Revisitando o ano de 2016, pro memoria do trabalho realizado neste blogue Do Portugal Profundo, enumerando as vinte batalhas realizadas e os resultados atingidos:
- Eleição presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa. How wonderful?... We saw...
- Denúncia da aliança de Paulo Portas (uma marioneta de Mário Soares, desde os tempos do Independente) com António Costa. O golpe falhou porque PS+CDS não chegaram aos 116 deputados. Portas teve de sair, mas continua na sombra a mandar no CDS, em sede vacante, fazer o jogo dos socialistas. Assim, mantém a aliança estratégica dúplice e justifica o salário na Mota-Engil. A aliança continua em vigor: o resultado é misto.
- Insistência na conexão GES-Sócrates nos negócios Vivo e Oi. Noticia o ZAP, de 25-2-2017 (com base no CM, de 25-2-2007, DN, de 25-2-2017, e Sol, de 25-2-2017), que o Ministério Público terá indícios que, alegadamente, Ricardo Salgado, do BES, terá pago quase 96 milhões de euros em comissões relativamente a quatro negócios: «a OPA da Sonae à PT, que implicava a desblindagem dos estatutos da empresa (2006), a autonomização (spin-off) da PT Multimédia (2007), a venda da Vivo à Telefónica (2010) e a compra da Oi». Alegadamente, terão sido pagas luvas a José Sócrates (29 milhões, além de 3,8 milhões de luvas da Vale do Lobo e Grupo Lena), a Zeinal Bava (18 milhões), a Henrique Granadeiro (20 milhões) e a Armando Vara. O processo Marquês já tem O resultado da insistência ao longo dos anos deu resultado, e parece consolidado com a alegada confissão de Hélder Bataglia de que o dinheiro do caso Sócrates vinha do BES (Expresso, 18-1-2017). Há uma desproporção entre os montantes alegadamente recebidos pelo então primeiro-ministro José Sócrates (29 milhões) e pelos gestores da PT (20 milhões cada) e ainda face aos negócios de venda da posição da PT na Vivo (7,5 mil milhões de euros) e na compra de 22,38% da Oi por 3,7 mil milhões de euros, em 2010. Recordo que no negócio de venda da metade detida pela PT na Vivo, José Sócrates terá sido convencido por um saldo de 350 milhões de euros, entre o acordo de compra pela Telefónica de 25 de junho de 2010 (7,15 mil milhões) que tinha vetado através da golden-share do Estado, e o valor aceite de 7,5 mil milhões do novo acordo datado de 27 de julho de 2010, quando a zanga Salgado-Sócrates foi sanada. Importa ainda dizer que, além do BES (detentor de 10% da PT), a Ongoing também detinha 10% da PT. A Ongoing, formalmente de Nuno Vasconcelos e Rafael Mora, era alegadamente um veículo pessoal de Ricardo Salgado, desmantelado após a venda da Vivo. Estranhamente, após uma receita fabulosa de 750 milhões de euros (referente à venda da Vivo), em 2010, o leite e o mel que escorria da misteriosa Ongoing secou, os dirigentes das empresas do grupo (inclusivé o esquivo diretor do Económico, António Costa) perderam os carrões, e seguiu-se depois o processo de falência... Rafael Mora, da inteligência espanhola, mantém-se, nesta data, como administrador da Oi, enquando Nuno Vasconcelos (é agora suplente); e não se sabe o que receberam, se alguma coisa. do eventual beneficial owner, ou figura semelhante, Ricardo Salgado. Alegadamente, Nuno Vasconcelos e Rafael Mora estão sob investigação na Operação Marquês, tendo sido objeto de buscas, mas até ao momento não terão sido constituídos arguidos no processo.
- Proteção da magistratura judicial independente do poder político. Do Portugal Profundo, sempre entendemos que a luta contra a corrupção política que é a grande culpada do atraso no desenvolvimento português implica a defesa e apoio dos magistrados independentes, com relevo maior para o juiz Carlos Alexandre, o procurador Rosário Teixeira, o coordenador do DCIAP Amadeu Guerra, a Procuradora-Geral da República Joana Marques Vidal, e todos os magistrados que nos tribunais de Primeira Instância, Relação e Supremo, zelam pela promoção e aplicação da justiça, bem como os agentes das polícias empenhados no combate ao crime. O juiz Carlos Alexandre tem sido visado especialmente com ainda maior insídia pelo poder político corrupto e seus aliados nos serviços de informação e até na magistratura, mas aqui estaremos para o apoiar.
- Desmistificação do mestrado de José Sócrates na Sciences-Po. Felícia Cabrita noticiou no Sol, de 5-2-2016, que Sócrates terá alegadamente pago ao prof. Domingos Farinho, da FDUL, para lhe escrever a tese... Do Portugal Profundo procurei desmontar o mito académico de Sócrates na Sciences-Po, em Paris, e foi com satisfação que vi indiciado o facto. Não é conhecido que a Sciences-Po tenha até este momento aberto, como deveria, uma investigação sobre a tese de mestrado de Sócrates. Mas a batalha está virtualmente ganha.
- Denúncia da bancocracia. A submissão do Estado à aliança dos políticos com os bancos tem sido uma batalha longa. O resultado é negativo, ainda.
- A queda política de José Sócrates. À beira de se iniciar a segunda fase (acusação e abertura de instrução) do processo Marquês, e ainda, creio, com várias centenas de milhões a voar - além da e a asfixia do processo dos cartões de crédito dos Governos Sócrates no DIAP, parece completo o derrube político de Sócrates. Isto é, independentemente das voltas da rocambolesca justiça do País, o empobrecimento das famílias portuguesas resultante da corrupção de Estado dos governos Sócrates - comissões, obras socraónicas, custos exponenciais de obras não prioritárias, suvenção de clientelas e desperdício, destruição de empresas (PT, CGD, etc.) - isolou Sócrates, a quem hoje quase já ninguém defende, nem os socialistas. Foi a exposição dos pés de barro do primeiro-ministro Sócrates no caso do seu percurso académico investigado neste blogue, que permitiu o seu derrube com a acumulação de casos judiciais de corrupção política. Batalha ganha.
- Alerta para a estagnação do processo das parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias no DCIAP. Continuou, e continua aqui, a insistência para que o processo avance e se dê conta dos resultados obtidos. Empate, até agora... O Dr. Amadeu Guerra não pode mandar desempatar?
- Alerta para a denúncia da estaganação do processo dos cartões de crédito dos Governos Sócrates no DCIAP. Empate num processo tabu...
- Denúncia da falta de limpeza frequente dos sistemas de ar condicionado dos hospitais, e da proteção dos doentes durante essa limpeza, como causas de infeções hospitalares. O alerta parece ter caído no saco roto habitual do sistema.
- Denúncia do envisamento na perseguição mediático-político-judicial a Pedro Arroja nos casos das «esganiçadas» do Bloco de Esquerda e no caso do boicote político-sistémico à doação por uma associação liderada pelo professor de uma nova Ala Pediátrica ao Hospital de São João no Porto. Resultado incerto...
- Denúncia da agenda comunista revolucionária do governo Costa, liderado pelo PS mésico. Os estalinistas do antigo MES lideram o poder de natureza realmente comunista. Em vez da guilhotina, asfixiam suavemente as fraquezas conservadoras, com maior pena para a silenciosa Igreja... Derrota, por enquanto.
- Denúncia do silêncio sobre a luxuosa penthouse duplex no n.º 105 da Avenida da Liberdade, em Lisboa, onde António Costa residiu entre julho de 2012 e novembro de 2014, num prédio da Holding Violas Ferreira, e que alegadamente, segundo a vizinhança, continuava vazia em 9-9-2016... Vá lá, Dr. Costa, resolva o mistério, apresentando publicamente o contrato de 1.100 euros mensais, carimbado pela Repartição de Finanças e datado desse período!
- Denúncia da cumplicidade de Sérgio Figueiredo com José Sócrates. Figueiredo, diretor de informação da TVI ficou exposto, mas não se passou nada neste canal socialista.
- Denúncia do risco do isolacionismo xenofóbico na plataforma política de Donald Trump. A subida da extrema-direita, de tendência pagã, na América e na Europa é uma consequência da corrupção política e da falta irresponsável de bom senso dos partidos moderados. Por enquanto, a expetativa do protecionismo aduaneiro e de descida dos impostos sobre as empresas está a provocar, nos EUA, uma euforia económica que sustenta politicamente uma agenda nacionalista perante uma militante extrema-esquerda revolucionária.
- Denúncia da aliança relvista-socialista, que já vinha do tempo dos negócios brasileiros da Vivo e Oi. Batalha em curso: no PSD tomado pelos interesses, o relvismo parece ter ganho uma segunda vida.
- Denúncia dos exorbitantes salários de Estado de Portugal em comparação com os dos EUA. Resultado: notícia sem amplificação nos média que funcionam como pedintes falidos do poder político corrupto e enxameados de saudosistas do comunismo totalitário.
- Denúncia do ensino da sexualidade no pré-escolar e do aborto às crianças do 5.º ano de escolaridade, através do Referencial da Educação para a Saúde, dos Ministérios da Educação e da Saúde, de outubro de 2016, uma expressão do totalitarismo da esquerda da ideologia do género. A Igreja deveria ter intervindo neste assunto com mais vigor. Perante uma política totalitária de destruição dos valores cristãos, que esta coligação comunista (PS Mésico-Bloco-PC) está a impor ao País, a Igreja não pode fechar-se no silêncio do claustro e ao lamento da homilia abstrata.
- Combate cultural ao desumano islamismo arcaico, que beneficia da defesa da extrema-esquerda totalitária. Uma aliança de totalitarismos perante a resignação da direita dos interesses. Resultado: o combate cultural ainda está desorganizado, mas o povo já tomou consciência da ameaça.
- Denúncia do colaboracionismo nos costumes da direita moribunda com a esquerda festiva: aborto, eutanásia, adoção homossexual, casamento homossexual, ideologia do género, miscigenação das casas de banho públicas, a liberalização do plantio de drogas e a criação de clubes de consumo de estupefacientes, penas suaves e prescrição para o abuso sexual de crianças. A direita dos interesses é aliada da esquerda totalitária. Resultado: derrota! Passos Coelho, e esta direção do PSD, tal como o CDS de Portas, que são favoráveis ao aborto, à eutanásia, à adoção de crianças por casais homossexuais, ao casamento homossexual e à liberalização das drogas, reclamam apoio do povo da direita porque... são mais austeritários do que António Costa!... Como se essa diferença bastasse!...
Foi há catorze anos que abri esta janela sob Deus e sobre a Pátria. O trabalho e a luta são ainda mais necessários do que então. Com a colaboração de muitos, e sujeito às vicissitudes, Do Portugal Profundo o combate continua. É nosso dever criar as condições mediáticas, sem medo, compromisso ou trégua, para que surja uma proposta conservadora e patriótica de reconstrução de Portugal.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, arguido indiciado, em 24-11-2014, pelos crimes de corrupção ativa por titular de cargo político, de corrupção ativa, de corrupção passiva para acto ilícito, de corrupção passiva para acto lícito, de branqueamento de capitais, de fraude fiscal qualificada e de fraude fiscal (SIC, 26-11-2014), no âmbito da Operação Marquês, goza do direito constitucional à presunção de inocência até ao trânsito em julgado de eventual sentença condenatória.
As outras entidades mencionadas nas notícias dos média, que comento, não são suspeitas de qualquer ilegalidade ou irregularidade nestes casos; ou, quando na condição de arguidas, gozam do direito constitucional à presunção de inocência até ao trânsito em julgado de eventual sentença condenatória.
As outras entidades mencionadas nas notícias dos média, que comento, não são suspeitas de qualquer ilegalidade ou irregularidade nestes casos; ou, quando na condição de arguidas, gozam do direito constitucional à presunção de inocência até ao trânsito em julgado de eventual sentença condenatória.