segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A eleição de Bolsonaro e a queda do totalitarismo do politicamente correto



Ontem, 28-10-2018, Jair Bolsonaro ganhou a segunda volta da eleição presidencial no Brasil com 55% dos votos à dupla Fernando Haddad (o «poste» do ex-presidente presidiário Lula, do corrupto PT) e Manuela d'Ávila (líder do Partido Comunista do Brasil), conseguiu com os seus aliados muito bons resultados para governo dos Estados como já tinha obtido, nas eleições para a Câmara dos Deputados e o Senado.

Espero que Bolsonaro não seja outro Collor, mas um líder da reconfiguração do Brasil num país conservador, de valores cristãos, democrata, liberal na economia com estímulo da criação de emprego que melhore a vida dos pobres, com restabelecimento da ordem face à opressão do crime, reorganizador do Estado assolado por marajás e lóbis, e promotor do progresso individual e coletivo, com renovação das infra-estruturas e reforma da educação, da saúde e do poder judiciário. O povo brasileiro merece o desenvolvimento que lhe tem sido roubado por quadrilhas de políticos corruptos nas últimas décadas.

A eleição de Bolsonaro, segue-se à de Trump nos EUA, e a outras na Europa de Leste, de libertação do totalitarismo do politicamente correto, de regresso do delírio pós-modernista aos valores conservadores nos costumes, à repressão do crime e à promoção do trabalho na economia.

Sem as contradições  de Trump, nem qualquer fumo de corrupção, Bolsonaro ganhou contra os média esquerdistas eriçados contra um fascismo a que não pertence, como bem salienta Rui Ramos. Fascista, no entender do totalitarismo do politicamente correto é toda a direita que não seja colaboracionista com a corrupção, a ideologia do género, a repulsa do trabalho, a tolerância face ao crime, a punição das empresas. Ao contrário do fascismo, Bolsonaro é democrata, conservador nos costumes, não é racista nem xenófobo, e aderiu ao liberalismo económico mitigado pela libertação dos pobres da pobreza a que o assistencialismo os condenou.

Em Portugal, hoje foi um dia de limpeza das opiniões colaboracionistas da direita bem-pensante e dos insultos e desinformação da esquerda frentista, que diziam defender a democracia com o apoio ao voto na dupla do PT corrupto e do Partido Comunista do Brasil (!...). Em Portugal, a Rádio Renascença, emissora  católica portuguesa, rotula o ovo presidente brasileiro de «pró-tortura, misógino e homofóbico»!... Mais grave do que as fake news da dependente imprensa portuguesa, o Governo e o Presidente da República imiscuíram-se irresponsavelmente no processo eleitoral brasileiro. Vão ter agora de engolir o que disseram...

Em conclusão, após cinco décadas de ascensão está em queda vertiginosa no mundo o totalitarismo politicamente correto, marxismo heterodoxo pós-moderno. Não é o fascismo que a esquerda teme: é a democracia, a liberdade, o voto popular, a independência de tribunais e a isenção das forças armadas.

Em Portugal, nada há a esperar desta direita do PSD canhoto e do CDS centrista, dominado sempre pelo lóbi gay de Portas, colaboracionistas da frente PS-Bloco-PC nos costumes radicais e na economia assistencialista, igualmente corruptos como a esquerda que servem e de que dependem para tachos e contratos para as suas famílias.

O que o caso brasileiro prova é que influência ideológica do filósofo Olavo de Carvalho, a revolta dos magistrados independentes, a reserva das forças armadas, o conforto espiritual do cristianismo e a cidadania ativa na internet e redes sociais, resultam. O trabalho cultural consistente e informação livre, através de média próprios, criam as condições de uma força patriótica vencedora.


* Imagem picada daqui.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Aleatoriedade e enviesamento na distribuição de processos judiciais




Na entrevista ao jornalista José Ramos e Ramos, no programa Linha da Frente, na RTP-1, em 17-10-2018, o juiz de instrução Carlos Alexandre declarou que a aleatoriedade da distribuição de um determinado processo para instrução, no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, por exemplo o chamado processo Marquês, em que José Sócrates está acusado, pode ser alterada «significativamente» pela atribuição prévia de processos.

O Conselho Superior de Magistratura (CSM) respondeu (ainda nesse dia 17 de outubro?) através de despacho (que não encontrei no sítio do CSM) do vice-presidente Mário Belo Morgado com um inquérito disciplinar ao juiz Carlos Alexandre e «cabal esclarecimento de todas as questões suscitadas pela entrevista em causa que sejam susceptíveis de relevar».

Importa perguntar: o inquérito não deveria apurar primeiro se a aleatoriedade da distribuição de um processo (feita através de algoritmo programado por órgão do Governo que gere essa tarefa e o sistema informático, em vez do CSM) pode ser alterada pela prévia distribuição e pela transferência de processos e se houve alguma anomalia nessa distribuição de processos prévia ao processo Marquês? E somente proceder a inquérito disciplinar ao juiz Carlos Alexandre se no inquérito do CSM se concluir que a aleatoriedade eletrónica não varia em função da prévia distribuição e transferência de processos e que não houve a mínima anomalia nessas distribuição prévia e transferência?... Até porque a polémica no sorteio eletrónico do processo Marquês, em 28-9-2018 provocou interrogações que convinha esclarecer...

Por outro lado, não deve o CSM resolver já a «possível irregularidade formal» resultante da entrega incompleta (faltavam 140 caixas de documentos) pelo Ministério Público do processo Marquês ao juiz Ivo Rosa?


* Imagem picada daqui.

 

domingo, 14 de outubro de 2018

A nomeação da procuradora-geral Lucília Gago e o fim da separação de poderes




Lucília Gago tomou posse, em 12-10-2018, do cargo de procuradora-geral da República para o qual foi nomeada pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa, por proposta do Governo liderado por António Costa (nos termos do art.º 133.º, alínea m, da Constituição da República Portuguesa), que seguiu a sugestão da ministra da Justiça, Francisca van Dunen, a quem serviu.

Recorde-se que a Constituição não estipula que o mandato do procurador-geral, neste caso Joana Marques Vidal, não pudesse ser renovado. Nas revisões constitucionais, o Partido Socialista opôs-se à limitação de mandatos para prolongar o consulado do procurador-geral Cunha Rodrigues (1984-2000), em quem tinha plena confiança, especialmente o controleiro socialista da justiça, António Almeida Santos, agora substituído na função por Francisca Van Dunen. Mas, agora, a sua interpretação mudou...

Lucília Maria das Neves Franco Morgadinho Gago, de 62 anos, que o Observador, descreve como «posicionada à esquerda», é casada com Carlos Manuel Carapeto Morgadinho Gago, que foi  um «importante membro do PTCP-MRPP» e é filho de Carlos Dinis Morgadinho Gago, presidente da comissão administrativa e presidente da câmara municipal de Almodôvar entre 1974-76 e 1976-1982, pelo Partido Socialista.

Lucília Gago, que vai liderar o Ministério Público, titular no País da ação penal, tem, pelas funções que exerceu, experiência de direito penal, mas é especialista em Direito da Família e Menores, área de vocação à qual se dedicou. Veja-se nomeadamente o capítulo sobre «Intervenção tutelar educativa» do e-book «Violência Doméstica – implicações sociológicas, psicológicas e jurídicas do fenómeno», de 2016.

O Partido Socialista, através da nova controleira da justiça Francisca van Dunen, e a Maçonaria, na qual prepondera o seu marido Eduardo Paz Ferreira, esperam que Lucília Gago seja obediente e mantenha a discrição. O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, astuto, pretende que o controlo de danos funcione no caso BES e que a procuradora-geral o mantenha informado. E o País não espera nada. Porque nada há a esperar, depois deste raro interregno de independência da justiça em Portugal.


* Imagem picada daqui.

domingo, 7 de outubro de 2018

Eu apoio Bolsonaro





O Brasil sofre há décadas uma guerra. Guerra urbana, violentíssima e permanente, e que contagia o campo. A causa já não é económica, não é a pobreza, mas social: o crime como forma de vida face a uma sociedade sequestrada. A corrupção tomou conta do Estado, a droga domina os morros e a barbaridade apossou-se das ruas. A corrupção e a guerra provocaram o abandalhamento dos serviços: educação (do ensino básico ao universitário), saúde, polícia, justiça - com exceção das forças armadas.

A situação do Brasil é trágica. Num país cheio de recursos naturais, a superprotegida economia não ganha competitividade: as empresas sobrevivem, salvo exceções, mediante impostos alfandegários proibitivos à importação de produtos. Debaixo de uma ideologia socio-comunista, só os serviços privados de educação e saúde funcionam, mas com preços insuportáveis até para a classe média.

A corrupção de Estado é o padrão. O ex-presidente Lula preso por corrupção, de quem se ignoram as frases polémicas que se criticam a Bolsonaro, e que nomeou um homem de palha formalmente suspeito de corrupção, Fernando Hadad, para o substituir na chapa, a ex-presidente Dilma, que consta que parava no Porto para depositar no BES dinheiro para propinas com a desculpa de vir comer bacalhau (!...), destituída por crime de responsabilidade num governo do Partido dos Trabalhadores (sic!) com corrupção ubíqua. Um social-comunismo que favoreceu a camarilha do PT e os ricos que parasitam o Estado - e que fez dos mais pobres dependentes em vez de criar trabalho e desenvolvimento.

Para combater a corrupção de Estado e a criminalidade, reorganizar o Estado, reformar a educação e a saúde, promover a integração económica dos mais pobres, abrir e modernizar a economia, eu, se fosse brasileiro, votaria em Jair Bolsonaro. Posso enganar-me e sair outro Collor de Melo, ainda que o capitão Bolsonaro tenha sido reconhecido pelo Supremo Tribunal, como o único dos 513 deputados da Câmara dos Deputados que não recebeu propina. Mas decidir é ter a coragem de poder enganar-se. Apoio Bolsonaro para presidente do Brasil. Não creio que ganhe logo na primeira volta, porém, se Deus quiser, ganhará apesar da facada que quase o matou, da censura dos média, da desinformação e das campanhas elitistas de propaganda e das fraudes previsíveis a partir do momento em que se rejeitou o voto impresso.

Bolsonaro não é fascista por mais que a esquerda politicamente correta, que domina os média locais amancebados com o poder corrupto, portugueses (até tu, Observador?!...) e dos países ricos, ignore os factos e enviese a análise. Fascista é nesta altura a acusação despudorada feita a quem não for de esquerda ou submisso ao totalitarismo politicamente correto, sem qualquer relação com a ideologia do fascismo italiano, nascida do socialismo, ou do nacional-socialismo alemão, idem...

Dizem-no também populista, condição que parece significar quem fala direto, claro e cru, em linguagem comum, sem punhos de renda e tratamentos patéticos de sua excelência, señoria, onorevole, honourable member, e frases gongóricas bem-pensantes, patéticas face à dureza da vida. Como se o discurso político devesse manter o anacronismo do séc. XIX!...

Porquê este ódio a Bolsonaro? A esquerda totalitária perdeu as guerras civis na América Latina nas décadas de 1960-1970, algumas ainda duram, conflitos macabros como são todas as guerras e mais sujas os civis, não redutíveis à descrição poética da espada contra a dinamite como escreveu o luso-descendente Jorge Luís Borges em 1976, mas cheias de assassinatos e bombas, infiltrados, tortura, desaparecidos, inocentes mortos e bandidos que escapam. Perdeu não por causa da violência dos militares - ainda que tenha perdido as batalhas da guerrilha urbana e rural no Brasil, na Argentina, no Uruguai, no Chile, no Peru, na Colômbia -, mas por falta de apoio popular ao marxismo ateu e depois ao cristianismo marxista da teologia da libertação, que alienou os  católicos cansados da politização da fé para os ritos evangélicos. E, no segundo assalto, no início do novo milénio, em que o velho marxismo se escondeu debaixo da pele de cordeiro do politicamente correto, um totalitarismo pretensamente democrático, numa aliança corrupta entre cliques e claques, também está a perder: na América Latina, nos EUA e na Europa.

O delírio totalitário acaba sempre por ceder sempre à dura realidade dos factos. O totalitarismo do politicamente correto está moribundo.


* Imagem picada daqui.