Muita agitação revolucionária, muita alienação... A primeira vez, em 1975, foi uma tragédia, desta vez, para utilizar a exegese da História que Marx fez no seu opúsculo «O 18 de Brumário de Luís Bonaparte», de 1852, será, se tivermos sorte, uma farsa.
Foram ontem, 10-11-2015, assinados num subterrâneo da Assembleia da República, num gabinete à porta fechada, sem câmaras de televisão nem jornalistas, três (des)acordos separados de Governo do PS com o PC, com o seu partido fantoche «Os Verdes», e com o Bloco de Esquerda. Os únicos registos da assinatura foram feitos e divulgados pelo PS, no seu sítio da internet. A hora e o local da assinatura, num piso subterrâneo de um edifício anexo do Parlamento (o chamado edifício novo), foram mantidos secretos. Posteriormente, foram distribuídas aos jornalistas cópias dos textos assinados com o PC (e com «Os Verdes»...) e com o Bloco de Esquerda.
Escrevo (des)acordos de Governo porque os textos indicam os pontos em que estas forças concordam e, de forma inédita, os pontos em que concordam em discordar!... Assim, menos do que acordos, são desacordos de Governo, na linha da já célebre frase de António Costa, na quinta-feira, dia 5-11-2015, na SIC: «Há acordo no que há acordo e não há acordo no que não há acordo»... Porém, o PS justifica que o programa de Governo será o do PS, com as emendas contraditórias decorrentes destes (des)acordos...
O principal facto a assinalar nesta patética , o PC demonstra que o poder é dele:
A inconsistência do futuro Governo das esquerdas é tal que nem sequer existe um acordo conjunto de Governo, mas, de forma inédita, existirem três textos diferentes, vagos e nuancés, sobre medidas incertas e propósitos inconfessados - além de que se acorda que um dos parceiros desta coligação pós-eleitoral poderá apresentar moção de censura contra o outro.... Muito menos se apresentou uma folha de cálculo para justificar a inequação Centonomics de que mais despesa do que a coligação PSD-CDS e menos receita vão resultar em... menos défice!...
O contexto internacional, que não se pode desprezar como se tem feito. Já começou a subida da taxa de juro das obrigações do Estado, que tornará muito difíceis as condições de financiamento do Estado, e de funcionamento da economia, de um médio país europeu, financeira e comercialmente deficitário. A desculpa do boicote dos capitalistas, que aí virá, não evita a paragem na criação de emprego e o aumento do desemprego, nem põe pão em cima da mesa dos lares portugueses. Por outro lado, e não menos importante, o PC, através das suas antenas e controleiros no Governo, direta ou indiretamente, terá acesso aos segredos NATO e imporá uma mudança na política externa do nosso País face aos seus aliados geopolíticos, nomeadamente um alinhamento nuancée pró-Rússia de Putin, que, aliás, tem financiado forças, e personalidades, de extrema esquerda e de extrema direita por essa Europa fora. Uma mudança previsívelque não agradará nada aos investidores chineses no nosso País...
Vai ser mais grave a divisão político-social do povo, com uma escalada de agitp-prop (como a provocação/vitimização encenada da deputada socialista Isabel Moreira à manifestação de apoio à PàF ontem, 10-11-2015, em frente ao Parlamento) e de retorno da tecnologicamente obsoleta luta de classes através de violência verbal, e depois física, até do que a degradação financeira do Estado e do que a regressão económica.
Simultaneamente a uma Espanha em ebulição política e nacionalista (o agravamento do confronto de «las dos Españas», de Antonio Machado), regressa o delírio da tentativa da imposição de dois Portugais. Desta vez, com o PS do lado errado da História.
Escrevo (des)acordos de Governo porque os textos indicam os pontos em que estas forças concordam e, de forma inédita, os pontos em que concordam em discordar!... Assim, menos do que acordos, são desacordos de Governo, na linha da já célebre frase de António Costa, na quinta-feira, dia 5-11-2015, na SIC: «Há acordo no que há acordo e não há acordo no que não há acordo»... Porém, o PS justifica que o programa de Governo será o do PS, com as emendas contraditórias decorrentes destes (des)acordos...
O principal facto a assinalar nesta patética , o PC demonstra que o poder é dele:
- Faz esperar o PS dois dias pela ratificação simbólica do seu Comité Central, no domingo, 8-11-2015, depois de ter comunicado oficialmente, na sexta-feira, dia 6, que tinha chegado a acordo com o PS.
- Impõe precedência protocolar sobre o Bloco, assinando primeiro (e até «Os Verdes»!) do que o Bloco de Esquerda que nas eleições de 4-10-2015, teve mais 105 mil votos e tem mais dois deputados do que a CDU!...
- Para vincar essa submissão, a assinatura de Jerónimo de Sousa vem primeiro do que a de António Costa no (des) acordo - ver página 4. E nas rubricas do canto superior da folha lá vem a assinatura de Jerónimo de Sousa, em caligrafia descendente!, sobre as rubricas garatujadas de António Costa e de Carlos César (!...).
- O PC impôs ao PS no acordo do PS com os Verdes, medidas adicionais e que queria disfarçar do seu.
- À hora do debate, a CGTP faz uma manifestação, para pressionar o Presidente da República a entronizar um Governo do PS. Um executivo, e sua política, no qual o PC vai ser quem mais ordena, fazendo lembrar a relação doméstica patriarcal: lá em casa manda ela... mas nela mando eu.
- Jerónimo de Sousa até ganhou um ar mais institucional nos últimos dias: do operário blue collar à Cunhal, passou à gravata!...
A inconsistência do futuro Governo das esquerdas é tal que nem sequer existe um acordo conjunto de Governo, mas, de forma inédita, existirem três textos diferentes, vagos e nuancés, sobre medidas incertas e propósitos inconfessados - além de que se acorda que um dos parceiros desta coligação pós-eleitoral poderá apresentar moção de censura contra o outro.... Muito menos se apresentou uma folha de cálculo para justificar a inequação Centonomics de que mais despesa do que a coligação PSD-CDS e menos receita vão resultar em... menos défice!...
O contexto internacional, que não se pode desprezar como se tem feito. Já começou a subida da taxa de juro das obrigações do Estado, que tornará muito difíceis as condições de financiamento do Estado, e de funcionamento da economia, de um médio país europeu, financeira e comercialmente deficitário. A desculpa do boicote dos capitalistas, que aí virá, não evita a paragem na criação de emprego e o aumento do desemprego, nem põe pão em cima da mesa dos lares portugueses. Por outro lado, e não menos importante, o PC, através das suas antenas e controleiros no Governo, direta ou indiretamente, terá acesso aos segredos NATO e imporá uma mudança na política externa do nosso País face aos seus aliados geopolíticos, nomeadamente um alinhamento nuancée pró-Rússia de Putin, que, aliás, tem financiado forças, e personalidades, de extrema esquerda e de extrema direita por essa Europa fora. Uma mudança previsívelque não agradará nada aos investidores chineses no nosso País...
Vai ser mais grave a divisão político-social do povo, com uma escalada de agitp-prop (como a provocação/vitimização encenada da deputada socialista Isabel Moreira à manifestação de apoio à PàF ontem, 10-11-2015, em frente ao Parlamento) e de retorno da tecnologicamente obsoleta luta de classes através de violência verbal, e depois física, até do que a degradação financeira do Estado e do que a regressão económica.
Simultaneamente a uma Espanha em ebulição política e nacionalista (o agravamento do confronto de «las dos Españas», de Antonio Machado), regressa o delírio da tentativa da imposição de dois Portugais. Desta vez, com o PS do lado errado da História.
13 comentários:
CARO ANTONIO BALBINO
TODOS OS POLITICOS PORTUGUESES SÃO UNS VENDIDOS Á MAÇONARIA ........ PONTO FINAL !!!!!
PORTUGAL VAI A CAMINHO DE MUDAR DE NOME PARA " GRÉCIA II ".
PAZ A SUA ALMA .... AMÉM.
NÃO DOU ATÉ AO FINAL DE FEVEREIRO, PARA QUE A ECONOMIA EXPLODA.
CÁ ESTAREMOS PARA CONFIRMAR.
CUMPRIMENTOS.
RAMIRO LOPES ANDRADE
O «programa» do PS tem duas vertentes , escritas pelo punho de M.S. :
-Reabilitar o Sócrates e o Salgado (por orientar a acção da Justiça ).
-Capitalizar o PS ( pela captura dos negócios públicos ).
Lindo , lindo era o Presidente Aníbal Cavaco Silva tomar a iniciativa de um governo presidencial e chamar o Assis para isso.
Cada um cuida da sua vidinha...
- O PCP e o BE querem encher o Aparelho de Estado de boys e ganhar votos do PS para cuidarem do futuro.
- O Costa tenta sobreviver depois da derrota.
- A malta da construção e obras públicas quer mama.
- A TVs e os jornais querem a mama das publicidades dos condomínios e das grandes empresas públicas.
- Os aventais querem construção, obras públicas e funcionalismo para os seus irmãos.
Quando o país falir outra vez cada um já tirou a sua parte do assalto. O povo é burro e manso, cala e consente.
Se sairmos do euro, voltam com os milhões que estão fora do país para comprarem casas, terras, empresas e acções a preço de saldo.
O Prof. Balbino depois de tanto post, já percebeu que não conseguiu endoutrinar o Povo, olhe faça como seus seus amigos sugeriram, pense em emigrar
Isto é se tiver formação e experiência numa área que tenha alguma aplicação lá fora.
Sugestão que poderá servir também para alguns comentadores habituais, mesmo para o reformados e aposentados ...
Ficou com Azia?
Tome Rennie ou Kompensan...
Não é a 1ª vez que o P.S. assina «à porta fechada» acordos ...
Também em 1973 assinou com todo o secretismo o «Acordo de Paris» com o P.C.P. e com o representante da URSS.
Teve tudo de «Secreto», nada de «Transparente» tudo à «Porta Fechada».
Ainda hoje o não publicaram ...
Para o comentador acima que ainda não descobriu a verdade:
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2012/11/a-arte-de-implantar-uma-ideia-fabula-da.html
Pelas fotografias até parece que as folhas assinadas estão em branco!
Será por isso que foi "à porta fechada"?
É uma acordo Ribentrop-Molotov-Mussolini
Vai dar tudo para o torto.
Caro Professor;
Parece que há algo escuro e bem pior para os portugueses a caminho. O que é não sei.
Acho que o PR devia convidar o Seguro a formar governo. Resolvia tudo.
Abraço
JPA
Se foi à porta fechada, foi a porta que fotografou e divulgou?
O 20 de Brumário português é melhor do que equivalentes imperiais franceses...
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