segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O exemplo de insubordinação do ministro da Defesa Santos Silva



Ontem, 16-1-2011, indirectamente, o subordinado ministro da Defesa mandou o Comandante Supremo das Forças Armadas portuguesas não se meter «onde não é chamado»!...

Não sei se o Ministro da Defesa de Portugal, o Prof. Doutor Santos Silva, o equívoco que gosta de «malhar na direita» e teorizar sobre a «sarjeta», cumpriu o serviço militar. Se, como é uma espécie de tradição socialista dos ministros da Defesa - desde António Vitorino, que vi virar as costas aos soldados em parada quando estes lhe apresentavam as armas -, não cumpriu, e ficou inapto ou teve a sorte, ou o engenho, de ficar dispensado; ou se, chamado às fileiras, apresentou-se, não foi para Paris, como dizia o poeta João Conde Veiga, e serviu como pôde e o deixaram, e esteve distraído quando o instruíram na hierarquia militar.

O Prof. Cavaco Silva, que, tal como eu, também deve ter tido instrução nocturna no Morro das Vacas, feito G.A.M. no Cemitério dos Cavalos e subido, sedento, a ladeira empinada de volta do Vale de Estacas, no regresso ao quartel, depois da MarCor (no meu tempo o alferes, depois da ordem penosa «à vontade tiram os quicos», justificava que o exercício seria só em corrida porque em Santarém... não havia mar) sob zénites de calor insuportável, e mantém nas cerimónias militares o raro sentido aprumado que os sargentos de Cavalaria ensinavam, aprendeu a hierarquia militar. Provavelmente, como eu e outros, que a tropa pouco tinha mudado dos anos 60 para os 80, na parada Macontene, nas tardes infindáveis de instrução, aguentadas estoicamente de pé, foi sujeito ao método pedagógico do enchimento: quando falhávamos na miríade de divisas e galões, enchíamos. Decorámos depressa...

Do que me lembro, e se pode confirmar na foto acima, o ministro da Defesa ostenta cinco estrelas prateadas e o Presidente da República seis... Talvez o Prof. Santos Silva não saiba, ou se tenha esquecido, ou, depois de ser nomeado ministro da Defesa, não tenha lido as suas obrigações e deveres, ou seja fraco demais para recusar ordens de insulto e grosseria de quem jamais o devia ter incumbido da peça provocatória mal ensaiada, ou até julgue que pode despir, ao fim de semana, a condição do cargo que mal ocupa, comportando-se como um jovem trotskista mal-educado. Mas tem de se lhe dizer: é uma irresponsabilidade tremenda para a coesão e obediência das forças que sub-dirige, e a dignidade do Estado, que o ministro da Defesa seja malcriado para o Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas. Por falta de estatura política e de maneiras sociais, não ofende apenas o respeito devido ao Presidente e aos militares, que sentem a desconsideração do seu Comandante-em-Chefe como tendo sido feito a eles mesmos e ao Estado: ofende a sua própria dignidade, pois os insultos voltam-se sempre contra quem os profere.


* Imagem picada daqui.

9 comentários:

Karocha disse...

Já é normal Caro Prof. ABC.

Pus um comentário num blog, acerca do Sr. Ministro referido e dias depois recebi um mail de um anónimo a insultar-me!
Claro que foi para o lixo, mas é desagradável!

Anónimo disse...

E o que fará o Pateta Alegre, perdão o Poeta Alegre destas afirmações por parte de um dos seus apoiantes?

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=488864

Louçã acusa Governo de vender dívida a «juros agiotas»


O líder do Bloco de Esquerda acusou hoje o Governo de estar a vender a dívida portuguesa a «juros agiotas», o que está a destruir a economia nacional.

Francisco Louçã, que hoje visitou a Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), no Entroncamento, deu como exemplo o «negócio com a China, que comprou dívida de 18 meses a 4,75 por cento, o que é evidentemente excessivo e uma forma de destruir a economia nacional».

O líder bloquista referiu a «divergência» das declarações do primeiro-ministro, José Sócrates, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, sobre a possibilidade de venda de dívida portuguesa ao Qatar, pedindo que «esclareçam se o Estado português está ou não a vender dívida» àquele país árabe.

Anónimo disse...

Aplique-se o RDM!!!

Mani Pulite disse...

DADA A CONHECIDA ADMIRAÇÃO DO SÓCRETINO PELO FALECIDO REGIME TUNISINO O GOVERNADOR COSTA DO BANCO DE PORTUGAL DECIDIU PASSAR A DORMIR COM AS BARRAS DE OURO DO BANCO.CUIDADOS E CALDOS DE GALINHA NUNCA SÃO DEMAIS NÃO VÁ O SÓCRETINO TECÊ-LAS.SERÁ QUE A DUPLA DA BANCARROTA TAMBÉM ANDAR A CATAR O BEN-ALI?

Anónimo disse...

Que se pode esperar dum individuo que segundo dizem está com um grau de alta senilidade, que a todo o momento se apresta para malhar na direita ?
Há sim que o ajudar a ultrapassar esse seu estado de saúde, aconselhando-o a ir descansar para uma das suas casas e não voltar a aparecer, para seu (dele) bem e dos portugueses.

Kamarov

Anónimo disse...

Pois, e eu pergunto-me se hipoteticamente rebentasse aqui um estouro semelhante ao da Tunísia?
Que forças para manter a ordem? PSP em greve; GNR dependente de chefias militares; militares dependentes de chefias desta espécie, formadas da Faculdade de Letras do Porto.

Anónimo disse...

Meu caro anónimo,devo lembrar o patriotismo das FA da Tunísia,que se negaram a disparar sobre o povo.
Infelizmente,por cá a manada é mansa.
Este anormal SS pertence a uma estirpe que tem que ser erradicada,para que o sol possa de novo brilhar amanhã para todos nós.

Mani Pulite disse...

DIA 23 IREMOS TODOS VOTAR CONTRA SÓCRATES VOTANDO CAVACO.

Anónimo disse...

Votar cavaco é manter o sistema oligárquico de exploração do tuga lorpa.
O socas agradece encarecidamente a reeleição da múmia de boliqueime. Aliás, já fez saber que não admitirá qualquer interferência na desgovernança, por parte do PR, a famiglia xuxalista exulta pelas oportunidades de negociatas que o cartão rosa tem proporcionado aos membros do clã.