quinta-feira, 21 de julho de 2011

A viuvez do socratismo

Para desenjoar da exploração socialista do alegado vetting de Bernardo Bairrão, outro caso fátuo, num País onde os media desesperam como viúvos do socratismo.

O Diário de Notícias anda à procura de um papel. Com uma tiragem real mísera (doze mil exemplares?), o que enterra ainda mais as finanças secas da Controlinveste de Joaquim Oliveira que já não pode contar muito com o conforto financeiro do BCP socratino, cuja cotação vale meia bica, e perdida a representação oficiosa do socratismo que desempenhou nos últimos anos, o director João Marcelino tenta encostar o jornal ao novo Governo, ensaiando um ataque à Presidência da República.

Na edição de 17-7-2011, o DN trouxe a seguinte notícia, que puxou para a 1.ª página: «Assessora de Cavaco critica ministro das Finanças» - referindo-se a um poste de 15-7-2011, da Dra. Suzana Toscano, no blogue Quarta República, «Um duro retrato social». E no lead o DN argumenta: «Conselheira de PR diz que o facto de só 35% pagarem o imposto é revelador da nossa fragilidade social, em crítica velada a ministro». Transcrevo (e subscrevo...) o poste de Suzana Toscano para que os leitores reparem no absurdo. A crítica no poste não é velada, mas dura; e não é ao ministro, mas à subsidio-dependência extrema de um país tornado indigente. Confira o leitor.

«Sexta-feira, 15 de Julho de 2011
Um duro retrato social

Segundo o Ministro das Finanças, três milhões de famílias (65%) não serão "afectadas" pelo imposto extraordinário, 80% dos pensionistas não serão afectados pelo imposto extraordinário, 10% dos trabalhadores dependentes irão pagar 60% da receita prevista de 1025 milhões de euros do extraordinário imposto.
Não é um retrato de justiça fiscal, nem social, devia aliás ser abolida a palavra “justiça” quando se fala em sobretaxas, impostos extraordinários ou as mil e uma formas de ir cortando os proventos de quem (ainda) trabalha, esforçando-se por não se afundar em dívidas.
É o retrato de um país cada vez mais pobre, serão cada vez menos os que “podem” pagar, e cada vez mais os que dependem de salários mínimos, de pensões mínimas, de subsídios que escasseiam, de solidariedades que não chegam para todos.
Um duro retrato social. Ao que chegámos.»

7 comentários:

lawrence disse...

Bem escolhido o coveiro do DN na pessoa do Marcelino.
E que repousem em paz, o DN e todos os outros pasquins azeiteiro-dependentes.
Em relação ao "post" da Dra. Suzana Toscano, queria perguntar onde me posso inscrever para ser ou muito rico ou muito pobre?
Estou farto de ser "classe média" e ser "roubado" quer para encher os bolsos e as contas off-shore dos ricos, quer para abastecer o depósito dos carros, comprar e carregar telemóveis, pagar rendas de casa, electricidade, água, contas da mercearia, cursos de "formação" e formadores caríssimos, etc, dos "pobres"!
Está na altura da classe média pensar em votar alternativo a ver se quem nos desgoverna tenha alguma decência e divida mais o "mal pelas aldeias"!
Se não querem recessão, façam com que os que não são atingidos no bolso gastem/paguem mais para manter a economia, ou ainda estão à espera que depois de secarem a classe média esta ainda tenha condições para gastar em coisas não de primeira necessidade?
Ou muito me engano ou para além do "acordo mortográfico" também estamos a importar a economia dos "bóias frias" Brasileira quando não havia classe média de relevo.

Mani Pulite disse...

É COSTUME DIZER-SE QUE QUEM NÃO CONSEGUE CAÇAR COM COELHO CAÇA COM GATA.

Anónimo disse...

O Leite não foi para Ministro,cruz,credo!mas foi directo para o pote da Caixa.Abençoado seja!O milagre da multiplicação dos pães de leite anda por perto.

Anónimo disse...

Agora vejo os motivos porque o Nogueira Leite sempre disse que não ia para o Governo. Pudera, tinha à espera um lugar doirado na CGD. Tudo normal...
Falta o jmf e a Guedes. Vamos esperar.

Anónimo disse...

Será que o Dr ABC viu por aí o "desvio colossal". É que parece que ninguém o encontrou. Tenho a certeza que o Dr tem talento suficiente para o descobrir, mesmo que ele não exista.

Anónimo disse...

Alto aí!... parece que o TGV ainda não parou. Tenho a certeza que há mais lugares para gestores na CGD.
A coisa está a ficar bonita no que ao cumprimennto das promessas do Passos diz respeito. E a procissão ainda não saiu do adro.

osantos disse...

Este "anónimo" de 22 de Julho deve ser dos "abrantes".