sábado, 11 de maio de 2019

A entrevista de Marcelo à Globo: sobranceria e crítica a Bolsonaro

O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa procura aproximar-se do novo Presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que havia criticado, por oportunismo e negligência, em detrimento do opositor marxista Fernando Haddad, objeto de 32 processos de corrupção, durante a campanha eleitoral do país irmão, liofilizando as relações entre os dois países a um nível que não era visto desde João Goulart (1961-1964). Para tal, Marcelo concedeu uma entrevista, neste 6 de maio de 2019, na qual falou com sotaque brasileiro (?!...), ao jornalista comunista Pedro Bial, da Globo (inimiga do novo presidente). Não obstante, Marcelo manteve a sobranceria e a crítica ao Presidente brasileiro.

Marcelo preside à República Portuguesa e não ao governo socialisto-comunista de António Costa, nem à metade do País que votou nessas forças políticas de esquerda nas eleições legislativas. Porém, na entrevista, em que jamais refere a situação desastrosa em que o regime marxista-corrupto de Lula deixou o Brasil, voltou a criticar a política e o estilo do presidente Bolsonaro, diferenciando o bom populismo, o seu, do populismo mau, do seu homólogo brasileiro. E alfinetando o Presidente brasileiro, a propósito da polémica das declarações do seu filho Carlos. Enquanto coçava o nariz, num sinal de comunicação não-verbal de que o assunto não lhe cheirava bem (o que também fez quando o entrevistador lhe falou na audiência de 2-1-2019, concedida por Jair Bolsonaro, aquando da sua posse), afirmou:
‹‹Eu acho que família de presidente não é presidente. (...) Presidente é presidente, família é família (...). Filho de presidente não é presidente [em coro com o entrevistador]. O único porta-voz de Presidente é Presidente. Porque senão, se há dez porta-vozes, cada um pode ter a tentação de ser um minipresidente››. (Transcrição minha)
Melhor fora que Marcelo não iludisse, por capricho, vaidade e alinhamento com a esquerda, a responsabilidade de manter um relacionamento amigável e profícuo com o Estado brasileiro, porque isso é benéfico para os cidadãos, as empresas e as instituições portuguesas.

5 comentários:

Anónimo disse...

Parece que o governo português arranjou uma nova forma de financiar o novo banco... com a preciosa ajuda de dinheiro venezuelano...
Carlos

Anónimo disse...

O pior inimigo do Brasil está sentado no palácio em Brasília. É o próprio presidente eleito. Escrevo esta crónica em Salvador, entre vir de Brasília e partir para São Paulo. E em menos de uma semana os crimes são tantos que fica difícil actualizar. Estamos a um ritmo mais do que diário. Bolsonaro é um criminoso horário. A cada hora, é mais chocante para o Brasil, e para o mundo, que esta criatura tenha sido eleita. Foi cúmplice quem contemporizou na campanha, ou não quis ver nem ouvir, apesar de tudo o que estava na cara, e no ouvido. Mas, pior, é cúmplice quem, depois de quatro meses e nove dias de destruição, continua a teimar, ou acena com a legitimidade democrática. Parceiros no crime de um destruidor em massa, serial.

Anónimo disse...

Ò tempo volta para trás
Dá-me tudo o que eu perdi
Tem pena e dá-me a vida
A vida que eu já vivi
Ò tempo volta p'ra trás
Mata as minhas esperanças vâs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs

Anónimo disse...

Na Bulgária, pediu aos católicos daquele país que “não fechem os olhos, o coração nem as mãos” aos migrantes. Perante Rumen Radev, presidente de um país que construiu uma vedação em arame farpado na fronteira com a Turquia para evitar a entrada de migrantes no seu território, pediu ao povo búlgaro que abrisse as portas a quem precisa. O Papa argentino foi claro na mensagem que quis passar naquele país, ao incluir no programa da sua viagem uma visita a um centro de acolhimento de migrantes. Fez questão de cumprimentar pessoalmente cada um dos 50 migrantes que residem naquela antiga escola que, em 2013, foi remodelada pela Cáritas para acolher refugiados.

Anónimo disse...

Jair Messias Bolsonaro vinha se apresentando e era apresentado, principalmente por pastores neopentecostais, como um "eleito de Deus" ainda durante a campanha eleitoral. É possível encontrar vídeos de pregadores da Congregação Cristã, postados antes das eleições, anunciando que Bolsonaro era escolhido por Deus. Logo depois das eleições, o próprio Bolsonaro e vários pastores, dentre eles Silas Malafaia, anunciaram que sua vitória foi manifestação da vontade de Deus. Esse mesmo Deus impediu que Bolsonaro perecesse ao receber a facada. Antes mesmo de receber a facada, em agosto de 2018, Messias anunciou numa sabatina da GloboNews: "Estou cumprindo uma missão de Deus". Em janeiro de 2019, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes Freitas, também anunciou que "Bolsonaro é um escolhido de Deus". E, finalmente, agora, Bolsonaro posta um vídeo de um pastor desconhecido, gravado há um mês, anunciando que ele "é um eleito de Deus", o líder de uma grande revolução, de uma grande transformação, um liberador de povos comparável a Ciro o Grande, fundador do Império Persa. Esse pastor não terá o perdão de Deus e nem do espírito de Ciro por tamanho despropósito.

Com essas atitudes e presunções fantasiosas, a situação do Brasil torna-se ridícula e desesperadora, risível e assustadora, ao mesmo tempo. Bolsonaro, junto com seus devotos, parece oscilar entre a insanidade e o messianismo.