Hoje, 7-2-2011, o Governo pediu dinheiro emprestado por cinco anos a um «sindicato bancário» (conjunto de bancos), pois, muito provavelmente, se pedisse para pagar em dez anos, não teria quem lhe emprestasse o que precisa imediatamente. Diz o Económico que no início desta manhã «fonte governamental tinha indicado ao Económico que a colocação atingira os sete mil milhões de euros», o que constituía «30% do programa de financiamento médio longo prazo para este ano». O Governo estima que as necessidades de financiamento em 2011 sejam de «20 mil milhões de euros», o que corresponde a menos 20% do que em 2010 (ainda que a taxa de juro tenha subido face à média de 2010...) - o Dr. Passos Coelho, qual aborta-prazeres, anda por aí a dizer que o Estado carece de cerca do dobro (39 mil milhões de euros), mas o número rigoroso é, então, outro: 20 mil milhões de euros. Mais, ainda que só tenha conseguido metade do que, de manhã, dizia ser necessário até Abril, parece que, agora, metade dá para o dobro, até, como dizia Millôr Fernandes, sobrar cada vez mais mês no fim do dinheiro... Porquê a meta de Abril? Porque já sabia que nesta cimeira europeia de 4-2-2011, nada se decidiria, como não decidiu, e só se pode esperar um acordo na cimeira de 24 e 25 de Março de 2011 para o establecimento de um mecanismo de concessão rápida e menos condicionada de empréstimos a países em dificuldades, data até à qual Sócrates vai procurar resistir, mesmo sem a habitual ajuda constante do Banco Central Europeu.
Porém, à tarde, as notícias já eram outras: uma boa e uma má. A boa, como diria o meu Prof. Jorge Vasconcellos e Sá, é de a taxa de juro neste empréstimo a cinco anos foi de 6,45%, ou seja, apenas 3,6% acima da taxa de referência do mercado... A má notícia é de que o Estado arrecadou somente 3,5 mil milhões, e não os 7 mil milhões que previra da parte da manhã e que se teve de recorrer aos investidores nacionais (CGD?...), que emprestaram 31% do montante emitido pelo Governo, para a operação não correr ainda pior. A procura chegou aos 6 mil milhões, mas os potenciais credores queriam uma taxa de juro muito alta e o Governo teve de se conformar com pouco. Aliás, a taxa de juro das obrigações do Estado português a dez anos estão nesta hora em 7,15%, quinze décimas acima do limiar «insustentável».
Por mais que a doure, esta emissão foi mais um fiasco. Isto é, o Governo pede dinheiro a prazos cada vez mais curtos e obtém empréstimos cada vez mais curtos, tendo-se frustrado a carta salvífica do grande empréstimo por «sindicato bancário». Mas importa não subestimar Sócrates: mais cedo vende activos, promete ceder empresas e negócios ao estrangeiro, e «engenheira» as contas do que apela publicamente à intervenção da União Europeia/FMI. Sabendo que o Governo será demitido se o FMI/União Europeia forem chamados a uma intervenção directa, Sócrates tudo fará para não os chamar. Sócrates pode deixar o País hipotecado, sem anéis e com dedos exangues, mas, como não pode fugir nem esconder-se no estrangeiro, continuará a esgrimir, tal e qual um histrião cercado que, já sem espada, atira jarras e pratos contra o oponente divertido, perante o escárnio do público de uma opereta barata.
* Criação picada daqui.
Actualização: este poste foi emendado às 23:13 de 7-2-2011.
Porém, à tarde, as notícias já eram outras: uma boa e uma má. A boa, como diria o meu Prof. Jorge Vasconcellos e Sá, é de a taxa de juro neste empréstimo a cinco anos foi de 6,45%, ou seja, apenas 3,6% acima da taxa de referência do mercado... A má notícia é de que o Estado arrecadou somente 3,5 mil milhões, e não os 7 mil milhões que previra da parte da manhã e que se teve de recorrer aos investidores nacionais (CGD?...), que emprestaram 31% do montante emitido pelo Governo, para a operação não correr ainda pior. A procura chegou aos 6 mil milhões, mas os potenciais credores queriam uma taxa de juro muito alta e o Governo teve de se conformar com pouco. Aliás, a taxa de juro das obrigações do Estado português a dez anos estão nesta hora em 7,15%, quinze décimas acima do limiar «insustentável».
Por mais que a doure, esta emissão foi mais um fiasco. Isto é, o Governo pede dinheiro a prazos cada vez mais curtos e obtém empréstimos cada vez mais curtos, tendo-se frustrado a carta salvífica do grande empréstimo por «sindicato bancário». Mas importa não subestimar Sócrates: mais cedo vende activos, promete ceder empresas e negócios ao estrangeiro, e «engenheira» as contas do que apela publicamente à intervenção da União Europeia/FMI. Sabendo que o Governo será demitido se o FMI/União Europeia forem chamados a uma intervenção directa, Sócrates tudo fará para não os chamar. Sócrates pode deixar o País hipotecado, sem anéis e com dedos exangues, mas, como não pode fugir nem esconder-se no estrangeiro, continuará a esgrimir, tal e qual um histrião cercado que, já sem espada, atira jarras e pratos contra o oponente divertido, perante o escárnio do público de uma opereta barata.
* Criação picada daqui.
Actualização: este poste foi emendado às 23:13 de 7-2-2011.
3 comentários:
Há um erro no texto que refere 7 milhões, ....pois são 7 mil milhões.
Desta vez, o petróleo não veio da China, do Qatar, nem do Brasil. Veio da Av. João XXI, da CGD, que por mero acaso é do Estado.
Sócrates, O Alquimista, vai ficar assim conhecido. Alguém que sobrevive, sabe-se lá porquê e como.
Bem, para alguns......é de facto, .....ista!
MUBARAK VAI PARA A ALEMAMANHA PARA O MAX-GRUNDIG INSTITUTE ONDE MUITO DIGNAMENTE SERÁ SUBMETIDO A EXAMES MÉDICOS PROLONGADOS.SÓCRATAK TAMBÉM VAI PARA A ALEMANHA PARA A CLINÍCA MERKEL DE ALIENADOS MENTAIS.AÍ FICARÁ INTERNADO COM CAMISOLA DE FORÇAS PARA NÃO DAR PONTAPÉS NAS ENFERMEIRAS ENQUANTO É TRATADO COM ELECTROCHOQUES ÀS DOENÇAS DA MENTIRA COMPULSIVA E DA PILHAGEM GENERALIZADA DO ERÁRIO PÚBLICO.
Gostaria que o PP tivesse dado mais enfase à revolução no Egipto assim como a entendi. A sociedade civil organizada cansada de ser explorada e humilhada deu e está a dar uma enorme lição de civismo ao mundo.Devia-se meditar sobre o assunto.
Gostaria tb que me facultasse o site sobre a petição contra o aborto "vemos, ouvimos e lemos.."
Muito obrigada
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