quinta-feira, 30 de abril de 2020

Vigilância e censura totalitárias



Em The Atlantic, de 25-4-2020, dois professores de direito norte-americanos,  Jack Goldsmith e Andrew Keane Woods, aprovam a tendência politicamente correta de vigilância e controlo do discurso, praticada pelas big tech (Google-YouTube, Facebook, Twitter), mais além dos governos, com maior brutalidade a propósito da epidemia da Covid-19.
“In the great debate of the past two decades about freedom versus control of the network, China was largely right and the United States was largely wrong. Significant monitoring and speech control are inevitable components of a mature and flourishing internet.’ 

* Imagem picada daqui.


** Este poste foi emendado às 23:09 de 30-4-2020.

terça-feira, 28 de abril de 2020

Igrejas e salões de jogos...

A Conferência Episcopal Italiana divulgou, em 27-4-2020, um comunicado no qual os bispos italianos declaram “não poder aceitar ver comprometido o exercício da liberdade de culto”, na “fase 2” de reabertura do país. O governo italiano decidiu manter a proibição da celebração de missas com povo, enquanto considera abrir os salões de jogos...

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Os mandarins e os negócios da China


Fu Jiu Cu Pi Lim, presidente do conselho de administração da
multinacional chinesa de equipamentos médicos, Fong Sing Jo Su,
que vendeu os ventiladores ao governo socialista, em 22-3-2020.
Cortesia de Pedro Arroja.


No Portugal Contemporâneo, Pedro Arroja vem perguntando onde estão os 508 ventiladores, comprados, em 22 de março, a um vendedor chinês, por 10 milhões de euros pagos à cabeça, numa gesta heróica, documentada por uma reportagem épica de São José Almeida, no Público, de 28-3-2020. Veja-se ainda uma segunda reportagem hagiográfica, de 17-4-2020, da mesma jorna(socia)lista, sobre o extraordinário sucesso de António Costa, Eurico Brilhante Dias, Jamila Madeira e Duarte Cordeiro, na operação de compra dos ventiladores. Parece que os 58 ventiladores (12% da encomenda) que chegaram na semana passada têm «botões e indicadores em chinês», mas poderá fazer-se uma «formação dos profissionais», explicou à RR,  em 23-4-2020, o secretário de Estado Lacerda Sales...

domingo, 26 de abril de 2020

O servilismo dos média sistémicos face ao desastre governativo do Covid-19

Em Espanha, apesar do desastre no combate à epidemia do Covid-19, no pasa nada. Ai, se o governo fosse de direita!... Na Itália, idem, niente. Os factos não interessam...

sábado, 18 de abril de 2020

Eu sei lá se são os chineses!...

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propulsou, neste 17-4-2020, a teoria da conspiração da criação e difusão (propositada ou acidental) do Covid-19 pelo Laboratório de Virologia de Wuhan, na China.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Sabe-me a sonho...

Tempos de unanimismo procedente da totaler krieg (guerra total) do politicamente correto, que aproveita a pandemia do Covid-19 para impor coercivamente, com as armas mediáticas, os seus valores neomarxistas e políticas espoliadoras e eugenistas à sociedade. É proibido discordar substitui agora, no poder, o slogan libertário do Maio de 1968, em França, e o léxico contracultural da Declaração de Port Huron, de junho de 1962, dos Students for a Democratic Society, nos EUA. No governo ou na oposição - tanto faz!... - o socialismo pós-moderno manda! You don't need a weatherman to know which way the wind blows...

É por causa deste totalitarismo que, mais do que resistir, importa avançar no combate político e cultural.


* O título deste post foi extraído do poema «Sugestão» de Carlos Queiroz Ribeiro (1907-1949).

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Meu Deus, meu Deus, porque nos abandonaste?



Nos momentos de morte, de moribundo e perda, no coração dos aflitos ecoa a interrogação humana de Cristo a Deus Pai: «Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?»

Também nós sentimo-nos desvalidos nesta pandemia do Covid-19, a primeira que o mundo acompanha online, que contagiou até agora 1.696.105 pessoas, ceifou 102.593 vidas e deixou sequelas pulmonares em quem sofreu a pneumonia associada. Os números não são relativizados face a outras doenças pelas famílias atingidas. Carregam os mortos e a pena.

O sofrimento da morte provoca a incredulidade: porquê eu? Retrancadas as portas depois da negligência dos sistemas de saúde, apontados os (ir)responsáveis, ouvidas as lições, voltamos ao caminho da vida. Na encruzilhada defronte, podemos seguir a flauta das teorias da conspiração ou o chamamento da fé. Refletimos de novo sobre a nossa condição. Afinal, não éramos deuses, por mais transcendentes que parecessem os milagres tecnológicos... Apenas homens. Mas não estamos sós: o nosso auxílio vem do Senhor!

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Rendimento básico mortal

O Governo espanhol da coligação da frente popular marxista PSOE-Podemos, através da ministra da Economia, Nadia Calviño, anunciou em 5-4-2020, que o executivo do país vizinho vai instituir o «rendimento básico vital» (em Portugal designado como «rendimento básico incondicional»). Esse rendimento, atribuído pelo Estado, não se pode confundir com o rendimento mínimo ou rendimento social de inserção, pois concede-se a todos os cidadãos, independente dos seus recursos ou da sua condição de necessitado. A ministra espanhola explica que este rendimento básico vital não será apenas para a situação excecional decorrente da pandemia do Covid-19, mas que «deve ficar para sempre».

O Estado já proporcionava pensão de reforma, subsídio de desemprego, cuidados de saúde, educação gratuita, assistência a crianças, a idosos e famílias, assistência social, e rendimento social para carenciados e inativos.  Agora, vai dar dinheiro sem condição de recursos (sejam pobres, remediados ou ricos) e sem contrapartida. Completa-se a abóboda do edifício do Estado Social(ista), sustentado por alicerces fiscais cada vez mais pesados. Não se afunda apenas o socialismo, trasnsmutação relativista e pós-modernista do marxismo clássico. Enterra-se o povo neste pântano político.


* Imagem picada daqui. A citação de Margaret Tatcher é de um discurso ao congresso do Partido Conservador, em 14-10-1983.

sábado, 4 de abril de 2020

Isolamento seletivo face à pandemia do Covid-19

O covid-19 é a primeira pandemia online.

A imprudência dos dirigentes dos sistemas de saúde, o fraco apetrechamento dos hospitais pelos governos, a aflição do povo, a irresponsabilidade e o posterior pânico eleitoral dos políticos, conduziram o mundo a uma depressão económica, para além da acumulação do número de mortos da epidemia. Um mal nunca vem só.

A fatura da crise económica sobre as empresas e as famílias vai provocar no curto prazo um regresso do bom senso. Não há crédito às empresas para liquidez, subsídios para lay-off, moratórias de crédito e habitação, automóvel e pessoal, das famílias, que aguentem o encurtamento do mês... no fim do dinheiro. O resultado é a falência de empresas, o despedimento dos empregados e a insolvência das famílias. A fome é outra peste.

Melhora a consciência das pessoas na restrição de contactos com grupos de risco e presta-se mais atenção aos cuidados de higiene. Apesar de o uso de máscaras nos espaços públicos em Portugal ser ainda muito baixo, e de farmácias e fornecedores estarem cobrar valores exorbitantes por material de proteção e higiene, beneficiando da fiscalização teledescansada. Em terra de cegos, os vesgos safam-se.

O confinamento de doentes em estado menos grave parece ser a tática que os governos encontraram, nos hospitais e laboratórios, para lidar com a falta de testes, de ventiladores operacionais esterilizados, de máscaras, viseiras e fatos, de recursos humanos e de camas. Para grandes males, poucos remédios...

Enquanto as vacinas não ficam seguras, os fármacos existentes, e outros novos, já estão a diminuir a mortalidade da epidemia e a curar muitos doentes. E desenvolve-se o conhecimento do impacto real e do processo de difusão deste covid-19. Não deve haver poupança de recursos para salvar a vida dos atingidos e em risco. Os mais débeis não podem ficar para trás. A caridade geral tem sido comovedora em contraste com a contradição patética dos dirigentes públicos. Depois da casa roubada, o povo protege-se.

A análise dos dados demográficos, geográficos e por patologia, dos mortos e dos doentes tende a superiorizar-se aos casos atípicos da falácia de telejornais de escândalo. A  pouco e pouco, a realidade atenua o efeito nefasto da demagogia dos editores sistémicos que fazem heróis dos governantes imprudentes como os espanhóis e os italianos. Os factos acabam por sobrepor-se às campanhas pseudo-espontâneas e às flash mobs de hinos ou cacerolazos, organizadas por spin doctors do poder politicamente correto, e até à insídia dos slogans de apoio e dos logos da ideologia de género. A verdade anda nua, e crua, por este mundo de Deus, ainda que a mentira se disfarce com as suas vestes.

Com base na informação disponível sobre a epidemia e os seus efeitos sociais e económicos, concluo que o isolamento geral da população está errado. O isolamento seletivo dos mais idosos e dos imunodepressivos, e daqueles que necessitem de cuidar deles, impõe-se naturalmente. Assim se protege a saúde dos grupos vulneráveis e se recupera a atividade global, com menor custo de vidas e de bem estar. A vida segue, ainda que mais dorida. E a fé ajuda.


Atualização: este poste foi emendado às 29:15 de 4-4-2020.