sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pátria e política

Cafeína e... uma insónia tardia. Saí há muito do registo pessoal, por aqui entretido no passado - o diletantismo ocasional que apreciavam, e desprezei porque nunca cri que houvesse algum talento na inutilidade, semi-conteano em que (mal) me segurei, de entender a filosofia como abstracção e, de caminho, a literatura (o gozo da forma) uma distracção e um devaneio. Para lá de mim, reduzo-me à humildade de entender o fado inicial da Tabacaria («Não sou nada./Nunca serei nada» e, além disso, «Não posso querer ser nada»), como custo da opção por um caminho menos cruzado que implica a assunção de um sacrifício extremo.  Um fardo original que se carrega pelos outros... pela Outra: a Pátria. Pátria: povo e terra. Onde quer que a pisemos ou vivamos, pois Portugal é onde estiver um português. Senhor Jesus, ensinai-nos a ser generosos... Não existo no que sou e só que o que faço tem, raras vezes, algum relevo: a Pátria vive. A dura «Pátria Mãe» (da autoria de Santos1143 - quem é este soldado desconhecido?), dos páras, ou a doce «terra mansinha», de Cinatti - Mãezinha. A Pátria como prioridade. Povo sob Deus na Terra de Santa Maria,  uma cidade num monte, cheia de bons e maus cheiros - e agora ténue candeia debaixo de pesado alqueire. Com a tutela justa de um Estado que não pode ser um «bando de ladrões» (Bento XVI referindo Santo Agostinho, n' «A Cidade de Deus», Livro IV, Cap. IV: «Remota itaque iustitia quid sunt regna nisi magna latrocinia?»)  e numa Europa nascida do encontro entre a fé de Jerusalém, a filosofia de Atenas e o direito de Roma - como disse o Papa no Reichstag, em Berlim, em 22-9-2011 -, mas que está, nesta era, sujeita a um movimento totalitário de descristianização e carente de uma «ecologia do Homem».

O objectivo de governar não é agradar. E muito menos agradar aos adversários para lhes alugar a boa vontade, na vã expectativa de que estes venham a ceder uma parcela do poder, que formalmente perderam, e de que os poupem no futuro, quando os alcatruzes da roda da fortuna se inverterem. O objectivo de governar é servir. Se um governo imuniza os adversários e incarna a sua política, ganha o favor temporário dos militantes alheios, mas trai a vontade de reforma do povo.


Actualização: este poste foi emendado às 21:49 de 24-9-2011.

12 comentários:

Anónimo disse...

Gaita!!!Andámos nós a trabalhar como doidos durante décadas para enriquecer ilícitamente e agora chegaram uns caramelos e aprovam que toda essa ladroagem é crime.Já não há moral!Já não há vergonha!O PS UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO!SÓCRATES FOREVER!

Isabel disse...

Tempos duros, professor...A "descristianização" está nas escolas em força. Os jacobinos prosperam em editoras, na formulação dos curricula... Depois vêm os mass media exibir rapazes com musculatura de gorilas e meninas plastificadas como modelos a seguir.Os políticos a legislar contra a vida, a fomentar vícios sob capa de virtudes. Bem dizia o Professor Ernãni Lopes: o grande problema da economia é, afinal, ético.

Anónimo disse...

Se falarmos em pétria ou nação na AR,decerto seremos vaiados.
Aquilo é um centro de negócios.

Anónimo disse...

Pátria

Anónimo disse...

EM TEMPOS DE CRISE...
EM TEMPOS DE CRISE...

Trinta (30) acólitos a acompanhar Sua Excelência, durante uma semana,transportes, cama, mesa, roupa lavada, ajudas de custo, etc.,etc, pelas Ilhas.

Não contando com a chusma dos autóctones.

Bela democracia, para alguns...

Dizia o poeta:

"Que importa que haja fome?
Assim como assim, ainda há tanta gente que come!".

Sancho Pensa disse...

Acrescentaria ao poeta: E gente que dorme!

Anónimo disse...

O Cavaco foi aos Açores agradecer ao César ter-lhe dado porrada durante tantos anos.A próxima viagem oficial de Sua Excelência será a Paris mas o Sarkozy não consta do programa.Há outro que vai pagar-lhe todas as despesas da viagem.

Anónimo disse...

Lemos há dias, que o Consul Relvas afirmou: "quem quer utilizar estradas, tem que pagá-las".

Oh Consul Relvas, Eminencia Parva da laranjada M,

- Não sabe o Senhor que em cada litro de combustível vendido, 2/3 são para impostos que engordam os Porcos governantes?
- Não sabe o Consul Relvas que cerca de 50% do custo de cada automóvel comercializado, consiste no pagamento de impostos para suportar a Pocilga do Poder?
- Não sabe o Consul das Viagens Fantasmas, que a opulenta Brisa em coligação com os Motas de Amarante, engordam a cada dia, apesar da pobreza crescente do português médio?

Perante isto, ainda quer forçar o pagamento de TODAS as estradas?

Deixamos aqui aos Seguidores do Consul Relvas, um conjunto de propostas para diminuir a gordura dos cerdos pestilentos:

- Acabar com as reformas ao fim de 8 anos de poiso.
- Acabar com os propalados subsídios de integração, dos bácoros oficiais.
- Acabar com as viaturas de serviço para os ocupantes dos circulos do poder.
- Reduzir a ZERO, as despesas de representação da escumalha do poder.

Comece por aí.

Anónimo disse...

É a regra de ouro do novo poder instalado em Portugal.Quanto mais Sócretino foste no passado mais acarinhado serás no presente - tanta mais porrada levarás no presente quanto mais anti-sócretino foste no passado.É a Nova Unidade Naxional.O filuzufu refugiado em Paris pagou e paga muitos almoços.

uka uka disse...

Que texto enrolado! A Madeira é um resíduo salazarento de pedofilia e estupefacientes!!!!!!!!!!!!!!!!!
BAH!

Anónimo disse...

Era bom que fosse um resíduo salazarista,tería as contas em dia e os cofres cheios.
Pedofilia é mais com o feudo do César,sócio do Ricardo Rodrigues e do Farfalha.
De lá veio o Gama com lastro do mesmo.

Anónimo disse...

E consta que foi de lá que trouxe o papagaio que lhe fugiu no Lumiar por ele lhe meter o dedo no cu. E que terá sido por ter perdido o papagaio que passou a "brincar" com gansos no Restelo, na casa dos RRs! O papagaio ainda hoje se dói, e já lá vão mais de trinta anos! Imaginem os pobres gansos!!!