Duarte Lima foi acusado do homicídio de Rosalina Ribeiro, no Brasil, e, em 1-11-2011, as autoridades brasileiras emitiram um mandado de detenção para o capturar. Depois do que li, não me surpreende. Não sei se matou, nem se mandou matar. Basta a acusação para que, como português, me envergonhe, ainda mais um alegado crime cometido no Brasil por outro alegado Militão: o militante sistémico Duarte Lima.
Se foi mesmo ele quem matou, ou mandou matar, a secretária de Tomé Feteira, isso significa um quantum leap do sistema em Portugal. Até agora, o sistema não matava. Nem no caso Casa Pia, ao contrário do caso belga: telefonemas ameaçadores (inclusivé do Parlamento), intimidação física (como as rondas ao hotel onde trabalhava uma vítima), uma vítima agredida e fechada na mala de um carro, etc.. Matar em Portugal, país de brandos costumes, é impopular e prejudica o negócio. À PIDE é assacada a morte de cerca de 36 pessoas no Continente, em 41 anos de actividade. E na actualidade veja-se que Lima não recebeu solidariedades públicas. Os poderosos admitem ser solidários com acusados de pedofilia, mas muito menos com os acusados de homicídio: nem a sua facção partidária, nem nenhum dos seus amigos políticos, veio defender Duarte Lima, nem sequer aqueles que ajudou a subir e a instalar. O sistema tem evitado matar. Porém, existem sinais de mudança, para lá da habitual escuta e da vigilância ostensiva, por exemplo, uma roda desapertada. São sinais de desespero? Ou sinais de ousadia?...
Mas se Lima matou, ou mandou matar, tudo muda. As "malvadezas" brasileiras podem ser importadas, tal como os gangues portugueses já copiam a violência e a tortura das máfias italianas e do Leste da Europa. O Ministério Público e a Polícia Judiciária que se preparem. O combate ao crime vai ser mais duro, até porque a promiscuidade política interna há-de agravar-se ainda mais.
Actualização: este poste foi actualizado às 8:12 de 3-11-2011.
* Imagem picada daqui.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): Domingos Duarte Lima, acusado, em 27 de Outrubro de 2011, pela Promotoria de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, no Brasil, da prática do crime de homicídio qualificado, descrito no artigo 121, parágrafo segundo, incisos I, IV e V, do Código Penal Brasileiro,
Se foi mesmo ele quem matou, ou mandou matar, a secretária de Tomé Feteira, isso significa um quantum leap do sistema em Portugal. Até agora, o sistema não matava. Nem no caso Casa Pia, ao contrário do caso belga: telefonemas ameaçadores (inclusivé do Parlamento), intimidação física (como as rondas ao hotel onde trabalhava uma vítima), uma vítima agredida e fechada na mala de um carro, etc.. Matar em Portugal, país de brandos costumes, é impopular e prejudica o negócio. À PIDE é assacada a morte de cerca de 36 pessoas no Continente, em 41 anos de actividade. E na actualidade veja-se que Lima não recebeu solidariedades públicas. Os poderosos admitem ser solidários com acusados de pedofilia, mas muito menos com os acusados de homicídio: nem a sua facção partidária, nem nenhum dos seus amigos políticos, veio defender Duarte Lima, nem sequer aqueles que ajudou a subir e a instalar. O sistema tem evitado matar. Porém, existem sinais de mudança, para lá da habitual escuta e da vigilância ostensiva, por exemplo, uma roda desapertada. São sinais de desespero? Ou sinais de ousadia?...
Mas se Lima matou, ou mandou matar, tudo muda. As "malvadezas" brasileiras podem ser importadas, tal como os gangues portugueses já copiam a violência e a tortura das máfias italianas e do Leste da Europa. O Ministério Público e a Polícia Judiciária que se preparem. O combate ao crime vai ser mais duro, até porque a promiscuidade política interna há-de agravar-se ainda mais.
Actualização: este poste foi actualizado às 8:12 de 3-11-2011.
* Imagem picada daqui.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): Domingos Duarte Lima, acusado, em 27 de Outrubro de 2011, pela Promotoria de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, no Brasil, da prática do crime de homicídio qualificado, descrito no artigo 121, parágrafo segundo, incisos I, IV e V, do Código Penal Brasileiro,
«Homicídio qualificadogoza do direito à presunção de inocência até ao trânsito em julgado de eventual sentença condenatória.
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; (...)
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.»
13 comentários:
Em todos os lugares do mundo tem que existir violência, até em um lugar tão lindo como Portugal.
http://tijoloscommanga.blogspot.com/
Que comentário tão "envergonhado", Dr ABC. Costuma ser mais contundente quando estão em "jogo" socialistas, mesmo quando as causas das acusações sejam de menor gravidade das que está acusado o destacado "militante" e ex-deputado do PSD, Lima.
Quando há assassinato de pessoas devíamos ser mais contundentes em comparação com "desvios de dinheiros. Ambos são crimes, mas uns são mais tenebrosos do que outros.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): As entidades referidas nas notícias dos media, que comento, não são que eu saiba suspeitos ou arguidos de qualquer ilegalidade ou ilegalidade; e quando na situação de arguidos gozam do direito constitucional à presunção de inocência até ao trânsito em julgado de sentença condenatória.
Um dos mais violentos e objectivos "posts" até hoje.
Estamos no fim do Regime de Abril.
Lembrarmo-nos que a Dra.Maria Barroso esteve com o Dr. Domingos a angariar fundos para a luta contra o cancro.
E quem já viu a morte, estando com cancro, é capazde matar tão friamente, por apenas dinheiro (ainda que em avultada soma)?
E será que essa história do cancro de Duarte Lima foi verdade?
A vivência da proximidade da morte não muda a natureza das pessoas.
Tem mais impacto nus que noutros.
Mas a natureza do lobo é comer a ovelha.
Não sei se é culpado ou inocente.
Ele é um homem com um grande património e formação jurídica,penso.Saberá defender-se.
O caso só está a ser mediatizado até à exaustão,para que no palco não estejam outros assuntos mais relevantes para todos os portugueses.
"Os nossos" (expressão socratina que denominava os pulhas que infiltrava nos pontos sensíveis da sociedade,gravado do Face Oculta) estão a fazer a barrela do bando que nos levou à ruína.
Passaram por este palco as peças "Isaltino","João Jardim",agora "Duarte Lima".
Tudo parte da dramaturgia socratina.Tudo característico de uma determinada fauna de Abril.
"Os nossos" conseguiram o feito notável de,enquante o país se debate com a bancarrota socialista,nem uma palavra sobre Sócrates e o seu governo,cujos membros se sentam na AR com críticas cerradas aos sacrifícios impostos à população.
Caro Dr. António Balbino Caldeira,
Espero que com este post as almas atormentadas socretinas, xuxalistas, sombras negras, barrosistas desavindos, isaltinistas e todos que tocam e cantam hosanas de louvor a esta demo kracia, sejam mais comedidos nos seus comentários ao dono desta casa.
Napoleão
"o combate ao crime vai ser duro..."
Meu caro dr. Balbino Caldeira, com o actual sistema judicial, com o actual procurador, com as polícias ( a começar pela judiciária) sabotadas e desmotivadas há-de ser de facto muito duro... para o pacato cidadão comum.
O dr. ainda não está ver bem aonde caímos e o que nos espera.
Não conheço melhor sitio para fugir do que Portugal, se o governo comete crimes e não é acusado, o que melhor do que fugir para cá.
O Lima irá ser tão protegido como Sócrates e outros bandidos do seu gang?O futuro o dirá...
Há uns anos foi também muito falado um suposto crime de morte que terá vitimado um autarca de Almodôvar. Se não me falha a memória, foi encontrado dentro de um carro incendiado, tendo sido identificado um buraco compatível com bala, no crânio. O mais macabro é que, reza a lenda, o dito crânio desapareceu da mesa da autópsia para não mais ser encontrado, assim como desapareceu do cenário político o figurão do PS que era o principal suspeito...Nada de novo, portanto, em Portugal. Já no Brasil, ao que parece, estas "pequenas coisas" são levadas a sério.
Em Portugal é tudo gente séria.
Principalmente aqueles que foram criados durante o consulado cavaquista.
Se é verdade que este homem - advogado prestigiado, ex-deputado brilhante, respeitado por todas as forças políticas, uma pessoa civilizada, com uma educação acima da média e muitos etc's. - assassinou aquela senhora, sua cliente de uma importância excepcional dada a fortuna em presença, friamente com dois tiros, pessoa esta que confiava nele ao ponto de o fazer seu advogado e confidente, um cargo que requere uma confiança total parte a parte, então estamos perante uma pessoa que, se estava na posse de todas as suas faculdades, para se apossar de uma soma milionária pertencente à sua cliente, praticou o acto mais indigno, vil e tortuoso a que qualquer ser humano é capaz de chegar.
Se de facto foi ele - ou mesmo que o não tenha sido, foi o mandante, o que vem a dar ao mesmo - quem assassinou a senhora a sangue frio por motivos exclusivamente materiais, é alguém possuidor de um carácter indigno só comparável a qualquer vulgar ladrão de estrada. Se pensarmos que ele chegou ao ponto inacreditável de, para não deixar pistas e também para se apossar de documentos talvez incriminatórios, retirar todos os objectos pessoais que a senhora levava, parece que só deixando os óculos (será verdade isto, uma vez que ele lhe retirou tudo o resto?... e ainda por cima óculos escuros à noite?!, será que lhos colocou para despistar, sabendo nós que a senhora levava óculos com lentes claras, conforme se vê perfeitamente nas imagens que as televisões passaram e passam), ou seja, pulseira/s, relógio, brincos, anéis, mala de mão, além de toda a restante documentação que a senhora transportava.
Conclusão. Estamos portanto e tristemente perante um prestigiado advogado que não só é um mega ladrão mas também um assassino frio e calculista capaz das mais cruéis acções para atingir os seus diabólicos fins.
Depois disto, a pergunta que paira em todas as mentes é a seguinte: a partir deste trágico episódio, até que ponto será possível confiar cegamente num qualquer advogado por mais prestigiado e ilustre que ele seja?
Maria
Duarte Lima andou metido nas bocas do mundo por tropelias há anos a esta parte e lembro-me que o escritor José Cardoso Pires o visou fortemente no Público. Ao ser ilibado e tendo entretanto JCP adoecido gravemente pediu-lhe desculpas públicas evitando eventual processo que julgo que já estava em curso. Cautela pois que o diabo tece-as.
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