domingo, 13 de dezembro de 2015

Os deputados do género

Aqui publico a lista de deputados de PSD e do CDS que votaram a favor, ou se abstiveram, na votação na generalidade, em 20-11-2015, dos projetos de lei do PS, do Bloco de Esquerda, do PAN e do PEV (o PC não apresentou projeto de lei no mesmo sentido, provavelmente para que os deputados do PSD se sentissem mais confortáveis a votar a favor...) , de alargamento da adoção (e do apadrinhamento civil) de crianças por casais homossexuais. Do PSD, 19 deputados votaram a favor e 3 abstiveram-se; e do CDS abstiveram-se 2 deputadas.

Prometi e cumpro. Ninguém na imprensa o fez: faço eu. A democracia não consente a censura nem a dissimulação. Os eleitores do PSD e do CDS, e especificamente destes distritos e regiões têm o direito de saber como votaram os seus representantes (e quem faltou à chamada cívica) para lhes responderem em conformidade quanto reclamarem apoio.

Votaram a favor:
Do PSD:
Ana Laborda Oliveira (Coimbra)
Ângela Branquinho Guerra (Guarda)
António Leitão Amaro (Viseu)
António Lima Costa (Viseu)
António Afonso Rodrigues (Viana do Castelo)
Berta Cabral (Açores)
Cristóvão Norte (Faro)
Cristóvão Simão Ribeiro (Porto)
Firmino Pereira (Porto)
Inês Domingos (Viseu)
Joana Barata Lopes (Lisboa)
José Carlos Barros (Faro)
Margarida Balseiro Lopes (Leiria)
Odete Loureiro da Silva (Lisboa)
Paula Teixeira da Cruz (Lisboa)
Pedro Pinto (Lisboa)
Rubina Berardo (Madeira)
Sérgio Freire de Azevedo (Lisboa)
Teresa Leal Coelho (Santarém).

Abstiveram-se:
Do PSD:
Ana Sofia Fernandes Bettencourt (Lisboa)
Duarte Marques (Santarém)
Do CDS-PP:
Ana Rita Bessa (Lisboa)
Teresa Caeiro (Faro)
Do PS: Isabel Oneto (repete a abstenção dos projetos anteriores, divergindo do seu partido).

A diferença na votação dos vários projetos de lei sobre este assunto é mínima: as deputadas do CDS Teresa Caeiro e Ana Rita Bessa e a deputada do PSD Sofia Bettencourt abstiveram-se apenas no projeto de lei do PS.

Na distribuição geográfica dos deputados do género, desfiliados dos valores cristãos e do direito natural e filiados na ideologia do género, não é apenas Lisboa que pontifica. O interior e a periferia estão também muito politicamente corretos: três deputados de Viseu (será influência da Loja Alberto Sampaio?...), outra da Guarda, um de Viana do Castelo e outro de Faro, uma jota de Leiria e outra da Madeira, e a novidade açoriana de Berta Cabral (esquecida da identidade?...). Tendo até a crer que quem votou nestes jovens de leite e late youngs deputados do PSD foram os maduros, humildes, conservadores e católicos, e não os Yers, slacktivists e voluntariamente arredados do sufrágio. Porém, os deputados julgam que o povo é parvo e que os cidadãos nem sabem o que os seus representantes fizeram neste inverno por passar...

Os projetos de lei vão ser agora fundidos num só para voltar ao plenário para votação final. Mas atendendo a este resultado, em que PS, Bloco de Esquerda, PC/PEV e PAN, além de 19 deputados do PSD, além de algumas abstenções, não é de esperar que a adoção e coadoção de crianças por casais homossexuais seja rejeitada na votação final.

Note-se que a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias recusou ao Centro de Recursos, Pessoa, Família e Sociedade (CRPFS), uma audiência para se pronunciar sobre os efeitos nas crianças da adoção por casais homossexuais, dando um prazo de quatro dias, de 7 a 11 de dezembro, para lhe ser remetido por escrito o que houvessem de dizer. O Centro juntou um trabalho do Dr. Abel Matos Santos, psicólogo clínico, provando com evidência científica abundante o prejuízo para as crianças, no seu desenvolvimento psicológico e emocional. da adoção por casais homossexuais. De qualquer modo, Dr. Rui Gonçalves (do CRPFS) recorreu da decisão para o presidente da Assembleia da República, justificando que a composição da comissão parlamentar é diferente e que estas iniciativas legislativas são distinta das outras da legislatura passada. Os deputados decisores não parecem ter nenhum respeito pelo direito das crianças a terem um pai e uma mãe e  tão pouco respeito pelas minorias parlamentares ou pela lei e pelos regulamentos da Assembleia da República - dando como válidos pareceres feitos sobre iniciativas legislativas diferentes e caducadas para estas, de agora. Não parece haver limite na deriva totalitária, de tipo venezuelano, que o País sofre.

Prometo que após a votação final do projeto de lei sobre alargamento da adoção e coadoção de crianças por casais homossexuais, publicarei os nomes dos deputados do PSD e do CDS que votarem a favor e se abstiverem e, como consegui no passado, procurarei obter os nomes dos deputados do PSD e do CDS que faltarem à votação.

12 comentários:

JS disse...

Excelente serviço público.
O problema é que aqueles cavalheiros e damas enviados pelos partidos para a AR, apenas representam, como se constata, os seus partidos.

Excelente a ideia de assinalar o círculo que os fulanos dizem representar mas que de todo não representam. Miséria moral.

Significativa a prioridade dada a uma Lei que afectará (mal) um número diminuto de crianças.
Os milhões de desempregados, e de mal empregados, não preocupam quem tem tão bom e estável empregozinho no Estado.
Representes !.

Anónimo disse...

O Tribunal do Santo Ofício em acção... Fogueira com eles ...

Paulo Alpiarça disse...

Votei PàF em Lisboa, e portanto vejo-me perfeitamente bem representado nos votos a favor do PSD e a abstenção do CDS-PP. Não vejo qual o problema, e muito menos este tique obscurantista de livrar nomes de quem representa o povo. Como se achassem que isto faria mudar drasticamente o sentido de voto das pessoas. A adopção vai ser uma realidade, e ainda bem que as crianças (na grande maioria já existentes em famílias homoparentais) encontrar-se-ão juridicamente protegidas. Nem os estudos de institutos/autores duvidosos e financiados com fundos pouco transparentes irão contradizer a esmagadora maioria de estudos objectivos de grandes academias conceituadas. Quanto aos argumentos que os casais do mesmo género são instáveis, só envergonha o autor deles. Basta comparar os dados portugueses de divórcios em casais do mesmo género e de género diferente. E aí quem são os mais instáveis afinal? Deixem-se dessa luta perdida e deixem as crianças serem felizes.

Anónimo disse...

Viva a liberdade de voto...

Anónimo disse...

Viva a liberdade de voto, coisa que o Dr ABC critica, conforme os casos. É a tal democracia direta...

Anónimo disse...

O Poucochinho Vermelho e os seus amigos de partidos da ditadura estalinista e do pensamento único, anti regime capitalistas, estão satisfeitos com os problemas na banca portuguesa, já que a banca é um símbolo do capitalismo que eles tanto atacam e odeiam....e querem destruir.

Georgina Santos Monteiro disse...

Um trabalho muito bom.

A decadência apoderou-se daqueles, que querem mandar no nosso belo país. E o muçulmano fascista à porta. Isto não vai terminar bem. Poucos percebem, o que está a passar por aqui. Um horror. O pior do pior, estes perversos, este nojo.

É um crime contra as crianças, deixarem permitir isto. Um crime, do pior que pode haver. E a UN(ESCO) por detrás disto tudo, no ataque contra os valores mais augustos, os nossos, os cristãos.

Muito obrigado, caro autor.

Georgina Santos Monteiro disse...

@ Paulo Alpiarça, a coisa é muito simples.

a. O casamento só é válido entre um homem e uma mulher. Mais nadinha.
b. Perversos não podem adoptar crianças. É um crime, contra a criança.

Todos os argumentos, que contradizerem os pontos a e b são perversos. Os fascistas (da esquerda não nacionalista, os nacionalistas também eram e são esquerdistas) proclamaram a guerra contra os valores mais augustos, os cristãos, que são os únicos verdadeiros. Sim, V. Exa lê bem. Tudo correcto. Se não souber pensar bem, faça a prova dos nove, por favor.

Eles pagarão todos por esses crimes. Todos. Nem um vai poder escapar.

Como vamos sair desta? Quem guerra proclamou a este belo povo, guerra terá!

Anónimo disse...

Mto bem Georgina

Apenas um reparo : Não perversos ( embora tb o possam ser ) mas
pervertidos !

Anónimo disse...

Já não votei PAF por a cabeça-de-lista Teresa Leal Coelho ser pró-acordo ortográfico, uma mutilação da Língua Portuguesa (e à de 1911 chamou alguém como FERNANDO PESSOA é um crime). Verifico que um mal nunca vem só e que tinha razões para nunca poder considerar Teresa Coelho como minha representante.

Zorro disse...

Por incrível que possa parecer, ouvi por aí que Paulo Portas se ausentou antes da votação.
Estará a salvaguardar a sua reputação para algum futuro cargo na ditadura global que aí vem?

Euro2cent disse...

> O Tribunal do Santo Ofício em acção... Fogueira com eles

"Olhe que não, olhe que não."

"Tem liberdade de expressão, mas têm de arcar com as consequências."

(Citações de fontes impolutas.)