segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Engenharia (as)social


A relação de fraquezas mudou na Assembleia da República e passaram, em 20-11-2015, na generalidade, os projetos de lei do PS, do Bloco de Esquerda, do PC e do PAN, sobre adoção de crianças por casais do mesmo sexo, de alargamento da inseminação artificial a todas as mulheres independentemente da infertilidade e do seu estado civil, e permissão de barrigas de aluguer (sob o eufemismo de «maternidade de substituição»).Não foi possível replicar o esforço vitorioso do verão de 2013, quanto se conseguiu conter o projeto de lei da coadoção de crianças por casais homossexuais. Note-se que 19 deputados do PSD - cujos nomes em breve aqui exporemos para quem votou neles saber - votaram a favor dos vários projetos de lei, inclusivé dos verdes-melancia. Dois deputados do CDS e dois do PSD abstiveram-se. Os votos de cada projeto de lei foram os seguintes.

Assembleia da República - Votação na generalidade, na sessão plenária de 20-11-2015. 
Projeto de Lei n.º 2/XIII/1.ª (BE) - Eliminação da impossibilidade legal de adoção por casais do mesmo sexo. Primeira alteração à Lei n.º 9/2010, de 31 de maio e segunda alteração à Lei n.º 7/2001, de 11 de maio;
Favor – PS, BE, PCP, PEV, PAN e 19 Deputados do PSD;
Contra – PSD e CDS-PP;
Abstenção – 1 Deputado do PSD e 1 Deputado do PS.
Aprovado.
Baixa à 1.ª Comissão. 
Projeto de Lei n.º 5/XIII/1.ª (PS) - Elimina as discriminações no acesso à adoção, apadrinhamento civil e demais relações jurídicas familiares, procedendo à segunda alteração à Lei n.º 7/2001, de 11 de maio, e à primeira alteração à Lei n.º 9/2010, de 31 de maio;
Favor – PS, BE, PCP, PEV, PAN e 19 Deputados do PSD;
Contra – PSD e CDS-PP;
Abstenção – 2 Deputados do PSD, 1 Deputado do PS e 2 Deputados do CDS-PP.
Aprovado,
Baixa à 1.ª Comissão.  
Projeto de Lei n.º 11/XIII/1.ª (PEV) - Alarga as famílias com capacidade de adoção, alterando a Lei n.º 9/2010, de 31 de maio, e a Lei n.º 7/2001, de 11 de maio:
Favor – PS, BE, PCP, PEV, PAN e 19 Deputados do PSD;
Contra – PSD e CDS-PP;
Abstenção – 1 Deputado do PSD e 1 Deputado do PS.
Aprovado.
Baixa à 1.ª Comissão. 
Projeto de Lei n.º 28/XIII/1.ª (PAN) - Assegura a igualdade de direitos no acesso à adoção e apadrinhamento civil por casais do mesmo sexo, procedendo à segunda alteração à Lei n.º 7/2001, de 11 de maio, e à primeira alteração à Lei n.º 9/2010, de 31 de maio:
Favor – PS, BE, PCP, PEV, PAN e 19 Deputados do PSD
Contra – PSD e CDS-PP
Abstenção – 1 Deputado do PSD e 1 Deputado do PS.
Aprovado.
Baixa à 1.ª Comissão. 
Projeto de Lei n.º 31/XIII/1.ª (BE) - Altera o Código do Registo Civil, tendo em conta a adoção, a Procriação Medicamente Assistida e o apadrinhamento civil por casais do mesmo sexo:
Favor – PS, BE, PCP, PEV, PAN e 15 Deputados do PSD;
Contra – PSD e CDS-PP;
Abstenção – 1 Deputado do PSD e 1 Deputada do PS.
Aprovado.
Baixa à 1.ª Comissão.

* Imagem picada daqui

sábado, 21 de novembro de 2015

O retorno do segundo cavaleiro



«Et cum aperuisset sigillum secundum, audivi secundum animal dicens: “ Veni ”. Et exivit alius equus rufus; et, qui sedebat super illum, datum est ei, ut sumeret pacem de terra, et ut invicem se interficiant; et datus est illi gladius magnus.»



Mais armas, recursos, tropas, abastecimentos...  Aí vem a Guerra, montada no seu cavalo vermelho, desembainhando a espada. A consequência do esgotamento do predomínio ideológico, mediático e elitista, segregacionista da esquerda radical e da sua agenda de nihilismo, relativismo e construtivismo (as)social, do relativismo. Delírio utópico de criação terrena e pagã, no na Europa e na América, de um Homem Novo, cujo óbvio falhanço vai determinar o regresso à natureza cultural do povo, inversão de políticas (policial, penal, imigração, fronteiras, armamento), sacrifício social, economia de guerra.

Neste novo capítulo da história, será inevitável, no médio prazo, o restabelecimento do Serviço Militar Obrigatório (SMO), no nosso País, por esse continente fora e não apenas em França. A causa: o agravamento da situação na III Guerra Mundial em curso, desde 2001, contra o islamismo bélico, agora de novo, no teatro de operações europeu, por efeito da irresponsabilidade multicultural segregadora. Note-se que a França teve de recorrer ao patrulhamento do Exército após os atentados de Paris. O eleitoralismo demagógico passava até agora  ideia de que existia somente um conflito longínquo, onde Portugal tinha um pelotão da GNR, para imposição de paz. Uma falácia dentro de outra.

O combate ao islamismo bélico não pode continuar a ser a guerra do Solnado. Essa farsa acabou. Chegou o tempo duro da realidade. Uma realidade que implica a defesa miliar e policial e o combate cultural de exposição da desumanidade do Islamismo.



sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Sem penas!


ABC (2015).Natureza morta - Três garrafas de vinho num envelope com fita-cola.


É indispensável ler o artigo sobre o processo da Operação Marquês, na revista Visão, de 16-11-2015, «Os códigos de Sócrates: garrafas de vinho em envelopes e uma mãe "depenadinha"». Cito um excerto:
«À exceção de Sandra Santos, a amiga da Suíça que pede diretamente dois ou três mil euros quer a Sócrates quer a Santos Silva, todos os que estariam próximos do ex-primeiro-ministro seriam especialistas em pedir "fotocópias", "fotocópias mais miúdas", "documentos", "aquilo", "a coisa", "aquilo de que gosto muito", "o mesmo que da outra vez", "os apontamentos", os "livros do Duda [diminutivo de um dos filhos de Sócrates]". Sandra Santos, a amiga de Sócrates que vivia na Suíça, era descrita pelos amigos como "o senhor s". Nas conversas entre Santos Silva e a mulher, Sócrates seria "o outro" e quando o empresário ia ou vinha da casa do ex-primeiro-ministro as expressões seriam "estou a ir para o Marquês" ou "estou a vir do Marquês". Uma das conversas cifradas que mais terá divertido os investigadores terá sido uma em que Sócrates pedirá a uma amiga chamada Célia para pedir "ao amigo" se não lhe arranjava três ou quatro garrafas de vinho, que ela deveria entregar à empregada da mãe de Sócrates, acondicionadas num envelope com fita-cola.Também a mãe de Sócrates terá sido apanhada como uma das protagonistas destes momentos, ligando ao filho para dizer que estaria "depenadinha". Como o ex-primeiro-ministro não terá percebido à primeira, Adelaide Monteiro terá insistido: "Sem penas, estás a perceber?"»

Estamos, sim, estamos a perceber... Aliás, já tínhamos percebido. Aqui, nunca tivemos dúvidas.

Limitação de responsabilidade (disclaimer): José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, arguido indiciado, em 24-11-2014, pelos crimes de corrupção ativa por titular de cargo político, de corrupção ativa, de corrupção passiva para acto ilícito, de corrupção passiva para acto lícito, de branqueamento de capitais, de fraude fiscal qualificada e de fraude fiscal (SIC, 26-11-2014) no âmbito da Operação Marquês, goza do direito constitucional à presunção de inocência até ao trânsito em julgado de eventual sentença condenatória.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

No-Shave November



No-Shave November é uma interessante campanha mundial para aumentar a notoriedade do cancro nos homens e recolher donativos para a sua divulgação, prevenção, pesquisa e tratamento. Uma resposta ao laço cor-de-rosa que apela ao rastreio do cancro da mama nas mulheres.

Nós, homens, somos avessos a rastreios médicos - porque somos mais medrosos do que as mulheres - evitando fazê-los, segundo a ideia patética de que só estamos doentes quando uma análise o comprovar: ora, se não fizermos análises, nunca estaremos doentes... Por isso, é fundamental aumentar a notoriedade da necessidade rastreio regular dos vários tipos de cancro que afetam os homens. Põe as barbas de molho!

Para participar na campanha basta começar por fazer o rastreio periódico, não desfazer a barba durante o mês de novembro para chamar a a atenção para a campanha, através do passa-palavra («Agora andas de barba? No-Shave November...») e doar o equivalente ao valor das lâminas de barba poupadas (eventualmente, com mais um pouco...) para organizações de combate ao cancro. A causa vale o sacrifício.

Propus, em 10-11-2015 à Fundação Champalimaud, escrevendo à sua presidente Dra. Leonor Beleza, que participasse nesta campanha, como meio adicional de recolha de fundos e de divulgação da necessidade de rastreio do cancro nos homens. Pareceu-me que os donativos de quem participasse nesta campanha não deveriam ir apenas para organizações estrangeiras. Mas não obtive resposta até agora. Havia telefonado no dia anterior,em 9-11-2015, para a Fundação Champalimaud para deixar a sugestão. Recusaram passar à secretária da presidente ou à secção de eventos, e não aceitaram ficar nem com a minha sugestão nem com o meu contacto telefónico, insistindo que deveria enviar um mail. Foi o que fiz no dia seguinte. O sítio da Fundação Champalimaud não tem na página inicial um botão para donativos (nem o Ipatimup...), nem indicação de como o fazer, com número de conta bancária para esse fim. Em contraste, veja-se o sítio da American Cancer Society, com o botão e hyperlink de donativos e uma janela pop-up logo na entrada). Por causa de outro projeto contactei há meses com uma universidade estrangeira, patrocinada por grandes mecenas internacionais com património de largos milhares de milhões de euros, onde a gravação de entrada telefónica diz: «... to fund raising, press 6»... Ou seja, a recolha de fundos no caso destas instituições estrangeiras é prioritária, apesar da abundância de financiamento e da projeção das suas atividades. Em qualquer caso, com resposta ou sem ela, tentarei saber o número de conta bancária da Fundação Champalimaud para fazer o donativo correspondente.

Existe também uma campanha mais light, virada para o bigode - Movember, porte-manteau de November e Moustache, bigode - e dirigida ao cancro e ao exercício físico.

sábado, 14 de novembro de 2015

Je suis parisien!


ABC (2009). Monumento a Marcantonio Bragadin.
Basilica di San Zanipolo, Venezia
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O ataque militar a Paris, que foi lançado pelo Estado islâmico da Síria e do Iraque, na noite de 13 de novembro de 2015, sexta-feira, com cinco operações de comandos, que deixaram 122 mortos (além dos sete autores) e 352 feridos (99 dos quais em estado grave), constituem uma ação coordenada de guerra. Tal como no 11 de setembro de 2001, em New York (2996 mortos e mais de 6 mil feridos), ou no 11-M de 2004 em Madrid (193 mortos e 1858 feridos) - este ainda por desvendar publicamente na sua totalidade e enquadramento), não se podem considerar apenas atentados terroristas porque têm um âmbito, um alcance e um planeamento, que não são possíveis a uma célula de uma organização paramilitar.

É mais um ato de uma guerra político-religiosa do Islão contra o resto do mundo - cristãos, judeus, hindus, ateus... - que já vem pelo menos desde 2001 e que se desenrola em todo o mundo. Uma guerra que excede as bloody borders do Islão (que Samuel Huntington expôs, em 1993). Uma guerra para justificar a culpa dos outros países pelo atraso cultural e tecnológico, um combate para impor a supremacia de um rito sobre os outros (sunitas conta chiitas e vice-versa) e um levantar de armas para manter a opressão desumana das mulheres no cinturão muçulmano que aperta o globo - ver Bernard Lewis, The roots of muslim rage, The Atlantic, setembro de 1990.

A culpa deste massacre de gente inocente e desarmada é dos autores da ação militar, dos seus mandantes e dos que os apoiam. Mas há também uma responsabilidade que tem de ser politicamente imputada a quem apoiou e armou o levantamento islâmico na Líbia e na Síria. Assaca-se a George W. Bush a guerra do Iraque, mas não se assaca a Obama a desestabilização da Líbia e da Síria... Talvez, a ideia mais perigosa seja a neutralização dos valores que o multiculturalismo radical prega. O relativismo de que não se pode condenar a mutilação genital feminina, a pancada nas mulheres, a perseguição dos outros credos, o totalitarismo religioso, o nihilismo que recusa os valores próprios de um País e que os enterra ao mesmo tempo que admite a igualdade de valores desumanos noutros grupos. Quanto mais o resto do mundo abaixa as calças, mais se notam as vergonhas expostas, menos respeito o Islão bélico nos tem. Ao mesmo tempo importa manter a coesão social das nossas comunidades, integrando os muçulmanos de boa vontade nos costumes e leis dos nossos Estados em vez de criarmos guetos sociais e culturais.

Ao aceitar o oxímoro do «Islão moderado», uma religião que ainda não procedeu à exegese humanitária, com suavização da doutrina literal, e a relativizar a ameaça e as ações bélicas, o resto do mundo está a abdicar do combate político-mediático necessário à contenção do fundamentalismo. Esse combate cultural não é menos importante do que o empreendido desde a II Guerra Mundial contra o comunismo soviético, pelos EUA e seus aliados. O problema é que se tornou politicamente incorreto fazê-lo, especialmente os EUA, um país onde paradoxalmente apenas 2,8 milhões de pessoas (0,9% da população) são muçulmanas - em França, eram cerca de 4,15 milhões no ano de 1999. O aviso do Papa Bento XVI, na sua lição na Universidade de Regensburg, em 12-9-2006, sobre o perigo do Islão combatente, citando o imperador bizantino Manuel II Paleólogo durante o cerco de Constantinopla, entre 1394 e 1402:
«Mostra-me também o que trouxe de novo Maomé, e encontrarás apenas coisas más e desumanas tais como a sua norma de propagar, através da espada, a fé que pregava».

A ingenuidade perante a progressiva invasão islâmica da Europa, o crescimento da população islâmica devido à natalidade bastante mais alta dos imigrantes magrebinos e árabes, e dos seus descendentes, o exemplo do Kosovo que os sérvios perderam por razões demográficas (menos de 1% de muçulmanos no séc. XVI que cresceram até 77% em 1981), e com esta última vaga de refugiados de guerra, sírios, iraquianos, afegãos, eritreus e sudaneses, deve fazer reagir os Estados europeus relativamente à sua política de fronteiras abertas, em vez da imposição de quotas de imigração que salvaguarda a variedade de proveniências, vistos de visita, e repressão das redes de imigração ilegal. A política mudou agora? Já tinha mudado com os massacres horrendos do ISIS, mas a cor diferente da pele dos cristãos sírios não suscitava tanta preocupação social... E todavia existem milícias cristãs a combater na Síria e no Iraque, inclusivé mulheres, que não fugiram e que continuam a defender as suas comunidades.

Com desculpa da imodéstia de me citar, relembro o que aqui escrevi em 1-11-2010:

«Marcantonio Bragadin, capitão-general de Famagusta e provedor-geral do Reino de Chipre, que foi esfolado vivo pelos turcos de Lala Cara Mustafá Paxá, em Agosto de 1571. Retardado o socorro do reduto da Sereníssima República de Veneza em Chipre às forças do sultão Selim II - 6 mil venezianos contra 200 mil turcos -, enquanto se negociava e organizava a armada da Santa Liga, que sairia vitoriosa dos turcos na batalha naval de Lepanto em 7 de Outubro de 1571, Famagusta capitulava. Todavia, vendendo cara a derrota, como Bragadin prometera a Mustafá Pachá quando rejeitou render-se, respondendo ao comandante turco com a seguinte carta: 
«Senhor da Caramania Vi a sua carta. Também recebi a cabeça do senhor lugar-tenente de Nicosia [Niccolò Dandolo] e digo-lhe aqui que ainda que tenha tomado tão facilmente a cidade de Nicosia, terá de comprar com o seu próprio sangue esta cidade, que com a ajuda de Deus lhe dará tanto que fazer que se arrependerá doravante ter aqui acampado. De Famagusta, 10 de Setembro.»
(Tradução minha da tradução em inglês, publicada em SETTON, Kenneth M., The Papacy and the Levant (1204-1571), Vol. IV - The sixteenth century from Julius III to Pius V, Philadelphia, The American Philosophical Society, 1984, p. 996). 
Em 31 de Julho de 1571, após onze meses de cerco e bombardeamento pela artilharia turca, Bragadin, com munições para apenas mais um dia de combate, rendeu-se finalmente, após conselho de notáveis e mediante promessa de Mustafá Paxá de poupar as vidas dos seiscentos militares e civis que restavam na fortaleza. Uma promessa que o general turco não cumpriu. Bragadin foi imediatamente decepado das orelhas e, após dias de tortura, durante a qual recusou converter-se ao Islamismo, foi esfolado vivo, sendo a sua pele, recheada de palha e cosida, enviada para Constantinopla como troféu ao sultão. Recuperada em 1680, a pele, com o perfume da alma dentro, repousa agora num mausoléu incrustrado na parede da nave direita da Basilica di San Zanipolo (Basílica de São João e São Paulo) em Veneza.
Na peça «The Life and Death of Julies Caesar», Shakespeare, na aurora desse século XVII, sintetizava a vantagem da bravura sobre a tragédia da cobardia: «Cowards die many times before their deaths; The valiant never taste of death but once». São Paulo (I Coríntios 15:55) já havia firmado essa glória na Bíblia: "Ó morte, onde está agora a tua vitória?"».

Convém que não morramos, antes de morrer. Porque a nossa primeira morte é moral. A essa cobardia segue-se a outra. Morre quem perde a vontade de combater. Não podemos ignorar, nem recuar. Importa proteger a humanidade do fanatismo do Islão belicista. Um shahid não é um mártir: é um assassino. A jîhad ofensiva constitui um genocídio.

Deus abençoe os inocentes mortos e feridos em Paris e as suas famílias!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A seleção da indignação




Mais além!... Revolução! Terror... Agora! «Governo revolucionário já!», como em 1975.

A perseguição seletiva da esquerda burguesa político-mediática é uma patologia genética.

As trombetas da esquerda radical reclamam e têm de ser atendidas, sob pena de dissolução do País. Deve ser ostracizado do espaço público, o ministro Calvão da Silva porque usou, em 2-11-2015, a banida palavra "Deus" na visita de conforto a Albufeira a seguir às cheias. E também o Prof. Pedro Arroja por ter salientado a estridência desagradável das líderes do Bloco de Esquerda. Tal como já tinha sido expulsa dos média a presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet, em novembro de 2012, por ter chamado a atenção das famílias para a necessidade de poupança.

Essa indignação só tem um sentido. Não respeita ao conteúdo, mas ao exercício da liberdade de expressão que contrarie a ditadura do politicamente correto. A indignação que José Pacheco Pereira manifestou na Quadratura do Círculo, da SIC, em 5-11-2015, contra o Hélder Ferreira, do Insurgente, por causa do poste «Les misérables» não a teve contra o editorial da Luta Popular, de 11-10-2015, do seu ex-camarada Arnaldo de Matos... Nem o líder da CGTP, Arménio Carlos, em 26-1-2013, teve problema de maior quando teve uma tirada racista, chamando «escurinho» ao etíope Abebe Selassié, enviado a Portugal do FMI que nos pagava as contas...

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O MES


Mural do MES, Alcântara, Lisboa.


Flashback! O amanhã canta de novo! Hoje!... PREC sempre!...

O PS já não é um partido da social-democracia europeia, reformista. Muito menos o do capitalismo de Estado de Sócrates. Todavia, não menos corrupto, radical e totalitário. Agora é um partido dominado pela dupla Ferro Rodrigues/Vieira da Silva, da qual António Costa é apenas um peão bamboleante. Um partido federador das esquerdas, de ideologia marxista e de prática revolucionária,  Um novo/velho movimento de esquerda socialista (MES)...

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Os (des)acordos subterrâneos do PS com o PC e com o Bloco




Muita agitação revolucionária, muita alienação... A primeira vez, em 1975, foi uma tragédia, desta vez, para utilizar a exegese da História que Marx fez no seu opúsculo «O 18 de Brumário de Luís Bonaparte», de 1852, será, se tivermos sorte, uma farsa.

Foram ontem, 10-11-2015, assinados num subterrâneo da Assembleia da República, num gabinete à porta fechada, sem câmaras de televisão nem jornalistas, três (des)acordos separados de Governo do PS com o PC, com o seu partido fantoche «Os Verdes», e com o Bloco de Esquerda. Os únicos registos da assinatura foram feitos e divulgados pelo PS, no seu sítio da internet. A hora e o local da assinatura, num piso subterrâneo de um edifício anexo do Parlamento (o chamado edifício novo), foram mantidos secretos. Posteriormente, foram distribuídas aos jornalistas cópias dos textos assinados com o PC (e com «Os Verdes»...) e com o Bloco de Esquerda.

Escrevo (des)acordos de Governo porque os textos indicam os pontos em que estas forças concordam e, de forma inédita, os pontos em que concordam em discordar!... Assim, menos do que acordos, são desacordos de Governo, na linha da já célebre frase de António Costa, na quinta-feira, dia 5-11-2015, na SIC: «Há acordo no que há acordo e não há acordo no que não há acordo»... Porém, o PS justifica que o programa de Governo será o do PS, com as emendas contraditórias decorrentes destes (des)acordos...

O principal facto a assinalar nesta patética , o PC demonstra que o poder é dele:
  1. Faz esperar o PS dois dias pela ratificação simbólica do seu Comité Central, no domingo, 8-11-2015, depois de ter comunicado oficialmente, na sexta-feira, dia 6, que tinha chegado a acordo com o PS.
  2. Impõe precedência protocolar sobre o Bloco, assinando primeiro (e até «Os Verdes»!) do que o Bloco de Esquerda que nas eleições de 4-10-2015, teve mais 105 mil votos e tem mais dois deputados do que a CDU!...
  3. Para vincar essa submissão, a assinatura de Jerónimo de Sousa vem primeiro do que a de António Costa no (des) acordo - ver página 4. E nas rubricas do canto superior da folha lá vem a assinatura de Jerónimo de Sousa, em caligrafia descendente!, sobre as rubricas garatujadas de António Costa e de Carlos César (!...). 
  4. O PC impôs ao PS no acordo do PS com os Verdes, medidas adicionais e que queria disfarçar do seu.
  5. À hora do debate, a CGTP faz uma manifestação, para pressionar o Presidente da República a entronizar um Governo do PS. Um executivo, e sua política, no qual o PC vai ser quem mais ordena, fazendo lembrar a relação doméstica patriarcal: lá em casa manda ela... mas nela mando eu.
  6. Jerónimo de Sousa até ganhou um ar mais institucional nos últimos dias: do operário blue collar à Cunhal, passou à gravata!...
Os (des)acordos foram feitos nas costas do povo sem que os eleitores do PS, do Bloco e do PC, tivessem caucionado, sequer desconfiado, de um Governo conjunto, adulterando o escrutínio legítimo e o mandato atribuído. Não se sabe se existem outros acordos secretos entre estas forças políticas, além dos textos com fac-simile de assinaturas.

A inconsistência do futuro Governo das esquerdas é tal que nem sequer existe um acordo conjunto de Governo, mas, de forma inédita, existirem três textos diferentes, vagos e nuancés, sobre medidas incertas e propósitos inconfessados - além de que se acorda que um dos parceiros desta coligação pós-eleitoral poderá apresentar moção de censura contra o outro.... Muito menos se apresentou uma folha de cálculo para justificar a inequação Centonomics de que mais despesa do que a coligação PSD-CDS e menos receita vão resultar em... menos défice!...

O contexto internacional, que não se pode desprezar como se tem feito. Já começou a subida da taxa de juro das obrigações do Estado, que tornará muito difíceis as condições de financiamento do Estado, e de funcionamento da economia, de um médio país europeu, financeira e comercialmente deficitário. A desculpa do boicote dos capitalistas, que aí virá, não evita a paragem na criação de emprego e o aumento do desemprego, nem põe pão em cima da mesa dos lares portugueses. Por outro lado, e não menos importante, o PC, através das suas antenas e controleiros no Governo, direta ou indiretamente, terá acesso aos segredos NATO e imporá uma mudança na política externa do nosso País face aos seus aliados geopolíticos, nomeadamente um alinhamento nuancée pró-Rússia de Putin, que, aliás, tem financiado forças, e personalidades, de extrema esquerda e de extrema direita por essa Europa fora. Uma mudança previsívelque não agradará nada aos investidores chineses no nosso País...

Vai ser mais grave a divisão político-social do povo, com uma escalada de agitp-prop (como a provocação/vitimização encenada da deputada socialista Isabel Moreira à manifestação de apoio à PàF ontem, 10-11-2015, em frente ao Parlamento) e de retorno da tecnologicamente obsoleta luta de classes através de violência verbal, e depois física, até do que a degradação financeira do Estado e do que a regressão económica.

Simultaneamente a uma Espanha em ebulição política e nacionalista (o agravamento do confronto de «las dos Españas», de Antonio Machado), regressa o delírio da tentativa da imposição de dois Portugais. Desta vez, com o PS do lado errado da História.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O projeto socialista de assalto ao poder

Uma pergunta incisiva de José Filipe Sepúlveda da Fonseca:
"Será que a agitação jacobina que está a abalar Portugal e que, para muitos, faz reviver momentos do PREC, quando a esquerda tentava implantar uma ditadura no País, tem a finalidade de impedir que boa parte do Partido Socialista e, talvez, de certa esquerda, bem como dos seus altos dirigentes, seja varrido da cena pública, envolto na lama da corrupção?"
É ainda mais grave: António Costa traz o Partido Comunista de volta ao poder, quarenta abos depois do 25 de Novembro.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

José Sócrates e a litigância compulsiva

«He who must not be named» (Harry Potter series)


Processa-os todos!

Apresenta queixa contra todo, e quase qualquer, que mencione o teu infernizado nome, de Senhor das Trevas, «He-Who-Must-Not-Be-Named»!

Põe outros escritórios de advogados a trabalhar para ti, que a centena do Proença de Carvalho na sombra rasputínica com que te entendes, já não te chega, e os homens de palha Araújo-Delille não dão vazão a tanto ornejo!

Ameaça, vá (tu não perdeste o jeito!...), com o castigo de centenas de crimes, de milhões de euros de indemnização, com a ruína financeira, com o despedimento, com a vigilância dos esbirros dos serviços, e com a perseguição maçónica (sim, a gente sabe dos bounty hunters...)!

Contrata a Manchete para o clipping, outro arquivista a 5 mil euros para classificar as notícias, artigos, crónicas e postes, pela tua (des)ordem de sede de vingança, um assessor de comunicação a 2.500 euros para dourar-te a imagem de demo, pede ajuda ao Pereira para repor o software de monitoring dos serviços ao teu dispor!

Enxameia os tribunais criminais e cíveis de Lisboa, ocupa todos os juízes da Relação e do Supremo com os recursos por isto-aquilo-e-aqueloutro, ativa as antenas renitentes (expostos...) no Constitucional sobre os teus privilegiados direitos!

Aperta com todos os procuradores para que façam deles as tuas causas patéticas de censura!

Seleciona juízos e secções - ou melhor, atira nos magistrados todos, que algum, mais ou menos demente, mais ou menos guloso, mais ou menos aluado (cherchons!), há-de ceder -te e a imprensa proêncica, as TVs do teu consócio Costa e do teu amigo Figueiredo, os editores e jornalistas devedores, valorizarão muito mais qualquer cego que te aggiuste as diáfanas vestes do que as centenas que te viram a patética nudez!

Estende a censura ao estrangeiro, começa pelo País espanhol que avisa que «en Portugal solo se puede hablar del Sócrates griego», 30-10-2015, e termina nos franceses que começam a varrer-te o amido da tese de mestrado e vão apertar-te a memória na Sciences Po!

Exige a mesma litigância cega, contra tudo e contra todos e ainda contra mais alguns, aos teus co-arguidos, parceiros, pseudo-patrões, suspeitos e referidos, na Operação Marquês e noutros casos,  cansa-os com a Câncio, apedreja-os com o teu moço Soares, e chama o teu nègre farinha-do-mesmo-saco para te escrever um livro negro. Assegura-lhes que pagas tudo - dinheiro não parece faltar-te (afinal para que servem as Singapuras-Dubais, agora que o eixo Suíça-Luxemburgo já não é o que foi...)!

Manda ao teu financeiro magro que mobilize os fundos gordos para rechear as contas de transição (o raio das contas de transição, onde se descobre sempre o rasto!...) e põe outras pernas como estafetas!

Proíbe tudo, não importa sol ou sombra, num desvariado variado, de paranóica voragem!

Impõe o silêncio vivo e cala todos os ois com os teus ais!

Inspira a (re)cortar processos e manda apagar referências, encaixotar escutas, cobrir novas investigações, riscar de azul tudo o que te comprometa!

No fim, e depois do registo das centenas de processos que puseste a dezenas de pessoas e entidades, numa fúria de litigância compuslva, hás-de ficar isolado, amargo, num a regressão psicológica ao drama infantil do abandono, privado da euforia branca que te agita no cubículo escuro em que tu próprio te fechas! Só.


Limitação de responsabilidade (disclaimer): José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, arguido indiciado, em 24-11-2014, pelos crimes de corrupção ativa por titular de cargo político, de corrupção ativa, de corrupção passiva para acto ilícito, de corrupção passiva para acto lícito, de branqueamento de capitais, de fraude fiscal qualificada e de fraude fiscal (SIC, 26-11-2014) no âmbito da Operação Marquês, goza do direito constitucional à presunção de inocência até ao trânsito em julgado de eventual sentença condenatória.
As demais entidades referidas nas notícias dos média, que comento, não são arguidas ou suspeitas de qualquer ilegalidade ou irregularidade nestes casos.