É impossível que as diplomacias dos países democráticos não tivessem informação sobre o reinado de terror de Kadafy na Líbia, uma espécie de Calígula dos nossos dias. Porém, o velho cinismo da chamada política realista levou países com supostos governos decentes a colaborar com o regime líbio, para efectuar negócios e explorarem as suas riquezas. Portugal foi, no consulado do imperador Sócrates, um expoente dessa promiscuidade nas relações internacionais que levou à aliança com regimes anti-democráticos como os da Líbia, do Irão e da Venezuela.
A revolução da cidadania mundial, de que a Wikileaks é o fenómeno mais notório, vai provocar mudança na forma de fazer política. A imoralidade do Estado pactuar com tiranias e corrupção não desaparecerá - mas terá de ser mais limitada, esquiva e camuflada. O povo já não tolera facilmente a mentira.
* Imagem picada daqui.
4 comentários:
Pois mas o povo também quer combustível... e produtos baratos sem se preocupar com a sua proveniência. De Estados onde os direitos mínimos não são respeitados.
Com amigos destes ...imaginem que depois ainda vai pedir dinheiro à Merkel ..ahahahahahahakakakakakaka
kakakakakakakakakakakaka
Caboclo
Cara Ana,transportar para os povos o ónus da actuação indigna e ignominiosa dos governantes é,no mínimo,paradoxal.
Como sabe,estamos a pagar combustíveis caríssimos,para subsidiar vigarices e TGV's,e ainda não vi ninguém revoltado.
Não sei que povos conhece e que refere,que se guiam por toda essa falta de carácter e de principios.
Acho graça como muitos de vocês conseguem criticar as relações comerciais de um estado dito democrático com estados não respeitadores dos direitos humanos, mas são vocês mesmo que todos os dias consomem produtos e serviços de estados iguais e semelhantes e de corporações que exploram e escravizam o homem. Apontar o dedo todos nós sabemos fazer agora a necessidade moral de um individuo face ao mundo em que vive como é ?! portugal moralista e dos pequeninos mesmo.
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