«You don't need a weatherman
To know which way the wind blows.»
Bob Dylan, Subterranean Homesick Blues, 1965
Do Portugal Profundo, previno que, tendo em conta a actual situação sistémica de promiscuidade e dependência e de conformismo, estão perdidos os quatro objectivos da barrela geral do Estado que clamei para a entrada deste Governo PSD-CDS:
- Auditoria geral das contas do Estado e sua publicação.
- Responsabilização judicial dos prevaricadores.
- Substituição dos dirigentes socratinos (e não nomeação de... outras personalidades socratinas para os seus lugares).
- Equilíbrio rápido das contas do Estado.
27 comentários:
estes vao acabar por proteger os anteriores porque sabem que os proximos irao proteger estes. Desiludam-se os que sonham com julgamentos ou condenaçoes da familia socratina ou outros irresponsaveis que por governos ja terao passado.
Em Portugal so ira preso quem nao pagar o IMI de baixo valor, uma coima de baixo valor ao estado ou uma parcela de unidade de conta a algum serviço do tribunal.
Portugal está neste estado e nao há vontade de mudança. Há apenas palhaçada, continuidade e faz de conta
A pequena coima passada principalmente, como não pode deixar de ser, com o capitão no lugar do morto é o que mais continua a contar e pensa-se que é assim que o estado se recompõe. De modo que mostrar serviço é subir muito exageradamente o serviço ao peão e a pequena transgressão, noutras alturas se não desculpável pelo menos objecto de um primeiro aviso. No fundo e até agora nada de novo (e caminhamos a passos largos para o fim dos cem dias de estado de graça). Por este andar os brancos e nulos vão aumentar o campo dos abstencionistas da próxima vez.
Que decepção!
Fala-se hoje na “qualidade da Democracia”, o que só por si traduz um maior ou menor “desvio democrático” da acção dos eleitos para com as expectativas dos seus eleitores. O afunilamento das leis que retiram espaço de participação social aos cidadãos e permitem aos governantes uma gestão politica e social do Estado mais autocrática parece estar na moda nesta Europa do início do século XXI. Estamos longe das preocupações sociais manifestadas pelas democracias europeias do pós guerra. Os governos uniformizam-se. A Europa uniformiza-se. Os cidadãos empobrecem e assistem às limitações de acesso à Saúde, Justiça, Educação e outras funções sociais do estado impostas pelos governos. E nos países onde a corrupção da classe política é maior, os cidadãos sofrem dificuldades acrescidas.
E em paralelo com esta progressiva diminuição de “direitos adquiridos” (benefícios social e historicamente conquistados e como tal plenos de direito) assiste-se à paulatina acumulação de capital, à expansão dos monopólios e ao fortalecimento das oligarquias financeiras. À uniformização económica da Europa decorre paralelamente a sua uniformização política.
A acumulação de capital decorre em paralelo ao retrocesso social.
Esta uniformização politica não distingue os socias democratas dos democratas cristãos na Alemanha, nem os trabalhistas dos conservadores no Reino Unido, nem os populares dos socialistas em Espanha, nem os Prodis dos Berluskonis em Itália, nem os sociais democratas ou os socialistas em Portugal. Todos usam o mesmo figurino político. O figurino imposto pelas oligarquias financeiras europeias e americana de quem são fiéis serventuários.
O cidadão europeu encontra-se encurralado. Como em Portugal, votar no PSD ou votar no PS, votar num qualquer partido de alternância do poder, tem o mesmo significado e consequências. Só difere o discurso das promessas eleitorais.
Recomeçar como Caro Prof ABC?
É tudo farinha do mesmo saco!!!
É fácil....nas próximas legislativas votemos P.C.P. de modo a que este partido seja governo....
Carlos Sousa
Cavaco Silva tambem nao se importa com a baixa qualidade dos governantes. Para ele quaisquer uns servem para governar o pais.
Impõe-se uma reestruturação do funcionamento democrático e ético do País, da Justiça e, desde logo, da magistratura, com a do Ministério Público ora assente em regras interpretadas aleatoriamente por hierarquias insindicadas, por gente que se arroga representante de uma Magistratura de iniciativa e defensora da legalidade, mas amiúde arredia, inclusive internamente, de critérios de justiça. Não se trata apenas do PGR, mas de hierarquias intermédias, de PGA Distritais a Procuradores Coordenadores. Hierarquia esta assente em regras de cooptação nos inner circle perpetuados e na confiança pessoal. Talvez esta Ministra consiga impôr a esta gente a autonomia interna que impeça um funcionamento autocrático, impedindo escolhas de magistrados para processos específicos, transferências forçadas de magistrados, colocação de "eleitos" evitando a via sacra dos comuns, isto ao arrepio do CSMP e à margem dos movimentos e, por vezes, até nas vésperas destes. Estaremos, então, atentos...
Nas eleições passadas estiveram presentes 17 partidos.
Ao todos existiam 15 alternativas.
O povo enganou-se, foi enganado, ou tem razão e estes eram os menos maus?
Veremos nos proximos 4 anos.
Não havia alternativa ao PSD/CDS. A alternativa seria a continuação da pior corja desde Vasco Gonçalves: Sócrates, Sargeta, Vieira da Silva e tutti quanti.
Contudo, achamos ingénuos aqueles que pensavam que o PSD/CDS iriam mandar abaixo o Noronha, o Pinto Monteiro, o Madelino, a Candidinha e todos os aparelhistas unidos.
Aliás, basta ouvir a homilia dominical do Bispo Marcelo, um dos mais relevantes defensores do polvo, para perceber que jamais seria possível a verdadeira mudança. Nem Marcelo Caetano o fez. Nem Cavaco Silva o fará.
A mudança vai-se dar por via do corte do financiamento internacional. Portugal após a perda do Império Colonial em 1975, teve 2 intervenções do FMI, em 1978 e 1983. Após 1985, Portugal finalmente arranjou um Mecenas alternativo ao saque secular das Colónias, chamado União Europeia. Estes cansaram-se, sobretudo depois da Alemanha perceber que é melhor investir a Leste do que nos sonolentos do Mediaterrâneo.
Dito isto, Portugal vai gripar. Está a gripar, por falta de gasolina, isto é, de dinheiro. Sem dinheiro, os Oliveiras Martins, os Marcelos, os Júdices, os Cavacos, não sobrevivem. Nunca foram capazes de produzir nada, a não ser conversa da treta.
A mudança será abrupta. Aliás, o próprio pacheco já o vai dizendo. A Europa, como modelo, acabou, e poucos se apercebem disso.
Não vale a pena começar a trabalhar na mudança pois esta aparecerá naturalmente.
Nós estamos preparados para o combate. Apenas falta saber se a mudança será muito radical ou apenas radical.
Caro Anónimo das 23:30
Eu, como já a maioria dos portugueses, votei na outra alternativa: A ABSTENÇÃO. Já somos a maioria mas não ainda suficiente para o pessoal acordar. Tenho esperança que acorde o mais tardar quando descobrir que o voto de, vamos lá, 10% dos portugueses é suficiente para legitimar uma MAIORIA parlamentar que suporte um Governo. Isso na prática será possivel quando a percentagem da abstenção fôr da ordem dos 75%. Já estivemos mais longe e tudo nos diz que vamos lá chegar.
Os partidos só querem ter acesso à manjedoura farta do estado. Até quando, só depende dos tugas, mas retardados como são, não acredito em mudança de regime.
Não havendo um contra-poder que meta miúfa, à cáfila politica não haverá alternativa ao saque perpetuado por estes trastes. Só outras FP25 de abril, umas bojardas e mijavam-se pelas pernas abaixo...
atentem em mais esta. Noticia do José da "portadaloja". De cabo de esquadra.
Impõem-se medidas energicas...Não sei quais! Vocês sabem lá!!!
Faltou a ligação:
http://portadaloja.blogspot.com/
Hoje, Camilo Lourenço na M80, falava, em resposta a uma pergunta de um ouvinte, que a fuga de capitais é imensa, sobretudo dos que têm mais de 100.000 euros (o tal limite garantido por depósito), e são muitos os que aí se enquadram.
Vamos ficar nós, em conjunto com 2 cirjas: os políticos tesos que não arranjam emprego em lado nenhum e os muito ricos, que não conseguem vender os supermercados e os centros comerciais.
É a vida!
E que tal trabalhar, também, para partir a dependência e denunciar a promiscuidade na Madeira?
Madeira e na quinta do sr César,não?!
24/7 @21:11
Karocha
Essa devia pagar "Direitos de Autor"! (estou a brincar).
Por diversas vezes, ao longo dos últimos anos tenho lembrado, aqui e noutros lugares, a grande verdade que se encerra na expressão bem portuguesa que citou.
O Povo já passou por muitas e parece não aprender.
Sobretudo os mais novos, por vezes, só perante as evidências é que reconhecem as verdades que se encerram nos ditos populares, cheios de sabedoria.
Ainda há poucas semanas passava por aqui uma eufórica onda de optimismo vitorioso.
Entretanto, alguém aqui escrevia que uns e outros não estão para resolver os problemas do Povo mas sim para obedecer a vontades supra nacionais que, destituidas de quaisquer sentimentos, apenas cuidam no seu poder e no seu lucro.
Já deu para perceber que assim vai ser.
Parece-me que em breves semanas, por aqui passará já não uma onda de pessimismo, mas o espírito da Revolta, porque:
É TUDO FARINHA DO MESMO SACO.
É TUDO VINHO DA MESMA PIPA.
SÃO TODOS TRAMBOLHOS DA MESMA GATA.
É TUDO PÊLO DO MESMO CÃO.
TAMBOR UM, CAIXA D'ARRUFO O OUTRO.
E para já são as que me ocorrem.
Alguém conhece mais?
:-) Caro Anónimo!
Mas, também não são as manifestações da geração à rasca, que resolvem.
A evolução da socialdemocracia a partir dos fins dos anos 50 foi nitidamente esta: a conciliação dos valores liberais fundamentais com um regime económico que rejeita o capitalismo liberal. Para que as liberdades sejam desenvolvidas e se dê satisfação à justiça social a social-democracia rejeitou, e bem, o capitalismo liberal e enveredou por outras formas económicas em que é mais importante uma política de preços de rendimentos, de salários, de justa distribuição de rendimentos, de participação dos trabalhadores nas empresas e nas próprias decisões conjunturais do que propriamente da propriedade dos meios de produção.
Numa social-democracia, o que é característico é o apoio dos trabalhadores industrializados: e esse apoio é tanto mais significativo quanto mais o País estiver industrializado. As sociais-democracias do Norte da Europa, por exemplo, nasceram com o apoio dos operários da indústria, mas também de agricultores, de pescadores e de pequenos comerciantes, tal como no nosso país. A nossa base social de apoio é tipicamente social-democrata. O nosso programa é um programa social democrático avançado, em relação, por exemplo, ao programa do S.P.D. alemão - e, portanto, isto afasta qualquer deturpação que se queira fazer no sentido de nos apresentar como partido liberal ou democrata-cristão, o que são puras especulações tendenciosas que não têm qualquer base.
É que a social-democracia, que defendemos, tem tradições antigas em Portugal. Desde Oliveira Martins a António Sérgio. É a via das reformas pacíficas, eficazes, a caminho duma sociedade livre igualitária e justa. Social-democracia que assegura sempre o respeito pleno das liberdades.
Francisco Sá Carneiro
Carlos Sério
Foi o Sá Carneiro que escreveu?
Senhor Carlos Sério
Obrigado pela transcrição do texto.
A meu ver,o pensamento de Francisco Sá Carneiro morreu com ele, no fatídico Camarate.
Para nosso mal.
Depois vieram os vende-pátrias e, por isso estamos como estamos:
Incultos, alienados, sebastianistas, acobardados, encurralados, pedintes de mão estendida, a caminho da escravidão, cá e lá fora.
Agora, onde param os fanfarrões do "MEU PRIMEIRO PRIMEIRO DE MAIO"?
De punho erguido a chamar fascista e ladrão ao Doutor Oliveira Salazar!
Este morreu pobre e deixou um País rico, ao contrário daqueles que vão morrer ricos e deixam um País pobre.
Escroques.
Tem toda a razão Caro Anónimo
Estamos no Sec.XXI e temos que ir em frente!
Sempre, "deixa-me rir".
O problema desde 2008, não é o liberalismo ou o ultra-liberalismo ou outras paroladas criadas por intelectuais de café.
O problema reside no tráfico de influências que existe, existiu e existirá entre o Kapital e quem detem o chamado poder democrático. O Kapital percebeu há muito, que nas sociedades ocidentais, o Estado, o tal órgão que é democrático, controla a maior parte do dinheiro que se movimenta. E a partir daí, há que controlar o Estado. Pois!
Há capitalismo de Estado, mais evidente como na China ou na Rússia, mas mais indecente, como o Sócretino. Mesmo nos EUA, há um conluio evidente entre as empresas fabricantes de armas e o Pentágono, ou entre as farmacêuticas e os órgãos de regulação.
É preciso falar cá no Regulador, que dá pelo nome de Banco de Portugal? Quantos foram parar à cadeia apesar dos mega-assaltos realizados nos últimos anos, naquele sector? Um ou dois. O Oliveira e Costa, por uns meses. E mais quem?
O problema não é o liberalismo. O problema é não haver Justiça. A Justiça não funciona. Nos EUA meteram o Maddoff na cadeia por 150 anos. E pouco mais. De vez em quando, lá julgam mais uns quantos. Ou a cadência de cadeia aumenta, ou o capitalismo morre. Mas, não há alternativa de vida ao capitalismo. Voltamos à Idade da Pedra. A não ser que se acredite na tontice da Esquerda intelectual de café!
Já agora, a Democracia é pouco democrática. A vetusta Grã-Bretanha entregou 40% dos seus media ao Senhor Murdoch. O PM de serviço é sempre quem o Sr. Murdoch quer.
Limpem as mãos à parede com estas democracias do Balsemão!
Liga-se o rádio, vê-se a televisão e é tudo sem gosto de se ver, nada de jeito que valha a pena. Hoje, porém, passou mais um trecho dos Mistérios de Lisboa e deu para limpar os sentidos. Oxalá fique só o canal 2 no estado.
Completamente de acordo.
A entrada soft de PPC (com algumas traições inacreditáveis, como a nomeação recente de Braga de Macedo, como se quisesse acabar com a coligação), a manutenção de lacaios socratinos--sei alguns casos vergonhosos, a recusa em chamar DESVIO COLOSSAL ao desviuo de 2, 3 mil milhões (o PS vai dizer que estava tudo bem qdo saiu...), e mais as quatro razões muito bem apontadas no post fazem destes dias iniciais um murro no estômago da verdadeira regeneração do País.
Karocha, são mesmo palavras de Francisco Sá Carneiro
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