Se os mercados não antecipam a bancarrota consumada, moratória e pagamento parcial da dívida do Estado português (por aí difundidos sob os eufemismos de default e haircut) para antes da última tranche do programa tri-anual de empréstimo do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e do Fundo Monetário Internacional a Portugal - ou seja Abril de 2014 - por que motivo os investidores nacionais e internacionais não comprariam os títulos de dívida (Bilhetes do Tesouro) de prazos curtos que o Governo emite, como hoje, 20-4-2011, de mil milhões de euros?... Outra coisa acontecerá com as necessidades de financiamento das empresas públicas, mas o Governo socialista apenas precisa de transferir o suficiente para lhes pagar salários e juros, atrasando os pagamentos aos fornecedores.
Esses títulos de dívida pública portuguesa de curto prazo - até dois anos - têm risco relevante? Sim, mas é o risco de o grande empréstimo do FEEF/FMI, de 80 ou 100 mil milhões de euros não ser concedido ou ser bastante atrasado. O que, apesar da oposição do provável parceiro de coligação finlandês, e dos opositores do apoio ao que chamam o Club Med na Alemanha, na Áustria, na Holanda, na Áustria e países nórdicos, e dos cépticos do euro, parece muito pouco provável. Portanto, os leilões de dívida a curtíssimo e a curto-prazo do Estado não ficarão vazios e os investidores emprestarão esse dinheiro. Não acredito que a tesouraria do Governo estoire antes das eleições de Junho de 2011 e convinha que os opinadores não se convencessem dessa probabilidade - aliás, Sócrates faria tudo, tudo, independentemente dos meios e das consequências, para que isso jamais acontecesse.
O problema desta política de quem-vem-atrás-que-feche-a-porta é que a slot machine onde o viciado Governo Sócrates enfia o dinheiro vai desbaratar ainda mais a riqueza sobrante do País, arruinando não apenas o Estado, mas também as empresas, as associações e os particulares.
A hipótese marxista de não pagar a dívida, ou de pagar apenas parte, não é viável para um País, que não produz para se alimentar a si próprio (nem desde o século XVI produziu). Quando a Argentina declarou bancarrota, depois de ter falhado pagamentos na última semana de 2001, tinha superavit alimentar e produtivo, podendo viver (muito mal) anos sem empréstimos externos. Mas se o delírio marxista do emprego-no-quadro-para-todos-os- precários - e que se lixem os desempregados que nem sequer recibos verdes têm... - e do não-pagamos (aventando o exemplo da Islândia, após a sua bancarrota, um país que nem sequer integra o euro ou a União Europeia) levasse os portugueses à loucura de aderir às promessas da esquerda radical, e a instituir um Governo que declarasse bancarrota, isso provocaria a falência dos bancos e das empresas e a insolvência das famílias, num contexto de desvalorização e depreciação acentuada da moeda, após a expulsão do euro. Os bancos e as empresas não teriam quem lhes emprestasse dinheiro. As famílias cairiam na insolvência, pois os montantes a pagar nos empréstimos contraídos passaria para o dobro ou o triplo na moeda nacional.
No futuro próximo do fogo deste artifício socialista, na fire-sale das privatizações-relâmpago a que o Governo será forçado para que as tranches de dinheiro vão chegando do FEEF/FMI, não se esfumará apenas a Caixa Geral de Depósitos e outras jóias do Estado, mas também uma parte significativa das reservas de ouro. No final desta ordália que o socialismo corrupto, apoiado pela parte marxista dos eleitores portugueses (sim, a ideia invejosa de que o avanço económico do indivíduo não se deve fazer pelo trabalho, pela poupança e pelo investimento, mas abocanhando aquilo que é dos outros...), impôs a todo o povo, e inclusivamente a si própria, restará do País um farrapo e, então, talvez a centelha da recuperação moral que é a iluminação da recuperação económica e financeira e social do País pós-Estado social(ista). Até lá, e depois, sem conceder espaço às lágrimas, resta-nos, como sempre, o combate.
Pós-Texto (11:43 de 20-4-2011): Este poste foi escrito antes de conhecido o resultado da emissão de dívida de hoje, 20-4-2011, que o Governo conseguiu colocar. A partir do momento em que foi pedido o socorro financeiro, os mercados antecipam que haverá dinheiro no curto e médio prazo para pagar juros de empréstimos. Depois da emissão, à hora em que escrevo, a taxa de juro das obrigações do Estado português a cinco anos subiram aos mesosféricos 10,83% e a dois anos a 10,29%!... Caminhamos para os 22% na taxa a dois anos dos gregos...
* Imagem editada daqui.
Esses títulos de dívida pública portuguesa de curto prazo - até dois anos - têm risco relevante? Sim, mas é o risco de o grande empréstimo do FEEF/FMI, de 80 ou 100 mil milhões de euros não ser concedido ou ser bastante atrasado. O que, apesar da oposição do provável parceiro de coligação finlandês, e dos opositores do apoio ao que chamam o Club Med na Alemanha, na Áustria, na Holanda, na Áustria e países nórdicos, e dos cépticos do euro, parece muito pouco provável. Portanto, os leilões de dívida a curtíssimo e a curto-prazo do Estado não ficarão vazios e os investidores emprestarão esse dinheiro. Não acredito que a tesouraria do Governo estoire antes das eleições de Junho de 2011 e convinha que os opinadores não se convencessem dessa probabilidade - aliás, Sócrates faria tudo, tudo, independentemente dos meios e das consequências, para que isso jamais acontecesse.
O problema desta política de quem-vem-atrás-que-feche-a-porta é que a slot machine onde o viciado Governo Sócrates enfia o dinheiro vai desbaratar ainda mais a riqueza sobrante do País, arruinando não apenas o Estado, mas também as empresas, as associações e os particulares.
A hipótese marxista de não pagar a dívida, ou de pagar apenas parte, não é viável para um País, que não produz para se alimentar a si próprio (nem desde o século XVI produziu). Quando a Argentina declarou bancarrota, depois de ter falhado pagamentos na última semana de 2001, tinha superavit alimentar e produtivo, podendo viver (muito mal) anos sem empréstimos externos. Mas se o delírio marxista do emprego-no-quadro-para-todos-os- precários - e que se lixem os desempregados que nem sequer recibos verdes têm... - e do não-pagamos (aventando o exemplo da Islândia, após a sua bancarrota, um país que nem sequer integra o euro ou a União Europeia) levasse os portugueses à loucura de aderir às promessas da esquerda radical, e a instituir um Governo que declarasse bancarrota, isso provocaria a falência dos bancos e das empresas e a insolvência das famílias, num contexto de desvalorização e depreciação acentuada da moeda, após a expulsão do euro. Os bancos e as empresas não teriam quem lhes emprestasse dinheiro. As famílias cairiam na insolvência, pois os montantes a pagar nos empréstimos contraídos passaria para o dobro ou o triplo na moeda nacional.
No futuro próximo do fogo deste artifício socialista, na fire-sale das privatizações-relâmpago a que o Governo será forçado para que as tranches de dinheiro vão chegando do FEEF/FMI, não se esfumará apenas a Caixa Geral de Depósitos e outras jóias do Estado, mas também uma parte significativa das reservas de ouro. No final desta ordália que o socialismo corrupto, apoiado pela parte marxista dos eleitores portugueses (sim, a ideia invejosa de que o avanço económico do indivíduo não se deve fazer pelo trabalho, pela poupança e pelo investimento, mas abocanhando aquilo que é dos outros...), impôs a todo o povo, e inclusivamente a si própria, restará do País um farrapo e, então, talvez a centelha da recuperação moral que é a iluminação da recuperação económica e financeira e social do País pós-Estado social(ista). Até lá, e depois, sem conceder espaço às lágrimas, resta-nos, como sempre, o combate.
Pós-Texto (11:43 de 20-4-2011): Este poste foi escrito antes de conhecido o resultado da emissão de dívida de hoje, 20-4-2011, que o Governo conseguiu colocar. A partir do momento em que foi pedido o socorro financeiro, os mercados antecipam que haverá dinheiro no curto e médio prazo para pagar juros de empréstimos. Depois da emissão, à hora em que escrevo, a taxa de juro das obrigações do Estado português a cinco anos subiram aos mesosféricos 10,83% e a dois anos a 10,29%!... Caminhamos para os 22% na taxa a dois anos dos gregos...
* Imagem editada daqui.
10 comentários:
Começar de novo.
Têm que se julgar muitos dos criminosos. A gente conhece-os a todos. Eles julgam que escapam.
O Soares já grita com medo do PREC II. Terá Soares medo de acabar como Craxi, nas praias tunisinas?
Os cidadãos deviam poder processar civil e criminalmente políticos e Governos, sempre que a situação se justificasse - como no momento presente. Essa sim, seria uma cabal demonstração de democracia.
http://www.publico.pt/Política/primeiroministro-posto-a-leilao-por-75-mil-milhoes-de-euros_1490603
A Alice do país das maravilhas, ia ser leiloada, coitada da moça.
Alguem sabe do Mário Crespo?
Candidatos PSD Viana admitem revisão portagens antigas SCUT
Os candidatos do PSD em Viana do Castelo admitiram hoje que o atual modelo de pagamento de portagens na antiga SCUT A28 poderá ser revisto, caso o partido vença as eleições legislativas de 05 de junho.
«O modelo das SCUT foi imposto por um Governo socialista e fracassou. É um mau exemplo da governação, uma trapalhada, e por isso o PS deve explicações», sublinhou Carlos Abreu Amorim.
O cabeça de lista do PSD por Viana admite, assim, a vontade do PSD em rever o atual modelo de portagens.
Diário Digital / Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=506399
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O acéfalo CAA, ainda nem é deputado, e já toma medidas. Os liberais da treta. Irá querer reimplantar auto-estradas socialistas?
Mas se foi implementada a acção marxista de injectar milhões para salvar os bancos e é aventado o delírio capitalista de pedir emprestado a pagar juros que roçam a usura, não sei qual é a diferença de resultados...
Esta linguagem retrograda de marxismo vs capitalismo é demasiado demagoga para ser solução.
Factualmente, se o marxismo/socialismo claudicou, este capitalismo não é nada melhor...
ps volta a liderar as sondagens
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=506455
vamos todos morrer á fome.
Caro Prof. ABC.
Como explicar as sondagens de hoje da Marktest?
É caso para perguntar? Está tudo "louco"?
Incompeensível. Há que mudar, mas mudar de forma profunda...
Primeiro quero responder a Maria dos Cacos: Mário Crespo está de férias, regressará a 25/26 de Abril.
Interrogamo-nos( alguns de nós ) sobre o mistério que levou anos a fio um Prof Universitário que segundo dizem tinha alta qualidade -Teixeira dos Santos a estar dominado por Socrates! Diria que Socrates domina demasiadas pessoas os motivos são estranhos e não sei se virão a lume algum dia mas assustam.
Cavaco e Silva não deveria ter estado tão calado estes anos todos.Com a formação académica que tem não poderia pecar por omissão. Urgia que tivesse tomado uma posição firme a tempo de evitar a situação catastrófica em que nos encontramos..Num caso destes a limitação dos poderes deveria ter sido ultrapassada a bem da nação nem que tivesse de ouvir as piores criticas por parte do PS.É em ocasiões destas que se vê a fibra das pessoas.
Analou
Tudas as suas dúvidas e perplexidades podem facilmente ser esclarecidas em
Daniel Estulin
Toda a verdade sobre o CLUBE DE BILDERBERG
Nomes e até fotografias dos portugueses mais responsáveis a receber as ordens dos senhores do mundo.
Tudo ali se explica, para nosso mal.
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