quinta-feira, 17 de setembro de 2020

A decência e elevação de um ascenso político

O deputado socialista Ascenso Queres-Que-Assine-Por-Ti-A-Folha-De-Presenças Simões injuriou de «fascista» um cidadão que lamentou a sua altercação com agentes da polícia por insistir em passar uma barreira policial devido a obras junto da Assembleia da República, ontem, 16-9-2020, conforme vídeo difundido pelo CM. Segundo o próprio, até recebeu do guarda ordem de detenção, embora a PSP negue.

Ascenso Simões é useiro e vezeiro nestas cenas, a pedir meças ao socialista brasileiro Ciro Gomes. O CM, refere uma notícia da jornalista Maria Henrique Espada, de 15-3-2019, na Sábado, na qual esta refere o seguinte:

«O deputado Ascenso Simões enviou a uma funcionária parlamentar (entre outros) as intervenções dos deputados do PS por Vila Real. Esta pediu: "Agradeço que não enviem emails com este conteúdo." Ascenso ripostou. "Sei (...) que é horrível haver deputados e que estes prestem contas. Mais, é lamentável que os funcionários, que só existem porque há deputados e porque há democracia, tenham que aturar estes e que aceitar aquela. Continuarei a enviar. Quanto mais não seja, porque está aqui para me ‘servir’ e para honrar o salário que os portugueses lhe pagam."»
«Está aqui para me 'servir'» é uma expressão de menosprezo que nem no séc. XIX um patrão diria a uma empregada doméstica.Aqui, tudo vale.

Ascenso cultiva a escrita, tanto com a tesoura de poda, ao estilo maneirista gongórico dos ministros do Supremo brasileiro, como com a charrua, como se pode observar num texto de 4-1-2019
«O atrevimento que este documento pode conter, ao controverter sobre a forma como os grupos parlamentares usam os recursos que a Assembleia da República lhes destina, poderá, numa primeira etapa, fornecer assomo, quiçá, leituras equivocadas.» 

Este operacional de António Costa, como antes tinha sido de Jorge Coelho e de José Sócrates, escrevia em 9-8-201, segundo citação  do Observador, ter «um passado que não [quer] manchar» (sic) e «tenho pelo meu país o respeito de sempre ter feito política assumindo todas as responsabilidades de a fazer com elevação e com decência». «Com elevação e com decência»... 

Um político que, num país do centro e norte da Europa, se comportasse desta maneira de oferecer assinar por outro, de desprezo por funcionário e injúrias a cidadãos seria imediatamente afastado. No Portugal socialista é um herói promovido.

1 comentário:

Unknown disse...

Uma besta - e, com toda a lógica, um digno representante do redil que se crê, ainda, país...