Dois anos antes do Público, em 23-3-2007, e do Expresso, em 31-3-2007 - valha a verdade que o semanário «O Crime» difundiu a minha investigação nessa primavera de 2005. E treze anos - ó reflexo... condicionado!... - antes da admissão da corrupção socratina pelo PS costista, a partir de 24-4-2018, motivada pela necessidade urgente de neutralizar, com uma manobra de diversão preventiva, o impacto previsto da acusação a mais políticos socialistas no inquérito-crime das PPPs rodoviárias pelo DCIAP (Sábado, de 9-5-2018, citada pelo Observador, no mesmo dia), objeto de controlo de danos de através de desinformação (veja-se o Público, de hoje, 11-5-2018).
Mas, parece-me, que António Costa deixa cair o seu amigo, camarada e financiador de campanha diretamente e por intermédio do seu homem de palha Carlos Santos Silva, de quem foi número dois no Governo e com a maior responsabilidade pelo caso SIRESP-Parte II, porque parece estar preocupado que as investigações judiciais e jornalísticas, nem sequer parem nas PPP e, vencido o bloqueio dos editores de confiança, passem à investigação dos casos que o envolvem e que descobri, neste meu blogue em março de 2015:
- O apartamento de cobertura, uma penthouse duplex (T2), no 5.º A (e 6.º) do n.º 105 da Avenida da Liberdade, em Lisboa, onde António Costa viveu, com os seus dois filhos, entre julho de 2012 e novembro de 2014 (quando foi eleito secretário-geral do PS) e regressou a casa em Fontanelas, Sintra, onde vivia sua mulher;
- A conformidade dos valores pagos ao fisco e a manutenção da exclusividade como presidente da CMLisboa enquando auferia um balúrdio (76.250 euros em 2008, 76.250 euros em 2009, 93.750,00 euros em 2012 e 91.875 euros em 2013 - conforme as suas declarações no Tribunal Constitucional, que consultei in loco em 5-3-2015, em que faltava uma declaração) na SIC pela sua participação no programa de debate «Quadratura do círculo», onde esteve de abril de 2008 a novembro de 2014, desproporcionado relativamente às pobres audiências do canal e do programa.
A propósito destes dois dois casos, leiam-se os meus postes:
- «António Costa e a cobertura descoberta», de 6-3-2015;
- «Investigação à penthouse duplex de António Costa», de 18-3-2015;
- «As costas descobertas», de 9-9-2015;
- «Casa-Museu António Costa», de 9-9-2016;
- «O kibutz de António Costa». de 7-1-2018.
Os mais ingénuos acreditam, todavia, que finalmente tudo mudou no que respeita à notícia eplos média portugueses e a investigação da corrupção de Estado. Não é verdade. Podem provar o contrário, explorando a investigação que fiz sobre a penthouse duplex, a remuneração de presidente a tempo inteiro da CMLisboa, em exclusividade, enquanto participava no programa de debate «Quadratura do círculo» e a conformidade fiscal destas absurdas remunerações num programa e canal de fraca audiência.
Notas:
- O meu livro «O dossiê Sócrates», de setembro de 2009, com duas edições, editado em papel (e pdf gratuito) na Lulu, porque a Leya desistiu, à última hora, de o publicar, e comercializado pela Amazon, obteve 23.200 downloads gratuitos até a Lulu deixar de registar) fora o Scribd e a difusão pelos leitores do pdf por mail.
- E deste meu blogue Do Portugal Profundo, num balanço que fiz em 20-4-2008, quando cheguei ao milhão de visitas desde que o criei em 31-8-2003, indiquei também: mais de milhão e meio de páginas consultadas (clicks), cerca de 12 mil visitantes no dia 22-3-2007, em que o Público noticiou a investigação deste blogue sobre o Dossiê Sócrates (o Público-OnLine congratulou-se ter registado o extraordinário número de 22 mil visitantes nesse dia); as 2.282 citações do Technorati; e a subida, nessa altura, à primeira posição do Blogómetro, medidor de frequência dos blogues nacionais. Em 30-8-2009, registava 1.461.156 visitas e 2.188.541 páginas consultadas e 97 454 comentários só no Haloscan (com certos posts a atingir mais de dois mil comentários e um total de 9.912 comentários em Junho de 2007), além daqueles comentários ainda no velho servidor do BlogExtra. Tudo isto, num blogue individual, sem o auto-reload (ou auto-refresh) que multiplica as visitas reais, sem registar as minhas visitas e clicks como autor, sem tácticas SEO (Search Engine Optimization).
- Note-se que o meu trabalho de investigação neste blogue foi reconhecido na crónica «Vergonha» de Helena Matos, de 6-5-2018, e de José Manuel Fernandes «O pior cego é o que não quer ver», de 9-5-2018, ambas no Observador.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): António Luís Santos da Costa, objeto das notícias dos média que comento, não é arguido ou suspeito de qualquer ilegalidade neste caso. Tal como sua mulher, Fernanda Maria Gonçalves Tadeu ou os filhos de ambos, não são suspeitos do cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade neste caso.
A HVF, Otília Violas Ferreira, Edgar Alves Ferreira, Tiago Violas Ferreira, ou outros membros da família Violas, não são suspeitos a prática de qualquer ilegalidade ou irregularidade neste caso.
José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, arguido indiciado, em 24-11-2014, pelos crimes de corrupção ativa por titular de cargo político, de corrupção ativa, de corrupção passiva para acto ilícito, de corrupção passiva para acto lícito, de branqueamento de capitais, de fraude fiscal qualificada e de fraude fiscal (SIC, 26-11-2014), no âmbito da Operação Marquês, goza do direito constitucional à presunção de inocência até ao trânsito em julgado de eventual sentença condenatória.
As outra entidades mencionadas nas notícias dos média, que comento, não são suspeitas de qualquer ilegalidade ou irregularidade nestes casos, ou quando na condição de arguidas, como no processo Marquês ou no processo das PPPs rodoviárias, gozam do direito constitucional à presunção de inocência até ao trânsito em julgado de eventual sentença condenatória.
14 comentários:
Sim, parabéns.
A verdade do seu trabalho não se apaga apesar das tentativas.
Força.
bem haja......
os melhores cumprimentos.
Olá António,
Eu e muitos somos testemunhas do teu intenso trabalho.
Ficam uma vez mais os meus Parabéns pelo empenho patriótico.
Beijinhos
Isabel
Só é pena a tua capitulação no que concerne ao "acordo ortográfico", uma das aldrabices de Sócrates (e Cavaco).
Que nunca lhe doa os dedos no teclado Bem haja
O MFA/partidocracia impôs um regime em que todos são de esquerda.A sociedade civil mudou a abstenção é um exemplo e as medidas extremistas BEPCPPS vao indignando e expulsando o NOVO POVO.Exodo=anos 60.
Bem-haja pelo seu corajoso blogue,que me ajudou a suportar o ditador Socrates. Espero que prossiga a investigação ao tenebroso Costa.
Eu costumava comentar como isabel de Deus. Agora só posto e comento no fb como isabel pecegueiro (apeliido de casada).
Parabéns e obrigada
Que nunca a voz lhe doa!
Mas há mais...Por exemplo,como vamos comprar sucata russa?como se sabe,os negócios com Russos,os políticos levam sempre comissão.O SIRESP,os negócios na Câmara de Lisboa,o caso da SISA da casa,etc...
Bem haja pelo seu trabalho e pela denúncia da corrupção e do maior pantomineiro da nossa história, Sócrates, esse energúmeno que tanto prejudicou o país e todos os portugueses e que só alguém muito bronco ou comprometido com a corrupção e o sistema, não via ou não queria ver!!!
Prof. Balbino, lá pelos seus lados, a malta não gosta de trabalhar.
A Câmara de Santarém registou 13300 dias de ausência por doença dos seus trabalhadores durante o ano de 2017, o que dá uma média de cerca de 18,5 dias de ausência por cada um dos seus 720 funcionários devido a esse motivo específico.
A categoria de assistente operacional, que conta com 389 funcionários, é responsável por 8977 dessas faltas (cerca de 60% do total) e entre a categoria de assistente técnico verificaram-se 3215 faltas (cerca de 20% do total) para um universo de 155 pessoas.
Barreiras Duarte desistiu do doutoramento
"Os deuses devem estar loucos!"
https://www.tsf.pt/politica/interior/jose-socrates-aplaudido-no-congresso-socialista-veja-o-momento-9379657.html
Como é possível que isto aconteça depois de tantos e tão graúdos do PS se terem demarcado publicamente do 44?
HIPÓCRITAS, digo eu!
Prof. Balbino, se não fora o seu trabalho, sacrifícios e incómodos, Portugal viveria até ao presente, na ignorância de factos gravíssimos.
Pela minha parte fico-lhe muito grato por isso.
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