Todos os Santos e Santas de Deus. E Pão por Ele.
A crise volta-nos para Deus. Quando os homens e mulheres estão bem esquecem-se Dele. Mas quando a miséria e a angústia lhes batem à porta, retornam ao Pai. Como filhos pródigos arrependidos depois de vida dissoluta.
De manhã, as mesmas bochechas e a mesma saca de retalhos de pano da minha infância. Um truz-truz forte que abanou a porta e, à segunda vez, despertou a casa. «Pão por Deus» - reclamou. E recebeu uma «brendeira» (merendeira?) de pastelaria e uma moeda. Perguntei-lhe quem era - um filho de um vizinho. Há tempo que não batiam. Muda a vida, para retornar a ela. Sob nova forma. E com a mesma substância. Deus não dorme. Não pelo castigo, mas pelo acolhimento.
Na Nazaré, na igreja de Santo António, junto ao cabo do farol, defronte à baía larga que nos puxa para sul e sob um céu baixo de tempestade no horizonte negro, na missa de recurso, um cântico sobre o conselho de Santa Teresa de Ávila:
«Tudo passa
Deus não muda».
2 comentários:
Se a crise nos volta para Ele, bendita crise! Esse Credor é que merece todo o crédito da nossa crença..
Meu caro A.B.Caldeira:
Não fiquem estes seus postais - que são os melhores! - sem resposta. Aqui sim trata-se da Grande Política, a que vale a pena (todas as penas)... - a da Cidade de Deus.
Bem haja por no-lo lembrar.
A vida tem momentos excelentes e que o dinheiro não pode comprar. Será que ninguém pensa nisso ??
Um bom fim de semana e parabéns pelo post !!!!!
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