O Governo socratino, através da Caixa Geral de Depósitos, torrou pelo menos 5.040 milhões no BPN (valores de Janeiro de 2011). Ontem, 31-7-2011, o Governo PSD-CDS vendeu o BPN ao angolano BIC por 40 milhões de euros. Na estrutura accionista do BIC português prepondera Isabel dos Santos (filha do presidente José Eduardo dos Santos) com 25%, outros 25% são de Américo Amorim e a maioria do capital da filial portuguesa pertence a angolanos (agradeço a informação do Skeptikos). Saldo actual da nacionalização do BPN: -5.000.000.000 euros!! Além disso, segundo o Dr. Mira Amaral, no telejornal das 21 horas da SIC-Notícias, de 31-7-2011, que o ango-lusitano BIC apenas ficará com 750 funcionários e a indemnização de despedimento dos restantes 850 será paga pelo Estado, o que acrescerá ao custo afundado público da operação. Esta é mais uma herança negra do socratismo.
Se queria salvar o banco, o Governo socialista podia ter aceite, em 2008, a alternativa muito mais barata do plano Cadilhe, que implicava a injecção de 600 milhões de euros. O Governo socialista nem sequer ganhou, como esperava para jogar contra o Presidente da República, o baú de segredos de Cavaco Silva, que afinal apenas continha um saldo de compra a venda de acções preferenciais. Safaram o seu dinheiro os accionistas da SLN (em vez de o perderem todo) e os depositantes. Ora, os investidores sabiam o que compraram e quem tinha depósitos no BPN sabia ao que ia: melhores taxas de depósito e maior risco. Como aqui defendi, o Estado devia ter deixado falir o BPN. O Estado não pode cobrir o chamado «risco sistémico», absorvendo o vício do próprio sistema.
Já se pode concluir que é uma ilusão (e uma promiscuidade repulsiva) o presumido dogma revelado pela grande depressão económica de 1929, de que não se devem deixar falir os bancos deficitários, para que a recessão não seja tão funda e tão longa. O Estado gastará uma grande parte do dinheiro angariável no apoio dos bancos, das seguradoras e dos conglomerados, durante mais duas décadas (como no Japão), a economia irá regredir no curto, médio e longo-prazo (como nos EUA, apesar da aceleração da máquina rotativa governamental de produção de dólares) e sobrará menos dinheiro ao Estado para acorrer aos mais necessitados e à própria economia. Já os banqueiros e os investidores financeiros ficarão mais ricos com essas tranferências directas para os seus bolsos. Até que o povo aqui e nos outros países sujeitos ao mesmo dogma e à mesma promiscuidade financeira, se canse. Importa lembrar que o Estado não existe para o serviço prioritário dos bancos e dos investidores financeiros.
* Imagem picada daqui.
Se queria salvar o banco, o Governo socialista podia ter aceite, em 2008, a alternativa muito mais barata do plano Cadilhe, que implicava a injecção de 600 milhões de euros. O Governo socialista nem sequer ganhou, como esperava para jogar contra o Presidente da República, o baú de segredos de Cavaco Silva, que afinal apenas continha um saldo de compra a venda de acções preferenciais. Safaram o seu dinheiro os accionistas da SLN (em vez de o perderem todo) e os depositantes. Ora, os investidores sabiam o que compraram e quem tinha depósitos no BPN sabia ao que ia: melhores taxas de depósito e maior risco. Como aqui defendi, o Estado devia ter deixado falir o BPN. O Estado não pode cobrir o chamado «risco sistémico», absorvendo o vício do próprio sistema.
Já se pode concluir que é uma ilusão (e uma promiscuidade repulsiva) o presumido dogma revelado pela grande depressão económica de 1929, de que não se devem deixar falir os bancos deficitários, para que a recessão não seja tão funda e tão longa. O Estado gastará uma grande parte do dinheiro angariável no apoio dos bancos, das seguradoras e dos conglomerados, durante mais duas décadas (como no Japão), a economia irá regredir no curto, médio e longo-prazo (como nos EUA, apesar da aceleração da máquina rotativa governamental de produção de dólares) e sobrará menos dinheiro ao Estado para acorrer aos mais necessitados e à própria economia. Já os banqueiros e os investidores financeiros ficarão mais ricos com essas tranferências directas para os seus bolsos. Até que o povo aqui e nos outros países sujeitos ao mesmo dogma e à mesma promiscuidade financeira, se canse. Importa lembrar que o Estado não existe para o serviço prioritário dos bancos e dos investidores financeiros.
* Imagem picada daqui.
17 comentários:
Deculpe que lhe diga mas só mudaram as moscas pq a m**** continua a mesma. Veja só:
Este Gov. em vez de cortar a sério na despesa, com a extinção de EP's; IP's; FP's etc, toma medidas folclóricas como seja os Gov. Civis e a não obrigatoriedade da gravata da ministra Cristas...
Contudo, foi célere no corte do subsídio de Natal... de quem não pode fugir..., nós, a classe média...
Para quando a criação de uma COMISSÃO que sindique a actuação de todos estes vendilhões do templo, desde 25.04.1974, e os responsabilize quer civilmente pelo confisco dos bens que têm em seu nome ou em nome de terceiros quer criminalmente????
Pense-se nisso, o resto é fogo de artifício!!!!!
Não podia concordar mais: "O Estado não existe para o serviço prioritário dos bancos e dos investidores financeiros".
Mau,muito mau. Afinal o que é o Estado e a quem serve?
Isto é totalmente inceitável. Perde sempre que trabalha abenegadamente e não tem influências na NOMENKLAURA.
Como disse o advogado portuense António Vilar, o Estado devia interpôr acções contra os accionistas (SLN, etc.), pois foram eles os directamente beneficiários desse colossal desfalque.
A Coelha também devia ser confiscada a/f do Tesouro.
Nem comento... uma pura perda de tempo e tremendo desgaste intelectual.
Ainda assim... só uma achega - Temos aquilo que merecemos, aliás, ainda não o suficiente, para quem anda, há quase 40 anos, a brincar às políticas e aos países... como quem brinca às casinhas...
Lamento muito pela minha prole. Tudo farei para os tirar daqui.
O Estado Morto em contraponto ao Estado Novo.
Democracia só com grande esforço intelectual a isto se pode chamar de...
Nos Irmãos Karamazov,de Dostoievski, na Parábola do Grande Inquisidor, este velho de sotaina muito usada fala para Jesus Cristo dizendo-lhe que ele nunca poderia vir antes do fim dos tempos e que ele, o Inquisidor, se substituiu a Ele e em troca do pão celeste prometido por Jesus, a grande imensidão da humanidade lhe depositou a Seus pés, a Liberdade.
Eu por mim deposito a Liberdade em troco da verdade, da equidade e da justiça, porque o Estado Morto existe e em avançado estado de putrefacção.
Toupeira
Senhor Balbino O PS nacionalizou para pagar o dinheiro que os homens do psd ROUBARAM agora vendem... por 40 milhões mas vão lá meter mais 400 milhões e ainda vão pagar indemnizações a 850 trabalhadores.
Portanto o ps andou mal o psd continua a andar como disse alguém noutro comentário só mudaram as moscas...
Democracia verdadeira, já!
Leia-se: DIREITO AO VETO de quem paga (vulgo contribuinte):
- blog fim-da-cidadania-infantil.
{um ex: a nacionalização do negócio 'madoffiano' BPN nunca se realizaria: seria vetada pelo contribuinte!}
Caro Prof ABC
Paga o povo e ficam-se a rir!
Portugal é o novo enclave angolano na Europa.
Não é por acaso que grande parte dos novos governantes vieram ou nasceram em Angola.
Ademais, o Prof. Cavaco é um amigo do peito do Engº José Eduardo dos Santos, do MPLA e do loby angolano.
Portugal de potência colonizadora passa ao honroso estatuto de colónia europeia duma potência regional africana.
«Portugal de potência colonizadora passa ao honroso estatuto de colónia europeia duma potência regional africana.»
Também, mas acima de tudo perdeu soberania a favor da Alemanha.
Aliás, a meu ver a Alemanha ganhou a guerra político-económica que estamos a viver. à terceira foi de vez.
Para além das jogadas promiscuas na Banca falida, pergunto se não estamos a embarcar noutra jogada macabra para o contribuinte nacional? Ou seja, A colocação dos senhores Machete ("ex"-SLN/BPN) e Nogueira Leite (Brisa) na CGD não signigficará que P. Passos Coelho está prestes a liquidar/adiar o "TGV" e a comprar o próximo grande roubo do século: o embuste da Ota em Alcochete? Maior jogada para esta cambada não há e os tolos que somos nós estamos a permitir que o grupo do betão/centrão enriqueça escandalosamente às nossas custas, dos nossos filhos e netos!
«De que é que Portugal precisa? De um novo Aeroporto!» http://oinsurgente.org/2011/04/18/de-que-e-que-portugal-precisa-de-um-novo-aeroporto/
Depois do flop de Beja só mesmo Alcochete!
Curiosamente a CIP que tão entusiasticamente acena ao novo elefante branco em Alcochete também anda a acenar à recuperação do município de Lisboa.
Sempre os mesmos a roubar descarada e impunemente este país. http://www.tretas.org/PrediosDevolutosLisboa
Mais sobre o BPN aqui: http://oeconomistaport.wordpress.com/2011/08/02/a-venda-do-bpn-7-aspectos-a-esclarecer/#respond
Pobre povo aparvalhado que continua a permitir a descarga constante de fezes pela cabeça abaixo !!!!
Não sei se rir ou chorar!
... e viva a corrupção . .
Quando vi o PSD em apuros e a precisar de união face a uma "cruzada" ética de Manuela Ferreira Leite contra a "porcaria" instalada (E TINHA RAZÂO!), vi muitas vezes o Mira Amaral a atacá-la nos media, lá saberá porquê. Depois, a par de Belmiro de Azevedo, Balsemão e outros notáveis capitalistas cá do Burgo(veremos os negócios que se seguem...) aparece como apoiante convicto de Passos Coelho. Tudo meras coincidências, como se está a vêr. Entretanto, a conta paga o Zé Povinho! ATÉ VÊR...
Palavras mais para quê, ou como se engavetou o país ?!(...) «Um documento tornado público pouco tempo antes da sua substituição por Guilherme d'Oliveira Martins. Era então primeiro-ministro António Guterres e a actual vogal do Banco de Portugal, Teodora Cardoso, fez questão de incluir uma deliberação de voto demonstrando o seu descontentamento pelo resultado final. Mais as medidas em causa não passaram de simples recomendações do Governo da altura.» http://economico.sapo.pt/noticias/50-medidas-contra-o-defice_123332.html
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