terça-feira, 30 de abril de 2013

A participação de nulidade da licenciatura de José Sócrates ao Tribunal Administrativo



O Prof. Rui Verde, ex-vice-reitor da Universidade Independente, entregou na semana passada ao Ministério Público do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa uma participação para a declaração de nulidade da licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente (UnI) do ex-primeiro-ministro José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa
. Publico abaixo essa participação, pelo interesse patriótico e público que reveste. E felicito o seu autor pela coragem, atenta a sua situação, e pela síntese e pela clareza da participação.

Entretanto, foi conhecida da imprensa, ontem, essa participação do Prof. Rui Verde ao Ministério Público do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa. Vejam-se as notícias do PúblicoSol e TVI24. O Correio da Manhã, de hoje, 30-4-2013, foi mais longe e publica, na página 32 e na primeira, com base na informação do Prof. Rui Verde, que, alegadamente,  a prova oral da cadeira de Inglês Técnico terá sido realizada... ao almoço... no famoso restaurante Pap'Açorda, no Bairro Alto, em Lisboa pelo falso reitor, e que não era o docente da cadeira, Luís Arouca, a quem Sócrates teria entregue um texto sobre ambiente (não tendo havido teste escrito).


Seria muito interessante que algum empregado do restaurante nos contasse essa açorda do diálogo em inglês, o qual, atendendo a outras prestações posteriores de Sócrates, deve ter sido lendário.

O Prof. Rui Verde assenta a sua participação ao Ministério Público do Tribunal Administrativo para a declaração da nulidade da licenciatura de José Sócrates em três razões:
  1. A concessão de equivalências a José Sócrates por pessoas (o seu amigo Prof. António José Morais e o falso reitor Luís Arouca) que não tinham competência legal para o fazer. Acrescento, além disso, que tal redundou na atribuição, conforme demonstro no meu livro «O Dossiê Sócrates» (p. 198), pelo Prof. António José Morais, que já tinha sido seu professor no ISEL e que se mudou para a Independente em abril de 1995, ao seu amigo dos tempos da Cova da Beira, José Sócrates, de «nove cadeiras (seis anuais e três semestrais)» a mais do que deveria, atendendo às cadeiras que este trazia do ISEC e do ISEL e ao plano de estudos da licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente. Note-se ainda que a situação de Sócrates é ainda mais grave do que a de Miguel Relvas, pois não existe sequer suporte legal para estas equivalências manhosas (o regime de creditação para experiência profissional, decorrente do chamado Processo de Bolonha, só foi criado em 2006, pelo Decreto-Lei n.º 64/2006 de 21 de março).
  2. Avaliação na disciplina de Inglês Técnico, através de um texto sobre ambiente e de uma oral realizada alegadamente no restaurante Papa-Açorda do Bairro Alto (Lisboa), sem teste escrito, sem respeito pela norma de avaliação dessa disciplina, por um professor, o falso reitor Luís Arouca (o reitor era efetivamente, nessa altura, o Prof. Ernesto Costa), que não era o docente da cadeira (era o Prof. Eurico Calado). Estas circunstâncias são ainda mais gravosas do que as de Miguel Relvas, cuja falta de teste escrito na cadeira de História do Pensamento Contemporâneo é o principal motivo de pedido de nulidade pelo Ministério da Educação e Ciência da sua licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Lusófona, assente no relatório da Inspeção-Geral de Educação e Ciência.
  3. Não conclusão da cadeira de Projeto e Dissertação. Ao contrário da regra interna da UnI de depósito na Biblioteca não se encontrou o exemplar ou cópia do tradicional projeto que conclui os estudos de uma licenciatura em engenharia, numa cadeira que era ministrada pelo seu amigo dos tempos da Cova da Beira e seu docente também no ISEL, Prof. António José Morais. Portugal inteiro aguarda com tremenda expectativa, depois da reportagem imorredoura de José António Cerejo, em 31-1-2008, sobre os projetos arquitectónicos na Cova da Beira, que Sócrates assumiu, a evidência física, em papel da época, amarelecido pelo tempo, certamente repleto de impressões digitais datadas de 17 anos antes, do então secretário de Estado Adjunto do Ambiente, de um alegado projeto de «construção de uma estrutura especial de um edifício anti-sísmico» (sic), que o seu alegado colega Carlos Fernão Gomes Pereira referiu ao Ministério Público, conforme despacho de arquivamento (p. 28) do inquérito-crime sobre a alegada utilização de documento autêntico falso. Sócrates, que apresentou os recibos das propinas Universidade Independente na RTP-1 em 2007 (!...), com certeza que há-de ter guardado o seu esforçado projeto de licenciatura, como fazem todos os estudantes de engenharia, com esse trabalhoso encargo, principalmente, alguém que conseguiu realizá-lo ao mesmo tempo que era secretário de Estado Adjunto do Ambiente. Recordo o que escrevi em 5 de março de 2012, neste blogue, sobre o novo fluxo de informações proporcionado pelo Correio da Manhã (jornalista Sónia Trigueirão) de 29 de fevereiro a 3 de março de 2013, com transcrição de conversas de Sócrates com protagonistas do caso.
    «No despacho de arquivamento do caso da licenciatura, datado de 31-7-2007, p. 15, as Dras. Cândida Almeida e Carla Dias, referem o certificado de habilitações como licenciado de Carlos Pereira, de 30-7-1996, mas que a consulta ao sistema informático da UnI, data a licenciatura destes dois colegas, de 31-12-1996. Concluem que Carlos Pereira e Cármen Antunes se licenciaram em 1996, tal como Sócrates (p. 16 de despacho). Ainda que, nessa consulta de Maio de 2007 ao sistema informático da Uni (Siscolar), «a aluna Maria Cármen Antunes em Maio de 2007 ainda não teria concluído a sua licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente». No despacho as procuradoras, p. 28, relatam que Carlos Pereira afirma ter realizado, com Cármen Antunes e Sócrates, um trabalho final de projeto e dissertação, «a construção de uma estrutura especial de um edifício anti-sísmico»; mas Cármen Antunes, também com péssima memória de um trabalho necessariamente difícil, longo e custoso, não se recorda sequer qual era a cadeira, quanto mais o projeto; e Sócrates nem se lembrava de ter feito um projeto final, muito menos o misterioso trabalho que não se achava, como os demais, na biblioteca da instituição e jamais foi encontrado (nem apresentado no inquérito da licenciatura pelas testemunhas Carlos Pereira ou Cármen Antunes).
    Carlos Fernão Gomes Pereira, diretor municipal de Segurança e Tráfego na Câmara Municipal de Lisboa (e representante da CMLisboa no Conselho Geral da EMEL) foi candidato, como tesoureiro do Conselho Diretivo, à Secção Regional do Sul da Ordem dos Engenheiros... Técnicos (OET), em Outubro de 2011; e Maria Cármen Craveiro Sobral Antunes, agora «Chefe de Divisão de Gestão de Mobilidade» na Câmara Municipal de Lisboa,  também está inscrita na Ordem dos Engenheiros... Técnicos. A Universidade Independente não obteve acreditação do cuso para o reconhecimento na Ordem para os seus diplomados: será estes dois colegas não se candidataram á Ordem, não fizeram o respetivo estágio e avaliação, para serem admitidos na Ordem dos Engenheiros e tiveram de se ficar pela dos Engenheiros... Técnicos?»
Note-se que além destas eventuais ilegalidades e irregularidades referidas na participação do ex-vice-reitor da UnI, Prof. Rui Verde, existem ainda abundantes factos não conformes à lei e aos regulamentos da UnI, no despacho de arquivamento do inquérito-crime NUIPC25/07.5.TE.LSB do DCIAP, da autoria da procuradora-geral adjunta Dra. Maria Cândida Almeida e da procuradora-adjunta Dra. Carla Dias, datado de 31-7-2007, sobre a utilização de documento autêntico falso. Esse despacho de arquivamento da queixa relativa à utilização de documento autêntico falso deve ser junto a este inquérito sobre a nulidade da licenciatura de José Sócrates na UnI em Engenharia Civil.

Recordo, em correção da notícia do Público, e do que o próprio ex-primeiro-ministros defendeu na RTP-1, em 7 de abril de 2013, no seu programa «A opinião de José Sócrates», que aquilo que foi investigado com base em factos que resultaram numa queixa-crime apresentada em 13 de março de 2007, pelo advogado Dr. José Maria Martins, sobre eventual utilização de documento autêntico falso, no respetivo Inquérito NUIPC 25/07.5.TE.LSB do DCIAP, pela procuradora-geral adjunta Dra. Maria Cândida Almeida e pela procuradora-adjunta Dra. Carla Dias, foi o uso de documento autêntico falso e falsificação de documento. No despacho de arquivamento, as senhoras procuradoras, assumiram que o famoso certificado enviado por Sócrates para a Câmara Municipal da Covilhã, para a sua reclassificação profissional, datado de 1996, com timbre com código postal de sete dígitos e indicativo «21» - só criados anos depois... -, se tratava de uma segunda via, ainda que o documento não tivesse tal menção. Foi despachado em 31-7-2007 o arquivamento do inquérito, sem que o imputado José Sócrates, na altura primeiro-ministro, tivesse sido sequer constituído arguido ou tivesse pelo menos sido ouvido! Portanto, não era a legalidade e a regularidade da licenciatura de José Sócrates o objeto do inquérito, conforme escreveu o jornalista Samuel Silva, no Público, de 29-4-2013: não foi esse o processo arquivado, mas sobre outro assunto (a utilização de documento autêntico falso), ainda que a licenciatura fosse colateral a essa queixa.

Mais ainda: onde os defensores do ex-primeiro-ministro interpretaram, no referido despacho de arquivamento da queixa-crime sobre utilização de documento autêntico falso, proferido pelas procuradoras Dra. Cândida Almeida e Dra. Carla Dias, de 31-7-2007, a validação da licenciatura deste (o que o Ministério Público no DCIAP não tinha competência para fazer), pode ler-se, ao contrário, uma série longa de ilegalidades e irregularidades verificadas na atribuição dessa mesma licenciatura a José Sócrates pela UnI. Factos, factos, factos! E não desculpas, desculpas, desculpas!... Porque as desculpas, de que era-assim, que os-outros-também, que a Universidade Independente era competente para a facilitação que fez ao ex-primeiro-ministro, não interessa para nada em termos de contradição objetiva da lei. E, mesmo assim, as procuradoras escreveram na página 33 do despacho de arquivamento, uma frase que tem sido sistematicamente truncada em defesa do ex-primeiro-ministro:
«conclui-se que não houve qualquer tratamento de favor do aluno José Sócrates, em detrimento dos restantes candidatos à licenciatura, em igualdade de circunstâncias académicas»

Isto é, não teve tratamento de favor... em detrimento dos outros, o que pode ser interpretado como:  o tratamento de favor não foi em prejuízo dos outros que estavam nas mesmas circunstâncias; ou não teve maior tratamento de favor do que outros... Em qualquer caso - e mesmo que se discorde da desculpabilização do aluno Sócrates como absurda vítima da Universidade (!...), as letras dessa frase não permitem concluir que Sócrates não teve tratamento de favor. Muito menos em relação aos demais alunos que nesses anos, naquela e noutras escolas superiores realizaram as suas licenciaturas, frequentando as aulas, estudando, fazendo testes e apresentando trabalhos, sem qualquer abébia.

E, como se passa no caso da licenciatura de Miguel Relvas, é o Tribunal Administrativo quem tem a competência para analisar a nulidade da licenciatura de José Sócrates. Portanto, é o tribunal administro, fornecido com os factos já apurados, nomeadamente no referido inquérito-crime sobre a utilização de documento autêntico falso e noutros processos relativos à Universidade Independente, no livro do Prof. Rui Verde («O Processo 95385», de 2011) e em factos entretanto conhecidos (veja-se entre outros o meu poste de 12-4-2013), que há-de agora, analisar, tal como a nulidade da licenciatura de Miguel Relvas, a nulidade da licenciatura de José Sócrates. E se concluir, após análise exaustiva dos documentos e dos factos, inquirição de testemunhas e apuramento de informações, que a licenciatura de Sócrates é válida, que a inscrição, a admissão e a matrícula foram regulares, que não precisa de apresentar Projeto, não precisa de fazer mais seis cadeiras semestrais e três anuais para que aquela sua alegada licenciatura da UnI seja válida, que as cadeiras ministradas alegadamente por António José Morais foram regulares, e que não precisa de realizar Inglês Técnico, então importa aceitar o veredicto judicial. Se.

Todavia, se o Governo de Portugal, durante o consulado do ex-primeiro-ministro José Sócrates, e já no consulado do primeiro-ministro Passos Coelho, se demite de remeter ao tribunal administrativo os autos com eventuais irregularidades e ilegalidades nessa licenciatura - mas o faz (e muito bem) relativamente à licenciatura do ministro Miguel Relvas (que estava ainda em funções) - é direito e dever dos cidadãos cuidarem, eles próprios, da igualdade de tratamento face à lei dos máximos dirigentes do Estado e, através do escrutínio legítimo dos políticos, da idoneidade do próprio Estado.

É a seguinte a participação ao Ministério Público do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, feita pelo Prof. Rui Verde com vista à declaração de nulidade da licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente de José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, que terá sido entregue na semana passada, a que tive acesso e publico, por interesse público e patriótico (prestígio e defesa do Estado):

«Exmo. Senhor Procurador da República
                        Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa
                        Avenida D. João II, n.º1.08.01, Edif.G-6.º
                        1900-097 Lisboa

Assunto: Participação com vista à propositura de acção pública para declaração de nulidade da licenciatura em Engenharia Civil de José Sócrates de Carvalho Pinto de Sousa na Universidade Independente

Rui Alexandre de Almeida Dias dos Santos Verde, professor universitário e antigo vice-reitor da Universidade Independente, com domicílio na [...], portador do cartão de cidadão [...] 5 ZZ8 válido até [...], vem apresentar a seguinte participação com vista à eventual instauração de uma acção pública para declaração de nulidade: 

I-Razão justificativa da participação ao Ministério Público junto do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa.
A igualdade, a par com a liberdade e a democracia, são os valores fundamentais e fundamentantes da ordem jurídica portuguesa, encontrando o mais alto assento na Constituição da República Portuguesa. Tal, ainda agora foi confirmado pelo recente acórdão do Tribunal Constitucional n.º 187/2013.Ora, lendo a fundamentação do Relatório de 4 de Março de 2013 assinado pela Inspectora da Inspecção Geral de Educação e Ciência Maria Rosa Saraiva, designadamente o conteúdo de folhas 6 a 10,ponto 10 e seguintes, relativo à frequência e avaliação de Miguel Fernando Cassola de Miranda Relvas na Universidade Lusófona, rapidamente se vê que a factualidade descrita é demasiado similar com a ocorrida com José Sócrates de Carvalho Pinto de Sousa na Universidade Independente, factualidade que é do conhecimento pessoal do aqui participante. Também o enquadramento jurídico-administrativo da Universidade Lusófona é idêntico ao da Universidade Independente (cf. Decreto-Lei 16/94 de 22 de Janeiro e Decreto-Lei 310/94 de 21 de Dezembro).Nestes termos, e considerando não só o artigo 13º da Constituição da República Portuguesa (CRP), mas também os artigos 73º e seguintes da mesma CRP.E os artigos 51º e 52º do Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais (ETAF),além do artigo 3º n.º1 a) e e) do Estatuto do Ministério Público (EMP) realiza-se a presente participação ao Ministério Público junto do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa com vista à declaração de nulidade por incompetência e violação da lei da licenciatura em Engenharia Civil concedida a José Sócrates de Carvalho Pinto de Sousa pela Universidade Independente.

II-Fundamentos
1-Concessão nula de equivalências.
Na Universidade Independente quem concedeu equivalências a José Sócrates de Carvalho Pinto de Sousa não detinha poderes para tal, face à Lei e aos Estatutos e Regulamentos em vigor. Vejamos porquê:      
a) O requerimento de pedido de equivalências feito por José Sócrates de Carvalho Pinto de Sousa foi dirigido ao Reitor, que era Ernesto Jorge Fernandes Costa. O Vice-reitor e substituto era Eurico José dos Santos Calado, e o director da Faculdade de Tecnologias era Fernando Carvalho Rodrigues.
Mas é Luís Frederico Arouca Marques dos Santos (doravante designado Luís Arouca) que lhe responde e despacha o processo. Não tinha poderes para tal. Conferir artigo 7º,n.º2,alínea f dos Estatutos Provisórios da UnI-Universidade Independente, que se juntam (Doc.1).A quem competia conceder equivalências era ao Conselho Científico.   
 
b)O processo de equivalências foi preenchido manualmente por uma funcionária da secretaria e não está assinado. Não intervém qualquer Conselho ou órgão competente para a concessão de equivalências. (ver folhas 10 a 12 do Processo 95385 do aluno José Sócrates de Carvalho Pinto de Sousa que se junta cópia como Doc.2. Todos os documentos originais aqui referidos foram juntos pelo aqui participante ao NUIPC 25/07.5TELSB DCIAP).       
c) É inventada uma comissão científica da faculdade de Tecnologias. Órgão inexistente na Universidade.(ver folhas 7 do Doc.2 acima mencionado). 
d) Nenhum dos órgãos com competências para a concessão de equivalências interveio, designadamente Conselho Científico e Conselho Pedagógico.        
e)Não existe nenhum elemento essencial para a concessão da equivalência.           
A documentação é abundante e clara.
Acresce que, Fernando Carvalho Rodrigues (director da Faculdade de Tecnologias da Universidade Independente desde 1995,onde se enquadrava a licenciatura em Engenharia Civil) prestou depoimento ajuramentado em tribunal, no processo- crime 140/06 a ser julgado na 1ª Vara Criminal de Lisboa (vulgo processo Universidade Independente) a 21-12-2011. Afirmou que não sabia nada sobre as equivalências de José Sócrates. O processo de equivalências não lhe passou pelas mãos – e devia ter passado. Nunca viu as pautas de José  Sócrates. Não soube nada, não viu nada. Em resumo não teve conhecimento de qualquer facto ligado à passagem de José Sócrates na Universidade. Mas, devia ter tido. Aliás, a regra é que era ele que superintendia as equivalências.Também Eurico Calado, o então vice-reitor e professor de Inglês Técnico tem sido peremptório. Não viu e não sabe.
Na Universidade Independente o processo de equivalências passou-se sem o conhecimento do Reitor Ernesto Costa, do vice-Reitor Eurico Calado, de Director da Faculdade Carvalho Rodrigues, do Presidente do Conselho Científico Oliveira Pinto e do Director da Administração Escolar.
 
Foi um processo clandestino dentro da própria universidade. 
Bruno Silva foi o responsável pela administração escolar da universidade desde 1995, o departamento encarregue do expediente académico como equivalências. Disse, debaixo de juramento no processo supra mencionado, em 12-12-2011 desconhecer qualquer procedimento relativo ao aluno José Sócrates, nunca viu equivalências ou pautas. Afirmou mesmo que dentro da Universidade nunca teve conhecimento da existência de José Sócrates como aluno.  
Facilmente, se vê que o acto de concessão de equivalências é ilegal por não ter sido efectuado pelo órgão com competência para o fazer e que lhe faltam elementos essenciais. 
2-Avaliação de Inglês Técnico.
a)O único aparente elemento de avaliação de Inglês Técnico é um envelope manuscrito escrito por José Sócrates de Carvalho Pinto de Sousa dirigido a Luís Arouca acompanhado de um cartão e do texto que parece constituir esse elemento de avaliação da cadeira de Inglês Técnico. Na altura em que este conjunto (envelope, cartão e texto) foi enviado José Sócrates era Secretário de Estado Adjunto do ministro do Ambiente (1995-1997). O texto de Inglês está corrigido por Luís Arouca em 26-8-1996 que confere a nota de 15 valores. Nada disto obedece e se enquadra nas orientações genéricas determinadas pelo Regulamento Geral de Avaliação em vigor à época, designadamente artigos 1.º,n.º3º e 5.º (ver Doc.1,folhas 9). 
b)Não existe enunciado ou qualquer elemento que permita entender o que era pedido ao aluno.  
c)A avaliação nunca foi feita nas instalações da Universidade Independente. 
d)O professor que avaliou não era o docente da cadeira. O docente era o Professor Eurico Calado. 
e)A pauta de Inglês Técnico não está assinada. (ver Doc.2,folhas 18)f)E é totalmente diferente das outras. O papel usado referia-se a antigas instalações da Universidade, sitas na Rua Fernando Palha e não na Marechal Gomes da Costa onde a Universidade já funcionava (idem). 
g)A pauta, além de não estar assinada, não tem data (idem). 
h)O elemento de avaliação mencionado em a) foi discutido à mesa do restaurante Papa-Açorda entre Luís Arouca e José Sócrates. O que não aconteceu a mais nenhum aluno, violando os princípios básicos e constitucionais do Direito administrativo da igualdade e da imparcialidade (art.º 266.º,n.º2 da CRP), além de derrogar o previsto no artigo 7.º do Regulamento supra-mencionado (ver Doc.1,folhas 10). 
i)A metodologia utilizada não estava de acordo com a utilizada com os restantes alunos.j)Não existe registo de frequência de quaisquer aulas.Também os documentos originais foram entregues pelo participante no processo NUIPC 25/07.5TELSB DCIAPAcresce que, Eurico Calado era o Professor da cadeira. Nunca avaliou os alunos desta forma, nem em restaurantes, nem com trabalhos enviados por Fax com 3 páginas, segundo já afirmou várias vezes, em público e em tribunal.A documentação também é clara.
A avaliação de Inglês Técnico está inquinada do vício de violação da lei, gerador de nulidade, por falta de elementos essenciais subjacentes à prática da avaliação e preterição dos princípios fundamentais de direto administrativo da igualdade e imparcialidade.

3-Não conclusão de Projecto e Dissertação
A cadeira de Projecto e Dissertação é a disciplina final de um curso de Engenharia Civil.(ver Doc.3)    
a)Não há conhecimento de qualquer Projecto realizado por José Sócrates. Nunca esteve na Biblioteca da Universidade, como era hábito (o participante verificou tal pessoalmente), nem se encontra em lado algum. 
 b)Não existe qualquer comprovativo nem registo de qualquer trabalho.    
c) E o seu Professor António Morais afirmou em juízo em 28 de Março de 2012 que o aluno não o tinha feito, embrenhando-se em explicações pouco clarificadoras.
Tudo indica que José Sócrates não cumpriu os requisitos para obter uma licenciatura ao não realizar o projecto de engenharia. Condição obrigatória para a concessão do grau, nos termos da Portaria.A avaliação de Projecto está inquinada do vício de violação da lei, gerador de nulidade, por falta de elementos essenciais subjacentes à prática da avaliação. 

Conclusão:
O processo da licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente de José Sócrates de Carvalho Pinto de Sousa está ferido de três nulidades irratificáveis, irreformáveis e inconvertíveis, nos termos conjuntos dos artigos 133º,n.º1 e 2º,b) do Código do Procedimento Administrativo (CPA) e 134º e 137º do mesmo normativo legal pelo que deve ser declarada a nulidade do grau académico de licenciado em Engenharia Civil pela Universidade Independente.Tais nulidades são invocáveis a todo o tempo (134º,n.º2 CPA) por qualquer interessado e podem ser declaradas a todo o tempo, não havendo aqui prescrições ou decursos de prazo impeditivos do conhecimento da matéria.É, também, certo que o Ministério Público como defensor da legalidade democrática (art.º 219 da CRP e art.º 3º do EMP) tem o compromisso constitucional e legal de acção perante ilegalidades, especialmente nulidades, de actos administrativos.
O participante

Junta: Os três documentos mencionados. 
Prova do participado e para eventuais efeitos do art.º 90º do CPTA: 
Testemunhas: 
Ernesto Jorge Fernandes Costa (Reitor da Universidade Independente na época 1995-1996) 
Eurico José dos Santos Calado (Vice-reitor da Universidade Independente na época- 1995-1996) 
Fernando Carvalho Rodrigues (Director da Faculdade de Tecnologias da Universidade Independente na época- 1995-1996) 
António Balbino Caldeira (professor do Ensino Superior e investigador do tema) 
Frederico Oliveira Pinto (Presidente do Conselho Científico) 
O participante. 

Documentação: 
-Gravação de depoimento sujeito a juramento de António José Morais no julgamento do Processo-crime 140/06 a decorrer na 1ª Vara criminal de Lisboa prestado a 28 de Março de 2012.Solicita-se a requisição digital ao processo respectivo; 
-Gravação de depoimento sujeito a juramento de Fernando Carvalho Rodrigues no julgamento do Processo-crime 140/06 a decorrer na 1ª Vara criminal de Lisboa prestado a 21-12-2011.  Solicita-se a requisição do suporte digital ao processo respectivo.
-Gravação de depoimento sujeito a juramento de Bruno Silva no julgamento do Processo-crime 140/06 a decorrer na 1ª Vara criminal de Lisboa prestado a  12-12-2011.Solicita-se a requisição do suporte digital ao processo respectivo. 
-Originais da licenciatura que foram entregues pelo participante ao cuidado do processo NUIPC 25/97.5 TE LSB DCIAP. Solicita-se a requisição ao processo respectivo.»


* Imagem picada daqui.



Limitação de responsabilidade (disclaimer): José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, Miguel Fernando Cassola de Miranda Relvas e demais entidades referidas nas notícias dos média, que comento, não são suspeitas ou arguidas de cometimento de qualquer ilegalidade ou ilegalidade nos casos referidos.

19 comentários:

Anónimo disse...

Não está longe o dia, em que este patusco de Vilar de Perdizes será chamado, num qualquer programa de televisão, de "Senhor Bacharel José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa". Autor de vários mamarrachos em Porto da Carne. Autor da falência de um país que já foi digno, de nome Portugal.

AÇORDA DU BRIOCHES disse...

A AÇORDA ERA DU BRIOCHES....?

Anónimo disse...

Foi Você que pediu mais uma dívida potencial de 3.000 milhões de euros? Não, mas vai ter que PAGAR.

http://economico.sapo.pt/noticias/costa-pina-nao-informou-actual-governo-sobre-swaps-toxicos_168180.html

Maria Luís Albuquerque garante que o seu antecessor do Governo de Sócrates, Carlos Costa Pina, não deixou informação sobre os contratos ‘swap’.

A secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, garante que o seu antecessor do Governo de Sócrates, Carlos Costa Pina, não deixou informação sobre os contratos ‘swap' tóxicos, nem informou o actual Governo sobre o despacho que assinou, já em gestão, a determinar o envio à Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) de informação detalhada sobre os instrumentos de gestão de risco contratos pelo Sector Empresarial do Estado.

"O secretário de Estado Carlos Costa Pina deixou ficar um conjunto de assuntos assinalados e uma pasta preparada com iniciativas em curso e não constava nenhum despacho nem menção a derivados", clarificou Maria Luís Albuquerque, o que motivou os protestos dos deputados socialistas.

A secretária de Estado recordou ainda o despacho do seu antecessor -, datado de Janeiro de 2009 a sugerir às empresas públicas que contratassem, "de forma criteriosa", "instrumentos de gestão de cobertura de risco em função das condições de mercado" - e explicou que os contratos celebrados depois dessa data foram "31, das quais 11 problemáticos".

O NOVO MARQUÊS disse...

Vamos lá ver se não aparecem por aí umas fotocópias de um projecto manhoso de construção anti-sismos,tudo muito bem fotocopiado de um original de páginas bem branquinhas acabado de fazer hoje....

PAPA GAY disse...

How very convenient...the restaurant was just next door to the Secretary of State's office and the papa was for sure very much gay....

Anónimo disse...

E tenho a certeza que aparecerá algum empregado a contar, tim por tim, o teor do exame. Vai lembrar-se de tudo. A cor da gravata do Sócrates. Do fato e da camisa. E não sei se das cuecas.
Apre!... será que não há coisas mais importantes no país e que mereciam, de facto, notícia na primeira página do jornal sensacionalista e nesta blog?

Joannes disse...

"será que não há coisas mais importantes no país e que mereciam, de facto, notícia na primeira página do jornal sensacionalista e nesta blog? "

Parece-me bastante importante desmascarar este vigarista e mostrar ao regimento de oportunistas políticos que pululam por aí, que o crime não compensa (ou pelo menos não deveria compensar).

Anónimo disse...

O Relvas,o Isaltino,etc,é que era importante.O Sócrates não.
Estes xuxas não têm vergonha!
Se tivessem metido o Soares e o Cunhal na cadeia,esta sua prole corrupta e traidora não nos tinha deixado na miséria.

Anónimo disse...

Graças ao Bacharel Sócrates Portugal faliu. Podereá eventualmente, voltar a desaparecer como país, tal como em 1580, graças ao Bacharel Sócrates. Não se pode abandonar a ideia de o pontapear, por enquanto com "posts", por todo o mal que fez a gerações sucessivas, passadas e futuras de protugueses. A memória não se apaga. Os pontapés não pararão. Custe o que custar.

Manuel de Castro disse...

Sócrates será um indivíduo pouco recomendável - criminoso até, apesar de não ter sido condenado - bem como Vara, Dias Loureiro, Duarte Lima, Relvas, e muitos mais. Mas o cerne da questão não é este. É o sistema que deixámos criar a seguir ao 25 de Novembro, em que um grupo de indivíduos sem escrúpulos, organizados em partidos políticos corruptos, meteram um país inteiro no bolso e destruíram o futuro de mais que uma geração.
Sem a responsabilização criminal de todos eles - por razões de prevenção geral e especial - Portugal nunca será um país viável.

Mudando de assunto: Professor Caldeira, como vai a questão do pronunciamento patriótico e do congresso extraordinário do PSD?

Anónimo disse...

Bem, se o Regime do 25 de Novembro de 1975 foi mau, o que dizermos do Regime de 11 de Março de 1975, ou o Regime de 28 de Setembro de 1974? E do Regime de 25 de Abril de 1974?

Já agora, o que dizer do Regime de 28 de Maio de 1926? Ou do Regime de 5 de Outubro de 1910?

Não estará Portugal a chegar ao seu fim? Dos últimos séculos, teremos que ir até a D. José I, D. João V, ou até mesmo D. Manuel I, ou D. João II.

A inteligência, a capacidade o rasgo, andam há tempo de mais afastados da Lusitania. Talvez esteja na altura de um pronunciamento que indique que ainda existem portugueses, ou esta espaço será mais um território ocupado por gente indiferenciada. A Guiná-Bissau da Europa do Sul.

Anónimo disse...

Deixámos criar? Eu não deixei criar coisa nenhuma.
Quando muito,quem devia fiscalizar falhou ou juntou-se ao inimigo por razões venais.
Nem tenho idade para ser responsabilizado pelo que anteriores gerações de chupistas e gatunos fizeram ou dixaram de fazer.
Há responsáveis,sim.Mas como esses verdadeiros sindicatos do crime infiltraram todos os organismos do Estado,polícias,magistratura,etc e a imprensa,duvido que nas próximas décadas as novas fornadas de vigaristas saídos das fojas de corrupção que são as juventudes partidárias,sejam impedidas de continuar a obra destes canalhas actuais.
Nem intelectualidade honesta temos neste país.Os únicos intelectuais que se conhece são os que vivem a parasitar o dinheiro público,surripiando o mais que podem em esquemas e pressões para produzir obra medíocre ou de fachada.
A corja de Abril soube fazê-la.Semeou a anomia que hoje vemos nesta sociedade sem rumo e que tornou a nossa pátria num paraíso de gangsters de colarinho branco e cravo na lapela.

Anónimo disse...

http://economico.sapo.pt/noticias/as-contas-nao-batem-certo-desde-que-vivemos-em-democracia_168214.html

Passos acrescentou também que, desde que Portugal vive em democracia, "nunca" se registou um excedente orçamental. "Todos os dias, os portugueses viam o Estado a endividar-se. Não houve um único ano em que aquilo que ganhámos tivesse dado para a despesa. Manter o Estado com esta natureza é uma irresponsabilidade", disse o primeiro-ministro durante as comemorações dos Trabalhadores Social-Democratas (TSD) no dia 1 de Maio.

Sobre as contas do Estado, Passos afirmou que quase 78% dos gastos "são salários, transferências sociais e juros da dívida pública". "O problema está na dívida que acumulámos, que é grande. A taxa de juro é a mais baixa que já tivemos", referiu o primeiro-ministro.

Para Passos, Portugal é hoje visto como um País "cumpridor" e que "quer ultrapassar a crise". "Os portugueses precisam e merecem que seja este o caminho a realizar", sublinhou.

DOCTOR NO, NO, NO VIEGAS NO PLEASE- JUST SAY NO disse...

gostei mais da indivídua que foi muito usada

já o socas

Anónimo disse...

VISÕES

"Eu era empregado naquele restaurante aonde o Sócrates fez o exame de Inglês.
Eu gravei todinho.
Fiz um filme com imagens bem bonitinhas e gravei as conversas todinhas.
Eu sabia que aquilo ia dar borrasca, por isso deitei mãos à máquina de filmar.
O Sócrates comeu peixe grelhado e o Dr comeu um grande bife de novilho. Beberam vinho Barca D'Alva e um wiskie velho. Não sei quem pagou, mas deixaram-me uma boa gorjeta".
Quanto ao exame pareceu-me que era uma folhabranca com escritos em chinês (para mim). O Sócrates leu-a e o Dr disse que estava bem, metendo a folha numa pasta azul. Foi assim o que se passou.
Eu conhecia o Dr pois durante anos muitos foram os que, de segunda a sexta, sábados ou domingos, passaram pelo restaurante para apresentar folhas iguais".

Anónimo disse...

http://economico.sapo.pt/noticias/islandia-defende-investigacao-ao-governo-portugues_117513.html

O membro do Banco Central da Islândia Gylfi Zoega diz que Portugal deve investigar quem está na origem do elevado endividamento do Estado e dos bancos.

"Temos de ir aos incentivos. Quem ganhou com isto? No meu País eu sei quem puxou os cordelinhos, porque o fizeram e o que fizeram, e Portugal precisa de fazer o mesmo. De analisar porque alguém teve esse incentivo, no Governo e nos bancos, para pedirem tanto emprestado e como se pode solucionar esse problema no futuro", diz o responsável.

A participar nas conferências do Estoril, o economista, que também participou no documentário premiado com um Óscar "Inside Job -- A verdade sobre a crise", disse em entrevista à Agência Lusa que Portugal beneficiou muito de estar no euro nesta altura, porque para além do apoio dos seus parceiros da união monetária, terá de resolver os seus problemas estruturais ao invés de recorrer, como muitas vezes no passado, à desvalorização da moeda.

"Talvez para Portugal estar no euro nesta altura seja uma bênção, porque apesar de não conseguir sair do problema de forma tão fácil como antes, através da depreciação [da moeda], vocês têm de lidar com os problemas estruturais que têm", disse.

Anónimo disse...

Já se ouve por aí que o shinhor de Massamá também não tirou o curso...e pior...parece que o Gasparvinho também entregou uns trabalhos nuns dias feriados...
Queres ver que só eu é que tenho um curso sem mácula?

Anónimo disse...

Pois foi.
Ahahaha!
Este xuxa é mesmo obtuso.
Para desvalorizares as aldrabices do teu amigo briocheiro podias ser mais imaginativo.
Que tal o diploma do cábula que apanhou uma nota elevada no ISP?

Anónimo disse...

Não percebi bem o head-line do CM, Sócrates fez inglês quer dizer que ele "fez" um inglês no Bairro Alto?... é que se fez, fez o que muitos fazem.
Já se se referem à língua falada e escrita, aí acho mal, porque a escola e a universidade devem ter alguma dignidade. Ele Sócrates nunca terá. Almiro Lopes