O Presidente da República proferiu um notável discurso nas comemorações do Dia de Portugal, em Castelo Branco, ontem, 10-6-2011. No conteúdo e até na forma.
Tenho insistido que tem sido muito desprezada a indicação de desígnios para o País que o Presidente Cavaco Silva, em contraste com a gestão palaciana da política nacional que o Presidente Sampaio preferiu. Como Cavaco Silva disse: «Portugal é mais do que a vida dos partidos ou o ruído dos noticiários» e o Presidente «deve apontar linhas de rumo e caminhos de futuro».
Cavaco dedicou o discurso, e a opção da comemoração em Castelo Branco, ao interior do País. Fez a análise do problema: despovoamento e perda de actividade e rendimento do interior, desequilíbrio interno com um País a duas velocidades e menosprezo do interior pelos Governos. E depois lançou o desígnio da «justiça territorial» - «a justiça social é, também, justiça territorial».
Com efeito, como temos também aqui apontado, ainda que por outras palavras, a justiça territorial é aquela em que temos de deixar de dar prioridade ao nosso irmão da cidade, qualquer que seja a sua origem, que, nesta vive à margem dela num gueto que ele próprio fecha, face ao nosso irmão do interior, que não tem acesso ao cosmopolitismo de que o irmão da cidade beneficia (centros comerciais, cinemas, desportos, recursos educativos no básico, secundário e superior melhores e mais completos, saúde mais rápida e de melhor qualidade, assistência social variada e mais pródiga). Nesse sentido, face ao cosmopolitismo que quase todos procuram, marginal tornou-se o irmão do interior ou do campo, da aldeia, vila ou pequena cidade...
Creio que foi em 1995, com a vitória do Partido Socialista, que Portugal virou para a prioridade a Lisboa - os socialistas estavam fartos do dinheiro do desenvolvimento ir para o resto do país, onde a União Europeia, para lá dos Governos de Cavaco Silva, o queriam. Lisboa, escandalosamente uma região de Objectivo 1 dos Fundos Estruturais (porque agregou o Oeste e o Vale do Tejo para lhe diminuir o rendimento per capita) - ao contrário de Madrid, passou a receber os grandes investimentos. Lisboa enriqueceu e até sofreu o phasing out da região de Objectivo 1, em que recebia mais contrapartidas. Os socialistas sabiam que os votos estavam na cidade grande, e noutras, e propuseram a esse eleitorado recentrar os investimentos nas grandes cidades - e o eleitorado citadino deu-lhes a vitória. O desequilíbrio do país passou da inclinação para o mar na costa norte e centro e no Algarve - o apelo do mar continuou a ser muito pequeno no Alentejo - para um desenvolvimento centrado em Lisboa, cidade atlântica, uma cidade de shoptainment europeu e africano, megalópole nacional que tudo suga e concentra. O Porto foi uma das cidades que mais ressentiu esse desvio de investimento e comércio, um fenómeno de que me dei conta em meados dos anos 90, quando aí leccionava na universidade. Os investimentos dos governos Sócrates nas novas auto-estradas, itinerários principais e complementares, através de parceriasd público-privadas, foram justificados por discriminação positiva do interior, mas, na verdade, devem-se à opção de financiamento das empresas de obras públicas associadas a consórcios bancários - se esse dinheiro fosse gasto num programa de desenvolvimento agro-industrial os resultados seriam outros.
Cavaco citou Orlando Ribeiro, Mattoso e Daveau - e ainda poderia ter citado Jorge Dias, um antropólogo desprezado porque falava do Portugal profundo e do carácter nacional. A auto-suficiência alimentar é um delírio - uma espécie de paranmésia socialista que atribui aos Governos de Cavaco a pretensa destruição da agricultura e das pescas, que antes seriam florescentes. O Presidente vincou que nunca fomos auto-suficientes nos produtos alimentares (nem sei se mesmo no início dos anos 70, com as colónias o fomos, pois alguns dos territórios africanos, como Cabo Verde, sempre foram deficitários) e tal também não é possível agora, quando importamos 6 mil milhões de euros de produtos agrícolas e exportamos apenas 3 mil milhões de euros desses produtos. Como poderia este rectângulo continental de 89.015 km², mais os 2.346 km² dos Açores e os 801 km² da Madeira, com 10.636.979 residentes (dado de 2010), ser autosuficiente em termos alimentares quando três quartos do seu território só têm aptidão florestal?...
Cavaco propôs um incentivo especial das políticas públicas a favor das empresas, um programa de repovoamento agrário do interior e fazer das «cidades do interior de média dimensão pólos de desenvolvimento regional». Eu acrescentaria que esse incentivo especial deve não só ser atribuído às empresas, mas também ser criado um incentivo fiscal aos particulares que residam no interior - em vez do aumento exponencial de impostos sobre o património que o Governo anterior negociou com a União Europeia e o FMI e que vão sobrecarregar os pequenos proprietários rurais. Cavaco Silva destacou ainda o apoio ao turismo de qualidade e a promoção do património histórico-cultural, da gastronomia e dos produtos tradicionais.
Na conclusão do discurso, o Presidente recomenda a utilização da geografia em nosso proveito. Cavaco Silva fala da geografia interna, da vantagem do desenvolvimento e repovoamento do interior deserto. Porque, no plano da interacção externa, a geografia do país tem sido usada para a emigração - a Europa, que substituíu as Américas, e novamente a África - pelos portugueses que aqui não têm condições de desenvolvimento - e, ainda que num fluxo menor, para a imigração africana e brasileira e leste europeia em trânsito para a Europa centro-norte, principalmente para Lisboa, capital do império que já não é, mas metrópole faustosa internacional.
Gostaria que este Governo voltasse a dar atenção ao interior. Sei que em época de crise, as políticas de incentivos são reduzidas, ou suspensas, porque a prioridade é a política social e a aplicação do dinheiro nas alocações mais rendíveis. Mas é possível, com pouco, fazer muito. O País precisa de um Duarte Pacheco, de fibra e acção, à frente de um Ministério do Desenvolvimento Rural, que promova o aproveitamento e o progresso do campo e do interior. Entendo que, ainda que com pouco dinheiro, é viável mobilizar o potencial endógeno local, e a vontade exógena do povo, para o re-desenvolvimento do interior e o reequilíbrio do País.
A situação é muito difícil - e mais se apresentará quando conhecermos os verdadeiros números da dívida pública e dos dados estatísticos camuflados. Contudo, a tal «alma de um povo» que o Presidente realçou neste discurso, deve ser conjurada para a recuperação de Portugal.
A soberania, esse produto da vontade nacional, foi-se numa noite negra de preguiça e corrupção. Mas há-de ressurgir em dia de névoa matinal, com homens viris e mulheres diligentes e espírito de sacrifício pela Pátria. Portugal nunca acabará.
* Imagem picada daqui.
Tenho insistido que tem sido muito desprezada a indicação de desígnios para o País que o Presidente Cavaco Silva, em contraste com a gestão palaciana da política nacional que o Presidente Sampaio preferiu. Como Cavaco Silva disse: «Portugal é mais do que a vida dos partidos ou o ruído dos noticiários» e o Presidente «deve apontar linhas de rumo e caminhos de futuro».
Cavaco dedicou o discurso, e a opção da comemoração em Castelo Branco, ao interior do País. Fez a análise do problema: despovoamento e perda de actividade e rendimento do interior, desequilíbrio interno com um País a duas velocidades e menosprezo do interior pelos Governos. E depois lançou o desígnio da «justiça territorial» - «a justiça social é, também, justiça territorial».
Com efeito, como temos também aqui apontado, ainda que por outras palavras, a justiça territorial é aquela em que temos de deixar de dar prioridade ao nosso irmão da cidade, qualquer que seja a sua origem, que, nesta vive à margem dela num gueto que ele próprio fecha, face ao nosso irmão do interior, que não tem acesso ao cosmopolitismo de que o irmão da cidade beneficia (centros comerciais, cinemas, desportos, recursos educativos no básico, secundário e superior melhores e mais completos, saúde mais rápida e de melhor qualidade, assistência social variada e mais pródiga). Nesse sentido, face ao cosmopolitismo que quase todos procuram, marginal tornou-se o irmão do interior ou do campo, da aldeia, vila ou pequena cidade...
Creio que foi em 1995, com a vitória do Partido Socialista, que Portugal virou para a prioridade a Lisboa - os socialistas estavam fartos do dinheiro do desenvolvimento ir para o resto do país, onde a União Europeia, para lá dos Governos de Cavaco Silva, o queriam. Lisboa, escandalosamente uma região de Objectivo 1 dos Fundos Estruturais (porque agregou o Oeste e o Vale do Tejo para lhe diminuir o rendimento per capita) - ao contrário de Madrid, passou a receber os grandes investimentos. Lisboa enriqueceu e até sofreu o phasing out da região de Objectivo 1, em que recebia mais contrapartidas. Os socialistas sabiam que os votos estavam na cidade grande, e noutras, e propuseram a esse eleitorado recentrar os investimentos nas grandes cidades - e o eleitorado citadino deu-lhes a vitória. O desequilíbrio do país passou da inclinação para o mar na costa norte e centro e no Algarve - o apelo do mar continuou a ser muito pequeno no Alentejo - para um desenvolvimento centrado em Lisboa, cidade atlântica, uma cidade de shoptainment europeu e africano, megalópole nacional que tudo suga e concentra. O Porto foi uma das cidades que mais ressentiu esse desvio de investimento e comércio, um fenómeno de que me dei conta em meados dos anos 90, quando aí leccionava na universidade. Os investimentos dos governos Sócrates nas novas auto-estradas, itinerários principais e complementares, através de parceriasd público-privadas, foram justificados por discriminação positiva do interior, mas, na verdade, devem-se à opção de financiamento das empresas de obras públicas associadas a consórcios bancários - se esse dinheiro fosse gasto num programa de desenvolvimento agro-industrial os resultados seriam outros.
Cavaco citou Orlando Ribeiro, Mattoso e Daveau - e ainda poderia ter citado Jorge Dias, um antropólogo desprezado porque falava do Portugal profundo e do carácter nacional. A auto-suficiência alimentar é um delírio - uma espécie de paranmésia socialista que atribui aos Governos de Cavaco a pretensa destruição da agricultura e das pescas, que antes seriam florescentes. O Presidente vincou que nunca fomos auto-suficientes nos produtos alimentares (nem sei se mesmo no início dos anos 70, com as colónias o fomos, pois alguns dos territórios africanos, como Cabo Verde, sempre foram deficitários) e tal também não é possível agora, quando importamos 6 mil milhões de euros de produtos agrícolas e exportamos apenas 3 mil milhões de euros desses produtos. Como poderia este rectângulo continental de 89.015 km², mais os 2.346 km² dos Açores e os 801 km² da Madeira, com 10.636.979 residentes (dado de 2010), ser autosuficiente em termos alimentares quando três quartos do seu território só têm aptidão florestal?...
Cavaco propôs um incentivo especial das políticas públicas a favor das empresas, um programa de repovoamento agrário do interior e fazer das «cidades do interior de média dimensão pólos de desenvolvimento regional». Eu acrescentaria que esse incentivo especial deve não só ser atribuído às empresas, mas também ser criado um incentivo fiscal aos particulares que residam no interior - em vez do aumento exponencial de impostos sobre o património que o Governo anterior negociou com a União Europeia e o FMI e que vão sobrecarregar os pequenos proprietários rurais. Cavaco Silva destacou ainda o apoio ao turismo de qualidade e a promoção do património histórico-cultural, da gastronomia e dos produtos tradicionais.
Na conclusão do discurso, o Presidente recomenda a utilização da geografia em nosso proveito. Cavaco Silva fala da geografia interna, da vantagem do desenvolvimento e repovoamento do interior deserto. Porque, no plano da interacção externa, a geografia do país tem sido usada para a emigração - a Europa, que substituíu as Américas, e novamente a África - pelos portugueses que aqui não têm condições de desenvolvimento - e, ainda que num fluxo menor, para a imigração africana e brasileira e leste europeia em trânsito para a Europa centro-norte, principalmente para Lisboa, capital do império que já não é, mas metrópole faustosa internacional.
Gostaria que este Governo voltasse a dar atenção ao interior. Sei que em época de crise, as políticas de incentivos são reduzidas, ou suspensas, porque a prioridade é a política social e a aplicação do dinheiro nas alocações mais rendíveis. Mas é possível, com pouco, fazer muito. O País precisa de um Duarte Pacheco, de fibra e acção, à frente de um Ministério do Desenvolvimento Rural, que promova o aproveitamento e o progresso do campo e do interior. Entendo que, ainda que com pouco dinheiro, é viável mobilizar o potencial endógeno local, e a vontade exógena do povo, para o re-desenvolvimento do interior e o reequilíbrio do País.
A situação é muito difícil - e mais se apresentará quando conhecermos os verdadeiros números da dívida pública e dos dados estatísticos camuflados. Contudo, a tal «alma de um povo» que o Presidente realçou neste discurso, deve ser conjurada para a recuperação de Portugal.
A soberania, esse produto da vontade nacional, foi-se numa noite negra de preguiça e corrupção. Mas há-de ressurgir em dia de névoa matinal, com homens viris e mulheres diligentes e espírito de sacrifício pela Pátria. Portugal nunca acabará.
* Imagem picada daqui.
11 comentários:
Sobre o grande discurso de D. Cavácuo Silva, o Repovoador, leia-se este justiceiro comentário:
http://estadosentido.blogs.sapo.pt/1597252.html
O CSM-CONSELHO SUPERIOR DA MÁFIA CONTINUA A FAZER DAS SUAS.ESTÁ NA ALTURA DE LANÇAR EM PORTUGAL UMA GRANDE OPERAÇÃO ANTI-MÁFIA COM O NOME DE MÃOS LIMPAS PARA LIMPEZA DO ESTADO E ANEXOS.O POVO NÃO ACEITA NEM MAIS UM SACRIFÍCIO SEM QUE OS RESPONSÁVEIS PELA BANCARROTA SÓCRETINA SEJAM RESPONSABILIZADOS OU TERÁ TODA A LEGITIMIDADE PARA ENTRAR NUM PROCESSO DE RESISTÊNCIA GENERALIZADO.O PRIMEIRO OBJECTIVO DESSA OPERAÇÃO ANTI-MÁFIA DEVE SER A JUSTIÇA, DEVEM SER OS MAGISTRADOS QUE PROTEGERAM E ENCOBRIRAM TODOS OS CRIMES DA DITADURA SÓCRETINA.ESSE É UM PONTO ESSENCIAL PARA QUE POSSA SER CUMPRIDO O PROGRAMA DA TROIKA.UM ESTADO PORCO E CÚMPLICE NUNCA SERÁ CAPAZ DE O FAZER. E, POR FAVOR, NEM MAIS UM POTE DE GRAXA PARA OS ACTUAIS RESPONSÁVEIS POLÍTICOS PORTUGUESES TODOS ELES COM UMA QUOTA PARTE DE RESPONSABILIDADE POR ACÇÃO, OMISSÃO OU COBARDIA NA ACTUAL DESGRAÇA PORTUGUESA.
Chegou a hora de pagar as trafulhices e não de fugir para França.
Não venha o novo governo exigir dos inocentes o que não exige dos culpados!
Votei neles apenas para afastar este erro da natureza do poder.
Mas só terão o meu suporte se agirem com rectidão para com os cidadãos deste país.
Auditorias,investigação,punição e confiscação de bens,entre eles os offshores.
Só depois terão legitimidade para chamar os restantes portugueses a fazer mais sacrifícios.
Dr Caldeira não concordo mesmo nada com todos os elogios que tece ao discurso do Prof Cavaco e Silva Vir falar agora do "programa de repovoamento agrário do interior e fazer das «cidades do interior de média dimensão pólos de desenvolvimento regional" qd sob a sua governação se construiram estradas , e se deixou a CE fazer tudo o quiz em relação à agricultura e vir agora branquear todo um passado é um pouco exagerado .. Já em tempos tb noutro discurso Cavaco e Silva começou a olhar para a riqueza do nosso mar.. Por favor! Será mesmo falta de memória?
Senhor Professor
O senhor não pode ficar insensível a esta CALAMIDADE.
Será este o desenvolvimento do interior de Portugal que pretendem os SENHORES DA POLÍTICA com palavras tão bem discursadas?
A seguir virá o resto.
Por favor divulgue este texto para que os seus leitores e todo o País tomem consciência do PERIGO.
http://www.publico.pt/Sociedade/portugal-seculo-xxi-ha-escravos-levados-das-beiras-para-espanha_1498400
Mais um discurso de sintomas. De conversa "sintomática" estamos nós cansado. Evidentemente, que Cavaco Silva toca em aspectos fulcrais, mas vir agora apelar "ao regresso ao campo", depois do que não se fez durante mais de 30 anos, é no mínimo demonstrador de desonestidade intelectual.
Portugal vai ter sim um "regresso à emigração", e em massa. Para Londres, Paris, Luanda, São paulo e afins. Depois, ficarão à espera que os novos emigrantes mandem as tais remessas.
Os problemas de que Portugal padece são iguais aos de há 30 anos, 100 anos ou ainda mais antigos. Os problemas de auto-suficiência vêm de longe, de muito longe. E não se venha dizer que o problea é de que a "terra é de base florestal". Mesmo que assim seja, é importante lembrar que a Finlândia é um grande produtor florestal, e tira partido disso, pois apesar de ser um território inóspito, tem empresas de celulose das maiores do mundo.
Já se via há muito tempo que depois do fim do Império, imposto á pressa por Soares e pela Abrilada, Portugal ficaria com um vazio a vários níveis, deixava de ser um grande produtor de café, de sizal, de diamantes, de petróleo, e deixava de ter mercados cativos que recebiam o vinho - zurrapa que cá se produzia, os chouriços, os presuntos, etc.
Depois do fim do Império, veio a UE, que suportou Portugal desde 1986 até 2013. Acabou. Agora, toca a trabalhar, e aproveitando todo o terreno arável, com fins florestais ou não, e o Mar. Agora, onde está o conhecimento e as infrasestruturas para explorar a agricultura e as pescas? Já não subsídios para os adquirir, as velhas enxadas já são ineficientes, e a malta já não sabe trabalhar. Aliás, nos Açores, o pessoal que aufere o rendimento Mínimo diz que se desabitou de trabalhar.
Portugal morreu. Vai vegetando porque os mecenas da mendicidade internacional ainda o vão deixando á tona.
É Santo António. É o fado!
QUANDO É QUE O PROF. CAVACO TEM FINALMENTE A CORAGEM DE FALAR DA ÚNICA QUESTÃO RELEVANTE NESTE MOMENTO?A LIMPEZA DO ESTADO E A PUNIÇÃO EXEMPLAR DOS RESPONSÁVEIS PELA BANCARROTA SÓCRATES.ESTAMOS FARTOS DE PALEIO COM O CHILREAR DE PASSARINHOS PELO MEIO OU DE CONVITES PARA ALMOÇAR À BORLA AOS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS PELO DESCALABRO DA JUSTIÇA.QUEM NÃO TEM CORAGEM NÃO PODE SER PRESIDENTE.SENÃO TERÁ DE LHE SER RECORDADO O ART.21º DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA.CORAGEM NÃO É ANDAR A PERSEGUIR JORNALISTAS COM O APOIO DO SINISTRO MONTEIRO.
O Presidente da República, Cavaco Silva, solicitou ao Ministério Público para instaurar um processo crime contra o director da revista Sábado, Miguel Pinheiro, por considerar que este ofendeu a sua honra num comentário que escreveu na coluna Sobe e Desce do passado dia 27 de Janeiro.
O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, participou o caso à directora do DIAP, Maria José Morgado, que avançou com o processo depois de Cavaco Silva ter afirmado que pretendia o prosseguimento criminal.
Em referência ao discurso de vitória do Presidente, Miguel Pinheiro escreveu: "Tal como Fátima Felgueiras e Isaltino Morais, Cavaco Silva acha que uma vitória eleitoral elimina todas as dúvidas sobre negócios que surgem nas campanhas".
O director da Sábado alega que na altura em que fez o discurso Cavaco Silva ainda não era Presidente e requereu a instrução do processo.
http://www.publico.pt/Sociedade/director-da-sabado-acusado-de-ofender-presidente-da-republica_1498226
O Presidente CS sabe pouco de justiça mas há uma coisa que ele sabe: vai perder, ponto final parágrafo.
Caro Dr. A Balbino Caldeira ao analisar o discurso do Presidente CS na forma e conteúdo, verificou com certeza a impossibilidade da sua concretização a médio prazo, ou não? Não passa de academismo balofo, infelizmente.
Há outras urgências.
Viva Portugal,
Napoleão
Professor tenho muita consideração por si mas quando se trata de certos assuntos o Senhor perde a razão. Cavaco e Silva fez um discurso notável?? O PR devia ter tido a coragem de demitir Socrates qd percebeu ou deveria ter percebido, como Economista que é, a gravidade da situação económica .Estimular a Agricultura agora?? Qd era PM tudo fez para a abandonar e agora , num passo de mágica quer reabilitá-la? demora anos! Não vejo que o PR tenha qualidades notáveis nem nada que se pareça. Qd foi preciso mostrar as ditas qualidades falhou.Lamento mas não podemos fechar os olhos! Assim como critiquei outros dirigentes este tb deve ser criticado qd aje mal.
Sinceramente, o seu complexo contra o socialismo deve ser um trauma de criança. È bom lembrar que cavaco dava dinheiro a qum abandona-se a agricultura e as pescas.... Por isso enganou-se não foi em 1995 que o país se virou para lisboa, mas sim antes com o sr. Silva.
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