O caso do duplo pagamento das portagens do mês de Agosto de 2011 à Lusoponte é paradigmático da política de promiscuidade do Governo com o socratismo que está a levar o País ainda mais para baixo no deslize para a ruína.
Quais as lições a tirar do caso?
A primeira lição é que Passos Coelho não deveria ter nomeado para secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, o qual, como informei em 15-7-2012, enquanto administrador da Caixa-Banco de Investimentos, do grupo Caixa Geral de Depósitos (linque obsoleto), se ocupava precisamente do project finance, na montagem de parcerias público-privadas, e era originário de Mangualde, conterrâneo do socialista Dr. Jorge Coelho, presidente da Comissão Executiva da Mota-Engil. Não ponho em causa a sua honestidade, e até me gabaram a sua atutude, mas estas circunstâncias delicadas não podem ser ignoradas. Apesar de ter experiência das parcerias não consta que, até agora, tenha conseguido renegociar uma. Mais: o secretário de Estado devia ter prevenido o primeiro-ministro em junho/julho de 2011 de que se não fosse entretanto renegociado o contrato com a Lusoponte, o duplo pagamento ocorreria...
A segunda lição é sobre o erro ruinoso da atitude do Governo face ao socratismo. O Governo Passos Coelho-Portas optou por uma política anti-crispação face a Sócrates. Finalmente assumida no i, de 12-3-2012, essa política de «evitar uma crispação desnecessária com os socialistas» (leia-se «socratinos») consiste em negar a barrela geral do Estado, com os seus quatro objetivos patrióticos que se esperava que este Governo cumprisse: auditoria geral das contas públicas; responsabilização judicial dos anteriores governantes sobre os quais, nessa auditoria e na análise de contratos e dossiês, se apurassem indícios de corrupção; demissão geral dos dirigentes socratinos; e renegociação das parcerias público-privadas*. Essa política de «evitar a crispação», que poderia ser melhor definida como de neutralidade colaborante e sistémica com o socratismo é, como disse, suicidária: os socratinos que não são demitidos boicotam, os que não são criticados ganham auréola de santos e os que não são responsabilizados judicialmente recebem estatuto de escrupulosos. O argumento parece até justificável, mas encobre o medo do tratamento pelos socratinos quando virar a roda do nosso azar. Em qualquer caso, o Governo não pode lamentar-se quando apesar das punhaladas sucessivas continua a dançar com os inimigos. A inocência medrosa que acha que se o Governo tratar bem os dirigentes socratinos estes não boicotam, não embaraçam, não criticam e, quando voltarem ao poder, também poupam quem agora os protege, está a ser desastrosa para o País. Quem o seu inimigo poupa, nas mãos lhe morre.
* Poderão argumentar que os contratos das parcerias público-privadas estão blindados e que são inegociáveis... mas não há posição contratual que resista ao risco e à demora do envio dos contratos para o Ministério Público, à investigação de lavagem e de corrupção com análise de contas bancárias empresariais e particulares, à análise da legalidade de utilização de empresas off-shore, à suspensão de pagamentos e ao recurso sistemático de eventuais decisões judiciais contrárias com recursos sucessivos até ao Tribunal Constitucional. Portanto, as concessionárias acabariam por vergar os seus contratos de leão ao poder soberano do Estado.
Atualização: este poste foi emendado às 14:59 de 15-3-2012 e 17:04 de 16-3-2012.
Imagem picada daqui.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): As entidades referidas nas notícias dos media, que comento, não são suspeitas ou arguidas do cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade.
- O novo primeiro-ministro Passos Coelho decidiu sinalizar ao País a necessidade de poupança e anuncia em Julho de 2011 que naquele agosto não há borla nas portagens da ponte sobre o Tejo. Presumo que o fez após consulta ao secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro.
- O secretário de Estado Sérgio Monteiro apercebe-se (meses depois?) de que, apesar de a Lusoponte arrecadar o dinheiro das portagens de agosto, o Estado tem de lho pagar. Verificou-se, após protesto da Lusoponte (!) e análise do regulador, que o contrato não consente outra resultado.
- A administração das Estradas de Portugal, que se mantinha do Governo socialista e que pressentia que ia ser substituída, pronuncia-se contra o «duplo pagamento» e o assunto é filtrado para a imprensa.
- O contrato do cordeiro Estado com o leão Lusoponte («Acordo de Reequilíbrio Financeiro VIII»), a que preside Joaquim Ferreira do Amaral, mas na qual a Mota-Engil tem uma «posição de relevo», data de... 2008, quando era primeiro-ministro José Sócrates e Mário Lino o ministro do setor.
Quais as lições a tirar do caso?
A primeira lição é que Passos Coelho não deveria ter nomeado para secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, o qual, como informei em 15-7-2012, enquanto administrador da Caixa-Banco de Investimentos, do grupo Caixa Geral de Depósitos (linque obsoleto), se ocupava precisamente do project finance, na montagem de parcerias público-privadas, e era originário de Mangualde, conterrâneo do socialista Dr. Jorge Coelho, presidente da Comissão Executiva da Mota-Engil. Não ponho em causa a sua honestidade, e até me gabaram a sua atutude, mas estas circunstâncias delicadas não podem ser ignoradas. Apesar de ter experiência das parcerias não consta que, até agora, tenha conseguido renegociar uma. Mais: o secretário de Estado devia ter prevenido o primeiro-ministro em junho/julho de 2011 de que se não fosse entretanto renegociado o contrato com a Lusoponte, o duplo pagamento ocorreria...
A segunda lição é sobre o erro ruinoso da atitude do Governo face ao socratismo. O Governo Passos Coelho-Portas optou por uma política anti-crispação face a Sócrates. Finalmente assumida no i, de 12-3-2012, essa política de «evitar uma crispação desnecessária com os socialistas» (leia-se «socratinos») consiste em negar a barrela geral do Estado, com os seus quatro objetivos patrióticos que se esperava que este Governo cumprisse: auditoria geral das contas públicas; responsabilização judicial dos anteriores governantes sobre os quais, nessa auditoria e na análise de contratos e dossiês, se apurassem indícios de corrupção; demissão geral dos dirigentes socratinos; e renegociação das parcerias público-privadas*. Essa política de «evitar a crispação», que poderia ser melhor definida como de neutralidade colaborante e sistémica com o socratismo é, como disse, suicidária: os socratinos que não são demitidos boicotam, os que não são criticados ganham auréola de santos e os que não são responsabilizados judicialmente recebem estatuto de escrupulosos. O argumento parece até justificável, mas encobre o medo do tratamento pelos socratinos quando virar a roda do nosso azar. Em qualquer caso, o Governo não pode lamentar-se quando apesar das punhaladas sucessivas continua a dançar com os inimigos. A inocência medrosa que acha que se o Governo tratar bem os dirigentes socratinos estes não boicotam, não embaraçam, não criticam e, quando voltarem ao poder, também poupam quem agora os protege, está a ser desastrosa para o País. Quem o seu inimigo poupa, nas mãos lhe morre.
* Poderão argumentar que os contratos das parcerias público-privadas estão blindados e que são inegociáveis... mas não há posição contratual que resista ao risco e à demora do envio dos contratos para o Ministério Público, à investigação de lavagem e de corrupção com análise de contas bancárias empresariais e particulares, à análise da legalidade de utilização de empresas off-shore, à suspensão de pagamentos e ao recurso sistemático de eventuais decisões judiciais contrárias com recursos sucessivos até ao Tribunal Constitucional. Portanto, as concessionárias acabariam por vergar os seus contratos de leão ao poder soberano do Estado.
Atualização: este poste foi emendado às 14:59 de 15-3-2012 e 17:04 de 16-3-2012.
Imagem picada daqui.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): As entidades referidas nas notícias dos media, que comento, não são suspeitas ou arguidas do cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade.
14 comentários:
Para compensar nomeou para secretário de Estado da Energia outro cordeiro que par ser despelado pelo leão chinês Mexia...
Observa-se que o sr. prof. ABCaldeira está a acordar para o sítio onde estamos: - na mesma.
Pois não foi este mesmo PSD - o seu PSD! - que sustentou ainda durante dois anos o governo minoritário do Animal Feroz?...
Acorde de vez o seu Patriotismo, meu caro Prof., e não deixe de continuar a denunciar aqui a mancomunada Irmandade sistémica que, agora com o beneplácito troikista, continua a desgraçar o nosso Portugal.
Quanto mais tangas comigo e me abraças,mais fácil será apunhalar-te depois pelas costas.
Os puros e duros dirigentes Sócretinos vindos da extrema esquerda de 75 estudaram política com Marx e Maquiavel.Passos e Portas nunca foram além do Tio Patinhas e do Pato Donald.
Há dois partidos no Governo.O partido dos honestos e o partido dos mafiosos.Vamos lá adivinhar quem pertence a um e quem pertence ao outro.Para ajudar.Quem mais gosta dos socialistas mais mafioso é.
Algumas ideias, Prof. Balbino Caldeira:
1. O que são as "Entidades Reguladoras"? Apenas, sítios para o sistema PS/PSD, trocar lugares entre eles. Valor acrescntado das mesmas? ZERO.
2. Convém acrescentar a Mangualde, Aguiar da Beira. Coelho, primo do Sacadura Portas, é sócio do Loureiro, ex-Administrador da SLN. Pois.
3. A Mãe do Regime chama-se Soares. O Pai do Regime chama-se Cavaco. O Bispo do Regime, chama-se Marcelo e quer ser o próximo PR.
Portugal está e estará morto. Graças a Deus.
Deixo-lhe mais duas dicas:
A - A Sonangol vai passar a ser dona da maior empresa portuguesa, que se chama GALP.
B - A TAP vai passar a ter como donos, os brasileiros da TAM e os angolanos da TAAG.
Portugal é o "puto" das suas ex-Colónias.
Portugal é absolutamente IRRELEVANTE. E pior, é um país caloteiro e de caloteiros, que vive da pedinchisse internacional.
Portugal, Rest In Peace.
deviam proceder quanto antes à nacionalização deste cancro e das ppp
O Coelhone da Mota Enguia acabou de apresentar os maiores lucros de sempre e declarou que as actividades do grupo nunca estiveram tão bem e nunca foram tão elevados.
Afinal a crise é para o ABC e para os totós que andam atrás do Sokas!
Os xuxas já andam a preparar a candidatura a PR do Costa das pressões no processo Casa Pia de Lisboa.
Com este povo anómico tudo é possível.
A Ninhada de Soares sabe que as suas quadrilhas governativas só se aguentam no poder com um PR xuxa. Ou,neste infeliz caso,com um presidente omisso,que entende que os poderes de PR se esgotam em levar o ordenado e acenar às multidões.
O cargo de PR é fundamental também para a eleição do PGR e a garantia de impunidade à gatunagem rosa.
Vão,pois,fazer disso cavalo de batalha.
A conjuntura até lhes será favorável.Na altura já a bancarrota será responsabilidade do PSD,partido que será o papão que obrigou os portugueses a passar miséria.
Os meios de intoxicação social disso se encarregam.Basta verificar que nenhum jornalista perde um minuto com os escãndalos socretinos nem o nome do maior vigarista e pior governante da história é referido a não ser em termos muito respeitosos,nunca fazendo a ligação às vigarices e ao descalabro em que deixou o país.
Preparem-se para levar com mais um energúmeno na presidência.
Costa para Primeiro-Ministro. Basílio Horta para Presidente da Assembleia da República.Sócrates para Presidente da República.
Um Governo. Um Presidente. Uma Maioria.
Este país terá viabilidade se se encontrar um governo apartidário, constituído por cidadãos honestos e competentes que também premeie os mais capazes e mais honestos
Basílio, que curiosamente quando foi candidato a PR contra Soares, era apelidado pelo Partido dos ratos, como fascista. Aliás, pior do que fascista Basílio é um dos maiores oportunistas da nação. Antes um fascista ou um comunista, do que um ladrão e um escroque.
O Tontinho Lopes,o pavão que o Jorginho comeu na ceia de Natal de 2004,está de volta dizendo tontices como o Otelo.De castigo, um devia ir para secretário em Paris fazendo telefonemas para cá para dar as ordens do Boss ao gang Sócretinista mostranda que está mais cá do que lá.O outro deve ir de Chaimite e G-3 até Paris instalar-se na residência para a terceira idade "Avril au Portugal".
O INTENDENTE COSTA VAI SUBSTITUIR O SEGURO FROUXO, CUSTE O QUE CUSTAR.
Viva Portugal
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