Identificada a manobra de lançamento, ontem, 21-3-2012, das novas escutas falsas, as fontes, as vias (e estando subentendido os mandantes), falta explicar o padrão e o motivo.
O padrão: ataque preventivo contra escutas comprometedoras. Tal como em 4 de Dezembro de 2009, importava descredibilizar previamente a próxima aparição de escutas comprometedoras, através de textos apócrifos que pudessem suscitar dúvida razoável.
O motivo: demonstrar inocência e limitar os danos políticos da publicação de escutas nefastas. Como as escutas do caso Face Oculta podem ressurgir a curto prazo e serem publicadas as mais escabrosas (as reais), preventivamente forjam-se textos líricos, verosímeis q.b., para intoxicar, confundir e preparar o público. Para além disso, temem muito e manifestam-se preventiva e indiretamente contra a investigação das despesas e levantamentos de cada cartão de crédito governamental e de cada subsídio de residência, as referências do caso Freeport, o retomar do caso da licenciatura do patrão e o próximo limite de idade do procurador-geral. A ingenuidade é a de crer que a denúncia da manobra é menos prejudicial do que a pequena dúvida que geram: não é. Esta manobra de ontem serviu, afinal, somente para espevitar o público para o escândalo que aí vem... Saíu-lhes o tiro pela culatra da arma suja.
O padrão: ataque preventivo contra escutas comprometedoras. Tal como em 4 de Dezembro de 2009, importava descredibilizar previamente a próxima aparição de escutas comprometedoras, através de textos apócrifos que pudessem suscitar dúvida razoável.
O motivo: demonstrar inocência e limitar os danos políticos da publicação de escutas nefastas. Como as escutas do caso Face Oculta podem ressurgir a curto prazo e serem publicadas as mais escabrosas (as reais), preventivamente forjam-se textos líricos, verosímeis q.b., para intoxicar, confundir e preparar o público. Para além disso, temem muito e manifestam-se preventiva e indiretamente contra a investigação das despesas e levantamentos de cada cartão de crédito governamental e de cada subsídio de residência, as referências do caso Freeport, o retomar do caso da licenciatura do patrão e o próximo limite de idade do procurador-geral. A ingenuidade é a de crer que a denúncia da manobra é menos prejudicial do que a pequena dúvida que geram: não é. Esta manobra de ontem serviu, afinal, somente para espevitar o público para o escândalo que aí vem... Saíu-lhes o tiro pela culatra da arma suja.
2 comentários:
Os métodos da Cosa são refinados.
Tudo tratado por profissionais que percebem do ofício.
Mas,pior que a filtragem dos factos para a opinião pública,na qual contam com practicamente todos os media,é o nível de infiltração no poder judicial e poder de coação dobre os seus titulares.
Realmente o poder judicial está infiltrado com interesses que nada tem a ver com a Justiça.
Aliás,a mais longa e prejudicial «parceria público-privada» é a prosmicuidade entre os interesses privados e a «justiça».
A investigar, por quem de direito.
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