terça-feira, 25 de outubro de 2011

Austeridade iníqua e a posição do Presidente da República

Envolvido noutro assunto, só agora retomo a análise da actualidade política do País. Neste blogue defendi, e mantenho, défice zero no orçamento de 2011 e nos seguintes, através de renegociação de todas as parcerias público-privadas, moratória nas grandes obras públicas, não financiamento de bancos privados e reforma das políticas sociais em direcção ao trabalho, e inevitável redução de salários e pensões. Assim, mais além no montante de redução de despesa, ainda que com variação no mix de poupança.
Feio o disclaimer para repetir a minha posição sobre as finanças do Estado e o enquadramento da questão importa comentar a posição do Presidente da República sobre a decisão do Governo sobre o Orçamento do Estado para 2012, que até o meu amigo José da Loja criticou duramente nos postes «Um requisitório contra o acacianismo», de 20-10-2011, e «Cavaco Silva, o arauto da desgraça», de 21-10-2011. Em 19-10-2011, de acordo com o Público, o Prof. Cavaco Silva notou que a eliminação dos subsídios de férias e Natal, em 2012 e 2013, para os  funcionários públicos e os pensionistas, constituía uma «violação de um princípio básico de equidade fiscal»; preveniu que «há limites para os sacrifícios que podem ser pedidos aos portugueses» e que receava que «possamos estar no limite e, no caso dos pensionistas, não sei mesmo se já não foi ultrapassado», apelando a um debate aprofundado sobre o orçamento de Estado para 20110. O Presidente enfatizou que «mudou o Governo mas eu não mudei de opinião», a mesma, recorda a jornalista, «que o Presidente exprimiu quando o anterior Governo socialista decidiu cortar os vencimentos da função pública entre 3,5% e 10%, este ano. Recordo que ainda há seis meses atrás, em 9-3-2011, no Parlamento, o Prof. Cavaco Silva, no seu discurso de tomada de posse do segundo mandato como Presidente da República,  nas vésperas da apresentação do PEC V (ou IV) pelo Governo Sócrates (em 11-3-2011), acentuou que «há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos».

Devo notar que a declaração do Governo, de 13-10-2011, sobre o Orçamento de Estado, na qual apresentou uma redução muito mais gravosa da despesa do que se aguardava, surge cerca de três meses depois da garantia do primeiro-ministro Passos Coelho, em 22-7-2011, em Bruxelas, na TSF e Antena 1 de que «não há nenhum buraco colossal nas contas públicas», em que este passou um atestado de rigor ao Governo mais fraudulento da história moderna de Portugal. O buraco «colossal» de encargos assumidos e não-pagos afinal existia. Se é atenuado pelo corte de dois salários da função pública e pensionistas ou pelo corte de um salário da função pública/pensionistas e de um salário do sector privado é outra matéria e nela não pode deixar de notar-se que o mais aflito sector privado tem também excepções de luxo, como Galp, EDP, PT, etc... Admito o mais relativo bem-estar no sector público, no qual não se pode converter a segurança laboral em salário, mas seria útil que o Governo apresentasse um estudo actualizado sobre remunerações no sector público e no sector privado que justificasse que face a 2009, a função pública tenha perdido cerca de 40% do seu rendimento.

Consideremos três questões sobre a posição do Presidente da República:
  1. Poderia o Presidente, que é de todos os portugueses, mudar de opinião em poucos meses?
  2. Poderia o Presidente, que é de todos os portugueses, defender uma posição perante o Governo socialista de Sócrates e a contrária relativamente ao Governo de Passos Coelho?
  3. Deve, ou não, o Presidente da República procurar reunir o maior consenso político sobre a austeridade na despesa pública, procurando nomeadamente a agregação do apoio do Partido Socialista do precário Seguro?
E as respostas possíveis:
1 e 2. Por mais que seja atacado por não mudar de posição, Cavaco Silva não pode abandonar a coerência. Recordo que a preocupação com a equidade, e nela a equidade fiscal, para lá do caso concreto da redução salarial dos salários da função pública e das pensões em 2011, tem sido constante no seu mandato: discurso na Sessão Solene Comemorativa do 160º Aniversário do Tribunal de Contas, em 13-7-2009; e a comunicação ao País sobre a assistência financeira a Portugal, em 6-5-2011. Na sua curta declaração, o Presidente queixou-se da dimensão dos sacrifícios, não s
3. Não é crível que o Presidente não tenha discutido o assunto com o primeiro-ministro Passos Coelho e não lhe tenha explicado o que parece ser a sua vontade de um acordo político alargado sobre o próximo Orçamento, que inclua o Partido Socialista, no qual o frágil líder formal não pode ceder na questão dos subsídios da função pública e reformados sob pena de cair... mais cedo. Acredito que seja essa vontade de preservar a paz socio-política que levou o Presidente da República a convocar o Conselho de Estado para esta tarde de 25-10-2011, precisamente com o tema «Portugal no contexto da crise da Zona Euro».

Portanto, o Governo Passos Coelho deve respeitar a coerência do Presidente da República sobre a austeridade do Estado, até porque ela é penhor de um consenso político de que o Governo parece desejar, assustado como o executivo se manifesta com a possibilidade de tumultos sociais. Em vez de responder ao Presidente com remoques desnecessários e uma barragem de jornalistas sistémicos socratinos. Creio que o Presidente apoiará o consenso possível que resultar do debate sobre a austeridade que o Estado, e o País, têm de atravessar até que se chegue ao desejado equilíbrio das contas públicas.

O problema não está no mix de austeridade: está na injustiça da austeridade. Uma austeridade selectiva, num país à beira da ruína, por parte do Governo que deixa de fora: a imunidade de políticos corruptos; a auditoria das contas públicas; a promiscuidade com os bancos e as construtoras; o envio para o Ministério Público dos grandes contratos e parcerias, e de quaisquer outros contratos duvidosos, para apuramento de eventual corrupção; o fluxo chorudo de dinheiro do Estado para pagamento de parcerias público-privadas contrato leoninas; a continuação de obras não-prioritárias; a manutenção em funções de dirigentes do Estado, de institutos públicos e de empresas públicas e subsidiárias (PT, EDP, etc.) a desigualdade social dos trabalhadores com salários mínimos suplantados em rendimento e em bem-estar pelos subsidio-dependentes; e, para cúmulo actual, até a nomeação fraterna, em 24-10-2011, sem ser ouvido na audição que a lei prescreve (!...) e para além da «ironia» do deputado Jorge Lacão (assessor do ex-deputado Afonso Candal em sinalização portátil de permissão de fumar em restaurantes), por acordo parlamentar, PSD incluído, para o Conselho Geral do Centro de Estudos... Judiciários do deputado (sic) Ricardo Rodrigues, acusado pelo Ministério Público de... «atentado à liberdade de imprensa» (sic) por ter furtado gravadores a jornalistas, em 30-4-2010, no (im)próprio Parlamento. Se os responsáveis políticos pela ruína do País fossem levados a julgamento pelos casos concretos de corrupção, a partir dos contratos secretos, o povo sentiria finalmente a probidade do Estado e suportaria a austeridade como justa. Mas trata-se de uma austeridade injusta que castiga o povo, ao mesmo tempo que protege a corrupção de Estado por causa dos rabos de palha húmida e dos grossos cobertores de papa. Uma austeridade iníqua.


Actualização: este poste foi emendado às 19:21 de 25-10-2011.

* Imagem picada daqui.

25 comentários:

Anónimo disse...

Sr. Professor ABC

Felicito-o por mais um bom texto onde espelha a sua revolta!

Partilho do seu sentimento.

Todavia, não foi coisa que eu não tenha previsto, aquando do sua euforia, há uns meses (!) atrás, após as últimas eleições.

É que basta ler dois ou três livrinhos que por aí circulam, para compreender facilmente a evolução do sistema.

Quem não quer ver diz que é a teoria da conspiração e assobia para o lado!

Até ao momento presente só tenho tido confirmações.

Por nosso mal!

Anónimo disse...

Vamos cair na mesma ratoeira que caiu a Grécia.

Tenho esperança que as Forças Armadas salvem o Povo Português desta iniquidade, iniciada pelos governos de José Sócrates.

Com esta «austeridade» para alguns vamos rebentar com este belo país!

Anónimo disse...

Ó Dr ABC, veja esta notícia do "Jornal de Negócios":

"As despesas com CONSUMOS INTERMÉDIOS e subsídios da Administração Central (ministérios e seus serviços, institutos públicos e Serviço Nacional de Saúde), as duas rubricas mais vezes associadas ao funcionamento do Estado, vão aumentar em 2012".

Mas não era o Passos e o PSD, quando na oposição, que diziam que o défice devia e podia baixar com cortes leoninos nos famosos consumos intermédios e nos subsídios?
Parece que, agora, no Governo o Passos apenas baixará o défice com aumento exponencial dos impostos e cortes impensáveis nos ossos (já não há carne) dos funcionários públicos e pensionistas. Assim, Dr ABC, é fácil, pontualmente, fazer baixar o défice, mas o problema desse mesmo défice, daqui a poucos dias, surgirá com mais força.
As gorduras do Esatdo, institutos e demais interesses permanecem intocáveis. Lá se foram as gravatas e algumas viagens em executivo mas o grosso dos nossos impostos continuam, e vão continuar, a ser comidos por essas despesas dos consumos intermédios que o Passos, Catroga, Moedas, Relvas e outros tantos laranjas diziam cortar, forte e feio, no dia seguinte a serem Governo. Tretas, só tretas Dr ABC.

Anónimo disse...

Os cães ladram e a caravana passa, Caro Professor Balbino Caldeira.

Os Socretinos serão JULGADOS. O dito Sócrates não terá a coragem de ir a um cinema ou a um teatro. Tem MEDO. Ele sabe que não será levado a Tribunal pelo Procurador. Sabe que não será julgado por nenhum Tribunal. Mas, sabe que não poderá ir com a família ao cinema. A JUSTIÇA está aí. O "Engenheiro" Sócrates poderá ir, eventualmente, ao cinema em Paris. E mesmo aí, eventualmente, pois a Natureza não descansa. Quem sabe, em Paris a Natureza também lá está.

Anónimo disse...

No passado sábado, o Expresso, do Chico Balsemão, tinha uma larga reportagem sobre o Orçamento de Estado, para 2012.

De tudo, ficou esta ideia simples, que qualquer dona de casa percebe, como diz o maior português das últimas décadas, Dr. Henrique Medina Carreira:

Total de receitas esperadas em 2012: 39 mil milhões de euros.

Total de despesas esperadas em 2012: 50 mil milhões de euros.

Ou seja, a Dona de Casa Cavaco/Passos, pode chegar a uma simples conclusão, em 2012 não vai haver Orça,mento zero. Em 2012, a Dona de Casa Cavaco/Passos vão ter que ir buscar 11 mil milhões de euros para pagara as despesas.

E não esquecer que o ano de 2012 é considerado como o ano tenebroso, quer a nível de corte nas despesas, quer a nível de aumento de impostos.

A Dona de casa Cavaco/Passos vai dizer à família que vai ter que enttregar todos os anéis, mesmo os de pechebeque. A família vai ter que entregar a casa ao Senhorio, pois nem terá dinehiro para pagar a renda.

Portugal acabou, graças ao Sócrates, ao Soares, ao Sampaio, ao Cavaco et tutti quanti.

Isabel disse...

Os cortes que nós, funcionários públicos estamos a sofrer são desumanos e só posso agradecer ao Professor Cavaco Silva por ter colocado o "dedo na ferida". É inimaginável a revolta de quem se vê espoliado, sem apelo nem agravo, de (como muito bem salienta o professor Caldeira), cerca de 40% do que lhe seria devido. Já o tenho escrito, parece que os funcionários públicos estão a sofrer uma progressiva privação de direitos que me lembra a situação dos judeus privados por Hitler de tudo o que legitimamente lhes pertencia, até que se viram privados da própria vida.Isto não é nem pode ser legítimo! Se não há, de facto, dinheiro, que o prejuízo seja dividido por todos, mesmo que seja sob forma de taxas ( no sector privado). Não desejo o mal dos outros(os privados), embora comece a sentir que uma nova forma de PREC está a lançar um justicialismo de classe ou de grupo. A expressão "os ricos que paguem a crise" parece ter-se enraizado e hoje,na miséria a que chegámos, já é "rico" quem ganhe mais de 1500 Euros. Assim, os licenciados da função pública vão sendo progressivamente equiparados aos escriturários,não só nas funções a desempenhar (trabalho burocrático dos professores), mas também nos proventos. Devo ser caridosa, sou Cristã,mas reservo-me o direito de escolher como e em relação a quem quero praticar caridade. Além do mais, há pais funcionários públicos que se vêem obrigados pela crise a ajudar descendentes desempregados ou precários, ascendentes com pensões miseráveis e que, ajudados todos esses familiares, passam de "ricos" a miseráveis. A ajuda intergeracional tem evitado mais miséria neste país, mas em breve talvez mesmo essa se torne impossível.
Obviamente, este "estado de choque" é ainda agravado pela impunidade descarada dos prevaricadores. Não esquecer que até um caso "menor" como o da Cova da Beira foi,mais uma vez, adiado e irá, certamente, prescrever.

Anónimo disse...

Texto objectivo,feito com rigor, apontando sem peias,o imbróglio em que nos meteram e as contradições dos políticos que temos. Não há estadistas à altura, nem sentido de Estado, não há justiça para meter os vigaristas atrás das grades, não há dinheiro(!?...). Os gajos do BPN onde pontificam ou pontificaram alguns "ilustres" cavaquistas e outros quejandos, esbulharam milhões. As parcerias público/privadas com contratos feitos por gestores "topo de gama", onde o prejudicado foi invariavelmente o mesmo (o Estado) que comprometeram gerações para os próximos 40 anos, fizeram outro tanto. Para pagar o oportunismo e toda esta roubalheira alguém teve a ideia peregrina, imatura e selectiva de sutrair à função pública o subsídio de férias e de Natal. E esperam, por alma não sei de quem, que as vítimas de tal esbulho não reajam. Maquiavel não faria melhor: tentar colmatar os buracos da corrupção e roubalheira com roubos aos cidadãos do activo e aos pensionistas que descontaram para a sua reforma, com outro roubo. Governar assim é fácil, mas isso só atesta que a capacidade de tais crâneos para inovar e conseguir soluções que tirem o País do fosso em que se encontra é muito limitada.
Consta-se que a Grécia já retirou os mesmos subsídios, mas não sei se foram selectivos como aqui pretendem ser, todavia sem resultado. O povo grego agita-se e a sua tragédia está prestes a consumar-se graças a uma UE que não sabe bem o que quer nem para onde vai. Os portugueses aguardam já meio revoltados e pedem a todos os santos que o mesmo não lhes aconteça, mas com tais governantes e com um país pequeno demais para tanta vigarice e corrupção, parece que o mesmo destino é inevitável.
Parabéns pela sua cruzada e continue!...

Anónimo disse...

Com o esbulho do BPN pela SLN do Loureiro e Jorge Coelho,podemos nós bem.
É um caso de polícia e só prejudicaria accionistas e depositantes.
Como é que isso se tornou um problema ou um drama nacional que envolve o dinheiro dos contribuintes?
Pela nacionalização criminosa dos prejuízos pelo governo socialista.
Porque o fizeram?
Ninguém está interessado na resposta.
Preferem discutir trivialidades.Mas há boas pistas e há quem possa depor e revelar coisas interessantes.

Anónimo disse...

Para quando a demissão do Procurador Geral da Roubalheira, o segundo maior responsável, depois de Sócrates Filuzufu, pela bancarrota de Portugal?

Toupeira disse...

Ora trata-se da Maçonaria e das suas lojas regulares e irregulares que controlam este chmada do de estado de dieito democrático.
Nem é estado e muito menos de direito, Sobre o Senhor Cavaco Silva, tenho muita pena do Senhor mas deveria ser avaliado até porque é PR e porque me parece mostrar sinais de doença de Alzheimer, avaliado por peritos indepemdente e não brinco com coisas sérias, porque não posso.
Num Estado que sofre Alzheimer fingido em o PM s se preocupa com os bancos, jã se percebeu de quem é vassalo.
Sobre o resto há suspeitas de chantagem, por anos de escutas guardadas pelos vários Serviços de informação da Re´pública e aqui digo república, não nem em república portuguesa porque existe Portugal e Portugal não é um regime.
Sobre o resto a maçonaria é que mexe e não mexe, Coelho e oresto têm telhados de vidro e como a justiça apenas existe para os palermas, estamos conversados.
Sócrates, Loureiros e outros da mesma estirpe deveriam ser julgados mas quem os leva a julgamento?
Quem deveria ir também a julgamento o PGR? Quem o levaria, por não cumprimento do dever, pelo menos ser alvo de inquérito disciplinar depois se veria mas isso é impossível, só resta a guerra civil.

Anónimo disse...

Aliás, os Politólogos, essa espécie de faz de conta dos enredos telivisivos, especialistas em tudo e em nada, já dizem que estamos em guerra. Ainda é silenciosa. Vai chegar o tempo do fusil. E não vai ser apenas no Norte de África.

A Alemanha não paga a élites calonas e a povos mansos.

Os 20 anos de fausto portugueses terminaram. Agora, toca a ir plantar oliveiras nas pedras.

+ou- disse...

eheheheh... isto tá bonito tá!...
Claro que o privado já há muito que foi cortado nos seus "direitos adquiridos" e não só, ou os 700.000no desemprego não significam nada?!... nada, nada?...
E porque nunca, os não privados, reclamaram das benesses de que usufruiam em relação aos seus outros compatriotas trabalhadores?... e que são muitas e fartas, a começar pela estabilidade de emprego, salários sempre em dia, baixas por doença por qualquer espirro, blá, blá , blá...
Deixemo-nos de tretas e há que assumir que os (trabalhadores) privados há muito que andam a sustentar uma máquina muito mal programada, pouco oleada e de consumo exagerado... o funcionalismo público!

Anónimo disse...

Será que nos 700.000 desempregados não estão professores, contratados da Função Pública, Enfermeiros, etc, muitos trabalhadores que exerciam o seu trabalho na Função Pública e que viram os contratos chegar ao fim?
Estabilidade de emprego? Então não foi o Álvaro que há dias disse que haveria desemprego nos transportes?

Chega de demagogia!...

Anónimo disse...

Comecemos pelo princípio:

- Alguém no Estado sabe quantos Funcionários Públicos existem?

Qualquer empresa privada, média, pequeno ou muito grande, sabe quantos funcionários tem. O Estado não sabe porque não funciona bem.

Para serem todos iguais, comecemos por liberalizar os despedimentos na Função Pública, mesmo para aqueles que são de "Nomeação Definitiva" no Diário da República.

A partir daí, vamos cortar igual para Todos, Sr. Silva.

+ou- disse...

Caro anónimo das 17:45
O senhor o disse - "haveria desemprego nos transportes", entenda-se, futuramente.
No privado, há anos, muitos anos já, que há forte e penoso desemprego sem esperança de solução, com vivências dramáticas em muitos lares... não é quebra de 30 ou 40% do indispensável salário, é a sua totalidade, e nunca os trabalhadores públicos se "manifestaram" contra tal injusta e dramática situação!
É, portanto, mais que justo, e quanto a mim já tardiamente, que sejamos todos a aguentar com esta "pestilenta e pesada mochila"... para a qual os (trabalhadores) do privado em nada contribuíram; bem pelo contrário, temos sofridos na carne (e na algibeira) todas as greves que os "senhores" se deram e dão ao luxo de fazer...
Claro, claro, dir-me-á que é, também, um seu “direito adquirido”, blá, blá, blá... pois, e os direitos dos outros, com passes de transporte pré-pagos, consultas e operações cirúrgicas marcadas, viagens, etc., etc.,...
Sabe que mais?!... haja respeito! Pautemo-nos, também, por respeitar os direitos dos outros.

Anónimo disse...

Dr. ABC :

conforme tenho dito em comentários anteriores, peço desculpa mas vou repetir:

"Em Portugal, ninguém vai preso!!!"

E enquanto isto não mudar...



Cumprimentos,

Manuel

Anónimo disse...

É importante perceber quem é que contribui para a República.

Os americanos já perceberam que há quem receba da República, mas não contribua para a mesma:

http://money.cnn.com/2011/10/26/news/economy/occupy_wall_street_backlash/index.htm

They call themselves the 53%...as in the 53% of Americans who pay federal income taxes. And they are making their voices heard on Tumblr blogs, Twitter and Facebook pages devoted to stories of personal responsibility and work ethic.

The number originates in the estimate that roughly 47% of Americans don't pay federal income tax, according to the nonpartisan Tax Policy Center. The 53 percenters stress the fact that they are paying the taxes that support the government assistance the protesters say they want.

Anónimo disse...

Parte do funcionalismo público não corresponde a nenhuma necessidade do Estado.
Vai-se complexificando a burocracia para justificar uma legião de sugadores de recursos públicos.
Devem ficar apenas os estritamente necessários ao funcionamentos do aparelho.
O funcionalismo existe para servir os cidadão,mas como quase tudo neste país,entrou em perversão e agora somos nós que existimos para alimentar o monstro.
Vai doer,mas tem que ser redimensinado e não constituir um peso para os portugueses.

J.F. disse...

Estalou o verniz, tudo bem quando toca aos outros. Como eu me engano a classificar pessoas. Tenho andado eu com este blog nos favoritos

Anónimo disse...

Não foi o Dr ABC que criticou, e muito, as relações do anterior Governo com a Venezuela? Sim foi... Pois veja agora o que está a fazer o "seu" Governo em relação a esse relacionamento. Não só o manteve como lhe deu um carácter mais institucional.
Não foi o Dr ABc que gozou, e muito, com a hipótese da China comprar divida de Portugal. Sim foi... Pois veja que agora é a Europa que está à espera que a China compre divida.
Como as coisas são, não é Dr ABC?

Anónimo disse...

O caniche socretino não percebeu que o Cappo "Engenheiro" entregou portugal de bandeja aos prestamistas internacionais. O "Engenheiro" deixou Portugal em cacos por décadas. O "engenheiro" será julgado quando for à praia com a família, sem segurança. O "Engenheiro" não terá mais possibilidade de ter uma vida pública normal, enquanto houver memória. E a memória não se apaga. Vejam lá o que aconteceu ao Coronel líbio! Aquele que era amado pelo seu povo, teve o mais triste dos fins.

Anónimo disse...

Os tumores devem ser removidos.

http://economico.sapo.pt/noticias/nao-vamos-julgar-os-politicos-por-serem-politicos_130003.html

Isto numa altura em que o Procurador-Geral da República vai analisar uma possível investigação aos agentes políticos nacionais que no exercício das suas funções atentaram contra a solvabilidade do País.

Foi aliás Pinto Monteiro que accionou um processo disciplinar contra Cândida Almeida e os procuradores responsáveis pelos casos Freeport e dos Submarinos para apurar "eventuais anomalias registadas na concretização de actos processuais".

No entanto, a Procuradora garante que Paulo Portas não é suspeito no caso dos Submarinos: "o processo é contra desconhecidos". E reitera que "não havia indícios contra José Sócrates no Freeport".

"Várias vezes disse que não havia indícios. Não tínhamos elementos. Não vamos perseguir o senhor A ou B porque é político, se não houver indícios", defendeu, acrescentando: "Não gosto que o meu país seja visto como um país de corruptos. Se há crime, vamos perseguir; se não há, vamos isentar", conclui.

Isabel disse...

Bem me parecia que estava em curso um novo PREC, leia-se espoliação, apropriação ilegítima dos bens alheios só por pertencerem a "ricos". Um dia, se a omnipotente esquerda o permitir, será exposto todo o horror da descolonização apressada, das nacionalizações, expropriações, reforma agrária e tudo o mais que fez passar riqueza produzida ou herdada para as mãos de auto-denominados "antifascistas" Um conheci eu em Évora que se gabava das suas caçadas com amigos da "DGS", leia-se "PIDE",no antigo regime e que, no novo, se apressou a ocupar o hotel onde trabalhava, saneando o legítimo proprietário. Depois, dizia manter lá o "pobre velhote" por bondade. Claro está que o dito hotel rapidamente se degradou às mãos desse e de outros "trabalhadores". Será uma metáfora a degradação desse hotel para tudo o que se passou depois e que ainda se vem passando. Um dia, um espanhol disse-me que a diferença entre sustentar Franco e sustentar "estes" era a mesma que existia entre sustentar "cães bem tratados" e "cães esfaimados". É bem verdade que um cão, uma vez conhecida a fome, nunca deixa de a ter. Observo isso numa cadelita que salvei do abandono e que, dezasseis anos depois, ainda fareja tudo como uma "vira-lata", embora eu (ainda) lhe vá dando ração de boa qualidade e em quantidade.O cão esfaimado é a minha segunda metáfora e é verdade que PS e algum PSD têm à vez desempenhado bem esse papel. Os gestores públicos que substituiram os velhos patrões lembram-me a tristeza de Garrett, que, combatente pelo Liberalismo , se queixava em "Viagens na Minha Terra" de se ter substituído o frade pelo barão, sem qualquer vantagem. Assim estamos nós, os que sonhámos em Abril com um país civilizado e próspero. Mergulhados na mais profunda decepção. E, claro, num contexto de miséria galopante, há que buscar ricos judeus alemães ou aristocratas russos. Bolchevismo e nazismo mais não são que dois lados da mesma medalha, a inveja.Os invejados agora somos nós, os funcionários públicos, sem destrinça entre boys e girls corruptos e aqueles(muitos) que arriscaram o emprego (sim, um funcionário público também pode ser dispensado ou persuadido a sair, ou posto na prateleira até quase enlouquecer...) por denunciarem o muito que podia e devia ser feito pelos técnicos "da casa", mas que era adjudicado com enorme prejuízo, a "amigos", a vastas clientelas. A clivagem entre "públicos" e "privados" servirá muito bem a quem quer continuar a retirar como pode e sabe a uns e a outros aquele mínimo de dignidade que todo o humano merece. Fá-lo-á, empobreceremos, a classe média desaparecerá de vez e teremos então cumprido o destino que nos constroem:um terceiro-mundismo de muito ricos, muito pobres e nada in-between.

Anónimo disse...

O senhor PR vai ser o nosso último refúgio, o daqueles que nãso são doutures nem professores e que não ganharam nada com a vida antes do 25 de Abril, nem ganham nada agora.
Esperamos que o senhor PR nos represente dado que ninguém mais parece querer e faça com que o governo deixe de nos roubar.

Anónimo disse...

O Sr. PR vai levar duas equipas de futebol ao Paraguai!

Saravá, meu irmão!