, gestor ligado aos socialistas, já tinha sido posto em evidência neste blogue, no poste «A onda rosa e os cartões submersos», de 23-2-2013. Escrevi, então:
O pior, todavia, o pior, em minha opinião, está nos negócios de venda de dívida pública portuguesa fora de mercado a investidores institucionais e a particulares e as outras operações nos mercados monetários. São esses negócios que têm de ser investigados prioritariamente, no IGCP e no Governo socialista, em paralelo com os swaps mais ou menos especulativos - que ontem, a nova ministra das Finanças, alegou na comissão de inquérito que não resultaram em três mil milhões de euros de prejuízo para o erário público, mas um lucro tangencial!... ainda que eventualmente os juros de dívida pública com esses bancos, para cobrir a sua criação pelos socialistas, de 2005 a 2011, e a espetativa do atual Governo, tenham sido renegociados para cima... - e o referido caso dos cartões rosa (a propósito como está o inquérito no DIAP?!...).
Convém que Maria Luís, que está sob fogo cerrado do Partido Socialista socratino, revele ao povo o que sabe sobre estes negócios para expor a responsabilidade que o povo ainda desconhece.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): As personalidades e entidades, referidas nas notícias dos media, que cito e comento, não são suspeitas ou arguidas do cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade.
«Maria Luís Albuquerque acusou ainda o ex-presidente do IGCP (Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública), Alberto Soares, de bloquear a mudança de estatutos do instituto, garantindo que este não falou verdade sobre a inexistência de contactos com a tutela sobre os swaps.Alberto Soares é assim desmentido por Maria Luís relativamente às declarações que prestou à comissão parlamentar de inquérito dos swaps, em 25-7-2013, onde, segundo o Económico desse dia, afirmou sobre o seu trabalho no IGCP após a tomada de posse do novo Governo PSD-CDS: «Não houve quaisquer orientações sobre a matéria dos swaps, enquanto lá estive».
"Sobre o depoimento do ex-presidente do IGCP , apenas posso expressar o meu espanto pelas suas declarações de que nada foi solicitado ao IGCP em matéria de swaps enquanto exerceu essas funções, isto é, até Março de 2012. O primeiro email enviado ao Doutor Alberto Soares por mim própria data de 31 de agosto de 2011 e segue-se a conversas havidas sobre o tema, em Novembro e Dezembro desse ano, o IGCP produziu duas informações sobre possíveis soluções, que me foram remetidas pelo Doutor Alberto Soares. Nessas, fica de imediato definida a estratégia a seguir, nos termos da recomendação do IGCP", descreveu.
Maria Luís Albuquerque, que responde pela segunda vez perante a comissão parlamentar que investiga a contratação de swaps pelas empresas públicas, explicou que nessa estratégia estava já a alteração dos estatutos do IGCP para lhe conferir mandato e competência para assumir a gestão da carteira de derivados e a contratação do assessor financeiro especializado.
A ministra diz que a 26 de Dezembro de 2011 enviou novo email a Alberto Soares a indicar que este teria de apresentar uma proposta de alteração dos estatutos do IGCP, "deixando claro que já há semanas tinha discutido o tema directamente com a responsável pela área jurídica do IGCP".
Maria Luís Albuquerque diz também que tem na sua posse emails que demonstram "sem margem para dúvida, que o Doutor Alberto Soares não dava andamento ao processo, apesar das insistências". "Dizer que o IGCP não estava envolvido é pura e simplesmente mentira", garantiu a ministra das Finanças.»
O papel nuclear do ex-presidente do IGCP Alberto Soares, gestor ligado aos socialistas, já tinha sido posto em evidência neste blogue, no poste «A onda rosa e os cartões submersos», de 23-2-2013. Escrevi, então:
«O IGCP tem como presidente do seu Conselho Diretivo, desde 2006, o Dr. Alberto Manuel Sarmento Azevedo Soares, um gestor com grande experiência bancária internacional, nomeadamente em Macau (onde esteve de 1984 a 1999) e Administrador da CGD Finance (Cayman Islands) de 2001 a 2006, como se pode ler no seu currículo.
O cartão de pagamentos «Visa Carge Card» foi uma iniciativa do IGCP com o apoio da Unicre. O evento de lançamento do cartão contou com a presença do secretário de Estado Costa Pina e também do ministro Teixeira dos Santos que terá declarado: «o Tesouro não podia fazer outra coisa senão fazer parte desta onda». E o presidente do IGCP, Dr. Alberto Soares, presidente do IGCP, disse à agência Lusa, nesse 3-6-2009, que o objectivo passava «pela emissão de "milhares de cartões" até ao final do ano (...), revelando que serão atribuídos três a quatro cartões para cada um dos serviços públicos».
O pior, todavia, o pior, em minha opinião, está nos negócios de venda de dívida pública portuguesa fora de mercado a investidores institucionais e a particulares e as outras operações nos mercados monetários. São esses negócios que têm de ser investigados prioritariamente, no IGCP e no Governo socialista, em paralelo com os swaps mais ou menos especulativos - que ontem, a nova ministra das Finanças, alegou na comissão de inquérito que não resultaram em três mil milhões de euros de prejuízo para o erário público, mas um lucro tangencial!... ainda que eventualmente os juros de dívida pública com esses bancos, para cobrir a sua criação pelos socialistas, de 2005 a 2011, e a espetativa do atual Governo, tenham sido renegociados para cima... - e o referido caso dos cartões rosa (a propósito como está o inquérito no DIAP?!...).
Convém que Maria Luís, que está sob fogo cerrado do Partido Socialista socratino, revele ao povo o que sabe sobre estes negócios para expor a responsabilidade que o povo ainda desconhece.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): As personalidades e entidades, referidas nas notícias dos media, que cito e comento, não são suspeitas ou arguidas do cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade.