Resposta do Papa Francisco a um fiel sobre o compromisso político dos cristãos, em audiência a alunos de escolas jesuítas, em 7-6-2013, na Aula Paulo VI, no Vaticano:
Desde os últimos anos da década de 1970, e apesar dos textos do Concílio Vaticano II e das mensagens papais, foi instilada, por forças internas e externas, nos cristãos da Europa Ocidental e da América do Norte a ideia de que deveriam afastar-se da política, uma ideia falaciosamente justificada com a doutrina da separação de Deus e do Estado. Internamente, a mensagem foi passada sobre o pretexto cómodo (fraco e promíscuo) de que a política era uma atividade indigna para um cristão. Externamente, a mesma mensagem foi veiculada, ubiquamente, sob o princípio, pretensamente democrático mas proveniente da ideologia do politicamente correto, de que os cristãos deveriam parar de promover os seus valores na sociedade e deveriam confinar-se às capelas e às suas famílias. No fundo, o motivo não era apenas a defesa da imunidade (que o Padre Vieira reconhecia ser o maior bem do eclesiástico), mas uma conjunção supostamente progressista nos costumes, um aggiornamento mundano da recomendação social da Igreja. Nessa conformação com o domínio do politicamente correto, na qual o cristão foi relegado para uma categoria de sub-humano com menos direitos e deveres políticos do que os ateus, a abstenção foi, em si mesma, um modo prático de colaboracionismo com os adversários, compensada pelo poder, na sua relação com as estruturas nacionais e locais dirigentes da Igreja, com deferência, subsídios, pensões (capelanias) e proteção mediática, e na sua relação com católicos proeminentes, com tachos e segurança financeira.
O efeito desta resignação política foi catastrófico para a sociedade. É altura de mudar. Chega de recuo! E de egoísmo promíscuo. É tempo de intervenção.
«Envolver-se na política é uma obrigação para um cristão. Nós, cristãos, não podemos fazer de Pilatos, lavar as mãos. Não podemos! Temos de nos meter na política porque a política é uma das formas mais altas de caridade. Porque procura o bem comum. Os cristãos leigos devem trabalhar na política. (...)Habemus Papam! Um com um discurso novo e duro, como nesta outra resposta de improviso, na mesma audiência:
A política é demasiado suja. Mas eu pergunto-me: "é suja porquê?". É suja porque os cristãos não se meteram nela com espírito evangélico?... É uma pergunta que te deixo. É fácil dizer que a culpa é daquele... Mas eu, o que faço?... É um dever! Trabalhar para o bem comum é um dever de um cristão.» (Tradução minha).
«A crise que nós, neste momento, estamos vivendo (...) é uma crise humana. Diz-se: "é uma crise económica, uma crise do trabalho"... Sim, é verdade. Mas porquê? Porque este problema no trabalho, este problema na economia (...) são consequências do grande problema humano. Aquilo que está em crise é o valor da pessoa humana. E nós devemos devemos defender a pessoa humana. (...) É a crise da pessoa. Hoje, a pessoa não conta. (...) Conta o dinheiro. E Jesus deu o mundo, tudo o que criou, à pessoa, ao homem e à mulher, para que o desenvolvessem, não ao dinheiro. (...) A pessoa está em crise porque a pessoa hoje (...) é escrava. E nós devemos libertá-la destas estruturas económicas e sociais que a escravizam. (...) É essa a vossa tarefa.» (Tradução minha).
Desde os últimos anos da década de 1970, e apesar dos textos do Concílio Vaticano II e das mensagens papais, foi instilada, por forças internas e externas, nos cristãos da Europa Ocidental e da América do Norte a ideia de que deveriam afastar-se da política, uma ideia falaciosamente justificada com a doutrina da separação de Deus e do Estado. Internamente, a mensagem foi passada sobre o pretexto cómodo (fraco e promíscuo) de que a política era uma atividade indigna para um cristão. Externamente, a mesma mensagem foi veiculada, ubiquamente, sob o princípio, pretensamente democrático mas proveniente da ideologia do politicamente correto, de que os cristãos deveriam parar de promover os seus valores na sociedade e deveriam confinar-se às capelas e às suas famílias. No fundo, o motivo não era apenas a defesa da imunidade (que o Padre Vieira reconhecia ser o maior bem do eclesiástico), mas uma conjunção supostamente progressista nos costumes, um aggiornamento mundano da recomendação social da Igreja. Nessa conformação com o domínio do politicamente correto, na qual o cristão foi relegado para uma categoria de sub-humano com menos direitos e deveres políticos do que os ateus, a abstenção foi, em si mesma, um modo prático de colaboracionismo com os adversários, compensada pelo poder, na sua relação com as estruturas nacionais e locais dirigentes da Igreja, com deferência, subsídios, pensões (capelanias) e proteção mediática, e na sua relação com católicos proeminentes, com tachos e segurança financeira.
O efeito desta resignação política foi catastrófico para a sociedade. É altura de mudar. Chega de recuo! E de egoísmo promíscuo. É tempo de intervenção.
7 comentários:
Tenho medo pelo Papa Francisco.
Evidentemente que um Cristão tem que ter intervenção política. Cristo foi um político. Por isso, foi crucificado. Os pastores da Igreja não podem ser apenas uns "papa-óstias". Contudo, há muito politiqueiro na Igreja, como aliás sempre houve. Houve muito padre a dar cobertura ao Estado português na Guerra Colonial, assim como houve padres que colaboraram com os chamados movimentos de libertação. Houve padres colaboracionistas com o nazismo, assim como muitos foram autenticos heróis contra a tirania nazi e comunista.
Em Portugal, e no Regime Socialista, do pós-25 de Abril só são aceites padres políticos do tipo, Januário e Manuel Martins. Por exemplo, ainda há umas semanas o Bloco Caviar veio condenar uma estátua do Cónego Melo em Braga.
A Igreja sempre teve escolhas e momentos difíceis. Embora, muitos participantes da Igreja, gostem muito, ironia das ironias, de lavar as mãos como Pilatos.
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3264367
Uma mulher grávida segura a mão do parceiro enquanto faz uma ecografia. A técnica hospitalar diz-lhes que tudo parece estar a correr bem e pergunta então ao casal se quer saber o que vão ter. Quando eles dizem que sim, a técnica responde: "Vão ter uma lésbica." O casal sorri de felicidade.
O anúncio criado pela associação Pais e amigos de Lésbicas e Gays inclui ainda a divulgação de um 'outdoor' com a frase "parabéns, vão ter uma lésbica". Shelley Argent, porta-voz da associação, disse ao site australiano news.com.au que a campanha destina-se a mostrar às famílias que as crianças nascem homossexuais.
"Ser lésbica ou gay não é uma escola", disse. "Não tem nada a ver com a cultura ou com as competências parentais. É como somos. É como nascemos", afirmou.
O responsável pela campanha, Steve Minon, explicou ao mesmo site que o objetivo é "por as pessoas a pensar, desafiá-las um pouco". A ideia é "dizer às famílias que a igualdade no casamento pode ser a nossa prioridade número um, sem que o saibamos".
Os deputados australianos votaram em setembro contra uma lei que legalizava os casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Os cristãos devem cada vez mais envolver-se na politica, para que os meninos neo liberais , cujo Deus é o banco e o dinheiro sejam derrotados...
Contra a corrupção,a pedofilia e a implementação do programa homosexual de destruição da família,três prioridades dos cristãos e de todas as pessoas de bem com intervenção na política.
Um cristão não se mete em Política, sobretudo, nos dias de hoje em quen a política está ligada à corrução, à injustiça, às elites, à lei do mais forte. Um cristão deve é fazer o bem ou pelo menos não fazer o mal e deixar a política para os laicos, maçons e corrutos deste mundo, para que eles provem em como estão de todo errados, muito embora um cristão deva dar bom conselho a quem anda errado.
Jesus Cristo não foi político. Ele veio falar do reino de Deus, um reino que não é igual ao reino dos homens e que não é para todos, mas para quem acredita em Cristo como Salvador, frequentando a Igreja, isto é para os cristãos, mas que em simultâneo praticam as boas obras.
Precisam de um esclarecimento...
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