sexta-feira, 29 de março de 2013

Redenção social face à corrupção política

«O corrupto não se apercebe do seu estado de corrupção. É como o mau hálito: dificilmente quem tenha mau hálito se dá conta disso. Há outros que se apercebem e devem fazê-lo notar. Em consequência, dificilmente o corrupto pode sair desse estado por remorso interior. Toda a corrupção social não é mais do que a consequência de um coração corrompido. (...) Podemos dizer que se o pecado se perdoa, a corrupção não deve ser perdoada». (Tradução minha).

Cardeal Jorge Mario Bergoglio (atual Papa Francisco), 8-12-2005
Meditações do cardeal-arcebispo de Buenos Aires recolhidas no livro «Guarire dalla corruzione»,
Editrice Missionaria Italiana, 2013
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Nesta Sexta-Feira Santa da Paixão do Senhor, período de redenção que Cristo põe ao alcance dos homens, enquanto cruz e ressurreição, é-nos renovado sempre o alerta para a necessidade de nos levantarmos, uma, outra e mais outra vez, em cada queda em que a natureza nos quebra. O que faz um homem não é não cair, é levantar-se, inclusivé nas nonas estações da via sacra da nossa existência. E Cristo, que teve experiência dessa provação, ajuda-nos sempre a suportar o peso da cruz, a levantar a vara, a reerguermo-nos depois de cada derrota. Somos humanos porque caímos e somos de Deus porque nos levantamos.

A corrupção - de fala o Papa Francisco, profundamente profundo na sua simplicidade tocante (veja-se  a sua «Oração dos cinco dedos», que me foi gentilmente enviada por um Padre amigo) - é talvez o pecado de maior dano social nesta fase penosa de decadência da democracia representativa por prevaricação dos representantes e por falência institucional. Como tenho insistido, a corrupção de Estado mata, adoece, fere, esfomeia, gela, embrutece, perverte, despeja, expulsa - porque o dinheiro desviado do seu fim necessário prejudica os concidadãos carentes da ação estatal que se deixa de realizar ou se atrasa. E a corrupção não mata, nem esfola, a uma só pessoa, mas a muitos, frequentemente a um povo inteiro. Por isso, tem de ser combatida pelos homens e mulheres de bem, enquanto guerra justa legitimada pela moral e pela Fé, em vez de ser propositadamente ignorada pela comodidade da abstenção ou pela adesão à promiscuidade. Apontar a corrupção de quem por fraqueza de caráter, ou até por maldade, se deixa tentar, ou solicita, uma percentagem, ou um prémio, de um negócio de Estado é uma obra de misericórdia. Quem se envolve nesse combate socialmente necessário, inspirado pelos bons princípios, não o faz por vontade de castigo, mas como oportunidade de redenção dos corruptos degenerados da graça do Bem, disponível para todos. São os atos que queremos eliminar e a pedagogia do rigor que queremos instalar, porque só assim se recuperam a política para a causa do bem comum e se melhora a vida de todos.

3 comentários:

Anónimo disse...

http://www.ionline.pt/portugal/santa-maria-demite-director-sistemas-informacao-abre-auditoria

Numa reunião extraordinária que teve lugar a 11 de Março, menos de um mês depois da nomeação, a administração decidiu cessar a comissão de serviço do director do serviço de sistemas de informação do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Paulo Derriça, de 43 anos, tinha sido nomeado para este cargo em 2006.

LIGAÇÃO À MAÇONARIA Através de conhecimentos feitos no hospital, Derriça integrou a loja mais influente do Grande Oriente Lusitano, Universalis. O passaporte maçónico, ao qual o i teve acesso através de uma cópia, regista como data de iniciação o dia 10 de Março de 2009. Um ano depois era mestre. Derriça terá sido apadrinhado pelo médico e director do serviço de Medicina Interna Carlos França.

Contactado, este médico, no entanto, garantiu não pertencer à maçonaria, adiantando não saber se Derriça faz parte da organização. “Tive conhecimento do afastamento por email interno. Desconheço as razões”, garantiu Carlos França.

Derriça era também considerado próximo do médico Mário Andrea, que fará parte da loja maçónica Convergência, também do GOL, segundo listas tornadas públicas nos últimos anos. Esta ligação à maçonaria terá suscitado movimentações internas na hora da cessação de funções.

CURSO Em comunicações oficiais, o Hospital de Santa Maria atribui a Paulo Derriça o título de engenheiro. É o caso, por exemplo, do programa das Jornadas 30 anos do SNS, disponíveis na internet. Segundo o i apurou, Paulo Derriça não possui estas habilitações, tendo feito uma formação nesta área em Nova Iorque.

A referência a uma formação em engenharia não é aliás referida na sua página da rede social profissional LinkedIn, onde consta como referência estudos na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Nesta instituição, terá ingressado um curso de gestão de unidades de saúde, que não concluiu.

Anónimo disse...

http://www.ionline.pt/portugal/tvi-transfere-jornalistas-aumenta-tensao-na-redaccao

As transferências de jornalistas entre as várias secções da redacção da TVI está a aumentar a tensão na televisão. Segundo adiantou ontem o “Público”, a direcção de informação de José Alberto Carvalho e Judite de Sousa transferiu vários jornalistas, sendo que três deles são membros do conselho de redacção. O jornal diário falou com vários jornalistas da televisão de Queluz de Baixo que, sob anonimato, consideram que as mudanças são um ajuste de contas com a posição do conselho de redacção no caso da participação feita pela jornalista Ana Leal e com os apupos a Judite de Sousa na gala de 20 anos da TVI, no fim de Fevereiro. Um dos jornalistas visado com as mudanças é Filipe Mendonça, membro do anterior conselho de redacção e que terá sido acusado internamente de ter vaiado a subdirectora na gala. Nas transferências agora decididas, passa da secção de sociedade para a de internacional.

Já Pedro Veiga, que pertence actualmente ao órgão que representa a redacção junto da direcção e que pode discutir questões editoriais e deontológicas, passa da sociedade para a secção de desporto. Por sua vez, Carlos Enes, membro eleito do conselho de redacção, sai de uma equipa especial da TVI para analisar temas de actualidade de forma mais profunda para integrar agora a secção de política. Maria José Garrido, sindicalista e também membro do conselho de redacção da TVI, passa para a secção de sociedade, deixando a secção de política, em que estava há vários anos.

José Gonçalves Cravinho disse...

A propósito do quadro aqui exposto, com o lendário judeu de nome Jesus a quem mais tarde foi dado o nome grego de Cristo,eu aos crentes que crêem que Jesus é o filho de Deus e que foi enviado ao Mundo para sofrer e morrer como o cordeiro de Deus (Agnus Dei) remindo assim os pecados da humanidade e apaziguando a ira de seu Pai,eu pergunto:-Que Deus é êsse assim tão mau/tão cruel tirano e sanguinário/que se porta pior que um marau/e mata o filho no Calvário?!