terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

O eufemismo mentiroso do 'suicídio assistido'

O «suicídio assistido» mais não é do que a colaboração voluntária do médico, do familiar ou de outra pessoa, no suicídio de alguém.

Assemelha-se o eufemismo mentiroso do 'suicídio assistido' ao de alguém vai buscar uma corda à pessoa que se quer enforcar: não se trata de assistir ao suicídio, como aconteceria se alguém ficasse a assistir à preparação do auto-enforcamento e à sua realização, sem a deter. Trata-se de colaborar na preparação e realização do suicídio.

Pode dizer que a palavra assistido é usada no sentido de prestar assistência e não de presenciar. Mas a escolha da palavra não é inocente: trata-se de aligeirar a colaboração médica, familiar ou de outra pessoa, no suicídio de alguém com uma palavra suave, diminuindo o seu caráter chocante. Um comportamento desonesto habitual na propaganda de tipo leninista: interrupção voluntária da gravidez (será que a gravidez continua depois da pausa?...) para designar aborto, apropriação de fundos para significar roubo de bancos, coletivação para representar o roubo de terras, justiciamento para classificar o assassínio de dissidentes, etc., etc.

 Nenhuma eutanásia é boa, qualquer que seja a sua forma:
  1. Ativa;
  2. Passiva;
  3. Indireta;
  4. De duplo efeito;
  5. Voluntária;
  6. Involuntária;
  7. Não-voluntária;
  8. 'Terapêutica';
  9. Eugénica;
  10. Económica;
  11. Suicídio assistido;
  12. Libertadora;
  13. Eliminadora.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não vá por aí António... nem o suicídio é criminalizável nem a assistência ao suicídio se pode comparar à eutanásia de estado. O que assiste ao suicídios são os meios mais do que as pessoas - já se perguntou quantos humanos se suicidaram e suicidam sem terem pedido ajuda a ninguém? E já reparou que os meios estão por aí disponíveis para qualquer pessoa que os queira usar? Desde o sítio da Nazaré até às facas da cozinha? Acha que há seres humanos com "tendências suicidas"? Seres que, por causa disso, devem ser mantidos internados e constantemente privados dos meios (que estão disponíveis a qualquer pessoa "normal") para, se assim o entenderem, pôr termo à sua vida? Saberá por acaso que era comum o suicídio nas tribos primitivas, quando os "índios" eram feitos prisioneiros? Como explica isso? Era melhor ser escravizado a vida toda ou liberta-se pela morte, talvez com a fé de nascer outra vez como era comum no animismo, ou apenas percebendo que era esse, na verdade, o único mal que podia causar a quem o queria usar como escravo? Eu sei que não é filósofo, mas por favor evite ser tão irracional - até a sua Igreja lhe poderia agradecer, se acaso ela estivesse boa do juízo ou da saúde mental, entenda-se,

Anónimo disse...

Em relação ao texto principal: então e o aborto o que é?