quinta-feira, 21 de julho de 2011

Governo Sócrates transferiu em Junho mais 590 milhões de euros para os parceiros público-privados?...

O Público, por Pedro Crisóstomo, noticiou, ontem, 21-7-2011, a publicação pela Direcção-Geral do Orçamento da Síntese da Execução Orçamental do primeiro semestre de 2011:
«O Estado chegou ao final do primeiro semestre com um défice provisório de 6,151 milhões de euros, quase três vezes mais do que o valor registado até Maio. (...)
De acordo com o boletim de execução orçamental publicado hoje pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO) para os primeiros seis meses do ano, a quebra do défice global do subsector Estado (Administração Central e Segurança Social) foi de 3,964 milhões de euros. (...)
A redução da despesa corrente primária (que exclui os encargos com juros) corresponde à redução prevista no Orçamento de Estado (OE). E apesar de a contracção, já da despesa efectiva, estar acima das previsões do OE, a quebra em Junho foi inferior à observada no mês anterior.
A retracção foi de 3,4 por cento, quando em Maio tinha sido registada uma descida de 7,2 por cento, a maior redução homóloga este ano. Um decréscimo que a DGO atribui à “inversão do comportamento da despesa com juros e outros encargos” e que decorre também da regularização, em Junho, “de responsabilidades financeiras do Estado a concessionárias de infra-estruturas rodoviárias”.»
A «regularização no mês de Junho de responsabilidades financeiras do Estado a concessionárias de infra-estruturas rodoviárias» (p. 10 da Síntese), num montante que chega a «590,3 milhões de euros» (p. 12 da Síntese) foi anterior à posse do novo Governo (21 de Junho de 2011)? Esse dinheiro foi pago a quem? Se foi ainda o Governo socialista isso constituiu um último acto de esvaziamento dos cofres do Estado para os parceiros público-privados em detrimento de outras dívidas e necessidades. Não pergunto porquê, pois a resposta é óbvia. Entendo é que a auditoria às contas públicas é absolutamente indispensável para a recuperação moral (e financeira...) do Estado.


* Imagem editada daqui.

8 comentários:

Anónimo disse...

Ora aqui está um problema ainda mais grave do que o Rendimento Mínimo. Não que nós sejamos a favor do Rendimento Mínimo.

Mas, o Rendimento Mínimo custará por ano cerca de 400 milhões de euros.

As transferências para as PPP's, para a Mota-Engil, a Somague, o BES Saúde, os Mellos, a Brisa, a Lusoponte e tutti quanti, não se ficam por menos de 8 ou 9 vezes o valor do Rendimento Mínimo.

A classe média está a ser atacada pelos calões, que querm mamar do Estado Social, e também está a ser chupada pelos Dr. Ricardo da praça.

Esta é uma luta sem quartel, de armas desiguais. Temos o Fisco pidesco atrás da classe média, mas os calões vivem a beber minis, e os banqueiros a deglutirem fillet mignon.

A quebra nas receitas fiscais está aí ao virar da esquina.

Portugal tem de receitas fiscais um magro valor face à sua dívida externa colossal.

Ou há um estrangulamento significativo em Portugal ou a dívida não vai ser paga, e Portugal será um país pária por umas décadas.

Rest In Peace.

Anónimo disse...

Claro que a dívida não vai ser paga. Todos o sabemos.
Quanto à auditoria,é melhor esperar sentado.
E não falem em centrão.
Como é do conhecimento geral os partidos mais à esquerda foram os grandes defensores das obras públicas megalómanas e graças a eles o governo socretino nunca respondeu pelos seus crimes.
Os Jerónimos e Louçãs foram o respaldo do socretino até no caso TVI.
Os deputados não representam os eleitores e acho que até já disfarçam mal.
Business,just business.

Mani Pulite disse...

PARA OS BANQUEIROS TUDO!PARA O POVO PORTUGUÊS NADA!PARA OS GATUNOS TUDO!PARA OS TRABALHADORES HONESTOS A PIDE FISCAL!

Anónimo disse...

Os socialistas não t~em vergonha nenhuma. São piores do que as cobras, manipulam tudo a seu bel prazer.

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?id_news=162740

João Ferreira do Amaral: Economia corre sério risco de colapso

O economista João Ferreira do Amaral considerou hoje que a economia portuguesa corre sérios riscos de entrar em colapso face à dimensão da sua dívida externa e disse estarem esgotadas as políticas de corte na procura interna.
João Ferreira do Amaral falava no Centro Cultural de Belém, numa conferência promovida pela candidatura de António José Seguro à liderança do PS.

Segundo as estimativas apresentadas por João Ferreira do Amaral, Portugal tem uma dívida bruta externa de cerca de 230 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e uma dívida líquida que atingirá cerca de 120 por cento em 2012.

“Nunca tivemos algo de semelhante na nossa História ao nível da dívida. No futuro, ou temos alguma coisa de diferente, ou esta situação da dívida externa bloqueia completamente o nosso crescimento económico”, sustentou o professor universitário.

João Ferreira do Amaral justificou depois que a necessidade de Portugal ter de renovar algo como 230 por cento do PIB de dívida “é algo de impensável, porque significa que a economia portuguesa não terá financiamento durante muito tempo, entrando em colapso”.

Anónimo disse...

Aqui está um post enganador. Então Dr ABc, entende que o Governo, seja ele qual for, não deve honrar os seus compromissos? Sabe Dr essa coisa das PPP atravessa todos os governos. Estou para ver o que escreve o Dr. daqui a uns dias no que respeita a esses pagamentos. Será que vai dizer o mesmo, e escrevia, ontem acerca do aumento dos juros da dívida pública ou da baixa do rating da República? Ontem fazia notícias de primeira página quando os juros subiam e o rating descia, hoje, que os tais atigem níveis nunca antes vistos, mantem-se caladinho. Será devido a quê? Só eu sei!...
Muda a cor do Governo, mudam as notícias de primeira página do Dr ABC. O que ontem era uma desgraça em toda a linha, hoje não passa de pequenos ajustes.

Anónimo disse...

Preocupa-te mais com as asneiras do Governo do Cavaco e do Passos!

Deixa-te de tretas!

Anónimo disse...

O protegido e homem de mão do Vitinho Ceguinho do B de P vai para chefe da Caixa.Por este caminho o Padrinho Santos ainda acaba por ser o novo PGR.

Anónimo disse...

Uma verdadeira irmandade.
Paga,povo!