quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Reforma do Estado Social(ista) ou retorno ao escudo ou falência do Estado


O Expresso, de 13-11-2012, noticiou: «Recessão 'engole' metade do plano B do Governo». É a demonstração do círculo vicioso fiscal, com défice e subida de impostos, um resultado provocado pela recusa de reformar a sério o Estado Social(ista). Engana-se quem espera a mudança no médio prazo: nem os governos a fazem, nem a maioria do povo a quer. Assim, descer-se-á cada vez mais no abismo social, sem mudança do modelo de corrupção política, nem de vida. Até que o povo se convença que tem de eliminar a corrupção de Estado e o abuso do sistema. Não haverá expulsão do euro, o que pode haver é saída voluntária do euro, quando o povo não aguentar mais o sacrifício do sonho de moeda forte, num país destruído pela corrupção de Estado e pelo delírio despesista. E mantendo o socialismo bancário (troca de corrupção por endividamento), a promiscuidade política-financeira, a miséria moral.

Quer a esquerda a declaração de bancarrota (o default, a moratória nos pagamentos dos empréstimos contraídos, vulgo «não pagamos!»). Todavia, no dia seguinte, há que pagar ao estrangeiro com moeda forte, remédios, combustíveis, energia elétrica, gás, salários, pensões e subsídios. Ou seja, no dia seguinte, há que pedir ajuda ao mesmo FMI que na véspera se desprezou, pois não há divisas nos cofres para cobrir essas importações. Só há um caminho de recuperação e esse é o equilíbrio orçamental. Não nos podemos iludir pela expetativa de default sucessivo, um atrás de outro, caridade internacional com novas imposições de austeridade que originam novos défices por recusa de redução significativa da despesa social.

Gostava, gostava tanto, que fosse possível obter um governo escrupuloso e um consenso social para aguentar então os sacrifícios orçamentais. Mas o consenso que existe é contra a austeridade e a favor  do consentimento - por clubismo, comércio ou cinismo - da corrupção e do abuso. Dir-se-á que existe neste momento um consenso nacional contra a corrupção de Estado. Não existe! Se existisse, não se consentiria a sua continuação e exigir-se-iam responsabilidades a estes e aos outros todos - sem excluir ninguém ! - por todos os negócios manhosos realizados. Em Portugal, a corrupção de Estado é consentida pelo clubismo político («voto sempre no mesmo partido independentemente da seriedade e competência de quem lá esteja»...), pelo comércio de favores entre corruptos e abusadores do Estado Social e pelo cinismo de admitir que a corrupção é um fardo político inerente à atividade governativa que o povo deve aceitar no costado. Nos países nórdicos esta corrupção seria inaceitável e o Governo que nela se envolvesse, qualquer que fosse a cor, mais rosa-choque, ou mais tingida, cairia imediatamente. Aqui, só despedimos a corrupção socialista ubíqua quando eles, devido à ruína financeira do Estado, impuseram a austeridade fiscal.

Portanto, se o vício do défice orçamental e da austeridade fiscal nos conduz cada vez mais à ruína absoluta e se o povo não aceita uma reforma a sério do Estado Social(ista), só há uma solução viável no médio prazo para o País: a recuperação artificial da competitividade económica através do retorno ao escudo. Então, se os ativos portugueses perdem valor imediato - sem exceções de CGDs, TAPs e BdPs (leia-se o Acordo de Empresa, com todos os seus subsídios e benefícios nomeadamente de crédito, o Esclarecimento relativo aos Recursos Humanos do banco em 2008 inadmissivelmente omisso, numa instituição do Estado, na alteração do regime de comparticipação de atos e despesas de saúde com prescrição médica complementar ao dos SAMS, que conviria esclarecer).

Mas não se pense que o retorno ao escudo é um caminho de cravos, como este não é de rosas: o retorno ao escudo implica, para lá da desejável recuperação do emprego e da economia, a flutuação brutal da moeda, a depreciação do escudo dos «200,482 escudos = 1 euro» para um terço desse valor em menos de um ano, falência de bancos por incapacidade de pagarem empréstimos contraídos para as hipotecas ou  falência de empresas e famílias com prestações tituladas em euros, produtos importados a preços proibitivos, inflação, retorno a reformas baixas, inflação, um período gravíssimo de instabilidade social, violência política e tentação de soluções ditatoriais.

Finalmente, a decisão terá de ser tomada porque não é aceitável a dissolução do Estado  da sociedade: ou reformamos o Estado Social (eliminando a corrupção de Estado e o abuso do sistema, e impondo o equilíbrio orçamental) ou voltamos ao escudo. Ambos são caminhos de lágrimas, mas permitem a sobrevivência. De outro modo, o Estado, as empresas, as instituições, as famílias, serão sepultadas no pântano da despesa. E em qualquer caso, por reforma ou falência: Estado Social(ista) R.I.P..


* Imagem picada daqui.

20 comentários:

Anónimo disse...

Com socialismo ou sem ele, Portugal fechou. Vai estar como no tempo dos Filipes. Nós tínhamos aqui vaticinado que Cavaco seria o último PR da República Portuguesa, independente. Tínhamos vaticinado que Soares seria forçado a uma emigração no fim de vida. Temos esperança que ambos os cenários se vão verificar. Os portugueses lá sabem o que andam a fazer há décadas. É o fado!

A CORRUPÇÃO DE ESTADO MATA disse...

OU DAMOS CABO DA CORRUPÇÃO DE ESTADO OU A CORRUPÇÃO DE ESTADO DÁ CABO DE NÓS.O EURO E A EUROPA AINDA SÃO TRAVÕES À CORRUPÇÃO DE ESTADO.SEM ELES A CORRUPÇÃO DE ESTADO SERIA AINDA MAIS DESENFREADA,COM MAIS OU MENOS DEFAULT,MAIS OU MENOS DESVALORIZAÇÃO.POR ISSO MESMO A ESQUERDA E A EXTREMA ESQUERDA CORRUPTAS NÃO FALAM NA CORRUPÇÃO DE ESTADO.PUDERA!JÁ GANHAM COM ELA E ESPERAM VIR A GANHAR MUITO MAIS QUANDO A CLASSE MÉDIA SE ARRUINAR E O SOCIALISMO CORRUPTO DE ESTADO SE INSTALAR AINDA MAIS.

GOVERNO PATRIÓTICO DE SALVAÇÃO NACIONAL disse...

É urgente a substituição deste governo corrupto por um Governo Patriótico de Salvação Nacional,integrando cidadãos honestos,competentes,patriotas e corajosos.GPSN ou o caos são as alternativas.

Anónimo disse...

Então Sr. Professor Balbino agora já acredita no que por aqui se escreveu relativamente ao Partido da sua preferência?

Já se arrependeu do que escreveu quando esse Partido ganhou as últimas eleições.

Já se convenceu que TODOS são farinha do mesmo saco?

Já compreendeu que quem manda É MANDADO por gente de fora?

Anónimo disse...

"Banco de Inglaterra: Expansão monetária continua a ser opção de combate à crise"

É pá, isto pega-se! É o vírus xuxas, porra! É grave, muito grave.


Bem, vou dar água à burra!

Ferreira, Luís Manuel Silva disse...

Escusam de andar com polémicas, porque isto está no fim. O mundo um dia, não sabemos quando, há-de acabar, mas Portugal está próximo do fim, tal como a Grécia e outras nações. Reflitam, abram os olhos, acordem! Estamos no rinípio das grandes dores e os portugueses vão sentir mais do que os alemães ou filandeses, porque têm um país falido.
Pedro Passos Coelho é o último primeiro-ministro de Portugal e Cavaco Silva o último Presidente da républica.

Anónimo disse...

Portugal não acaba coisa nenhuma.Isso é ridículo.
O que acaba são as comodidades e o nível de vida razoável da classe média.Para não falar nas famílias pobres para quem o desemprego é uma consequência miserável do festim socialista.
Infelizmente,os que sofrem tais consequências não querem fazer a sua ligação às causas.A clubite e a hipnose a que são sujeitos por uma imprensa que é braço armado do partido socialista,é suficiente para que nada mude nos próximos tempos.
Manifestam-se contra a Troika e a austeridade.
Que imbecilidade!
A Troika veio porque foi chamada pelo PS,porque já não havia dinheiro nem crédito para pagar as despesas elementares do Estado.Se não os querem cá,paguem-lhes e mandem-nos embora.Eles vão.
Contra a austeridade é ainda uma boçalidade mais rocambolesca.
Como querem equilibrar as contas do Estado? Com propaganda comunista panfletária?
Porque não,manifestações a clamar por contas públicas auditadas,por criminalização da gestão danosa,do fim dos contratos leoninos celebrados entre o governo socialista e as clientelas,confiscação de bens dos corruptos,penas de prisão agravadas,criminalização do enriquecimento ilícito,etc?
Os offshores dos membros dos gangs políticos podiam ser confiscados pelo mesmo Fisco que penhora bens aos esfaimados,por pequenas dívidas.
Mas,acho que não.Os portugueses preferem os slogans vazios dos comunistas e barafustar com os alemães para que lhes paguem as vidinhas improdutivas,os Jipes,os Audi e Mercedes,as viajens.
A dona Angela já os topou.Terão que chular outros.Os alemães já não dão para este peditório.

Anónimo disse...

A D. Angela que viveu num regime comunista, para o qual a familia foi de LIVRE VONTADE...é o suco da barbatana? É mais um exemplo de como os antigos comunistas se transformam...mas a ideia é a mesma...depenar os outros paises...

Anónimo disse...

Sim,a Dona Angela tem-nos depenado,mandando para cá muitos milhões,alguns a fundo perdido.Tem bancado a nossa falta de crédito.
Imperdoável.
Começou cedo a explorar os portugueses.Todos recordam como a Dona Angela se locupletou com uns milhares de contos na construção do aeroporto de Macau,apesar da discordância do governador Melancia.Como ela recebia dinheiro do jogo dos casinos macaenses.
As tais malinhas que chegavam ao aeroporto e que os vallets do sr Soares traziam para o dono,contra a vontade dele.
Todos recordamos,está no livro do Dr Rui Mateus,como a Dona Angela montou um esquema que usava a presidência da República como veículo de negócios particulares com o sr Murdock,o sr Stanley HO e outros tubarões de então.
Esta distinta senhora engordou a Função Pública com milhares de apaniguados do partido dela.Aldrabou os computadores da Segurança social,criando pensões elevadas para gente que nem descontos tinha feito.Empregando familiares de todos os autarcas.
Nacionalizou as grandes empresas e afugentou os capitalistas da época,enquanto fazia ecoar o Avante e se dizia a muralha de aço.
Na década de 90,o Gen.Garcia dos Santos avisou que a Dona Angela andava a fazer falcatruas de muitos milhões na JAE.
Soube-se que o sr Vara e o sr Sócrates estavam a lutar árduamente para impedir os alemães de criar centenas de institutos e Fundações,durante o consulado de Guterres.
Soube-se que os alemães nos forçaram, a fazer o Euro 2004 e a construir 10 estádios de raíz.
A Dona Angela obrigou o sr Ferro a indemnizar o empreiteiro do Metro em 35M de euros,quando no contrato dizia que a responsabilidade do fracasso da obra era do segundo.
A mesma senhora Forçou o dr Dias Loureiro e o sócio Jorge Coelho a fazer trapaça com SLN.
Forçou o sr Sócrates a enterrar o país e a encher os Offshores da família com milhões e milhões.
Haveria muito para contar,mas penso que dá para perceber como os alemães nos têm prejudicado e arruinado.
Eu propunha a invasão da Alemanha,mas parece que as FA são as mesmas que abandonaram vergonhosamente o Ultramar,deixando os colonos para trás,sendo o exército sul-africano a defendê-los.
Não íamos longe.
Até o barco do Gen.Eanes,a caminho de Timor,se acobardou e fez meia volta sem chegar ao destino.
Fiquemos pois por aqui,no rectângulo.Pelo menos faz muito sol e as mulheres são muito bonitas.

Anónimo disse...


Sobre ajuda econômica a Grécia - YouTube

http://www.youtube.com/watch?v=wg5SU_bDNsA

Anónimo disse...

Angela Merkel é fruto do sistema comunista da ex-RDA e parece que há muitos saudosistas da Stasi e do partido único...pois era bom...assim é que era fixe...

Anónimo disse...

É fruto?
E estes vigaristas que têm saqueado Portugal,são fruto de quê?
Merckel defende os interesses alemães e estes canalhas defendem os interesses de quem?
Atribuir a culpa do descalabro socialista e deste regime em geral a Merckel,é atirar areia aos olhos dos saloios.
Andaram a chular os alemães e agora viram-se para os trabalhadores do sector privado que ainda restam.
Quando estes acabarem,vão chular quem,estes parasitas que nunca fizeram nada mais que viver à conta do Estado e reescrever a História?

Anónimo disse...

Os do BPN do BPP de certas universidades privadas etc. eram privados e estamos todos a pagar, há bom e mau no privado e no estado.

Anónimo disse...

Bom e mau?
Quem paga o bom e o mau no sector privado são os empresários.No público,adivinhe quem é.
O sector privado não pesa nas contas públicas,excepto nos protocolos promíscuos.O sector privado produz e paga impostos.
O sector público é um peso na bolsa dos contribuintes.Tudo o que está a mais que o estritamente necessário,centenas de milhar,são desperdício e empobrecimento.
O BPN e o BPP são casos de polícia.Tornaram-se casos dramáticos para todos os cidadãos quando o governo do partido socialista decidiu nacionalizar os prejuízos.
Essas confusões são primárias e só servem para enganar tolos.

Anónimo disse...

Os corruptos do setor público também são casos de policia.

Anónimo disse...

A Merkel faz o papel dela...não há dúvida...de rapinar a Europa.
E para que conste ela não está com os holofotes só em Portugal...mas sim em toda a Europa.
A extrema direita nazi e os comunistas sempre se deram bem e é prova disso a aliança de Hitler com Estaline...ou agora já não conta?
Estão a fazer de nós parvos ou tótós?
O que me parece é que a 2ª guerra mundial não ficou bem resolvida...

Manicómio disse...

Sim,a Alemanha devia ter políticos corruptos,orçamentos aldrabados,um sector público que absorva quase todo o PIB para manter milhares de inúteis,trabalhar menos e pedir esmola aos países estrangeiros.
Assim não vale.Andam-se sempre a pendurar na riqueza produzida pelos portugueses.

Anónimo disse...

Se fosse ver há quanto tempo está o novo aeroporto de Berlim por acabar e qual é a derrapagem orçamental...de certeza que ia modificar algumas opiniões...
Quem viveu e trabalhou lá sabe que grande parte do que dizem é só para o número... e para achincalhar os países do sul da Europa.

Anónimo disse...

Nigel  Farage no Parlamento Europeu

http://portugal-verdades-e-consequencias.blogspot.pt/2012_01_01_archive.html

Anónimo disse...

o gajo das 15.59 de 15nov é que sabe. Portugal está cheio de gays em especial nas igrejas. Cornos