sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Legalizada a eutanásia em Portugal

A legalização da eutanásia foi ontem, 20-2-2020, aprovada na Assembleia da República, 152 anos depois de Portugal ter sido o primeiro país do mundo a abolir a pena de morte para civi. A esquerda, com a louvável exceção do PC (ainda que compensada com a posição do satélite PEV), votou a favor,  da Iniciativa Liberal. No PSD: 12 deputados votaram a favor da eutanásia (entre os quais, o seu presidente e três vice-presidentes); 2 abstiveram-se; e 6 deputados faltaram à votação (o que tem o mesmo efeito).

Para registo dos eleitores, e segundo notícia da Lusa, da tarde de 20-2-2020, eis os nomes dos deputados do PSD que votaram a favor da legalização da eutanásia, se abstiveram ou faltaram à votação:

Rui Rio
Sofia Matos
André Coelho Lima
Isabel Meirelles
Maló de Abreu
Catarina Rocha Ferreira
Hugo Carvalho
Lina Lopes
Adão Silva
Cristóvão Norte
Duarte Marques
Rui Silva
Pedro Pinto
Ana Miguel Santos
Margarida Balseiro Lopes
Duarte Pacheco
Pedro Roque.
Emília Cerqueira
Mónica Quintela
Pedro Rodrigues.

Verificadas os resultados das votações dos vários projetos de lei, se estes 20 deputados do PSD tivessem votado contra, a eutanásia seria aprovada na mesma (no projeto de lei do PS, o resultado seria de 117 votos a favor e 106 votos contra). Mas o que esse comportamento demonstra é uma contradição entre a vontade dos representantes e a dos eleitores,

Veja-se a notícia da Lusa, de 20-2-2020, sobre o comportamento dos deputados do PSD na votação.
Doze deputados do PSD votaram a favor da eutanásia e dois abstiveram-se 
Mário Cruz - Lusa
20.02.2020 19h18
Numa votação a que faltaram seis parlamentares sociais-democratas.
Doze deputados do PSD votaram esta quinta-feira a favor de alguns projetos de despenalização da eutanásia, o dobro do número registado há dois anos, e outros dois abstiveram-se.
Votaram a favor de todos os projetos o presidente e líder parlamentar Rui Rio, a candidata a líder da JSD Sofia Matos, os vice-presidentes André Coelho Lima e Isabel Meirelles, bem como os deputados Maló de Abreu, Catarina Rocha Ferreira, Hugo Carvalho e Lina Lopes.
O primeiro vice-presidente da bancada, Adão Silva, votou favoravelmente o projeto do PS e absteve-se nos restantes, enquanto Cristóvão Norte votou 'sim' nos do BE e Iniciativa Liberal e absteve-se nos outros. Duarte Marques votou a favor do projeto do PAN, da Iniciativa Liberal e do BE, abstendo-se nos restantes, enquanto Rui Silva votou sim nos do PS e BE e absteve-se nos outros.
Os deputados Pedro Pinto e Ana Miguel Santos abstiveram-se em todos os cinco projetos.
Faltaram à votação, na bancada do PSD, seis dos 79 parlamentares: Margarida Balseiro Lopes, Duarte Pacheco, Pedro Roque, Emília Cerqueira, Mónica Quintela e Pedro Rodrigues.
Há dois anos, numa votação sobre o mesmo tema, tinha havido seis votos favoráveis na bancada do PSD e duas abstenções. Em ambos os casos houve liberdade de voto na bancada, mas desta vez o presidente Rui Rio - favorável à despenalização - é deputado.
A Assembleia da República aprovou hoje na generalidade os cinco projetos para despenalização da morte medicamente assistida.
O projeto do PS foi o mais votado, com 127 votos, 10 abstenções e 86 votos contra, sendo o do BE o segundo mais votado, com 124 deputados a favor, 14 abstenções e 85 contra. O diploma do PAN foi aprovado com 121 votos, 16 abstenções e 86 votos contra. O projeto do PEV recolheu 114 votos, 23 abstenções e 86 votos contra, enquanto o diploma da Iniciativa Liberal recolheu 114 votos favoráveis, 23 abstenções e 85 contra.
A votação nominal, um a um, demorou 30 minutos, a exemplo do que aconteceu na votação de 2018.
Estiveram presentes 222 dos 230 deputados.“
Os eleitores devem fixar estes nomes de deputados do PSD.

1 comentário:

Anónimo disse...

tolo, PS(d).