Agora que começou a mãe de todas as batalhas - aquela desencadeada pelo sistema corrupto para não abandonar o poder - é útil fazer uma espécie de Sitrep das frentes de combate. Merecem relevo especial a frente financeira e a frente judicial. Enquanto permanece a incógnita sobre as manifestações da Geração à Rasca, em 12-3-2011.
Na frente financeira, ocorreu o previsto cruzamento, no sentido ascendente, das curvas das taxas de juro das obrigações do Estado português dos prazos mais curtos com a curva das obrigações dos prazos mais longos (dez anos) - nesta manhã de 10-3-2011, a taxa de juro a cinco anos está em 7,67% contra 7,48% a dez anos -, bem como a asfixia da emissão de dívida em 9-3-2011 (quase 6% para a dívida a dois anos!...), que levou o próprio secretário de Estado do Tesouro, Costa Pina, a reconhecer, em 9-3-2011, que as taxas de juro da dívida portuguesa são insustentáveis a prazo («a prazo» pode querer dizer os dias seguintes...). Sócrates disse em Viseu, em 7-3-2011, que a vinda do FMI (isto é, a intervenção externa) constituiria uma perda de dignidade do País:
Parece que a perda de dignidade está à porta... Mas não é a perda de dignidade do País porque o Estado não é do primeiro-ministro, ainda que ele se considere o Sol: é a perda de dignidade do socratismo, um sistema degenerado de Governo cruel (anti-democrático), ruinoso e cobarde, que tem feito da força a sua imagem holográfica.
Porém, nos momentos em que a história acelera - e agora corre mais rápida do que os tácticos medrosos gostariam -, depressa se recua de trincheira em trincheira, largando terreno, e, na fuga, o objectivo de resistência passa para o mais primário instinto de sobrevivência. A actual circunstância socratina destes profetizados idos de Março é apenas a sobrevivência na fuga, já que se esvaneceram até os esquemas de controlo de danos. Assim, já não se trata de alcançar um mecanismo de socorro financeiro de emergência flexível para salvar a face dobrada, mas simplesmente de socorro financeiro, qualquer que seja modalidade, desde que permita o pagamento de salários, juros, pensões e subsídios, no próximo mês.
Na frente judicial, destaca-se a continuação da perseguição e redução das condições de investigação ao juiz Carlos Alexandre, que detém a instrução de processos sensíveis, como o Freeport, também denunciadas hoje, 10-3-2011, pelo presidente da Associação Sindical dos Magistrados Portugueses, dr. António Martins, que se indigna perante o que a Direcção-Geral da Administração da Justiça manda em contraponto com o que internamente faz, enquanto que o Dr. Júlio Castro Caldas, ex-colega de Governo de José Sócrates, governo que, aliás, o indicou para o lugar no Conselho Superior do Ministério Público, foi indicado para relator do processo disciplinar instaurado por Pinto Monteiro aos procuradores do processo Freeport, Vítor Magalhães e Paes de Faria...
A frente judicial é mais crítica para o socratismo e é aí que procurará resistir mais, pois a frente financeira já é dada como perdida. Mas não demora a debandada.
* Este poste foi publicado também no Movimento para a Democracia Directa.
Na frente financeira, ocorreu o previsto cruzamento, no sentido ascendente, das curvas das taxas de juro das obrigações do Estado português dos prazos mais curtos com a curva das obrigações dos prazos mais longos (dez anos) - nesta manhã de 10-3-2011, a taxa de juro a cinco anos está em 7,67% contra 7,48% a dez anos -, bem como a asfixia da emissão de dívida em 9-3-2011 (quase 6% para a dívida a dois anos!...), que levou o próprio secretário de Estado do Tesouro, Costa Pina, a reconhecer, em 9-3-2011, que as taxas de juro da dívida portuguesa são insustentáveis a prazo («a prazo» pode querer dizer os dias seguintes...). Sócrates disse em Viseu, em 7-3-2011, que a vinda do FMI (isto é, a intervenção externa) constituiria uma perda de dignidade do País:
«Entre vir ou não vir o FMI, há um país que perderia prestígio, além de perder também a dignidade de se apresentar ao mundo como um país que consegue resolver os seus problemas.»
Parece que a perda de dignidade está à porta... Mas não é a perda de dignidade do País porque o Estado não é do primeiro-ministro, ainda que ele se considere o Sol: é a perda de dignidade do socratismo, um sistema degenerado de Governo cruel (anti-democrático), ruinoso e cobarde, que tem feito da força a sua imagem holográfica.
Porém, nos momentos em que a história acelera - e agora corre mais rápida do que os tácticos medrosos gostariam -, depressa se recua de trincheira em trincheira, largando terreno, e, na fuga, o objectivo de resistência passa para o mais primário instinto de sobrevivência. A actual circunstância socratina destes profetizados idos de Março é apenas a sobrevivência na fuga, já que se esvaneceram até os esquemas de controlo de danos. Assim, já não se trata de alcançar um mecanismo de socorro financeiro de emergência flexível para salvar a face dobrada, mas simplesmente de socorro financeiro, qualquer que seja modalidade, desde que permita o pagamento de salários, juros, pensões e subsídios, no próximo mês.
Na frente judicial, destaca-se a continuação da perseguição e redução das condições de investigação ao juiz Carlos Alexandre, que detém a instrução de processos sensíveis, como o Freeport, também denunciadas hoje, 10-3-2011, pelo presidente da Associação Sindical dos Magistrados Portugueses, dr. António Martins, que se indigna perante o que a Direcção-Geral da Administração da Justiça manda em contraponto com o que internamente faz, enquanto que o Dr. Júlio Castro Caldas, ex-colega de Governo de José Sócrates, governo que, aliás, o indicou para o lugar no Conselho Superior do Ministério Público, foi indicado para relator do processo disciplinar instaurado por Pinto Monteiro aos procuradores do processo Freeport, Vítor Magalhães e Paes de Faria...
A frente judicial é mais crítica para o socratismo e é aí que procurará resistir mais, pois a frente financeira já é dada como perdida. Mas não demora a debandada.
* Este poste foi publicado também no Movimento para a Democracia Directa.
4 comentários:
os marginais de colarinho branco tomaram conta deste nacional-socialismo
que afunda a economia
e vende o rectângulo em saldos diários
O NOVO PEC-PLANO DE EXTORSÃO COLECTIVA É A MANIFRESTAÇÃO EXTREMA DO DESESPERO DA MÁFIA SÓCRETINA.ASSALTAR E EMPOBRECER OS PORTUGUESES PARA IMPRESSIONAR OS MERCADOS QUE OS CONHECEM COMO MENTIROSOS E CORRUPTOS SEM POSSIBILIDADES DE CURA.À BEIRA DA RUPTURA FINANCEIRA O SÓCRETINO É CAPAZ DE TUDO PARA SE MANTER NO PODER.O PSD NÃO PODE VIABILIZAR ESTE DESNORTE.ESTÁ NA HORA DO ELEITORADO CORRER COM O SÓCRETINO DEFINITIVAMENTE.
A nossa única vitória, é que eles, os Socialistas - maçons, são de tal modo incompetentes (a não ser para aumentar proveitos próprios), que nem é preciso fazer nada, para que façam cair Portugal.
Os portugueses morreram todos com Sócrates.
Até o Dr. Medina Carreira foi mandado calar.
pois é ..mas no blog 4 republica o Tavares Moreira acha que ainda não é hora ...
É Tavares Moreira um dos táticos medrosos que o extremamente lúcido António Balbino refere ?
C.C.
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