A denúncia por parte do Prof. Cavaco Silva, em 9-3-2012, no prefácio do seu livro «Roteiros VI», de parte daquilo que foi o socratismo é tardia? É! Mas ainda é útil. E quem, como aqui, o criticou pela omissão passada, por não ter combatido a política socratina, não ter demitido o primeiro-ministro, não pode agora ignorar esta denúncia. Uma denúncia que não pode ser também a fundamentação prévia de uma atitude mais crítica do impacto da austeridade do Governo Passos Coelho, da substituição da cooperação estratégica por uma desconfiança tática, pois daria razão ao ditado popular de fraco com os fortes e forte com os fracos. Foi destacada a dureza inabitual da linguagem do prefácio, por exemplo a «falta de lealdade institucional», mas o mais grave são os factos que são apontados, como este e que confirma a impressão dessa altura: «O Primeiro-Ministro não informou previamente o Presidente da República da apresentação do Programa de Estabilidade e Crescimento [PEC IV] às instituições comunitárias». Falta ao Presidente denunciar o resto da política negra do socratismo, principalmente os factos da perseguição pelos serviços de informação socratinos e pela quase ditadura socialista, para que se compreendam esses tempos, se reinstaure a verdade e se reabilitem as muitas vítimas do socratismo, prejudicadas pessoalmente, profissionalmente e familiarmente, o que o novo poder, como desmemoriados herdeiros surgidos na undécima hora, tem ignorado. Note-se que a base de apoio de Cavaco Silva está muito ressentida com o comportamento permissivo e complacente do Presidente face ao socratismo, contudo mais vale tarde do que nunca e mais vale parte do que nada.
Neste quadro de combate, é inaceitável o absoluto (?!) silêncio do Governo sobre este caso, ainda mais depois dos insultos e e vozearia socialista, de Lello, Silva Pereira, Zorrinho, Vieira da Silva, Alegre e até Seguro. O Governo tem de mostrar de que lado está. Deve apoiar o Presidente da República face a ataques soezes e abandonar a sua política receosa e sistémica de neutralidade colaborante com o socratismo: uma política suicidária de não demitir os dirigentes socratinos, nem criticar, apurar responsabilidades pessoais ou queixar-se judicialmente de antecessores prevaricadores. Acabou-se a desculpa e, também, a nossa paciência. Siga, neste âmbito, o Governo, todo, o exemplo de Paula Teixeira da Cruz e, finalmente (!), de Nuno Crato.
Agora, o povo espera que o Prof. Cavaco Silva seja consequente com essa denúncia do socratismo e concorde com a exoneração do Dr. Fernando Pinto Monteiro, em 4 de Abril de 2012, quando cumprir os 70 anos e, tal como dispõe a lei, se reformar. O Presidente da República não precisa de maior motivo do que a quebra de lealdade institucional de não ter sido prevenido, a tempo, pelo procurador-geral da conspiração antidemocrática do alegado «plano governamental para controlo dos meios de comunicação social», organizado pela clique socratina para desvirtuar as eleições legislativas de 27-9-2009. Palavras sem ações não chegam para o Presidente reganhar a confiança do povo.
Nota: O texto integral do prefácio do livro «Roteiros VI», que reúne intervenções do Presidente, pode ser lido no sítio da Presidência da República.
* Ilustração de Attilio Mussino.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): As entidades referidas nas notícias dos media, que comento, não são suspeitas ou arguidas do cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade.
Neste quadro de combate, é inaceitável o absoluto (?!) silêncio do Governo sobre este caso, ainda mais depois dos insultos e e vozearia socialista, de Lello, Silva Pereira, Zorrinho, Vieira da Silva, Alegre e até Seguro. O Governo tem de mostrar de que lado está. Deve apoiar o Presidente da República face a ataques soezes e abandonar a sua política receosa e sistémica de neutralidade colaborante com o socratismo: uma política suicidária de não demitir os dirigentes socratinos, nem criticar, apurar responsabilidades pessoais ou queixar-se judicialmente de antecessores prevaricadores. Acabou-se a desculpa e, também, a nossa paciência. Siga, neste âmbito, o Governo, todo, o exemplo de Paula Teixeira da Cruz e, finalmente (!), de Nuno Crato.
Agora, o povo espera que o Prof. Cavaco Silva seja consequente com essa denúncia do socratismo e concorde com a exoneração do Dr. Fernando Pinto Monteiro, em 4 de Abril de 2012, quando cumprir os 70 anos e, tal como dispõe a lei, se reformar. O Presidente da República não precisa de maior motivo do que a quebra de lealdade institucional de não ter sido prevenido, a tempo, pelo procurador-geral da conspiração antidemocrática do alegado «plano governamental para controlo dos meios de comunicação social», organizado pela clique socratina para desvirtuar as eleições legislativas de 27-9-2009. Palavras sem ações não chegam para o Presidente reganhar a confiança do povo.
Nota: O texto integral do prefácio do livro «Roteiros VI», que reúne intervenções do Presidente, pode ser lido no sítio da Presidência da República.
* Ilustração de Attilio Mussino.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): As entidades referidas nas notícias dos media, que comento, não são suspeitas ou arguidas do cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade.