«Um pensamiento en tres estrofas» No son los muertos los que en dulce calmaLa paz disfrutan de su tumba fria,Muertos son los que tienen muerta el almaY viven todavia. No son los muertos, no, los que recibenRayos de luz en sus despojos yertos.Los que mueren con honra son los vivos,Los que viven sin honra son los muertos. La vida no es la vida que vivimos,La vida en el honor, es el recuerdo.Por eso hay muertos que en el mundo viven,Y hombres que viven en el mundo muertos.
Antonio Muñoz Feijoo (poeta colombiano, 1851-1890).
Faleceu este sábado, Catalina Pestana, a heróica provedora da Casa Pia de Lisboa. A Dra. Catalina dedicou a vida ao serviço dos outros. Mulher autêntica de convicão e consequência, empenhou-se até à medula nas causas políticas e sociais em que acreditava.
No final de 2002, imediatamente após a difusão da ponta do longo novelo de abuso sexual de crianças da Casa Pia, que corrompeu a instituição até ao topo, foi nomeada provedora da Casa Pia. Esperava o poder que a sua firmeza, e proximidade ideológica ao Partido Socialista, abafasse o escândalo e o contivesse nas paredes da instituição, protegendo o nível político, maçónico e pseudo-filantrópico. Contudo, Catalina percebeu rapidamente pelos relatos das crianças, que se tratava de uma rede pedófila que envolvia os mais altos escalões do poder, as suas taras e os seus crimes, no abuso de meninos heterossexuais da instituição criada para proteger os órfãos, lhes rasgava a inocência e lhes destruía a vida. Face a patéticos protestos de inocência, pediu exames nunca feitos, e perante conselhos de encobrimento, manteve-se à frente das crianças abusadas, constituindo a sua muralha defronte às ameaças, aos dardos mediáticos e aos conselhos do poder. Não teve problema na veiculação das denúncias dos meninos de figuras do máximo relevo do Partido Socialista, da Maçonaria e dos média, pois acima da relação política estava a defesa dos órfãos, a exposição da verdade e o serviço do povo. Sofreu sob essa terrível pressão política, um acidente vascular cerebral, mas continuou sem medo, e até ao fim, na vanguarda da proteção dos menores abusados, na denúncia dos factos perante a polícia e os tribunais. Acabou por ser substituída no cargo de provedora da Casa Pia pelo poder socialista que ousou confrontar, mas continuou na causa de defesa das crianças em risco e sujeitas a abusos e maus-tratos ao fundar a Rede de Cuidadores.
Teve neste combate contra a rede pedófila que controlava o Estado - desde logo a Casa Pia, instituição estatal - a colaboração de patriotas e o apoio popular. Mas a libertação dos meninos da Casa Pia do jugo dos poderosos, e a limpeza parcial e temporária do Estado dos tarados criminosos abusadores de meninos, não teriam sido possíveis sem a sua liderança.
Conheci-a vários meses depois de ter iniciado neste blogue a luta contra a rede pedófila de controlo do Estado - não todo, nem sempre, mas uma parte e durante dezenas de anos. Quis consultá-la sobre um assunto porque sempre tive o maior escrúpulo na verificação dos factos alegados, relativamente a um excelso figurão da praça, esse abusador de meninas, que conseguia passar pelos pingos da chuva do escândalo, mediante o pagamento de alguns milhares de euros a uma das vitimas, a quem disse que não se queixasse pois tinha tido o privilégio ter de ter passado pelas suas mãos... Recebeu-me imediatamente, confirmou o relato da vítima e descansou-me na análise. Foi minha testemunha em processos judiciais de que fui alvo por veicular os relatos oficiais dos jovens e a interpretação dos crimes alegados, e de que saí honrado. Colaborei, com outros patriotas, nessa luta de denúncia de abusos e limpeza do Estado, com sacrifício pessoal, familiar, profissional e público. Sem meios, sem dinheiro, sem ligações institucionais ou políticas, e contra a máquina horrível do poder político, maçónico, mediático e económico, conseguimos o sucesso que beneficiou os órfãos e limpou temporariamente o Estado. Outros coisas de consequência fizemos, que não interessa revelar. O efeito pessoal foi que deixámos de ter vida pública, perdemos as ilusões políticas, e arrostámos a perseguição da rede pedófila e dos seus lacaios. Fomos, afinal, no corolário de tanto trabalho e risco, apenas servos inúteis. Mas servimos o bem, servimos o povo humilde, servimos Deus misericordioso, servimos a Pátria ingrata. Não esperávamos outra paga, nem menos sacrifício.
Teve neste combate contra a rede pedófila que controlava o Estado - desde logo a Casa Pia, instituição estatal - a colaboração de patriotas e o apoio popular. Mas a libertação dos meninos da Casa Pia do jugo dos poderosos, e a limpeza parcial e temporária do Estado dos tarados criminosos abusadores de meninos, não teriam sido possíveis sem a sua liderança.
Conheci-a vários meses depois de ter iniciado neste blogue a luta contra a rede pedófila de controlo do Estado - não todo, nem sempre, mas uma parte e durante dezenas de anos. Quis consultá-la sobre um assunto porque sempre tive o maior escrúpulo na verificação dos factos alegados, relativamente a um excelso figurão da praça, esse abusador de meninas, que conseguia passar pelos pingos da chuva do escândalo, mediante o pagamento de alguns milhares de euros a uma das vitimas, a quem disse que não se queixasse pois tinha tido o privilégio ter de ter passado pelas suas mãos... Recebeu-me imediatamente, confirmou o relato da vítima e descansou-me na análise. Foi minha testemunha em processos judiciais de que fui alvo por veicular os relatos oficiais dos jovens e a interpretação dos crimes alegados, e de que saí honrado. Colaborei, com outros patriotas, nessa luta de denúncia de abusos e limpeza do Estado, com sacrifício pessoal, familiar, profissional e público. Sem meios, sem dinheiro, sem ligações institucionais ou políticas, e contra a máquina horrível do poder político, maçónico, mediático e económico, conseguimos o sucesso que beneficiou os órfãos e limpou temporariamente o Estado. Outros coisas de consequência fizemos, que não interessa revelar. O efeito pessoal foi que deixámos de ter vida pública, perdemos as ilusões políticas, e arrostámos a perseguição da rede pedófila e dos seus lacaios. Fomos, afinal, no corolário de tanto trabalho e risco, apenas servos inúteis. Mas servimos o bem, servimos o povo humilde, servimos Deus misericordioso, servimos a Pátria ingrata. Não esperávamos outra paga, nem menos sacrifício.
Apesar de, como salientaram Pedro Namora e Felícia Cabrita, não ter tido o reconhecimento devido por parte do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que, ao contrário do que usa em qualquer fait divers, se eximiu de comparecer pessoalmente nas exéquias na igreja da Cruz Quebrada, curvando-se perante o seu serviço humano e patriótico, nem do Governo de António Costa, companheiro da fação ferrosa atingida, que ignorou o seu passamento para o Paraíso que pedimos a Deus que lhe abra, Catalina Pestana permanecerá como exemplo de heroísmo no bom combate que a vida exige. Condolências à sua família e amigos, louvor ao seu serviço cristão e paz à sua alma. Catalina vive!