quinta-feira, 4 de abril de 2013

Consequências e causas da demissão de Miguel Relvas

O ministro Miguel Relvas demitiu-se do Governo, nesta tarde, de 4-4-2013.

Abro a janela das consequências políticas, que são mais importantes, e só depois me debruço sobre as causas da demissão.

Consequências políticas da demissão de Miguel Relvas

Relvas sai para salvar o Governo Passos. Na perspetiva de uma decisão desfavorável, amanhã, 5-4-2013, do Tribunal Constitucional sobre o Orçamento de 2013 que implique cortes alternativos na despesa do Estado e novos impostos e taxas (para além da redução significativa dos pagamentos às parcerias público-privadas, que o sistema não admite...), que o Governo não teria força para impor, a saída de Relvas constitui uma botija de oxigénio para um Governo moribundo e cercado. A demissão de Relvas implica a saída do bode sacrificial Gaspar e uma remodelação mais profunda (mesmo que desmentida), na qual o CDS será beneficiado para contentar Portas (Pires de Lima na Economia?).

Relvas continuará no poder, se puder
, mesmo à distância, exercendo de Dirceu-após-demissão-de-ministro-chefe-da-Casa-Civil-do-Presidente (mais do que de Jorge Coelho), com influência nos grandes negócios de Estado e projetos do QREN, mantendo até lhe ser possível a útil imunidade parlamentar, e circulando entre o Brasil, Nova Iorque e Londres, enquanto Passos não pode fazer o mesmo... Sai de cena o polícia-mau, permanece o polícia-bom, mas o sistema Passos-Relvas mantém-se, como disse há dois dias, indissolúvel, qual deus Jano, «mesmo se a máscara dura de Miguel tiver de descansar».

Na minha análise, as consequências políticas da demissão de Miguel Relvas devem ser as oito seguintes:
  1. Demissão do primeiro-ministro Passos Coelho. Passos não tem sentido de Estado, nem competência, nem força própria, para manter o lugar que ocupa, muito menos nesta fase gravíssima da vida do País. Como um gémeo siamês do demitido Relvas, com que partilha órgãos vitais, não resistirá politicamente sem o outro.
  2. Substituição de Passos Coelho por um novo primeiro-ministro, suportado pela mesma maioria. O Governo está esgotado. O problema não está em Vítor Gaspar, está acima dele, no próprio primeiro-ministro. Não é conveniente usar a solução do tipo Santana Lopes - isto é, a indicação pelo Conselho Nacional do PSD do novo primeiro-ministro - porque isso redundaria na mesma tropa, quando precisamos de novos oficiais e outros sargentos, e também não se perfila nenhuma solução consensual interna (como existia na sucessão de Durão Barroso). Por outro lado, não é expectável que o Presidente Cavaco Silva corra o risco de nomear um Governo de iniciativa presidencial, como poderia fazer numa fase de interregno. Portanto, nesta contingência cavaquista com a qual temos de lidar, a melhor alternativa no ocaso de Passos é a indicação pelo PSD de um novo primeiro-ministro, legitimado por um Congresso Extraordinário eletivo. Apesar da demora do processo, é melhor um primeiro-ministro legitimado pelo apoio interno alargado do que uma crise política de curto-prazo, adiada pela escolha de um barão da mesma linhagem do rei cessante, um irmão da mesma fraternidade, um elo do mesmo sistema podre.
  3. Aproveitamento dos ministros válidos, com destaque, do lado do PSD, para Paula Teixeira da Cruz, Nuno Crato e Paulo Macedo, para uma recomposição governativa.
  4. Destituição do presidente do PSD, da sua Comissão Política Nacional e do seu Conselho Nacional. O PSD deve realizar um Congresso Extraordinário, com a maior urgência possível, tal como eu e muitos defendemos, desde 4 de dezembro de 2012, para destituir estes órgãos diretivos e eleger um novo líder que assuma responsabilidade da condução do Governo.
  5. Manutenção desta legislatura. A dissolução do Parlamento não faz sentido quando existe uma maioria parlamentar de 132/230 que garante o cumprimento do mandato popular das eleições de  5-6-2011 e o apoio institucional necessário - para lá do precedente da decisão do Presidente Jorge Sampaio, em 9-7-2004, após a partida de Durão Barroso, de nomeação do primeiro-ministro Santana Lopes, apoiado pela mesma maioria, sem dissolução da Assembleia da República. Não é admissível uma leitura do texto constitucional contra a sua letra e o seu espírito: o povo elege o Parlamento e dele brota o Governo - em Portugal, não vigora um regime presidencialista, personificado num líder que o povo elege para governar, mas sim um regime semi-presidencialista, com presidente com poderes limitados e um executivo que responde perante o Parlamento e o Presidente da República. Assim, enquanto vigorar este regime político, a queda do Governo não implica necessariamente a dissolução do Parlamento.
  6. Realização do programa patriótico pelo novo Governo, uma oportunidade que este Governo desprezou: auditoria das contas públicas do socratismo; demissão dos dirigentes socratinos do Estado (média, serviços de informação, direção de impostos, observatório do QREN, etc.); responsabilização judicial dos dirigentes governativos eventualmente prevaricadores; suspensão das parcerias público-privadas e envio para tribunal de todos os casos de contratos duvidosos, com revogação legislativa dos contratos ruinosos.
  7. Demissão imediata do Presidente da RTP, Alberto da Ponte, e do diretor de Informação, Paulo Ferreira, bem como revogação do programa socratino. Compreende-se melhor agora o regresso surpreendente de Sócrates, que ocorre na véspera de uma crise de Governo de ocasião preparada. Passos-Relvas prepararam a eventualidade do day after, no qual preferem Sócrates a qualquer Seguro ou Costa.
  8. Reanálise política e judicial da inadmissível exceção do aluno n.º 950389 da Universidade Independente (José Sócrates) em comparação com o aluno n.º 20064768 da Universidade Lusófona (Miguel Relvas). No plano judicial, em consequência da decisão da Inspeção-Geral da Educação e Ciência sobre o caso da licenciatura de Miguel Relvas terá, ceteris paribus, de ser também considerado o envio para o Ministério Público do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa os elementos com as irregularidades detetadas, e confirmadas no inquérito NUIPC 25/07.5.TE.LSB do DCIAP, sobre a licenciatura na Universidade Independente (UnI) de José Sócrates (veja-se o despacho de 31 de Julho de 2007, das procuradoras Cândida Almeida e Carla Dias), na licenciatura de José Sócrates na Universidade Independente, cujo título de licenciatura em Engenharia Civil continua a usar - ex. na admissão à Pós-Graduação em Gestão de Empresas no ISCTE, em 2003-2004; na admissão, em 2011, ao doutoramento em Ciência Política no Institut d' Études Politiques de Paris, vulgo Sciences Po, (informação de Peter Gumbel, diretor de comunicação da Sciences Po, à revista Sábado, de 17-11-2011); e na antiguidade na categoria profissional, e futura pensão, desde a reconversão profissional na Câmara Municipal da Covilhã como engenheiro licenciado. Isto é, trata-se de um facto que não prescreve, pois o título continua a ser usado. No plano político, a avaliação popular de Miguel Relvas como indesejável para o exercício de funções políticas implica necessariamente - mesmo sem considerar a sua responsabilidade terrível na ruína do Estado - o mesmo exame a José Sócrates. Se Miguel Relvas não serve para dirigente do Estado, muito menos José Sócrates...

Registe-se que a desorientação de Passos Coelho é tão grande que, estando a demissão preparada «há várias semanas» - ou prevendo-se há semanas um desfecho contra o sistema, já que Crato se oporia a qualquer abafamento -, o primeiro-ministro aceita a demissão sem apresentar substituto de imediato.

Aliás, o desconforto e a desagregação governativa já se pressentia. O desagrado dos ministros Paula Teixeira da Cruz e Paulo Macedo, manifestado em 3-4-2013, era devido ao falhanço do Governo, no plano político e no plano financeiro-económico. No plano político, choca ao povo da direita e do centro portugueses a continuação do socratismo via Passos/Relvas. Noutro plano, é insuportável o fracasso da política financeira e da política económica do Governo. O Governo vai pela pia da austeridade desigual abaixo, imerso na promiscuidade com o socratismo e os ministros com mais capacidade e melhor imagem (Paula Teixeira da Cruz, Nuno Crato, Paulo Macedo) não querem ser engolfados nesse esgoto. Apesar do desmentido, habitual nestes casose que apenas confirma a notícia, o incómodo veiculado imediatamente pelo setor passos-relvista confirma o desejo dos dois ministros que preservarem o seu capital político, para lá da queda de Passos-Relvas.
«Paula Teixeira da Cruz e Paulo Macedo terão alegado cansaço para deixarem o Governo. Miguel Relvas pode sair. Há sinais de alguma desagregação no Governo e há já ministros que terão pedido ao primeiro-ministro para abandonar o executivo.» 
Público, 3-4-2013
Num próximo governo PSD-CDS, que suceda ao agravamento da crise financeira do Estado, na sequência de uma eventual decisão desfavorável do Tribunal Constitucional sobre o Orçamento de Estado, ou no limite a prevista hecatombe do PSD nas eleições autárquicas do outono de 2013, Paula Teixeira da Cruz, afastada da direção do PSD pelo setor passos-relvista em março de 2012, é uma potencial primeira-ministra e Paulo Macedo um possível ministro das Finanças. A somar, à libertação de Rui Rio do encargo de presidente da Câmara Municipal do Porto.


As causas da demissão de Miguel Relvas: a licenciatura especial

A causa próxima da demissão de Miguel Relvas é a elaboração de dois relatórios (publicados pelo DN, de 5-4-2013) da Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), do Ministério da Educação e Ciência motivados pelo escândalo da licenciatura especial que Miguel Relvas obteve na Universidade Lusófona, em 2006/2007, em Ciência Política e Relações Internacionais: Parecer da inspetora Maria Rosa Saraiva sobre a «Ação de controlo aos procedimentos de aprovação do aluno n.º 20064768 nas unidades curriculares que teve de realizar para conclusão do curso de licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT)»; de 4 de março de 2013; e «Análise do Relatório de Auditoria Interna, realizada pela ULHT, aos processos de creditação de competências profissionais», de Maria do Rosário Pereira e Miguel Monteiro, datada de 27-2-2013. A causa determinante é o próprio escândalo. E a causa primeira... a própria licenciatura.

Outra coisa é a causa do momento da demissão: a fragilidade governativa e a vontade de Passos permanecer no Governo. Mas, como se Passos segurasse uma granada (a licenciatura especial de Relvas) sem espoleta, que quando se cansasse tinha de atirar para longe, sem forças, largou-a quase para os seus pés. Passos não se redime nada com esta súbito ilusionismo de isenção.

Na declaração pública de demissão, hoje, 4-4-2013, Miguel Relvas disse:
«Saio por vontade própria. É uma decisão tomada há várias semanas, juntamente com o senhor primeiro-ministro. Saio apenas e só por entender que já não tenho condições anímicas para continuar.»

O ministro não justificou o motivo da demissão. Mas os média noticiaram que foi determinante nesta demissão o relatório de auditoria à Universidade Lusófona de Lisboa, iniciado em 13-7-2012, pela Inspeção-Geral da Educação e Ciência sobre eventuais irregularidades na licenciatura de Miguel Relvas, bem como na de outros alunos, na creditação de competências profissionais em cadeiras nas licenciaturas da Universidade Lusófona e ainda outras eventuais irregularidades, na admissão, na lecionação de cadeiras e nas provas -, que alegadamente terá sido entregue ao ministro Nuno Crato em 18-1-2013. No rescaldo desta notícia, enquanto que, de forma imprudente, «o Público confirmou que o ministro da Educação vai anular a licenciatura do agora ex-ministro» (15:48 de 4-4-2013), o Expresso (16:22 de 4-4-2013), numa versão que me mais verosímil, publicou que o Ministério da Educação vai enviar o caso para o relatório para o Ministério Público, pois «não tem competência para retirar graus académicos atribuídos por uma universidade» (o que, de acordo com essa interpretação, só o Tribunal Administrativo poderá fazer).

Horas depois, o Expresso obteve o relatório da IGEC (que o diário i também cita) sobre o caso e publica o seguinte:
«Artigos de jornal escritos por Relvas valeram-lhe licenciatura
Ministério da Educação pede ao Tribunal Administrativo que retire a licenciatura ao ex-ministro.
Isabel Leiria e Joana Pereira Bastos 22:29 Quinta feira, 4 de abril de 2013

O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares conseguiu aprovação na cadeira Introdução ao Pensamento Contemporâneo sem fazer nenhum exame, mas apenas uma oral que consistiu exclusivamente na discussão de sete artigos de jornal escritos pelo próprio Miguel Relvas.

Segundo o relatório da Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), a que o Expresso teve acesso, Relvas foi o único aluno do curso que não teve de prestar qualquer prova escrita para passar na cadeira. E essa não foi a única exceção de que beneficiou.
O ex-ministro foi também o único estudante do curso a ser avaliado pelo então reitor da Lusófona, Fernando Santos Neves, que na altura (2006/07) não era o professor responsável por aquela cadeira. Todos os outros alunos da turma de Relvas tiveram de fazer um exame e foram avaliados por outro docente.
Relvas foi avaliado "com base na análise e discussão oral de sete artigos de jornal da autoria do aluno, publicados em diferentes órgãos de comunicação social, entre os anos de 2003 e 2006, sem que tivesse realizado qualquer prova escrita", salienta a IGEC. "Acresce que não existe registo de frequência de aulas em qualquer turma" na referida cadeira, adianta o relatório.
 Por tudo isto, a Inspeção conclui que "o ato de avaliação do aluno (naquela cadeira) encontra-se inquinado do vício de violação de lei". Sem essa disciplina, a que correspondem cinco créditos, Relvas não teria obtido a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais.
 Assim, o Ministério da Educação remeteu ao Ministério Público o relatório da Inspeção para que a licenciatura de Relvas seja declarada nula pelo Tribunal Administrativo de Lisboa.»
Segundo o ministro da Educação, Nuno Crato, em entrevista, nesta noite de 4-4-2013, à SIC-Notícias, para lá da creditação desordenada de cadeiras, com base no currículo do candidato Miguel Relvas, existe a questão excecional de uma cadeira (História do Pensamento Contemporâneo) que Miguel Relvas terá ultrapassado não através de prova escrita, como era exigido, mas através de um exame oral (que terá incidido sobre análise de artigos de jornal escritos pelo próprio), efetuado pelo reitor Fernando Santos Neves, que alegadamente nem sequer seria o docente da cadeira), o que, na opinião do ministro, torna a licenciatura inválida, devendo o Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa ser chamado a decidir. O Ministério da Educação e Ciência, fez um comunicado onde explica a existência de dois relatórios da IGEC sobre a Lusófona.

Note-se que, em 3 de abril de 2013, o secretário de Estado do Ensino Superior, João Filipe Queiró (independente, irmão dos centristas Luís Queiró e Manuel Queiró), que tutela diretamente a Inspeção-Geral da Ciência e Ensino Superior, havia posto o seu despacho na «Ação de Controlo aos Procedimentos de Aprovação do aluno n.º 20064768», Miguel Relvas nas unidades curriculares que teve de realizar para a conclusão do curso na Universidade Lusófona (isto é, fundamentalmente relativa à cadeira em que não terá, alegadamente, realizado prova escrita, como deveria, mas apenas oral). O secretário de Estado, cuja coragem e rigor importa distinguir, escreveu nesse despacho (ver pp. 5 e 7 do facsimile do ficheiro com os dois relatórios, publicado pelo DN, em 5-4-2013):
«concordo corn o envio da inforrnação ao Ministério Póblico junto do Tribunal Administrativo do CIrculo de Lisboa, este áltimo entidade competente para decidir sobre a invalidade do acto de ava(iacão referido.»

Para além da questão da creditação dos competências profissionais ao aluno Miguel Relvas - que lhe garantiram a atribuição de 31 das 36 cadeiras do curso - de acordo com o Público, de 3-7-2012, Relvas já tinha realizado uma cadeira de Ciência Política e Direito Constitucional, na licenciatura em Direito da Universidade Livre, em 1985, com 10 valores.

O Prof. Nuno Crato merece um louvor especial popular, porque não deve ter sido nada fácil conseguir garantir independência à IGEC e a integridade das suas conclusões, isto é, o envio para o Ministério de Público de um relatório oficial que põe em causa a licenciatura do número dois do Governo que ele próprio integra. A oposição que fustiga a demora, deveria agradecer-lhe o rigor que contrasta com a decisão sistémica do ministro socialista Gago que mandou fechar uma universidade (a Independente) para preservar um primeiro-ministro, com uma licenciatura rocambolesca (admissão irregular, equivalências a mais, exames por amigo, exames por reitor que não era professor da cadeira, conclusão do curso a um domingo...). É flagrante a duplicidade da esquerda (Mário Soares, etc), e das instituições sistémicas (veja-se o procurador-geral Pinto Monteiro), que foram favoráveis a Sócrates e contesta agora qualquer comparação com um caso ainda mais grave e sem base legal (não havia sistema de creditações que valesse a Sócrates).

E a própria Universidade Lusófona, cujo líder, Manuel Damásio, tinha posto a cabeça no cepo, por causa do irmão Miguel, acaba o dia de hoje a descalçá-lo: «Lusófona diz que houve créditos sem fundamento em alguns graus académicos» - não confirmando, nem desmentindo, se tal se lhe aplica.

Como eu havia feito com a licenciatura rocambolesca de José Sócrates na Universidade Indepependente (ver o meu livro «O Dossiê Sócrates», de setembro de 2009), Do Portugal Profundo, investiguei também o caso da licenciatura de Miguel Relvas na Universidade Lusófona, recomendando aos leitores pacientes os seguintes postes explicativos deste Dossiê Relvas:
  1. «O caso da licenciatura de Miguel Relvas» (3 a 7-7-2012); 
  2. «Os professores de Miguel Relvas na Universidade Lusófona», de 7-7-2012; 
  3. «O novelo da licenciatura de Miguel Relvas», de 12-7-2012; 
  4. «Verdades e consequências da licenciatura de Miguel Relvas», de 17 a 18-7-2012; 
  5. «De boca aberta», de 18-7-2012;
  6. «A tomada do PSD pela Maçonaria», de 19-7-2012.
Na conclusão do poste «Verdades e consequências da licenciatura de Miguel Relvas», em 18-7-2012, fiz - passe a imodéstia de me citar - a seguinte avaliação do caso: «julgo, sinceramente, que é melhor para o Governo e para o próprio Miguel Relvas que o ministro apresente agora a demissão». Sumariei:
«Do que já conhece da licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais de Miguel Relvas na Universidade Lusófona é possível dizer que se tratou de uma licenciatura especial, como tem sido indicado pelos próprios docentes da universidade: concessão fantástica de creditação a 32/36 cadeiras do curso por atacado sem relação específica da experiência profissional com cada unidade curricular; realização de uma licenciatura num ano, quando apenas possuía uma cadeira universitária do curso de Direito; professores chamados preventivamente a reitoria por causa daquele aluno. A Universidade e Miguel Relvas aproveitaram-se, aquela na concessão e este na obtenção, da lei (Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março). Surpreende que, depois de eu Fevereiro de 2005, neste blogue, eu ter levantado o percurso académico do primeiro-ministro eleito José Sócrates, e do escândalo ao retardador que a partir de Março de 2007, o caso desencadeou, não houvesse por parte de Miguel Relvas maior cuidado, numa licenciatura que obteve de Outubro de 2006 a Setembro de 2007. Nem tudo o que é legal é legítimo. E não pode atirar-se para a permissividade da lei gaga e socratina a responsabilidade das condutas que, a coberto dela, se realizaram: a licenciatura especial de Miguel Relvas é uma vergonha para a Universidade Lusófona e para o próprio (Realce original)
A demissão demorou. Mas ele foi. Oito meses e meio depois. Mas sabia-se que tinha de acontecer - indepentemente de outros casos conhecidos e polémicos, como o dossiê das secretas, das pressões sobre o Público, da privatização da RTP - ou a recordação do seu caso antigo das viagens e das residências (Jornal de Tomar, de 26-11-1997). Após, o caso da licenciatura de José Sócrates e do percurso académico falso que indicava no seu currículo, era evidente que o caso Relvas tinha de ser resolvido imediatamente com a demissão do ministro. Farto da corrupção de Estado, da mentira e da ruína, do socratismo, o povo não tolerava mais falsidades.

A teimosia de Passos/Relvas em ceder na demissão de Miguel custou autenticidade ao Governo, mas foi apenas mais um episódio da continuação do socratismo por outros meios que Passos/Relvas tem praticado e continua. O passos-relvismo continua com Passos dentro e Relvas de fora. Mas está mais próximo do fim e com ele a derrota decisiva do socratismo impenitente, cuja desvergonha ficou hoje mais exposta.


Atualização: este poste foi atualizado às 4:35, 5:11 e 8:14 de 5-4-2013.


Limitação de responsabilidade (disclaimer): As entidades referidas nas notícias dos média, que comento, não são suspeitas ou arguidas de cometimento de qualquer ilegalidade ou ilegalidade nos casos referidos.

64 comentários:

Anónimo disse...

Eu bem vim sempre aqui dizendo que este melro não era flor que se cheire. Numa chafurdice redonda, dá duas volta de avanço ao Sócrates e chega sempre 1/2 hora primeiro que o Sócrates á gamela.

Anónimo disse...

Duas voltas dá Sócrates a todos menos ao Soares.
O Sócrates até falsificou a ficha na AR,o que é crime.E foi acobertado pela Justiça corrupta.
E na outra volta,conseguiu sair incólume como chefe de governo e novamente candidato.
Relvas é auxiliar de aprendiz,perto dos barões do sucialismo corrupto.

Helder Marques de Sá disse...

Caro António: na era dos comentadores políticos que foram governantes, se vivessemos numa sociedade livre o meu amigo seria um comentador de sucesso em qualquer rádio ou TV. Tudo o que sinalizou posso afirmá-lo foi o 1º a fazê-lo, antes de Marcelo, antes de Marques Mendes. Acredito que este extraordinário blogue seja a fonte onde estes e outros vêm beber notícias e análises que depois difundem com sendo suas. Um forte abraço e vamos direitos ao Congresso Extraordinário do PSD para restaurar a matriz social democrata.

OS TRÊS PORQUINHOS disse...

PASSOS RELVAS COORDENARAM ESTREITAMENTE A DEMISSÃO DE RELVAS COM O SÓCIO SÓCRATES...A RTP É UM SINAL DESSE PACTO PARA A VIDA HÁ MUITO EXISTENTE ENTRE OS TRÊS MALANDROS.

Anónimo disse...

Obrigado Prof Balbino Caldeira por mais este excelente post

Anónimo disse...

Nada de novo na Frente de Leste. Que é como quem diz, a saída de Relvas é mais um fait divers, num Portugal moribundo, sem alma, sem valores e sem valor.

O que é que pode acontecer a seguir? A saída de Gaspar? Pois bem, saia. O credor externo, que é preciso não esquecer, manda em portugal, pode exigir um 2º Resgate, a um país em hecatombe económica, financeira e social. Não esquecer que Gaspar é a caução dos credores.

Quanto aos putativos sucessores, não deixam de ser risíveis. Paula Teixeira da Cruz? A que propósito? O que fez? Paulo Macedo não é do PSD, aliás, como não é Crato.

O Regime está moribundo. Os solavancos são mais do que muitos. Vamos continuar a te-los. E só não serão mais, enquanto os credores forem sendo complacentes.

Quanto ao Programa do novo Governo, NÃO pode destoar do Programa eleitoral do PSD sufragado em eleições. Sob pena, de termos que ir a votos, novamente.

Temos que acelerar o caldeirão. A evolução na continuidade não nos conduz a lado nenhum. Os barões de reserva, como Rio, não estiveram disponíveis quando foram precisos. O PSD está decadente e moribundo como o Regime.

Capucho, que grande exenplo, dizia que o PSD tinha uma dezena de grandes valores para colocar num novo Governo. Quem? Morais Sarmento? José Luís Arnaut? Filipe Menezes? Ferrira Leite?

Coitado de Portugal e dos portugueses de bem, mudos.

A revolução far-se-á, novamente, com a Maioria Silenciosa. A condição fundamental para se fazer parte da nova governação deverá ser NÃO TER PERTENCIDO A NENHUM ÓRGÃO GOVERNATIVO NOS ÚLTIMOS 20 ANOS.

Basta!

Anónimo disse...

Estou plenamente de acordo com o anónimo das 12:02
Só um regime de Salvação nacional de pessoas isentas e de reconhecido mérito ( e porque não também militares?) pode ainda salvar o pouco que ainda resta

Manuel de Castro disse...

Muito bom! Continue!

Helder Marques de Sá disse...

Anónimo das 12:02,"Quanto ao Programa do novo Governo, NÃO pode destoar do Programa eleitoral do PSD sufragado em eleições. Sob pena, de termos que ir a votos, novamente." O Programa sufragado não é o que foi sufragado, por isso a ilegitimidade governamental.

Anónimo disse...

Nada foi sufragado a não ser formalmente.
A esmagadora maioria dos eleitores nem lê programas eleitorais.
Todos sabem que são apenas publicidade enganosa.
Já nem me preocupa o elenco do próximo governo.
Com a permissividade das leis contra a corrupção,a indiferença dos cidadãos que parecem até entusiasmados com os maiores burlões e sociopatas,a justiça e o jornalismo vendido,quem tomar os comandos do aparelho político terá garantida impunidade.Carta branca para destruir o que resta de Portugal e vigarizar os portugueses.
Ou se começa pelo poder judicial,saneando as ligações aos partidos políticos,Maçonaria e demais poderes instalados,para se garantir a sua independência e seriedade ou seremos sempre enganados pelo sistema viciado.
A produção de nova legislação anti-corrupção elaborada por entidade externa aos partidos políticos,consubstanciando a vontade dos cidadãos directamente expressa,juntamente com a medida anterior,garantirá finalmente que os mentecaptos que enxameiam a política desde as instâncias mais baixas às mais altas,se afastem temendo as consequências dos seus crimes e da sua incompetente gestão danosa.

Trocar figuras e figurinhas nada resolve.
Está na altura de os portugueses aprenderem.
As "figuras de reconhecido mérito" quando empossadas cai-lhes a pele de ovelha e aparece o pelo do lobo.

Anónimo disse...

Caro Prof. ABC

Como sempre comentei neste espaço, esta "licenciatura" era uma farsa, fruto de uma troca de favores entre individuos de avental. Verifica-se, ao fim de mais de 10 meses sobre o inicio deste processo, a uma melhoria do ambiente de podridão do País com a saída deste vigarista do Governo. Pergunto: noutro país teríamos uma situação análoga arrastando-se por tanto tempo e o visado a manter-se no exercício de funções governativas?
Agora, Sr. Prof. ABC, continuo a aguardar a publicação de um seu livro sobre este assunto, à semelhança daquele que escreveu, e bem, sobre o outro artista. Ou será que, por este ser seu correlegionário político, tem algum melindre em fazê-lo?
Concordo quando diz que o Primeiro-Ministro é um incapaz, além de estar muito fragilizado com todo este processo. Caso se demita, só há uma solução democrática: dar voz ao povo e o demente do PR convocar eleições. Toda e qualquer outra solução está desprovida de legitimidade.
Por fim, terminando expressando que, como cidadão não conotado com nenhum partido, sinto-me congratulado por assistir à limpeza da trampa que constituia a presença deste herbáceo no exercício de cargos públicos.

Anónimo disse...

"O Programa sufragado não é o que foi sufragado, por isso a ilegitimidade governamental."

Se assim é, dissolva-se o Parlamento e convoque-se eleições. Tal como em Itália, alguém tomará conta do poder, nem que seja por semanas. Em 1974/75, Portugal teve governos de semanas. Contudo, não havia muitos bens essenciais.

A MANGUEIRA DO BCE PODE CESSAR. Em Chipre, este cenário foi exposto e teve bons efeitos, na perspectiva de quem comanda a Europa.

Anónimo disse...

Há por aqui alguma ilusão sobre o sistema político português.

Porque não tocou Passos/Relvas no PODER AUTÁRQUICO? Para que servem Camaras Municipais com menos de 10.000 eleitores? Para fornecer financiamento e tropa fandanga para os aparelhos PSD/PS.

Porque não toca Passos/Relvas, nem Seguro, no sistema eleitoral português? Porque Passos/Seguros/Sócrates/Barroso/Guterres/Cavaco/Soares, etc. querem ter Deputados dominados pelos pastores.

Enquanto o Parlamento em São Bento for um conjunto de ovelhas que vota em função do cajado do Pastor, Portugal NÃO muda.

O feudalismo controla o PSD e o PS. Quem está dentro do PSD e do PS, quer esteja na facção de poder, quer esteja na Oposição interna, NÃO quer mudar o sistema feudal e de tráfico de influências.

De outra forma, como se davam empregos aos afilhados e sobrinhos nas terrinhas de Portugal?

Anónimo disse...

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=625389

Paulo Portas deveria iniciar no sábado a visita de dois dias à Arábia Saudita, que tinha anunciado em 29 de março durante uma deslocação ao Japão, à frente de uma delegação de representantes de 53 empresas portuguesas e da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

De acordo com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a delegação passará a ser chefiada pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, que já integrava a comitiva.

Anónimo disse...

http://www.noticiasaominuto.com/pais/60131/s%c3%b3crates-e-os-263-cheques-escondidos-do-totta

Sócrates e os 263 cheques escondidos... do Totta

No mínimo é insólito. Mais de mil cheques da família do antigo primeiro-ministro, José Sócrates, foram encontrados por um agricultor numa quinta do Ribatejo, escondidos numa escrivaninha, sendo que, por sinal, 263 pertenciam a Sócrates, avança o semanário Sol. E para quem afirmou, em entrevista à RTP, que só tem uma conta bancária, já há 25 anos na Caixa Geral de Depósitos, não deixa de ser estranho que os cheques sejam do Totta.

Anónimo disse...

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=625397

O Tribunal da Relação de Lisboa condenou hoje a juíza Isabel Magalhães, ex-mulher do vice-reitor da Universidade Independente Rui Verde, a cinco anos de prisão com pensa suspensa, pelo crime de branqueamento de capitais.

O acórdão relativo ao julgamento da juíza Isabel Magalhães foi hoje lido, nas varas criminais de Lisboa.

Isabel Pinto Magalhães, que já se divorciou do ex-vice-reitor da Universidade Independente (UNI), foi acusada pelo Ministério Público de branqueamento de capitais e falsificação de documentos, num caso relacionado com a dissipação do património que o casal adquiriu com dinheiro subtraído à UNI, extinta na sequência do escândalo de gestão e funcionamento.

Diário Digital / Lusa

Anónimo disse...

"a cinco anos de prisão com pensa suspensa"

isto é a justiça do trolha? não, isto é a élites. como pode haver 5 anos de pena suspensa? só no portugal desenvolvido

Anónimo disse...

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=625381

O juiz presidente do Círculo Judicial de Oliveira de Azeméis foi hoje condenado ao pagamento de uma multa de quatro mil euros por ter agredido um casal na sequência de um acidente rodoviário em março de 2010.

Em causa está um incidente ocorrido no dia 27 de março de 2010, em Gião, Santa Maria da Feira, após um sinistro rodoviário, só com consequências materiais, que envolveu a viatura do juiz António Alberto Pinho e aquela em que seguiam um operário fabril e a namorada.

O tribunal deu como provado que a namorada do condutor pegou no telemóvel para avisar a autoridade policial do acidente e o que o juiz, alegadamente, a tentou impedir, agredindo-a.

A namorada do condutor pegou no telemóvel para avisar a autoridade policial do acidente e o juiz acabou por impedi-la, agredindo-a, desferindo-lhe “uma pancada que a atingiu no pulso e na face”, refere o acórdão hoje lido.

Ao presenciar a agressão, o companheiro da vítima agarrou o juiz que lhe “desferiu murros no peito”.

“O primeiro arguido agiu livre e conscientemente” ao agredir o ofendido, refere o acórdão, referindo-se ao juiz cujas declarações em julgamento não foram consideradas credíveis.

O acidente e o incidente ocorreram junto a dois cafés, atraindo à rua a maior parte dos seus frequentadores, envolvendo mais pessoas no processo, incluindo o filho do juiz, que acabaram acusadas também de agredir o ofendido.

No total estavam acusadas cinco pessoas, entre as quais o juiz e um co-arguido acusado de dois crimes de ofensas à integridade física, um deles na forma qualificada. Os restantes três responderam pela prática de um daqueles crimes, na forma simples.

O tribunal absolveu porém o juiz e o co-arguido do crime de ofensa à integridade física na forma qualificada, condenando-os apenas pelo mesmo crime mas na forma simples.

Um dos arguidos foi totalmente absolvido por ter sido provado que não se encontrava no local do incidente.

Os arguidos pronunciados por agressões ao casal de Santa Maria da Feira arriscavam também o pagamento solidário de 50 mil euros às vítimas relativo ao pedido de indemnização mas foram apenas condenados ao pagamento de quase 5.500 euros.

Anónimo disse...

um juíz dar estalos é bonito. deveria ser assim sempre. assim se fazia justiça rápida. nem é preciso sentença. a sentença é dada no momento.

Anónimo disse...

E se o Juiz não tivesse razão,levava umas bordoadas nas trombas.Era como se a sentença fosse anulada.

Anónimo disse...

Deus te abençoe Antonio Balbino Caldeira . Que nunca as mãos te doam !
És um herói !És uma luz que ilumina!
A vitória é certa!O socialismo podre sucumbirá!

Anónimo disse...

Você, Balbino, diz asneiras monumentais. Não porque seja estúpido, mas porque é um maníaco obsessivo. O seu ódio irracional pelo Sócrates tira-lhe toda a lucidez e todo o raciocínio. Ajude-se a si mesmo antes que seja tarde: vá ao psiquiatra e trate-se.

Anónimo disse...

O Balbino é que é maníaco???
Ahaha!

Estes trafulhas socretinos não têm emenda.

Helder Marques de Sá disse...

O anónimo de 6 de Abril às 00:17 é um devoto de Santo Sócrates. Temos de preservar esta espécie em vias de extinção. Quando aparecem com esta linguagem é porque o António está a fazer mossa nas hostes socráticas e sócretinas ou cretinas do PS!

Anónimo disse...

O comentador que a empresa socialista RTP trouxe de Paris será capaz de abordar esta questão?

http://www.noticiasaominuto.com/pais/60131/sócrates-e-os-263-cheques-escondidos-do-tottta#.UV9s6qW4ZVh

Anónimo disse...

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/04/06/ex-ministro-couto-dos-santos-diz-que-relatorio-sobre-licenciatura-de-relvas-pode-ser-nulo

Ex-ministro Couto dos Santos diz que relatório sobre licenciatura de Relvas pode ser nulo

O relatório da Inspecção-geral da Educação sobre a licenciatura de Miguel Relvas poderá ser nulo. A ideia foi avançada pelo ex-ministro do PSD, Couto dos Santos, uma vez que a inspecção não ouviu o interessado e por isso não há contraditório. O Ministério da Educação já veio esclarecer que cabe apenas ao decisor do processo ouvir Miguel Relvas.

MOVIMENTO DOS PATRIOTAS PORTUGUESES disse...

DEPOIS DE PROVOCAR O DESASTRE, O MANDARETE FAVORITO DOS BOCHES QUER FUGIR E CHANTAGEAR OS PORTUGUESES.GOVERNO PATRIÓTICO JÁ!!

Movimento dos orates portugueses disse...

Provocar o desastre...não me faça rir!
Não há noção nenhuma.
Os boches ou os brioches?
Procurem mas é os vigaristas que elegeram nestes 40 anos.
O resto é pura demência.
Histórias aos quadradinhos que apenas servem como desculpabilização dos responsáveis e para manter a pedincha aos alemães,teta do funcionalismo público parasitário.

Anónimo disse...

Comecem mas é a abrir os olhos.
Se a Justiça portuguesa estivesse interessada em mega-vigarices e em ir no encalço dos predadores da nossa economia,seguia todas as pistas.
Perceber como se financiam os partidos-quadrilha deste regime nem é difícil.

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE93500D20130406

MOVIMENTO DOS BRIUOCHES ANTI-PORTUGUESES disse...

NÃO TOQUEM NOS MEUS QUERIDOS BOCHES QUE EU SÓ FAÇO BRIOCHES E BALBUCIO DISLATES ENTRETANTO....

RUBEN ZERO disse...

AGORA QUE SOU BOI SÓ GOSTO DOS BOCHES,DAS BICHAS E DO BASPAR....VADE RETRO CONSTITUCIONAL!!!

Movimento dos parasitas portugueses disse...

Hino do funcionário público


Quando eu nasci a minha mãe não tinha leite
Fui criado como um bezerro enjeitado
Mamei em vacas e em tudo que tinha peito
Cresci assim deste jeito
Fiquei mal habituado

José Gonçalves Cravinho disse...

Eu,um simples operário emigrante na Holanda desde 1964 e já velho
(89anos),digo aqui mais uma vez
que o PS que usa abusivamente o rótulo de socialista assim como o PSD que usa abusivamente o rótulo de social-democrata,são afinal como dois irmãos gémeos que se guerreiam na disputa da herança da Quinta-Portugal,pois ambos quando alternadamente estão no Governo, praticam a Política Liberal DITADA de Bruxelas e ambos são apoiantes da Horda mercenária da NATO e de suas guerras de rapina e destruição mas é claro que o PSD leva vantagem sôbre o PS porque tem a acolitá-lo o CDS/PP,um Partido em que há ainda gente saudosa da Ditadura clerical-fascista do Estado Novo.Usando as adversativas que aprendi na Instrução Primária,direi:
-Mas,porém,todavia.contudo........
Com populismo e demagogia/
muita mentira,verdade parece/
mas em liberdade e democracia/
cada Povo tem o Governo que merece.

Anónimo disse...

Seria agora a melhor altura para obrigar a Merkell a refrear os seus impetos de mandona da Europa.
Ou as condições dadas a Portugal para pagamento da divída seriam profundamento alteradas a fim de permitir uma recuperação séria de Portugal, ou saíriamos do Euro.
E tomates para o fazer?
Mas vamos acabar por sair , e nas piores condições.

Carlos Sousa

Anónimo disse...

continuar a pilhar?
Há várias legiões de gatunos prontos a chegar ao pote para render os anteriores.
Enquanto esta farsa persistir,espero que os alemães apertem ainda mais!
Diz acima o velho comentador comunista que em democracia cada povo tem o governo que merece.Eu emendo,tem a miséria que merece.

PAPEL HIGIÉNICO disse...

VAMOS PASSAR A PAGAR OS NOSSOS IMPOSTOS COM TITALUS DO TESOURO....PENSANDO BEM COM PAPEL HIGIÉNICO TALVEZ SEJA MAIS SEGURO....SÓCRATES,PASSOS,RELVAS,GASPAR A CARREGAREM NA CARREGUEIRA!!!

Anónimo disse...

200.000 milhões de euros de dívida pública.

Com uma taxa de juro de 3,5%, representa juros anuais de 7.000 milhões de euros.

Os Juros custam tanto como o Ministério da Saúde e o Ministério da Defesa.

Não se esqueçam de agradecer ao Zé Sócrates, mas também ao Guterres, ao Cavaco, ao Sampaio, ao Soares, ao Barroso, e a mais uns quantos, esta oferta que eles deixaram para várias gerações.

Os portugueses terão a miséria que merecem. Votaram sempre nesta gente, agindo de livre vontade. Agora, AGUENTEM. Ou emigrem.

Anónimo disse...

caro ABC

a Farinha AMPARO foi a percursora
das NOVAS Barbaridades e fonte de inspiração para Universidades como a da SCIENCIA em PO, do Inginheiro Domingueiro..

outros lhe seguiram o exemplo, quiçá com vontade de o ultrapassar nalguma coisa, nem que seja em rapidez.. e o Electro-Relvas fez de facto uma licenciatura Relâmpago..

se a do Inginheiro Domingueiro foi um brinde da Farinha AMPARO.. ou da SCIENCIA em PÓ (que é um nome muito mais chique).. a do Electro-Relvas foi da Farinha 32 (faltou-lhe uma colher para as 33, mas como comeu a papa tão rápido, só por isso merece a equivalência)..

verdade seja dita, que pelo menos o Electro-Relvas soube sair da mesa, e independentemente dos motivos, libertou a cadeira.. já em relação ao Inginheiro Domingueiro o caso é diferente, e parece que ele quer comer algo mais.. e quando diz que não será candidato a coisa alguma, então é porque está mesmo a pensar sê-lo (também sempre disse que não queria ser PM, até ao dia em que.. algo o fez mudar de ideias)..

regozijemo-nos pela atitude do Electro-Relvas, que apanhou uma Indigestão com a Farinha 33.. mas não nos esqueçamos do Inginheiro da Farinha Amparo, agora "travestido" de Dr. da SCIÊNCIA em PÓ..


bem haja, pelo seu trabalho
(IceBreaker)

Anónimo disse...

Nunca vi ninguém tão vil, mentiroso e desonesto como este Sócrates! Que país é este que permite que um traste da pior espécie faça no canal do Estado as declarações que ele acabou de fazer??

Anónimo disse...

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=625664

Sócrates mostrou ainda a sua indignação com aqueles que comparam a sua licenciatura a de Miguel Relvas, recordando que esteve seis anos no ensino superior, «cinco dos quais em instituições públicas».

Anónimo disse...

o criminoso não aprendeu. o pai e o irmão morreram em menos de um mês. ele fugiu. mas, não aprendeu. quer continuar a sua saga. o que quer? quer seguir o caminho da família?

Anónimo disse...

Feio. Porco. Mau.

http://economico.sapo.pt/noticias/qualquer-comparacao-com-relvas-ofendeme_166479.html

Além disso, Sócrates frisa que estudou "seis anos no ensino superior" e que tirou o curso "fazendo todas as cadeiras" nunca tendo "uma cadeira que fosse dada por equivalência com base na experiência profissional".

O antigo líder socialista insistiu ainda que depois da licenciatura tirou um MBA no ISCTE. "Fiz dois anos para tirar o MBA e fui aliás o melhor aluno, desculpem a modéstia", contou Sócrates.

Anónimo disse...

Pois foi,não era?
Tão aldrabão é ele como imbecis os que papagueiam as suas aldrabices.

O MBA dele...não é MBA!
Mentiu com todos os dentes e esqueceu-se de referir os documentos forjsdos,como o diploma ou a ficha da AR com declarações falsas e mais tarde misteriosamente sonegada.

Com jornalistas do tipo capacho xuxa,ele pode dar-se ao luxo de dizer que Deus não é Deus.

Anónimo disse...

É por estas e por outras que a RTP não podia ser vendida nem fechar.É um bastião do partido socialista.
Faz demasiados favores aos criminosos da política para que se deixe cair aquele que é um verdadeiro cancro económico e propagandístico de um partido político.
É confortável para os socialistas terem uma estação de tv paga pelos contyribuintes a servi-los.

Anónimo disse...

Isto está feio mas o regime sempre vence, basta ver a luz da cidade de Lisboa, que continua como sempre, não se nota quase nada de diferente e não cheira a pólvora. A oliveira de Saramago tem um velho a dormir no banco ou um pos almoçado naqueles restaurantes com o prato do dia a 5 euros. Nada de novo. A não ser Joana Vasconcelos que por sua vez conotam com o regime.
Escrito após ida à capital, 50 Euros de viagem e outros tantos de estadia e comeres, vamos dizer assim. isto é que conta e grão a grão é contabilidade a fazer por cada um, sem desmesuras a não ser as do tipo de JV. a que acima se alude e no Palácio da Ajuda, nacional se diz.
Valbom

Anónimo disse...

Acredita realmente que o Corta Relvas saísse do governo “Na perspetiva de uma decisão desfavorável” do TC? Quem acredita que Prof. seja tão ingénuo? Ou seria o TC que estava à espera para o gov. arrepiar caminho? Se o gov. já tinha levado com outras antes, como podia esperar que agora não se repetisse. Quem acredita na sua falta de visão? O Prof. é um cego de fanatismo político é isso não é prova de inteligência, mas não é parvo que acredite em tretas de pacóvio. O orçamento é simples e claramente inconstitucional, que basta saber ler para se compreender o que está na constituição para compreender. O PM não tem o mínimo de respeito por ela e é tudo, tentou corromper e forçar os juízes com as suas impertinências, mas até os que foram nomeados pelo PSD votaram contra. O Relvas não se demitiu, concordou em ser sacado, encenado.

O Relvas é um ordinário vigarista com o seu canudo sem valor. Ou acha que tem o mesmo valor que o seu, que passou anos a estudar e passar exames? Tenha respeito por si mesmo.

Parabéns por finalmente se resolver a deitar ao lixo todos os seus passados elogios de um coelho que agora reconhece que “não tem sentido de Estado, nem competência”. Estranho é que não tenha visto isso logo desde o princípio, cego pelo seu fanatismo político. Não é democrata, como tenta fazer acreditar, mas simplesmente um militante mascarado. Se fosse democrata acertava onde batia, e não é o caso. Como tem formação didáctica e não é ignorante como a maioria dos políticos e militantes, talvez que um dia reconheça que quem defende a democracia verdadeiramente não é obrigado a ter partido e muito menos a defender neoliberais, sejam de que partido forem.

Estranho que não fala de que a reprovação do PEC IV e a entrega de Portugal à Troika provocou a queda de um governo que tentou salvar o país e que agora os que o afundaram (mas foi uma boa bofetada no arrogante do Sócrates, que deve ter aprendido), presidente e partidos são congratulados, guardados em algodão. Está enganado, que esse novo governo de que fala no nº 2 só vai servir para prolongar a agonia do partido no governo e para prejudicar o seu futuro próximo. O pior é que entretanto Portugal só pode ir piorando com eles. O que não parece é que o rapazola corrupto e falsário do Coelho queira largar as éguas doa cavalos que transformou em mulas.

O restante não tem grande interesse, sem desvalorizar o autor. O fim do governo era a sina marcada por um chefe que renegou os portugueses e numa grande (em número) sondagem que logo ao princípio após o governo ter anunciado cortes discriminatórios da população, a quase totalidade não lhe dava mais do que dois anos. O descalabro financeiro nacional foi previsto por um sem número de verdadeiros economistas que não eram comprados pelas alas neoliberais. Era bem claro, transparente e não translúcido.

Anónimo disse...

Ai, o Passos de Coelho, pavão de m... é o polícia-bom? O primeiro mais estúpido, desonesto, trafulha, um sem caráter emproado, incapaz, mesquinho e vingativo... o tenor de ópera falhado é ainda o polícia-bom?, e rais o parta, que eu nunca vi socrático que lhe chegasse em aberração e nulidade aos pés .

Anónimo disse...

Estes socretinos só fazem rir.
Sempre a defender gatunos,chulos e pedófilos.
Não admira,é a única mercadoria que têm para vender.
Sempre que o gang deles sai do poleiro,ficam desesperados.Não sabem viver do trabalho estes parasitas.

Anónimo disse...

http://economico.sapo.pt/noticias/socrates-perde-duelo-das-audiencias-com-marcelo_166505.html

Na luta pelas audiências do comentário político, a TVI manteve a liderança, com Marcelo Rebelo de Sousa à frente do programa de opinião de José Sócrates, que estreou este domingo na RTP.

"A opinião de José Sócrates" foi o sétimo programa de televisão mais visto ao longo de todo o dia de ontem e o primeiro no canal público. Com uma média de 978 mil espectadores, o ex-primeiro-ministro alcançou ainda assim quase três vezes mais audiência do que a habitual para a televisão pública neste horário.

Segundo a GfK, o "Jornal Nacional" da TVI teve uma audiência média de 1,6 milhões de espectadores, atingindo um 'share' médio de 31,9% durante o comentário de Marcelo Rebelo de Sousa.

Já o espaço de comentário de Sócrates na RTP1, que arrancou logo a seguir ao Telejornal, teve um 'share médio' de 18,3%.

Anónimo disse...

PEC IV? O que é isso? Que saudades tenho eu do Grande Vigarista. O seu reaparecimento na ReTePe é pouco. Eles têm tantas saudades, que vêm para aqui falar no PEV IV. Rebentaram com o resto que havia. Deixaram a banca e as Seguradoras atoladas de títulos da dívida pública. E vêm falar do PEC IV. Vigaristas. Criminosos. Ladrões. Vão pagar caro. É uma questão de tempo. A factura ainda está para chegar. Há muito pelourinho por esse país fora, à espera da respectiva cabeça.....sobretudo as do PEC IV.

Anónimo disse...

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=625826

O julgamento do caso Bragaparques, processo relacionado com a permuta dos terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular, vai ter de ser reiniciado por ter estado interrompido mais de 30 dias, disse hoje fonte judicial.

Segundo disse hoje à agência Lusa fonte da 5.ª Vara Criminal de Lisboa, onde o caso está a ser julgado, o processo terá de ser reiniciado, depois de o julgamento ter estado interrompido por mais de 30 dias, devido à baixa médica da juíza presidente Catarina Pires.

Anónimo disse...

Justifica-se uma petição nacional pata que a RTP convide o prof.Balbino para uma entrevista ao Sócrates.
Uma vez que a estação pública não sabe fazer jornalismo,apenas fretes e sabujice miserável,os donos da RTP,os portugueses,que exijam isso do tal Ferreira e do Alberto da Ponte.

Anónimo disse...

O MP tem que fazer um inquérito para esclarecer os portugueses da natureza das habilitações de todos os deputados da AR.

Parece que há muitos mais com diplomas de favor.
A tal Constituição que o bando tanto preza,diz que somos todos iguais perante a lei.
Ora,neste momento temos Relvas a contas com a sua licenciatura aldrbada.Nada mais justo que estender a força da lei aos restantes aldrabões.

Anónimo disse...

Os jornaleiros podiam perguntar ao Gago porque não fez com o Vigarista o que o Crato fez com o Relvas.
Talvez porque fazem todos parte do mesmo gang xuxa aldrabão.

Anónimo disse...

http://economico.sapo.pt/noticias/juizes-pedem-a-ministerio-publico-que-investigue-declaracoes-de-marinho-e-pinto_166648.html

A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) apresentou hoje uma queixa ao Ministério Público para que investigue as declarações "gravíssimas" do bastonário dos advogados, Marinho e Pinto, sobre o "comportamento profissional" dos magistrados e "a actividade do sistema judicial".

A audição parlamentar de Marinho Pinto foi marcada por momentos polémicos, designadamente quando o bastonário criticou o facto de as actas lavradas pelos juízes nos tribunais, acerca das diligências processuais, serem frequentemente "falsificadas", sem correspondência com o que efetivamente se passou entre as partes.

À saída, Marinho Pinto justificou aos jornalistas que não apresentou qualquer queixa sobre as alegadas falsificações das actas judiciais ao Ministério Público porque, apesar de as mesmas não corresponderem integralmente à realidade dos factos, não se consegue fazer prova dessa adulteração.

Anónimo disse...

Tribunal Supremo absolve polícias acusados de terem assassinado no Sambizanga oito jovens

David Mendes: "Não vou aceitar impunidade de policias envolvidos em casos de execução sumária"

LUANDA — O advogado dos familiares das vítimas do caso Frescura, David Mendes manifestou à Voz da América, indignação pela informação que recebeu de seus clientes em como o Tribunal Supremo absolveu os sete polícias acusados de terem assassinado em 2008 no bairro da Frescura no Sambizanga, oito jovens que se encontravam em pleno laser.De acordo o advogado, o acórdão do Supremo Tribunal chegou à conclusão que havia insuficiência de provas para condenar os réus.Uma decisão, considerada pelo causídico de injusta, daí pensarem já interpor recurso judicial.~

O responsável pela Associação Mãos Livres avisa que não vai aceitar mais impunidade de policias envolvidos em casos de execução sumária. Para o advogado, a policia tem esquadrões de morte. "As pessoas são mortas pela polícia que age à paisana, em veículos não caracterizados, desde Toyota Hiace e Land Cruiser e motorizadas".

Anónimo disse...

O cadáver do passos perdidos nem com respiração assistida troikista ressuscita. Porque não começam a preparar o funeral? É que um cadáver exposto durante muito tempo, para além de cheirar muito mal é um perigo para a saúde pública...

Anónimo disse...

Há por aí muitos cadáveres.Alguns em pior estado de conservação.
Os do gang de Ratos então,nem com máscara...

Anónimo disse...

Aliás, pior do que isso, Portugal é um cadáver. Esse é que é o problema. O Tuga pensa que a miséria que está a chegar à Grécia e a Chipre, nunca chegará ao Portugal socialista. Tão enganados que estão. Como é que o Soares encefálico vai dizer à troupe que o Portugal socialista que lhes prometeu não é mais possível? Foi apenas uma miragem que lhes vendeu....Como vai dizer o velho? Vai acabar como o amigo dele Savimbi!

Anónimo disse...

Uma legião de oportunistas habituou-se a viver do suor dos outros.
Agora que chegou a hora,acham que trabalhar para viver é inconstitucional.
A vidinha à conta do endividamento sucialista do Estado acabou.
Tanto faz os comunas estrebucharem com os sindicatos capturados pela máfia.
Já ninguém empresta a não ser aqueles que os parasitas querem que se lixe,a Troika.

Anónimo disse...

Não tem a ver com este assunto ..mas é algo que inquieta aqui no Brasil.

A Portugal Telecom e LULA

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1260055-lula-se-nega-a-comentar-pedido-de-inquerito-para-investiga-lo-no-caso.shtml

Anónimo disse...

Temos conhecimento que a PT usa delegações na Ásia para financiamento de partidos e negociatas obscuras.
Ou não fosse o Zeinal um amigo do peito do Vígaro.

Anónimo disse...

Anónimo
10 de Abril de 2013 à0 20:28

Qual deles? São tantos :)


Bem, vou dar água à burra.

Anónimo disse...

Há 15 anos sobre o "um verdadeiro artista"
http://pt.scribd.com/doc/99797889/Miguel-Relvas-UM-VERDADEIRO-ARTISTA