Lembrou-me um amigo que Pedro Passos Coelho disse em 5-11-2010, em Viana do Castelo, que «aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa também têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos e pelas suas acções».
Dezasseis meses depois de estar no Governo a vontade expressa nessa altura continua por cumprir e o anterior primeiro-ministro Sócrates que deixou o País na ruína, absolvido por abstenção e proteção deste governo, num prefácio ontem, 23-10-2012, divulgado do livro do presidente de câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, «Sou político», já se permite gozar com «a lógica da futilidade» e a inação, de quem o poupa.
Nada do programa patriótico que o povo ardentemente desejava foi realizado: nem auditoria geral das contas públicas (só as da Madeira... nem as dos Açores...); nem renegociação a sério das parcerias público-privadas, nem limpeza da administração pública; nem responsabilização criminal da corrupção de Estado durante o socratismo.
Dezasseis meses depois de estar no Governo a vontade expressa nessa altura continua por cumprir e o anterior primeiro-ministro Sócrates que deixou o País na ruína, absolvido por abstenção e proteção deste governo, num prefácio ontem, 23-10-2012, divulgado do livro do presidente de câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, «Sou político», já se permite gozar com «a lógica da futilidade» e a inação, de quem o poupa.
Nada do programa patriótico que o povo ardentemente desejava foi realizado: nem auditoria geral das contas públicas (só as da Madeira... nem as dos Açores...); nem renegociação a sério das parcerias público-privadas, nem limpeza da administração pública; nem responsabilização criminal da corrupção de Estado durante o socratismo.
Quem impediu Pedro Passos Coelho de governar? Quem impediu o chefe do executivo de promover a auditoria geral das contas públicas? Quem impediu o primeiro-ministro de levar à justiça os responsáveis políticos pelos contratos manhosos das parcerias público-privadas e de outros negócios ruinosos para o Estado? Quem impediu o primeiro-ministro de mandar para investigação judicial todos os contratos de parcerias público-privadas? Quem impediu o primeiro-ministro de fornecer ao Ministério Público a relação detalhada das despesas, e de levantamentos, com os cartões de crédito do Tesouro do Estado durante o socratismo? Quem impediu o primeiro-ministro de limpar a administração pública dos dirigentes socratinos? A resposta é ninguém.
Não se queixe, então, quem por conveniência, não quis - nem quer -, a mudança de sistema. O Governo de Passos Coelho foi uma enorme desilusão para a ânsia do povo de correção dos assuntos da Pátria. Num momento em que se discute abertamente a demissão do executivo e a substituição de Passos Coelho por outra personalidade com força, coragem e efetiva responsabilidade, o Governo cai, na prática, no estatuto de governo de gestão, impotente para fazer qualquer coisa, além da tradução parcelar do diktat da troika.
* Imagem picada daqui.