Padre António Vieira
Depois da análise ideológica do partido Chega, a partir do seu manifesto, da declaração de princípios e dos estatutos, que fiz no meu poste «Chega?», de 5-12-2019, é hora da análise das propostas políticas concretas do programa político para 2019 e do documento designado por "70 medidas para reerguer Portugal". Ainda que o Prof. André Ventura tenha anunciado, em 6-12-2019, que o partido iria "clarificar" o seu programa, em fevereiro do próximo ano.
Comecemos pelo documento «Programa político do Chega para 2019».
Ainda sobre a ideologia. O Chega assume-se como «um partido liberal e conservador», além da caracterização de nacionalista e personalista, que consta do seu «Manifesto político fundador», attrape-tout. O oxímoro - liberal e conservador - aparece ainda sob a fórmula de «conservadorismo de feição liberal». Mas como? Liberal na economia e conservador nos costumes. Porém, a opção liberal domina a feição conservadora. Propositadamente, é omitida a doutrina social da Igreja - categoria filosófica fundamental - ou democracia cristã, ainda que, nos documentos, se assumam os valores cristãos fundacionais do País e da Europa, acima de todos o da vida.
Estes valores conservadores nos costumes têm de ser concretizados em propostas políticas claras e projetos de lei sobre: o aborto; a eutanásia, o 'casamento' homossexual; a adoção e co-adoção de crianças por casais homossexuais; o ventre de aluguer; a promoção da ideologia de género desde o ensino básico; a produção, o tráfico e o consumo de droga; proteção, social, económica e fiscal da família; direito ao culto religioso e à presença religiosa no espaço público, nos média, nos estabelecimentos do Estado, nas escolas, nos lares, nos hospitais, nas forças armadas e militarizadas e nas prisões. De outro modo, a sua invocação é abstrata e inócua, não se distinguindo da promessa pré-eleitoral das direções do CDS e do PSD, jamais plasmadas em propostas ou projetos de lei, para não afastarem o eleitorado do centro do espectro político. Ora, como se demonstrou na vitória de Jair Bolsonaro no Brasil, em 2018, os valores conservadores não afastam os eleitores, antes são uma evidência da autenticidade, honestidade e franqueza, perante um eleitorado que associa as meias-tintas à corrupção.
Sobre as propostas político-ideológicas do programa político:
- «Construir a IV República» implica justamente elaborar uma nova Constituição, não-programática, e que elimine a «sociedade socialista» do atual preâmbulo e os resquícios da igualitarização comunista. É uma vontade antiga do povo de direita que tem sido descurada pelas lideranças corruptas.
- Eliminação do imposto sobre o rendimento dos particulares e, numa fase intermédia, taxa plana. A progressividade do imposto sobre o rendimento é um axioma marxista para a igualitarização humana que a a esquerda defende ao extremo e se presta à demagogia. Porém, o imposto sobre o rendimento é realmente um imposto sobre o trabalho e não sobre a riqueza... Ou seja, pune-se quem trabalha e quem cria trabalho! A taxa plana de IRS (a mesma para todos), por exemplo de 20%, só será possível num quadro em que ninguém fique pior: isenção de imposto das famílias de baixos rendimentos e cláusula de salvaguarda fiscal das famílias de médios rendimentos. Note-se todavia, que o peso dos impostos diretos no orçamento de Estado é tal que a sua compensação através dos aumento dos impostos de consumo, nomeadamente um IVA de 40% não será possível sem esse movimento ser seguido à escala da península ibérica e da União Europeia. Por outro lado, a diminuição do peso administrativo do Estado, com a passagem de funções para o setor privado, seja na saúde seja na educação, não garantirá no médio-prazo uma poupança significativa: nem os funcionários querem, nem os tribunais o facilitariam.
- Já o imposto sucessório não taxa o trabalho, mas a riqueza e o património. A eliminação que o programa do Chega propõe para os descendentes diretos é politicamente difícil, mas favoreceria a poupança.
- «Regresso do Estado social ao Estado arbitral», subsidariedade e centralidade da família. O Estado social degenerou num Estado socialista, em que os grupos geograficamente centrais, com poder vocal e de chantagem, corporações e não só, obtém o que querem em detrimento dos periféricos, dos débeis e respeitadores. E a classe média é amassada neste alguidar socialista, que despreza as famílias e quem não tem voz, nem poder mediático.
- A redução da fiscalidade a 45 dias de trabalho, em vez dos sete meses da atualidade parece um objetivo longínquo. Em tempos de socialismo, os partidos marxistas que nos governam defendem um Estado mais e mais sôfrego, para que possam fazer a redistribuição pelos grupos de apoio.
- O fim do emprego no Estado para a vida é outro princípio que para lá da administração pública se propaga à administração política, quangos, e vai alastrar com a regionalização sem referendo...
- A prioridade orçamental às funções soberanas do Estado - justiça, segurança, defesa e política externa -, que o programa reclama, não pode ser um princípio imutável, mas que deve ser adaptado à situação do povo. Neste momento, a segurança pública precisa de um reforma que favoreça a sua eficácia, em vez da passividade e tolerância com o crime, nomeadamente o pequeno delito. Atualmente, as condições de exercício da profissão policial são mais gravosas até do que a falta de efetivos, equipamento e remuneração, que também têm de ser corrigidos com urgência.
- O programa patrocina o princípio do utilizador-pagador, em detrimento dos serviços universais gratuitos, e temporariamente sugere a utilização do cheque-saúde, cheque-saúde e cheque-habitação. Num país de baixos rendimentos, o princípio do utilizador-pagador conduz à indesejável desigualdade de oportunidades. O País deve ter um serviço nacional de saúde, ainda que deva aproximar-se de modelos mais eficientes. O ensino público também é fundamental e tem cumprido a sua missão de instrução e elevação social, nomeadamente no ensino superior, cuja qualidade é bastante maior do que o ensino privado que recruta docentes com menos mérito e experiência. Mas o apoio aos colégios cooperativos não pode ser extinto, como pretende a esquerda. Já o cheque-habitação seria um melhor modelo do que a construção maciça de habitação social.
- Nova Constituição, feita por uma assembleia constituinte e referendada: sim.
- Presidencialização do regime, em que o presidente e primeiro-ministro são a mesma pessoa: não. Imagine-se um José Sócrates com todo o poder executivo - se com Cavaco Silva já foi o que foi!..
- Redução drástica do número de Ministérios: sim.
- Redução do número de deputados para 100, com aumento relativo do número de deputados do interior face ao litoral: sim.
- Fim de privilégios dos políticos: sim, nomeadamente cartões de crédito black, ajudas de custo, carros de serviço e motoristas.
- Limitação, a dois mandatos consecutivos de todos os cargos políticos: sim, inclusivé para os autarcas.
- Aumento, para cinco anos, da legislatura e dos mandatos autárquicos: não, quatro anos... chega!
- Recusar a participação de Portugal numa Federação Europeia: Portugal pertence a uma federação europeia, a União Europeia, mas é desejável que a autonomia política se aprofunde para um modelo de Europa das Pátrias, onde os Estados tenham maior soberania. Na parte económica e monetária, a questão é mais complexa.
- Atribuir no Parlamento lugares vagos aos votos brancos: não, o que importa é avançar para um regime de democracia direta com eleições primárias nos partidos para todos os candidatos a cargos eletivos no Estado e autarquias e maior número de referendos.
- Tripla representação, com círculos plurinominais regionais, círculos uninominais locais e círculo nacional: sim aos círculos uninominais (cada círculo, elegendo um deputado só e com maior representação do interior do que atualmente) e a um círculo nacional proporcional.
- Auditoria de gestão a cargo de empresa de auditoria para um «master plan para a modernização do Estado»: não, o governo eleito é que tem essa responsabilidade e deve realizar essa redução.
- Reformulação do número e área dos distritos: não, a reorganização das freguesias, embora muito útil (salvo a multiplicação de tachos nas juntas), já foi muito penosa.
- Redistribuição de competências entre Estado, concelhos e freguesias, de acordo com o princípio da subsidariedade: é vantajosa, coexistindo com projetos plurimunicipais.
- «Descentralização radical» de competências para os municípios: o municipalismo deve ser o modelo de organização administrativa, em vez das regiões, mas tem de haver maior controlo, e sanções mais rápidas, para evitar a cacicagem e a corrupção...
- Empresas de transporte todas privatizadas: sim.
- Penalizar autarquias pela sobre-urbanização: é preferível exigir infra-estruturas e serviços públicos correspondentes.
- Contratos individuais de trabalho na administração pública, com objetivos e incentivos: alargar a outros setores o que se faz na saúde.
- Maior fiscalização das baixas médicas: sim.
- Acabar com a extorsão fiscal: sim, o povo está cansado de impostos e taxas.
- Transparência fiscal: o princípio deve continuar a ser da universalidade do orçamento.
- Taxas simplificadas: é melhor não haver penalizações, nem deduções.
- Conta-corrente entre o Estado e o contribuinte, nomeadamente empresas: sim!
- O essencial da carga fiscal deve incidir sobre o consumo (sim), mas a taxa de IVA única (sim) não deve ser superior à taxa mais baixa da União Europeia, os 17% do Luxemburgo: a eliminação do IRS levaria o IVA para 40% de modo a manter o equilíbrio orçamental, e é financeira e economicamente insustentável, sem acordo global na União Europeia. A redução progressiva do IRS é vantajosa, ainda que não possa ser aos valores propostos de 15% imediatos e 10% a quatro anos.
- Taxa única no IRC: sim, mas com isenção de imposto nas micro-empresas. E abolição de dupla tributação nos lucros das empresas (IRC + IRS dos dividendos).
- Abolição do IMI: é socialmente justo pagar imposto pelo património, mas a taxa do imposto tem de ser reduzida, pois está insuportável (veja-se o caso do chamado Imposto Mortágua, o Adicional ao IMI).
- Abolição do imposto das mais-valias: não, mas é fundamental ter a mesma taxa de imposto sobre ganhos com diferentes ativos.
- Orçamento tendencialmente superavitário: sim, com sanções face à violação do equilíbrio orçamental.
- «Defesa da vida, desde a sua concepção, até à morte natural» - implica revisão da lei do aborto, para o tornar lícito apenas no caso de perigo para a vida da mãe. Dizer que se é contra o aborto, mas permiti-lo sem sanção, é absurdo. Não basta acabar com a gratuidade do aborto ou das cirurgias de mudança de sexo.
- Criação do Ministério da Família: muito interessante, mas deve ter competências...
- Proibição dos ventres de aluguer: sim!
- Aumentar as prestações familiares para aumentar a natalidade: sim!
- Regresso ao modelo da família alargada: interessante, mas falta definir os incentivos para cuidadores familiares.
- «O fim da promoção, pelo Estado, de incentivos e medidas que institucionalizem os casamentos entre homossexuais e a adopção de crianças por “casais” homossexuais»: não basta o «fim da promoção», há que reverter a lei do casamento homossexual e da adoção de crianças por casais homossexuais.
- Redução do custo da eletricidade: sim, para famílias e empresas, em vez dos contratos leoninos do Estado com os fornecedores.
- Endurecimento das penas na violência doméstica: a moldura penal da violência doméstica e da violação de ordens de afastamento deve ser bastante aumentada; e a mudança de identidade deve ser possível (já o perdão fiscal e bancário é mais controverso, pois pode suscitar a fraude).
- «Extinção do Ministério da Educação» e MBO (compra das escolas públicas por grupos de professores) das escolas - absurdo, pois precisamos de melhor educação, ainda que o Estado não deva envolver-se na promoção política, como o marxismo e a ideologia de género.
- Cheque-ensino: o princípio é interessante, especialmente no caso das escolas cooperativas, que o Estado socialista tem definhado. Dependendo do seu valor, seria uma ajuda aos pais que queiram pôr os filhos em colégio ou escola cooperativa ou privada.
- Proibição da propaganda da ideologia de género (e disciplina Género e Cidadania) e agenda LGBTI no sistema de ensino - sim!
- Penas mais duras no abuso sexual de criança: sim, e fim da prescrição dos abusos.
- Liberdade de escolha da escola pelos pais dos alunos.
- Reforçar a autoridade dos professores para melhorar a disciplina na escola.
- «Criar, para maiores de 25 anos, no âmbito do ensino superior, licenciaturas livres, trans-institucionais e transdisciplinares de Artes, Ciências e Letras» - o programa «Maiores de 23 anos» foi um sucesso no ensino superior, mas agora tem alcance residual.
- Bolsas de mérito no ensino superior: sim.
- Medicina Dentária no serviço nacional de saúde: sim e não apenas para as crianças. Não se compreende como o serviço nacional de saúde proporciona cirurgia estética e não dispõe de Medicina Dentária.
- Na política externa, o programa defende a preferência pelas relações bilaterais, mas um Estado de pequena/média dimensão na Europa tem interesse em fora multilaterais, e nomeadamente na ONU, onde a possibilidade de ouvir a sua voz e interesses é maior. É possível evitar a contribuição para atividades de propagação do marxismo ou da ideologia do género. A diplomacia portuguesa tem alcançado grande êxito internacional, como se vê pelos cargos internacionais e alcançados e interesses protegidos.
- No plano geopolítico, as propostas do Chega são controversas. «Intensificar as relações bilaterais com a Espanha», até com a menção da palavra «Ibéria» (!...), é imprudente, pois Portugal ganha com a sua independência; a política magrebina e árabe de Portugal tem sido de promoção da paz, e sem ponta de antisemitismo e assim deve continuar. A política atlântica tem de compensar a pertença à União Europeia, nomeadamente a melhoria do relacionamento com os países lusófonos, com maior importância ao Brasil, e com desenvolvimento da Comunidade de Países de Língua Portuguesa com maior integração económica - ainda que o problema político da Guiné-Bissau se mantenha. A aproximação política derivada da ideologia, como a sugerida ao grupo de Visegrad, da Europa Central, é apenas conjuntural.
- «Regresso ao Mercado Comum Europeu»: choca com o interesse dos emigrantes portugueses e das empresas portuguesas que beneficiam da união aduaneira e do músculo comercial da UE. Portugal atravessou 25 anos de crise estrutural durante a modernização da sua produção e serviços, terminado o benefício das desvalorizações cambiais que garantia uma competitividade artificial. Hoje, vendemos porque os produtos e serviços são melhores e a estabilidade cambial é um benefício. A bancocracia dominaria igualmente o País, mesmo sem união, e a dívida continuaria a sua marcha socialista. Já a intrusão política nos costumes é indesejável.
- Reduzir taxas aduaneiras aos produtos da Grã-Bretanha após o Brexit: é impossível segundo os tratados, pois há uma pauta aduaneira comum na União Europeia.
- «Fusão das carreiras dos magistrados do Ministério Público e dos Magistrados Judiciais»: não, é preferível manter a especialização e a independência das duas funções.
- «Reforma do Sistema Judiciário para uma independência real do poder político»: sim! Se a corrupção não mata mais em Portugal, isso deve-se à autonomia do poder judicial.
- «classificação dos bens e valores que revertam para o estado nos processos crime, para um fundo de apoio aos agentes e suas famílias, gerido por representantes das corporações policiais: não, o desejável é promover um seguro de vida dos agentes.
- Castração química: a questão precisa de maior estudo, pois há pedófilos que desprovidos da função sexual, matam para obter o prazer do abuso.
- Pena de prisão efetiva para crimes de violação, sem possibilidade de pena suspensa - sim.
- Prisão perpétua para crimes muito graves, como certos tipos de homicídio - sim, mas também para o abuso sexual de crianças.
- Retirada de privilégios nas prisões para condenados por terrorismo e imigrantes ilegais: não, devem ter o regime adequado aos crimes e perigosidade e não à sua condição.
- Agravamento de penas para «crimes de corrupção, contra o ambiente, recursos hídricos e florestais, património cultural e histórico» e contra a integridade dos polícias: sim. As penas contra agressão aos agentes policiais têm de ser muito mais duras, para dissuadir a criação de espaços de impunidade.
- Classificação de tags, graffitis e demais formas de pichagem como crime público: importa distinguir entre grafittis artísticos consentidos e os tags que conspurcam os edifícios urbanos. A política da repor imediatamente as janelas quebradas e punir o pequeno delito é fundamental nas cidades de hoje. Quando se trate de património cultural, o trabalho comunitário e as multas devem ser pesados e a reincidência punida com detenção - não pode consentir-se o que se passa nos monumentos gregos e em Itália.
- «Supressão de qualquer financiamento a organismos feministas radicais e perseguição efectiva das denúncias falsas»: a supressão dos apoios não deve acontecer por serem femininas, mas por terem atividades de natureza política ligadas á cultura da morte ou à ideologia do género; a perseguição de denúncias caluniosas decorre da lei e não é exclusiva das mulheres.
- Extinção da figura de “excesso de legítima defesa” em caso de assaltos a estabelecimentos e residências: sim, porque terá um efeito dissuasor sobre os assaltos e garantirá proteção aos proprietários. Deve ser ainda legislada, como o presidente Bolsonaro quer fazer no Brasil, a exclusão de ilicitude na reação das forças policiais de legítima defesa em caso de flagrante delito.
- Oposição à tipificação do crime de ódio em Portugal - a legislação não deve discriminar os crimes em face da sua motivação ideológica, mas face à sua crueldade. A punição da violência racista, da xenófoba e sexual, deve ser assegurada pela lei comum, seja na agressão física ou verbal (injúria e difamação).
- «Redução do tempo de resolução de processos (Pendência) nos Tribunais através da contratação dos juizes e funcionários judiciais» - sim, a justiça lenta é uma pena para as vítimas e o garantismo dos recursos é uma arma desigual dos poderosos.
- Reforma das leis sobre violência doméstica e sua aplicação - a violência doméstica deve ter o estatuto de crime público, para evitar a pressão do cônjuge, ou namorado, sobre a vítima para a desistência do processo, e as penas devem ser mais elevadas. Se houver denúncia caluniosa, deve também existir a punição da parte queixosa. É inadmissível a violência e o homicídio sobre tantas mulheres, e também nos casais homossexuais (um tema tabu...), que deriva da demora da imposição de medidas de coação sobre os agressores, a qual deve ser imediata, e da reduzida utilização de ordens de afastamento com pena pesada em casa de violação da medida.
- «A nacionalidade portuguesa deve ser atribuída prioritariamente a descendentes de portugueses» - esta proposta é equívoca, pois os processos devem ser resolvidos com a brevidade possível. A atribuição da nacionalidade portuguesa implica certas condições que devem ser verificadas com cuidado, prevenindo a fraude, nomeadamente, o conhecimento da língua, o registo criminal, e a pendência judicial, limpos de penas superiores a um ano de cadeia, respeito pelas leis do País e a exclusão de práticas discriminatórias das crianças e mulheres. O cometimento por imigrantes por crimes punidos com prisão acima de determinado limiar, e em certos crimes, como o tráfico de droga,deve levar à expulsão automática de imigrantes, após o cumprimento da pena.
- Possibilidade de plea bargaining (atenuação de pena para quem colabore com a justiça) nos crimes de corrupção- sim!
- «Implementar a atividade de guarda noturno em todos os concelhos e freguesias» - muito interessante, mas deve ser voluntário e bem regulamentado.
- Integração das forças de segurança numa polícia única nacional - não, a divisão que existe é adequada e a criação de uma polícia única concentra demasiado poder.
- Melhoria das condições de vida familiar dos polícias - sim, é indispensável.
- Polícia Judiciária em todas as capitais de distrito - sim.
- Tipificação do crime de desperdício público no Código Penal - desde que doloso, sim.
- Publicação de dados sobre a nacionalidade e origem nas estatísticas de delitos - não deve ser usada para ostracizar grupos nacionais e étnicos. A maior taxa de criminalidade de grupos nacionais e étnicos, como por exemplo, os ciganos, deve ser usada para estudos e ações de prevenção e integração laboral, económica e social. A omissão dessa análise e estudo leva à negligência do problema e constitui uma forma de discriminação contra esses grupos.
- «Fim de subvenções públicas a fundações, sindicatos, associações patronais e organizações de proselitismo ideológico» - a subvenção deve ser apenas às atividades de natureza social.
- Expulsão dos imanes que propaguem o integrismo, o menosprezo pela mulher ou a jihad: todos?... O Islão não respeita a mulher como igual. Deve ser incentivado uma prédica n\ao discriminatória das mulheres e dos não-crentes no Islão.
- «Proibição de erigir mesquitas promovidas pelo wahabismo, o salafismo ou qualquer interpretação fundamentalista do Islão» e «recusar e ilegalizar o financiamento por países terceiros de lugares de culto em solo português» - as correntes islâmicas no País, de imigração principalmente sunita, são precisamente essas. Importa trabalhar com os seus líderes para promover a inclusão e respeito da lei portuguesa.
- Exigência do princípio da reciprocidade na abertura de lugares de culto - não apenas na abertura de lugres de culto, mas na liberdade de professar outro culto.
- Exclusão do ensino do Islão na escola pública - o conteúdo da disciplina de educação moral e religiosa deve obedecer às leis do país. Tal como a indumentária nas escolas e serviços públicos.
- Deportação de imigrantes ilegais para os países de origem - sim, os refugiados e imigrantes devem apresentar-se às autoridades para abertura de um processo rápido e, se não lhes favorável, deverão ser reenviados para os países de origem, depois do registo biométrico para evitar reincidência. Deve haver uma quota especial para os refugiados cristãos, que têm sido perseguidos no Médio Oriente.
- Quotas de origem para a admissão de imigrantes: sim. Privilegiando os provenientes dos países lusófonos, os falantes de língua e pertença a grupos com ligação histórica, garantindo também uma distribuição geográfica de vistos e admitindo consoante as necessidades profissionais do País.
- Endurecimento da concessão de estatuto de refugiado político - o que importa é proporcionar o acesso a trabalho, em vez de se manterem na dependência do Estado. Portugal, por ser uma país mais pobre na União Europeia, não é dos destinos mais procurados pelos migrantes económicos disfarçados de refugiados políticos.
- Manutenção da nacionalidade de origem aquando da aquisição da nacionalidade portuguesa por imigrantes, para eventual revogação após cometimento de crimes punidos com pena acima de determinado limiar - interessante.
- «Radical reestruturação das Forças Armadas, adequando a sua dimensão, estrutura e custos às verdadeiras necessidades e não, como até aqui, às necessidades e interesses da corporação, ou da federação de corporações que hoje as controlam e dominam: as Forças Armadas, e mormente nas missões internacionais, seja na NATO ou ONU, têm projetado o poder de Portugal no mundo, proporcionando benefícios políticos ao Estado, e assim devem continuar. Os militares são hoje desprezados em Portugal, pelos resquícios da guerra e da revoliução, mas o contributo dos oficiais na reserva e reforma, que têm grande patriotismo e preparação organizativa deve ser politicamente aproveitado.
- Preservar a toponímia dos monumentos e vias de comunicação: é necessário abdicar do atestado socialista de bom comportamento e extinguir o controlo maçónico e marxista da toponímia. O almirante Cândido dos Reis já tem ruas suficientes...
- Rejeição do multiculturalismo: Portugal sempre foi plural, foi de muitos e muitos tem, mas a matriz cultural judaico-cristã não pode ser extinta, em nome de um relativismo totalitário.
- Suspensão imediata do acordo ortográfico: a adesão ao acordo ortográfico da língua portuguesa de 1990 foi feita por amor à própria língua, para evitar a cisão do Brasil onde se reclamava a criação da língua brasileira. Todos os dias me custa a correção da língua que aprendi de menino e especialmente a grafia de palavras, cujo som familiar sei que abandono, entre outros, na supressão dos cês das sílabas tónicas, além das dúvidas permanentes das palavras compostas. Quem aprendeu a ler e escrever na versão anterior nunca se vai habituar e cada um prefere manter algumas palavras na versão anterior pela convicção de que lhe adulteramos a autenticidade fonética. Seria um alívio voltar à versão inicial, mas a Pátria, minha outra mãezinha, reclama o meu sacrifício e eu cumpro. Também custaram os acordos ortográficos anteriores, mas este mais por a língua portuguesa ser o último império em que queríamos mandar. Não se perde, todavia, a visão de Vieira do Quinto Império onde vivemos a sonhar.
- Plano de reflorestação nacional - sim, das matas, parques e reservas públicos.
- Recusa do ambientalismo malthusiano e catastrofista: o catastrofismo do aquecimento global, expressão entretanto substituída por alterações climáticas, é mais um ardil do totalitarismo escatológico de transmutação marxista: o homem é o máximo cultor e protetor da natureza. Portanto, há que moderar a transferência de dinheiro para ditaduras à pala do ambiente, imposta pelo Acordo de Paris e políticas globalistas semelhantes.
- Alteração à lei das armas - os legisladores têm-se ocupado de limiotar a proliferação das armas que possam reaparecer nos crimes, mas, debaixo de regras estritas, é conveniente proporcionar o acesso as armas de defesa para comerciantes e proprietários.
- Recuperação do posto de guarda florestal: os políticos citadinos têm de pagar a proteção do ambiente no campo, pois este é de todos. Impõe-se a reflorestação do País e a criação de uma rede nacional de guardas florestais.
- Reformulação da moldura penal do crime de fogo posto: os pirómanos registados, e condenados, devem ser objeto de vigilância eletrónica no estio, mesmo após o cumprimento da pena efetiva.
- «Combater as desigualdades de oportunidades que separam os cidadãos do meio rural e do meio urbano» - sim, especialmente a desigualdade fiscal, já que para os cidadãos dos meios rurais funciona o princípio do utilizador-pagador das redes de comunicação e para o cidadão urbano e suburbano, existe um serviço universal gratuito ou com desconto (por exemplo, nas vias de comunicação e transportes).
- «Ao Estado apenas caberá intervir na atividade económica como entidade arbitral e reguladora» - esse deve ser o princípio geral, evitando-se as empresas públicas. O problema é que o Estado vendeu as empresas públicas de eletricidade, gás, água, vias de comunicação, transportes e telecomunicações, mas manteve-as como quase-monopólios, garantindo rendas aos compradores estrangeiros, nomeadamente fundos-abutres que as estão a vender às fatias, até que finalmente lançam uma OPV em bolsa para alienarem os clientes (o que vai restar).
- Revogação das leis da habitação, com eliminação do direito positivo à habitação (obrigação do Estado providenciar habitação a todos os cidadãos, tal como trabalho, dinheiro, etc.): sim, têm de ser os cidadãos a pagar a casa, através da construção, da compra e do arrendamento. A habitação social tem de ser paga, ainda que em prestações adequadas ao rendimento. As prestações sociais como o rendimento social, devem ser descontadas da renda da habitação pública, evitando-se a impunidade atual onde bairros inteiros não pagam nem cinco euros da renda.
- Discriminação dos imigrantes estrangeiros no acesso á habitação social: a habitação social deve ser concedida, mediante arrendamento, a cidadãos nacionais; ao Estado cabe também acudir caritativamente, e de modo temporário, a casos de carência de refugiados e imigrantes estrangeiros, na medida das disponibilidades. Em qualquer caso, o cheque-habitação é uma solução mais barata do que a construção maciça de bairros sociais, brevemente transformados em guetos.
- «Não se aceita que o Estado incentive e legisle a autorização de “ocupação” de habitações devolutas de propriedade privada» - não, nem sequer a ocupação ilegal, com rebentamento de portas, de casas do Estado e camarárias devolutas, ficando de fora os inscritos nos programas de alojamento, como acontece em Lisboa, com o apoio jurídico do Coletivo Habita, ligado ao Bloco de Esquerda.
- «Não permitir a implementação de ideologias de género ou de perspetivas feministas no ordenamento urbano e territorial»: desconte-se a referência às «perspetivas feministas», prejudicam o programa, mas na atribuição de habitação social e noutras políticas públicas não deve haver discriminação com base na ideologia de género.
- «Incentivar e apoiar a mobilidade de inquilinos idosos que residem sozinhos em casas arrendadas sobre-dimensionadas para a sua fase de vida»: isto parece uma provocação ao conceito maléfico da gentrificação, que a esquerda radical prega. Cada idoso, prefere ficar na sua casa e a sua deslocação para outra residência é meia morte, ainda que o senhorio prefira vender ou recuperar a casa, arrendando-o por valor muito mais alto. Deixemos a gentrificação para os netos, a quem dá jeito que a velhota venda a casa para herdarem uns cobres...
- Revisão das leis do arrendamento - sim, permitindo o acesso dos proprietários à sua casa, mediante uma indemnização justa ao inquilino.
- «Permitir que o património religioso pertencente ao Estado possa ser concedido ao seu uso inicial de culto», citando o exemplo dos mosteiros cistercienses em Portugal, abandonados ou devolutos: é isso que está escrito na Concordata, na antiga e na atual, que o Estado não cumpre... Os mosteiros foram devolvidos em Espanha, e noutros países europeus, às ordens religiosas que os tinham erguido, mas em Portugal vigorou uma decisão salomónica que salazar impôs: ficavam na posse do Estado, mas as igrejas voltavam ao culto. Por todo o País, decorre uma guerra guareschiana entre Peppones do IGESPAR que pretende expulsar a Igreja do mosteiro, e furtar-lhe as imagens e alfaias religiosas, e os Don Camillo, que tentam resistir, a mais das vezes sem apoio dos bispos que preferem ceder ao Estado em troca de outros benefícios. Portanto, devolver os mosteiros às ordens religiosas seria uma medida de justiça do Estado.
- Cheque-ensino para o ensino superior: o ensino superior privado carece de qualidade, tendo-se degradado, com exceção da Universidade Católica, O ensino superior público também é fundamental e tem cumprido a sua missão de instrução e elevação social, nomeadamente no ensino superior, cuja qualidade é bastante maior do que o ensino privado que recruta docentes com menos mérito e experiência.
- Propinas com custos diferenciados consoante as necessidades do País, comas de Informática a tender para zero e as de Sociologia a tender para o custo geral do curso: esta sinalização da Sociologia parece outra provocação à esquerda-caviar... No valor das propinas deve haver um equilíbrio entre o custo, a procura e igualdade de oportunidades: cursos mais caros devido ao equipamento utilizado, com maior empregabilidade e perspetiva de salários mais altos podem cobrar preços mais elevados, mas importa acautelar o interesse dos candidatos com menos recursos económicos.
- Seleção de alunos no ensino superior pelas escolas: provocará à distorção da igualdade de oportunidades.
- Cheque-saúde: é muito útil o cheque-cirurgia para a redução do tempo de espera nas listas dos hospitais públicos. Mas é uma solução complementar.
- Seguro de saúde e privatização de hospitais e serviços de saúde: o serviço nacional de saúde, universal e com baixas taxas de serviço, deve ser mantido. Tem é de ser reformado para melhorar a eficiência, desde logo com unidades de saúde familiar e com centros de saúde, horários alargados. O seguro de saúde é uma opção para os particulares que queiram um serviço mais completo, mas é um sistema burocrático, com custos de administração elevados, e insuportável para os cidadãos, como se verifica nos EUA.
- Eliminação do acesso gratuito dos imigrantes ilegais a serviços de saúde, e comparticipação para os imigrantes legais até aos cinco anos, com exceção das urgências: não, o acesso deve manter-se livre. Outra coisa é a sua situação jurídica.
- Alargamento do horário de trabalho dos profissionais de saúde: não será por aí o ganho de produtividade, mas através de turnos e incentivos.
- Segurança social privada, em alternativa à segurança social pública: o plafonamento das contribuições, permitindo a contribuição de uma parcela acima de determinado valor para um plano de poupança-reforma privado, nunca foi posto em prática. O trabalhador deve ter acesso à informação do montante da sua pensão pública, como se de um depósito se tratasse, e esse valor deve ser capitalizado pelo Estado, com gestão profissional.
- Trabalho comunitário para os beneficiários do rendimento social de inserção: sim. Mas o rendimento social deve ser substituído por uma subvenção de doença, por incapacidade física ou psicológica de trabalho. Todas as outras pessoas devem trabalhar.
- Trabalho comunitário durante o subsídio de desemprego: não, este subsídio é um seguro de desemprego, para o qual o trabalhador contribui mensalmente na segurança social.
- Fim dos privilégios dos sindicatos, nomeadamente requisição de funcionários para delegados: sim.
- «O Estado não deve ter a preocupação de criar empregos, a não ser para os seus serviços»: diretamente... A planificação central do comunismo e do fascismo não resultaram nem aquela época. A criação de condições de desenvolvimento é que deve ser a função de Estado, deixando a atividade produtiva, comercial e de serviços, às empresas privadas e ao terceiro setor.
- Flexibilização da legislação laboral: sim desde que moderada, pois permite a criação de mais emprego.
- Idade facultativa, mas não obrigatória, de reforma: é socialmente desejável que exista uma idade obrigatória de reforma. O que não impede que se continue a trabalhar noutro regime.
E, finalmente, analiso as propostas não tratadas nos textos e avaliação anteriores, e constantes do documento «70 medidas para reerguer Portugal»:
- Supressão da Lei da Paridade e de política de quotas: sim, a afirmação da mulher, e de outros grupos sociais, passa pelo mérito e não pela discriminação do mérito.
- Benefícios fiscais para famílias numerosas: sim.
- Aumento da licença de maternidade para os três anos: não, é exagerado. Mas deve passar para seis meses.
- Aumento do abono de família: sim.
- Promoção da residência alternada na guarda partilhada: a guarda partilhada é vantajosa, para evitar a alienação parental, mas não a residência alternada, como o modelo de semana sim, semana não, que não garante estabilidade às crianças.
- «Reforma das leis nacionais de adoção» e que «as mulheres com gravidez inesperada ou indesejada tenham informações, assistência e alternativas verdadeiras» - sim! O aborto tornou-se comum no serviço público de saúde e deve ser mudada a legislação para que a mulher seja informada dos apoios financeiros e sociais que o Estado deve proporcionar, além da adoção.
- Abono de deslocação de professores colocados a mais de 100 km de distância da sua residência: sim. Contudo, seria ainda melhor um abono especial para professores e funcionários do Estado do interior.
- Exclusividade do mandato de deputado: sim! E evitar a situação de deputados que são representantes de lóbis, com obrigatoriedade de registo de interesses sob pena de cometimento de crime.
- Supressão do Tribunal Constitucional e atribuição das suas competências ao Supremo Tribunal de Justiça, com acesso por mérito: sim!
- «Qualquer cidadão que cumpra 10 anos de serviço militar terá prioridade em candidaturas ao corpo de Guardas Florestais, Prisionais, Forças Policiais»: sim.
- Eliminação ou diminuição das tarifas sobre a Electricidade (Imposto Especial de Consumo, a Taxa de Exploração e a Contribuição Audiovisual), a Água e o Gás (IEC e Taxa de Ocupação do Subsolo): sim. A Contribuição Audiovisual é um absurdo.
- «Fim do IRC, para micro empresas até 3 funcionários com faturação anual inferior a 150 mil euros» - sim. Mas, tal como as outras medidas de redução fiscal esta medida tem de ser compensada nos impostos indiretos e na redução da despesa.
- Proteção dos clientes no crédito à habitação com dificuldade no pagamento de prestações em caso de desemprego: deve também ser garantido com seguro.
- Renegociação das PPP (parcerias público-privadas) lesivas para o erário público: sim, e prossecução criminal dos casos com indícios de corrupção.
- Proibir que os serviços públicos tenham atendimento telefónico com chamadas de valor acrescentado: sim. O caso mais escandaloso é a administração tributária.
- Introdução de profissionais das chamadas medicinas alternativas, como a acupunctura e a osteopatia, em unidades do serviço nacional de saúde: não! O efeito real das medicinas alternativas têm sido desmontado por inúmeros artigos científicos.
- Redução do IVA na frequência de ginásio para a taxa mínima e dedução à coleta do IRS, a título de despesa de saúde: não. É preferível eliminar as deduções fiscais e praticar taxas únicas e planas.
- Saída de Portugal do Pacto Mundial para as Migrações: sim. O pacto pretende colocar-se numa perspetiva supranacional inaceitável para a soberania.
- Atualização do Tratado da União Europeia, n parte relativa ao controlo das fronteiras: tem de have atenção ao facto de Portugal ser um país de emigrantes e que a limitação da emigração ser desfavorável. Mas é indispensável haver uma política de imigração diferente na União Europeia, com maior controlo das fronteiras pelos Estados.
- Auto-suficiência energética: é um objetivo meritório, mas tem um custo fiscal que tem sido suportado com dificuldade pelas famílias, mediante eletricidade e combustíveis caros.
Existem propostas políticas interessantes, de que realço as políticas de segurança e de justiça, de administração do Estado, de coesão territorial e a coragem de enfrentar os fantasmas políticos do politicamente correto. Porém, existem nos documentos do partido Chega opções de liberalismo extremo na saúde, na educação, na segurança social, nalguns aspetos da fiscalidade e de mudança da política externa, que contrastam com a vontade popular e a própria eficiência e conveniência nacional. Falta ainda o cálculo do impacto financeiro, mormente na área fiscal.
No plano dos costumes, falta a concretização das opções ideológicas manifestadas: no aborto, no casamento homossexual, na adoção e co-adoção de crianças por casais homossexuais, no consumo de droga, etc. Porque a ideologia de género tem consequências políticas que importa combater.
Porém, a maior preocupação está na contradição da raiz civilizacional portuguesa - nós que num plano divino, somos depois de Deus criar o homem, os criadores do mulatos (no dizer de Gilberto Freire) - pela tentação de ifiliação contra natura, de valores e de eleitorado sociológico, numa «direita identitária» europeia, mencionada no programa do partido. Importa corrigir essa estratégia alienígena. A raiz portuguesa é cristã e a nossa missão universal.
* Imagem picada daqui.