sexta-feira, 19 de julho de 2019

Cains e Abel


As relações do Brasil com Portugal continuam... liofilizadas. À pergunta de Marta Moreira, da Agência Lusa, numa conferência de imprensa com jornalistas estrangeiros, no palácio do Planalto, ontem, dia 19-7-2019, na qual a jornalista portuguesa se dirigiu ao presidente e ministros brasileiros presentes por «vocês» (sic!) sobre «o que é que podemos esperar da relação com Portugal no governo de Bolsonaro», o presidente brasileiro foi curto e seco:
«Portugal é um país irmão. Estamos à disposição. Via embaixada o que é normal, natural. Buscarmos aqui qualquer aprofundamento nas nossas relações.»
«Via embaixada»!?... É esse o estado das relações luso-brasileiras!... Por conveniência política interna, o primeiro-ministro António Costa e o presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa menosprezaram o então candidato Jair Bolsonaro, tomando partido pelo candidato corrupto do marxista PT Fernando Haddad. Sem responsabilidade, nem prudência, jogaram e perderam.  Em vez de acautelarem os interesses do povo português, puseram a conveniência da politiquice interna em primeiro lugar.

Costa e Marcelo julgaram que o maior país de língua portuguesa, e o quinto do mundo em extensão, com 209 milhões de pessoas e um Produto Interno Bruto (PIB) de 1,584 biliões de euros (face a 201 mil milhões de euros de Portugal), podia ser tratado com subserviência pelos representantes do Estado português que lhes iriam ensinar quem eleger e, depois de eleito, como governar, sem que daí pudessem advir consequências nefastas para relações que se querem fraternas!... Agora, à custa dessa brincadeira leviana, e já depois de aprovada a reforma da previdência que libertará biliões de euros para investimento público no desenvolvimento de infra-estruturas, são os portugueses, as empresas e instituições portuguesas, marginalizados na construção do novo Brasil.

A habilidade interna de Costa e Marcelo não funciona quando competem num campeonato estrangeiro. Na tentativa de, por capricho, matarem o irmão, os Cains erraram e agora erram por outras terras, que não as da Vera Cruz...

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