segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A factura política da electricidade em Portugal


Do nosso colaborador R. Rodrigues, uma explicação sobre a subida do custo da electricidade no nosso País:

«A energia produzida em Portugal é de 52,2 Gwh mas a energia paga é de cerca de 50,0 mil Gwh, conforme se pode confirmar no sítio da REN (Rede Eléctrica Nacional). O consumo total final de energia eléctrica em Portugal atinge os 50 mil gWh. Como o custo da electricidade é de 144,2 euros por mWh, ou seja 14,5 cêntimos por kWh, o valor final da energia consumida é cerca de 50 mil gWh. Multiplicando por 144,2 euros por mWh dá cerca de 7,2 mil milhões de euros, o equivalente a sete pontes Vasco da Gama...

A parcela de Custos de Interesse Geral, segundo a  Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), é de 2.406 milhões de euros, o equivalente a 2,4 pontes Vasco da Gama, conforme pode ser confirmado no sítio da ERSE.

A parcela de Custos de Interesse Geral é de 2.406 milhões de euros e atinge 33,4% do valor total (ou seja, 2.406/7.200).

Nos consumidores domésticos a percentagem destes Custos de Interesse Geral na factura chega aos 42%.

Os 2.406 milhões de Custos de Interesse Geral incluem várias parcelas, das quais as principais são:

  1. Energias Fósseis - 1.075,8  milhões de euros (Carvão e Gás Natural), o que corresponde a 45%;
  2. Energias Renováveis - 747 milhões de euros, o que corresponde a 31%;
  3. Câmaras Municipais - 241 milhões de euros corresponde a 10%;
  4. Açores e Madeira - 88,7 milhões de Euros corresponde a 3,7%;
A soma destas parcelas principais corresponde a 90% dos 2.406 milhões de euros dos Custos de Interesse Geral. Nestas parcelas, a grande surpresa,  geralmente omitida nas notícias da imprensa, é a parcela para as energias fósseis.

Novas barragens
Existem cerca de 165 barragens em Portugal. As mais rendíveis já estão todas construídas há mais de vinte anos. As novas barragens vão ter um custo de 16 mil milhões de euros e não vão aumentar muito pouco a produção de energia eléctrica: 3,2% de aumento da produção de energia, inferior ao aumento de consumo de energia entre 2009 e 2010 (4,7%). Um problema ainda maior é que as novas barragens vão ser financiadas à custa das Garantias de Potência (20. 000 € /MW).

Nota: Algumas siglas para se entender o documento da ERSE (Entidade Reguladora do Sector Eléctrico) sobre "Tarefas e Preços para a Energia Eléctrica em 2011": 
  • Sobrecusto da PRE - Produção em Regime Especial - Renováveis e Cogeração 
  • CMEC - Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual
  • Sobrecusto dos CAE - Contrato de Aquisição de Energia
  • Rendas de concessão da distribuição em BT: BT - Baixa Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1 kV).
  • Sobrecusto da RAA e da RAM: RAA - Região Autónoma dos Açores; RAM - Região Autónoma da Madeira.
  • Rendas dos défices tarifários de BT (2006) e BTN (2007): BTN - Baixa Tensão Normal (baixa tensão com potência contratada inferior ou igual a 41,4 kW).
  • PPDA - Planos de Promoção do Desempenho Ambiental.
  • Custos ou proveitos de anos anteriores relacionados com CIEG - CUSTO DE INTERESSE ECONÓMICO GERAL
  • Diferencial extinção TVCF - Tarifas de Venda a Clientes Finais
  • Reposição gradual da reclassificação da cogeração FER- Fontes de Energia Renováveis.»

12 comentários:

Anónimo disse...

Ora aqui está um assunto de extrema importãncia:

1. A factura energética é insuportável, para um país que não tem 1 litro de petróleo, parecendo apenas que haverá uns contentores de gaz na zona de Alcobaça (Mohave).

2. As ventoinhas que vemos pelo país, custam um valor extremo a quem paga energia, quer sejam empresas, quer sejam consumidores pobres.

3. A energia das ondas, de que há uma máquina na Póvoa da Varzim, foi mais um embuste Sócretino.

4. Não se percebe como é que a "energia fóssil" possa ser um alçapão (ao contrário das ventoinhas, que apesar de tudo, promovem o produto nacional).

5. Queremos ver como estarão as ventoínhas, de tecnologia alemã, dinamarquesa e espanhola, daqui por uns anos, quando Portugal estiver sem crédito, e já não conseguir fazer a manutenção.

Também aqui, a sustentabilidade do sector passará pelo empobrecimento generalizado. Não tarda nada, vamos ter o Ministro de serviço, a dizer que não poderemos ter energia 24 horas por dia. Os cafés só poderão funcionar entre as 8h00m e as 9h00m. Depois, terão que reabrir às 12h00m, para fecharem às 14h00m.

Portugal vai regredir mais de um século.

D. Pedro V inaugurou a linha Lisboa-Carregado, há 130 anos. O actual governo vai fechar parte da Linha do Leste, entre Abrantes e Elvas.

É a morte progressiva de uma das nações mais antigas do mundo.

Ferreira, Luís Manuel Silva disse...

Ai! Os senhores, ainda andam a pe perder tempo com o que está a acontecer em Portugal. Estamos a caminhar para a bancarrota, a qual acontecerá antes de 2015.
Estes GOVERNANTES PRETENDEM O FIM DO ESTADO sOCIAL E O DESMANTELAMENTO DO ESTADO PARA QUE OCORRA A FALÊNCIA DO PRÓPRIO eSTADO DE MUITAS EMPRESAS E FAMÍLIAS, PARA DEPOIS SE DAR A BANCARROTA E EM SEGUIDA RENASCER TUDO DAS CINZAS, MAS TUDO PRIVADO E A PAGAR ABOM PREÇO. nESSA ALTURA VIRÃO ELES PARA A TELEVISÃO DIZER QUE AGORA SIM, TEMOS UM pORTUGAL MODERNO E DESENVOLVIDO, ESQUECENDO OS EXLUÍDOS PELAS SUAS POLÍTICAS E QUE DESFIZERAM AQUILO QUE ELES CHAMARAM "MONSTRO", MAS NO QUAL ELES QUISERAM FICAR.

Anónimo disse...

É verdade,caro Luis.
Veja bem o Portugal moderno em que vivemos.
Isto dá destituição e cadeia,em qualquer país civilizado.
Aqui temos um Pinto que colabora com os criminosos e oculta os seus crimes.
As cúpulas do sistema de justiça estão nas mãos da máfia.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/escutas-confirmam-negocios

Foi por estas e outras que o Pinto mandou destruir as escutas e que a Cândida não vê crimes nenhuns.Coitada,precisa óculos e umas grades à frente.

Anónimo disse...

De: Silvino Potêncio (*)

Uma das razões pelas quais não publicamos mais comentários em alguns destes Blogs que lemos quase diáriamente para acompanhar as novidades na Santa Terrinha Luz & Tana ´e detalhe de ter de o fazer como anônimo. Portanto a partir daqui vamos incluir o nosso nome no proprio comentário (com a devida venia do Prof Balbino calro!...)
Eu diria que a produção de energia alternativa e renovada sustentável passa pela montagem de fabricas que operem com biomassa!!!
Vejam: o primeiro e único premio Nobel na área de ciências exatas foi dado ao É Gas Moniz!!!
Maiores detalhes deste nosso argumento pode ser lido em um dos nossos Blogs sobre esse assunto.
Abraço!...
(*) Emigrante Transmontano em Natal (Brasil)

Anónimo disse...

Os vários embustes energéticos acumulados e que temos recebido ao longo do tempo, não são mais do que o bom decorrer dum outro plano geral a nível global, e que é agravado mais ainda pela corrupção generalizada e bandalheira económica permitida aos dirigentes da nação e compadres(valha-me a consciência de nunca ter escolhido nenhum...).

Nãp recisamos de torres eólicas nesta proporção, nem fotovoltaicas, nem barragens excessivas, nem muito meno duma REN!!

A energia pode ser produzida localmente onde é precisa, e não precisa de ser transportada como actualmente, e por meios muito mais baratos !!!!!!!!!!

Possuo actualmente as bases dum sistema mecânico que permite fazer o que descrevi. Mais, até mesmo só para alimentar uma casa independente.

Mas como uma inovação destas nunca poderia ser aceite pelo sistema corrupto instituido, nunca verá a luz neste país. Pelo menos nisso irei ter orgulho.

Deixem-se continuar com esta corrupção consentida. Assim estão bem, não estão!?

Anónimo disse...

O Papandreou teve os tintins de colocar o referendo em cima da mesa. E os detentores do poder na Europa mijam-se todos.

Que medo que têm os poderes instalados da voz da democracia directa.

Porque será?

Anónimo disse...

Também as facturas das telecomunicações, águas e seguros têm muitos «custos» e «produtos» políticos.

Isto está tudo minado!

É só para meia dúzia deles!

Anónimo disse...

A Mota Coelhone já cobra portagens do Pinhal Interior, em 10 km de auto-estrada que já estava feita.

A A13 é uma auto-estrada fantasma.

Portugal SEM VERGONHA.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=539600

A cobrança de portagens nos três primeiros sublanços do IC3, entre a A23 e Tomar (Santa Cita), entra em vigor hoje, segundo uma nota divulgada sexta-feira passada pela Estradas de Portugal.

Segundo a empresa, o IC3 foi convertido em A13 no âmbito da subconcessão Pinhal Interior, tendo sido sujeito a obras de beneficiação ao nível dos pavimentos, equipamentos de segurança, sinalização e telecomunicações e que vai ter disponível vigilância e assistência permanente (24 horas/sete dias por semana).

«Estas medidas permitem, por um lado, melhorar as condições de circulação e segurança e, por outro, assegurar a continuidade com os futuros lanços de autoestrada a norte e, desta forma, a ligação da A23 à zona de Coimbra em perfil de contínuo de autoestrada», afirma a empresa.

Buíça disse...

O que aconteceu em 2009?

Anónimo disse...

Correcção: pelo menos em bi-horário com consumos alto/baixo mais ou menos equilibrado, nos consumidores domésticos a percentagem destes Custos de Interesse Geral na factura chegam em alguns casos muito perto dos 60%.

Anónimo disse...

Ninguém fala dos custos das energias renováveis que dão lucros de milhões aos mesmos de sempre nem da energia renovável que é produzida particularmente de noite que é adquirida a valores muitas vezes superiores ao do kw/h do consumidor final e que o excedente é "oferecido" a Espanha para escoar o excesso de produção renovável nocturno. entretanto as CM apagam os candeeiros por não poderem pagar a conta da luz... HAJA MORALIDADE!

Anónimo disse...

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