terça-feira, 17 de julho de 2012

Verdades e consequências da licenciatura de Miguel Relvas

(Atualizado às 11:01 de 18-7-2012 - ver pós-textos)


O jornal Expresso, de 14-7-2012, trouxe notícias de relevo sobre o caso da licenciatura do ministro Miguel Relvas na Universidade Lusófona, que copio (no final do poste) e comento: «Reitor avaliou Relvas à parte do resto da turma» - Expresso, pp. 1, 4-5; «Currículo não foi validado como devia», Expresso, p. 5; «Relvas foi consultor do Grupo Lusófona», Expresso, p. 5; e «Nota da direção - O Expresso, a Lusófona e Miguel Relvas», p. 5. Refiro ainda outras notícias de interesse que surgiram nos media durante os últimos dias, e no final apresento a conclusão. Saíu mais outro lençol, mas por formação e curtido por outros casos e lides conhecidas, sei que mais vale o rigor, o detalhe e a fundamentação. Aproveite o leitor o que quiser.

Começo pela primeira notícia - «Reitor avaliou Relvas à parte do resto da turma» - Expresso, 14-7-2012, pp. 1, 4-5 - da autoria de Rosa Pedroso Lima, Isabel Leiria e Micael Pereira (as demais notícias deste dossiê, de 14-7-2012, do Expresso, não estão assinadas):
  1. Segundo a Universidade Lusófona divulgou em 7-7-2012 e a TVI no mesmo dia explorou, em 2006/2007, nas quatro cadeiras que a Universidade Lusófona lhe terá exigido para obter a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais (para além das 32 unidades curriculares em aquela universidade lhe deu creditação), Miguel Relvas teve os seguintes professores:
    • António Fernando dos Santos Neves (Introdução ao Pensamento Contemporâneo - 1.º ano - 2.º semestre): 18 valores. Fernando Santos Neves era o diretor do curso/reitor/presidente do conselho científico responsável da cadeira que teria outros docentes.
    • Manuel Jerónimo Marques dos Santos (cadeira de Teoria do Estado, da Democracia e da Revolução - 2.º ano - 1.º semestre): 14 valores. Segundo essa notícia da TVI, Manuel Jerónimo Marques dos Santos é o atual diretor do Instituto Superior Politécnico do Oeste, de Torres Vedras, escola que faz parte do grupo Lusófona. Procurei informar-me sobre se existia qualquer ligação de natureza política ou outra, nomeadamente com as estruturas políticas do Oeste do PSD, mas o que me foi dito é que este professor não é Torres Vedras, mas alguém de fora, que a Lusófona designou para liderar o pólo local.
    • António Joaquim Viana de Almeida Tomé (cadeira de Geoestratégia, Geopolítica e Relações Internacionais I - 3.º ano - 2.º semestre): 15 valores. Almeida Tomé é Coronel Piloto Aviador reformado, doutorado e autor de obras sobre Estratégia e Relações Internacionais. 
    • Paulo Jorge Rabanal da Silva Assunção (cadeira de Quadros Institucionais da Vida Económica-Político-Administrativa - 3.º ano - 2.º semestre ): 12 valores. Segundo a TVI, Paulo Silva Assunção é o «atual assessor jurídico do secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu», do Ministério tutelado por Assunção Cristas, e terá sido «adjunto do gabinete do secretário de Estado adjunto (Feliciano Barreiras Duarte)» no Governo Santana Lopes. Feliciano Barreiras Duarte, atual secretário de Estado adjunto de Miguel Relvas, era um dos docentes dessa cadeira, mas terá respondido a Rosa Pedroso Lima, conforme notícia «Licenciatura de Relvas. Fez quatro exames. Três professores nunca o avaliaram», no Expresso, de 7-7-2012: «nunca avaliei Miguel Relvas, nem foi meu aluno», assumindo que o viu «uma vez à noite na faculdade. Encontrei-o, cheio de pressa, a ir para um exame» - portanto, seria de outra turma. Feliciano indica que não tem responsabilidade no caso e que viu Miguel Relvas na Universidade Lusófona, à noite, quando este lá foi fazer um exame. Não se sabe que exame foi, cadeira ou época.
      O secretário de Estado Manuel Pinto de Abreu é um conhecido especialista de assuntos do mar, nomeadamente sobre a plataforma continental portuguesa, é oficial da marinha na reserva, foi professor catedrático da Universidade Lusófona e seu vice-reitor da Universidade Lusófona entre 2003 e 2008, no período em que Miguel Relvas obteve a sua licenciatura (2006-2007).
  2. Na notícia do Expresso, refere-se que a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais tinha no regime pós-laboral, em 2006/2007, duas turmas (a turma tinha sido desdobrada em duas, devido ao número de alunos). O Expresso afirma que, de acordo com um comunicado da Universidade Lusófona, «foi com os alunos da 1P1 (pós-laboral), que Relvas prestou provas». Numa das turmas teria lecionado o Prof. Fernando Pereira Marques, ex-deputado socialista, e noutra Teotónio de Souza. O jornal garante que
    «dez alunos da turma que a Lusófona diz ter sido a de Miguel Relvas - 1P1 - assumiram ao Expresso que "nunca viram" aquele estudante nem nos testes nem nas aulas da cadeira. E que Santos Neves nunca foi professor da turma.» (grosso meu)
    Destes dez alunos da turma 1P1 (ou 1PL?) em 2006/2007, que diz que «nunca viram» o atual ministro adjunto nem nos testes nem nas aulas da cadeira, o Expresso menciona a aluna Sandra Freitas que terá declarado «Nunca vi Miguel Relvas. Tenho a certeza de que não era da nossa turma».
  3. Relativamente à cadeira de Introdução ao Pensamento Contemporâneo, o Expresso diz que o Prof. Fernando Pereira Marques era «o professor atribuído àquela turma e disciplina» e que voltou a confirmar ao jornal «não ter tido o ministro-adjunto como aluno, nem o ter alguma vez avaliado» - na edição de 7-7-2012 do Expresso, este professor já tinha dito: («Não foi meu aluno. Não o avaliei. Nunca o vi na Universidade»). Não é dito, todavia, pelo jornal ou por Pereira Marques que Fernando dos Santos Neves não fosse o titular (ou responsável) daquela unidade curricular e a informação nesta notícia Expresso, de 14-7-2012, dos docentes que o jornal contactou (provavelmente os das cadeiras cometidas a Relvas que realizasse) de que o reitor «não dava aulas» não contraria que fosse ele o responsável da cadeira. Encontrei um programa de 2009-2010, da Unidade Curricular de Introdução ao Pensamento Contemporâneo da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, da licenciatura em Gestão de Empresas (1.º ano - 1.º semestre), lecionada pelo Prof. Luís Filipe Teixeira, e cujo Coordenador-Geral era o Prof. Doutor Fernando dos Santos Neves (foi nisso que me baseei quando sugeri, no meu poste de 6-7-2012, que o professor da cadeira fosse o reitor/diretor do curso). Portanto, pode ser que Santos Neves fosse o «coordenador-geral» (isto é, o titular da cátedra, o responsável, da disciplina, e os docentes efetivos, os outros dois docentes mencionados. Falta ainda indicar quem seria o docente efetivo da turma diurna, ainda que a Universidade tenha dito que Relvas era da turma 1 pós-laboral. Contudo, se o reitor Santos Neves era o titular da cadeira e «não dava aulas», é anormal que fosse avaliar especialmente um aluno. Tradicionalmente, na academia, o trabalho de avaliação das provas escritas e orais (erradamente, com tendência para desuso...) era deixado para os assistentes - e creio que alguns catedráticos ainda se valham dessa prerrogativa clássica. Mas o catedrático (o titular da cadeira, disciplina, ou «unidade curricular» como em bolonhês, agora se diz) não avalia a prova, ou o trabalho, de um aluno em especial, podendo apenas repartir, se entender (o que, nesses casos de suserania não é vulgar), a avaliação de algumas provas escritas com o assistente, por turma ou ordem alfabética, e acompanhar nas orais (no júri, nas orais não basta um só professor), intervindo, ou conduzindo, essas provas. Mas aqui nem se faz referência a orais.
  4. Todavia, a Miguel Relvas foi exigido que obtivesse aprovação em quatro cadeiras. Dessas quatro, só Introdução ao Pensamento Contemporâneo era do primeiro ano. A cadeira de Teoria do Estado, da Democracia e da Revolução, era do 2.º ano (1.º semestre) e as cadeiras de Geoestratégia, Geopolítica e Relações Internacionais I e  Quadros Institucionais da Vida Económica-Político-Administrativa, ambas do 3.º ano - 2.º semestre). Assim, importa ouvir os alunos das turmas pós-laborais do 2.º ano e do 3.º ano em 2006/2007 e, por precaução, também os alunos do 1.º, 2.º e 3.º ano diurnos. Estou certo que, se a Universidade Lusófona não fornecer os nomes dos alunos, o referido Prof. Fernando Pereira Marques, que colaborou com informações na notícia do Expresso de 7-7-2012 e de 14-7-2012, ou outro colega que ele designe, há-de ter um ficheiro com esses nomes e contacto de alunos que possam indicar os contactos (endereço de correio eletrónico e, por vezes, número de telemóvel) dos demais. Assim, poder-se-á verificar se Miguel Relvas foi às aulas e realizou testes e exames ao mesmo tempo que os alunos dessas turmas - ou não frequentou aulas e fez testes isolado.
  5. O Prof. Coronel Almeida Tomé (docente de Geoestratégia, Geopolítica e Relações Internacionais I - 3.º ano, 2.º semestre)  já disse ao Expresso (Rosa Pedroso Lima), de 7-7-2012, que Relvas frequentou as suas aulas e que o avaliou:
    «Era um aluno interessado e até modesto. Via-se que tinha bagagem, mas como tinha muitos afazeres veio pouco às aulas». (...) Fui chamado um dia à reitoria e explicaram-me a situação. (...) Assumi a responsabilidade de o avaliar na minha cadeira. Calculo que foi feito o mesmo para as outras disciplinas e com outros professores».
    Não é comum chamar docentes à reitoria preventivamente por causa do caso de um aluno, como aconteceu ao Prof. Almeida Tomé que o reconheceu ao Expresso: Miguel Relvas não era um aluno comum e não devia ter qualquer tratamento de exceção. Não sabemos o conteúdo dessa conversa, que se presume tenha ocorrido com o reitor Santos Neves, mas ela não devia ter tido lugar. Nem com ele, nem, eventualmente, como Almeida Tomé admite, com os outros docentes das cadeiras exigidas a Miguel Relvas que realizasse na Lusófona. A universidade, como a escola, são instituições fundadas no princípio da igualdade dos alunos. testes e exames são realizados nas datas marcadas para todos e quem não os possa fazer na data indicada apresenta-se na próxima - a exceção muito rara são os alunos que aproveitam a sua condição militar e os que foram eleitos para a associação de estudantes que podem requerer exames em data específica. E mesmo este último caso dos membros das associaçãões de estudantes é um assunto impopular na academia e incómodo para os professores - quem teria sido o secretário de Estado jovem que pediu a um ministro da Educação político que criou esse regime legal de favor para os jotas?...)
  6. O Prof. Coronel Almeida Tomé usa a fórmula «assumi a responsabilidade de o avaliar na minha cadeira». Isto parece encerrar uma ênfase especial na avaliação - o que não significa que apenas tivesse sido previsto submeter Miguel Relvas a uma prova, ou um trabalho, e o aluno especial não precisasse de frequentar aulas. Se o professor, que ainda por cima é coronel, lhe viu o interesse, lhe apreciou a modéstia, lhe pesou a «bagagem», e diz que Relvas «veio pouco às aulas» é porque a algumas deve ter ido... e o docente se lembra de o lá ver nas carteiras. Importa confirmar a assiduidade com os colegas da turma pós-laboral (ou turmas, se em 2006-2007, existia à noite, mais do que uma no 3.º ano e no 2.º) e da turma (ou turmas) diurnas desses anos (e ainda do 1.º ano): Miguel Relvas ia às aulas ou não? Não tinha de ir às aulas, pois as unidades curriculares em causa, naquele curso também frequentado por outros políticos à procura de grau para exibirem igualdade hierárquica na escala de representação social, ainda por cima em regime pós-laboral, não teria registo de presenças com obrigatoriedade mínima de frequência de aulas. Existem aqueles a quem chamo «alunos refratários»: alunos que só me aparecem em frequências ou exames e que nunca vi nas aulas. Uns porque são de longe, outros, a maioria, porque são cábulas e esperam que a continuidade da apresentação a exames, nomeadamente em época de recurso e em época especial, acabe por vencer os professores cansados por lhes corrigirem sucessivamente provas onde dissertam sobre «as guerras púnicas» em perguntas sobre «a civilização egípcia» - como dizia o meu professor Jorge Vasconcellos e Sá. Mas essa infrequência não torna esses alunos populares junto dos professores, nem lhes garante qualquer isenção. Portanto, se Miguel Relvas não tinha de ir às aulas, tinha no entanto de se apresentar aos testes («frequências») e/ou exames e/ou entregar (e apresentar em aula, como é mais comum) os trabalhos cometidos nessa disciplina. O que falta informar.
  7. O reitor/diretor do curso Prof. Fernando Santos Neves em Introdução ao Pensamento Contemporâneo (1.º ano - 2.º semestre) respondeu por escrito («numa nota») ao Expresso, de 14-7-2012, como se pode ler no fac-simile abaixo: «examinei e qualifiquei o trabalho escolar do aluno Miguel Relvas». Apesar dos alunos da turma 1P1 de 2006/2007 terem falado ao Expresso em «testes», o que sugere que a cadeira não poderia ser totalmente realizada através de uma trabalho. Porém, a resposta que presta-se a interpretação dúbia. A este propósito, convém esclarecer de forma clara:
    a) Miguel Relvas realizou um teste de frequência, escrito, na disciplina de Introdução ao Pensamento Contemporâneo que valia 100% da nota, em avaliação contínua?
    b) Ou apenas apresentou um trabalho escrito, que valeu 100% da nota?
    c) Ou só se apresentou a exame final?
    d) Qual era o regime de avaliação contínua que estava mencionado no programa da cadeira - proporção, se existir, entre teste e trabalho (por exemplo 60% para o teste escrito, 30% para o trabalho escrito e 10% para a participação nas aulas), individual ou de grupo (como é mais vulgar em Portugal), e, eventualmente, participação nas aulas?
    No ensino superior, cada cadeira só tem um programa e o mesmo regime de avaliação, que têm de ser aprovados pelo conselho científico da escola. Deve obrigatoriamente haver registo, informático e em papel, do programa daquela cadeira na universidade. O próprio Prof. Fernando Pereira Marques há-de ter provavelmente esse programa que poderá facultar aos jornalistas e os alunos desse ano que o Expresso já conhece também, se a universidade não colaborar. Se houver discrepância entre o que a universidade entregue e os docentes e alunos tenham isso terá de ser apurado. O que não pode acontecer, porque seria irregular, é os alunos serem classificados na mesma cadeira com regimes de avaliação diferentes: se a cadeira de Introdução ao Pensamento Contemporâneo (e as outras três) era avaliada por prova escrita que valia 100% não consentiria trabalho.
  8. Na notícia, é patente a falta de colaboração informativa da Universidade Lusófona - especialmente dos serviços tutelados pelo administrador Manuel Damásio. Devo distinguir, pelo contrário, a colaboração de alguns professores, como Fernando Pereira Marques, o coronel Almeida Tomé e Nuno Cardoso da Silva. Esta falta de colaboração só alimenta a suspeita e, ao contrário do que julga quem o pretende defender, como parece ser o caso do administrador Almeida Damásio, só prejudica o atual ministro adjunto, a Universidade Lusófona e o Governo. Se tudo se sabe, é melhor que se saiba cedo. Neste caso sobre os holofotes dos media tudo se vai saber: além dos professores, os alunos, as aulas, os exames (e trabalhos, se houver). Todavia, se os media estão mais atiçados pela pré-falência de alguns cessão de exploração de um novo canal generalista (em substituição da RTP-1) e mudanças no financiamento do setor, nomeadamente na Lusa, o parentesco de notícias ou a impotabilidade da primeira fonte donde brotou esta torrente não modificam a substância dos factos.
O Expresso, de 14-7-2012, na página 5, traz a notícia (não assinada) «Currículo não foi validado como devia». Comento:
  1. «Segundo responsáveis da Universidade teria sido esse órgão a validar as equivalências a 32 das 36 cadeiras do curso» de Ciência Política e Relações Internacionais «frequentado em 2006 por Miguel Relvas», como diz o Expresso nessa notícia, citando o Prof. Manuel Damásio: «a atribuição de créditos pela experiência profissional "sempre foi aprovada pelos conselhos científicos e ratificada pelo conselho científico universitário" e que «foi esse o procedimento no caso do ministro-adjunto». Assim, existiria um conselho científico da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas que aprovaria as creditações e, acima dele, um «conselho científico universitário» que as ratificaria. Faz sentido. Mas, de acordo com as notícias, não parece ser isso que aconteceu.
  2. O problema é que, segundo o Expresso, cita na conclusão do relatório da Inspeção-Geral do Ensino Superior em 2009, «o conselho científico universitário da Lusófona "não reuniu nos anos 2005 e 2006». Na notícia «Processo de Bolonha foi catastrófico para a credibilidade das universidades», no Público, 7-7-2012, p. 9, José António Cerejo já tinha citado esse relatório onde os serviços da Inspeção-Geral escreveram sobre irregularidades detetados em «processos individuais de alguns alunos" em que a aprovação das creditações (...) era feita pelos diretores dos cursos e não pelo Conselho Científico da escola respetiva, com posterior ratificação do Conselho Científico Universitário, como determinam os estatutos da Lusófona» - e também que havia «nos processos de alguns alunos (...) «"documentos rasurados, não trancados, nem devidamente assinados"». Cerejo continua: «Manuel Damásio defende-se dizendo que «os inspetores se referem apenas à creditação de competências obtidas por via académica e não à acreditação da experiência profissional, que "sempre foi aprovada pelos conselhos científicos e ratificada pelo Conselho Científico Universitário» e «quanto às rasuras e falta de assiantura nos documentos (...) garante que foi localizado um único caso». Essa eventual irregularidade interna da Universidade Lusófona, relativamente a um regulamento de creditações que a instituição ainda não mostrou (e não parece ter ou  a uma decisão soberana do conselho científico universitário (se é que a tomou) sobre o processo interno de creditação, não seria específica do caso de Miguel Relvas, mas não consta que tenha sido sancionada pelo Ministério. O n.º 3 do art. 45.º do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março, que regula este assunto, estabelece que
    «Os procedimentos a adoptar para a creditação são fixados pelos órgãos legal e estatutariamente competentes dos estabelecimentos de ensino superior.»
    A resposta dos serviços da universidade liderada por Manuel de Almeida Damásio, à pergunta do Expresso sobre se a Lusófona, «naquela data, tinha ou não um regulamento escrito», é equívoca, limitando-se a repetir que havia «observação estrita da legislação em vigor». Da resposta parece poder concluir-se que não havia regulamento de creditação, que nenhum professor ainda referiu, se houvesse e tivesse sido seguido não haveria motivo para que não fosse apresentado imediatamente. Mas, se  a licenciatura adaptada a Bolonha começou em setembro de 2006, autorizada pelo Despacho n.º 13 132/2006, de 6-6-2006, do diretor-geral do Ensino Superior, António Morão Dias, publicado no Diário da República n.º 119/2006, de 22 de junho, e segundo o relatório da Inspeção-Geral do Ensino Superior de 2009, citado na notícias referida do Expresso e (do Público) o conselho científico universitário «não reuniu nos anos de 2005 e 2006», não se vê como pode essa decisão ter sido tomada em tempo de avaliar as creditações decididas em setembro de 2006, entre as quais as de Miguel Relvas. Se, por, de acordo com o relatório da Inspeção-Geral, não ter reunido pelo menos em 2006, o Conselho Científico Universitário, não ratificou as creditações, a notícia da Lusa (usada pelo Sol), de 12-7-2012, «Maioria do Conselho Científico da Lusófona nega ter participado em reunião», revela:
    «Em respostas por escrito enviadas à agência Lusa, seis docentes indicados na lista divulgada pela Universidade Lusófona como fazendo parte do Conselho Científico do Departamento [Faculdade?] de Ciências Sociais e Humanas no ano lectivo de 2006/2007 disseram nunca ter participado em qualquer reunião para analisar o assunto, não se lembrar de tal encontro e, num dos casos, são até apontados outros quatro nomes de membros daquele órgão que não participaram em qualquer deliberação.»
    Sem regulamento nem norma do «conselho científico universitário» da Lusófona, nem decisão do conselho científico da faculdade proceder-se-ia por conduta ad hoc dos dirigentes de faculdades, cursos e da própria universidade.
  3. Convinha que o ministério de Nuno Crato, que tem realizado um crackdown sobre doutoramentos (e mestrados) das escolas superiores do País através da verificação do ratio efetivo de doutores e mestres, nomeadamente sobre privadas (por exemplo, a Universidade Lusófona no Porto), exercesse maior vigilância e sanção de casos de irregularidade nas licenciaturas, para prevenir e reprimir casos como este. Atendendo a relatórios como este, a própria Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), criada em novembro de 2007, e que tem sido dirigida por Alberto Amaral, pró-socialista e nomeado para a função por José Sócrates, deverá ser mais exigente no processo de avaliação e acreditação dos cursos da Lusófona.
  4. O que agora se vai conhecendo do funcionamento da Universidade Lusófona justifica uma auditoria extensa e profunda da Inspeção-Geral da Ciência e da Educação sobre a Universidade, os seus cursos e serviços, com eventual sanção de irregularidades e ilegalidades e dos seus responsáveis, e  remessa ao Ministério Pública de qualquer ilegalidade detetada. Espero que a informação do ministro Nuno Crato, em 17-7-2012, de que a auditoria já começou no dia anterior, se concretize num inquérito distinto do abafamento de 2007 à Universidade Independente. Os alunos da Lusófona, antigos e atuais, merecem que estes procedimentos da universidade liderada pelo Prof. Manuel de Almeida Damásio sejam esclarecidos, apuradas as responsabilidades e sancionadas. Sob pena de perda da credibilidade da instituição e dos seus cursos, que o administrador Manuel Damásio empenhou quando, por conveniência fraterna, decidiu arriscar pôr a cabeça da escola no cepo político. 
  5. O risco que o caso da licenciatura de José Sócrates na Universidade Independente, e o de natureza mais próxima, pelo objetivo predominante de poder, caso da Universidade Moderna demonstram é que, por decisão do Governo (como a do ministro Mariano Gago, para enterrar as informações e proteger o primeiro-ministro José Sócrates no caso da Independente) ou deterioração do prestígio e notoriedade insuportável (no caso da Moderna), a decisão fraterna de Manuel de Almeida Damásio pode ter como consequência a dissolução da universidade. Do que já se sabe, e pode ser estudado depois através de estudo de mercado, a má imagem da Universidade Lusófona, com tremenda notoriedade, parece de difícil recuperação nas preferências de candidatos a cursos superiores e na sua viabilidade a médio-prazo na atual dimensão em Portugal.

Ainda nesta edição de 14-7-2012, página 5, o Expresso desvela que «Relvas foi consultor do Grupo Lusófona». A crer na notícia:
«Em 2010, Miguel Relvas aceitou ser presidente do Conselho Consultivo do Instituto do Médio Tejo (IMT), criado pelo Grupo Lusófona, por várias autarquias e pela Escola Secundária do Entroncamento, com cursos de pós-graduação para funcionários públicos, e que tem como diretor Paulo Jorge Assunção, atual assessor jurídico do secretário de Estado do Mar e professor na licenciatura» em Ciência Política [e Relações Internacionais] do secretário-geral do PSD» [Miguel Relvas]. «"Temos aberto inscrições para os cursos, mas não tem aparecido ninguém", justifica [o professor universitário] José Manuel Paixão.» (Realce meu)
Como disse, Manuel Pinto de Abreu, atual secretário de Estado do Mar, no ministério dirigido por Assunção Cristas, e de quem Paulo Jorge Assunção é assessor, foi vice-reitor da Universidade Lusófona entre 2003 e 2008. A ligação de Miguel Relvas a Paulo Jorge Assunção aparece novamente em destaque. A ligação à Lusófona de Miguel Relvas, três anos depois, visto ter sido seu aluno e da forma como foi, não espanta.

Finalmente, o Expresso, de 14-7-2012, traz uma «Nota da Direção», intitulada «O Expresso,a  Lusófona, e Miguel Relvas». Esta nota corre na linha do assombroso «Comunicado do Expresso sobre o 'caso Miguel Relvas'», da tarde de 14-7-2012, com a já célebre máxima que cunhou para a história do jornalismo português, e que se deve radicar no diretor Ricardo Eu-Sou-Controlado Costa: «Se a nossa informação ficou incompleta ou contém algum dado errado, isso deve-se única e exclusivamente a quem tentou esconder a verdade, de forma deliberada e continuada» (sic). Desta vez, a propósito do desmentido que a Universidade Lusófona e Miguel Relvas, sobre os professores de Miguel Relvas, que finalmente admitem, Ricardo Costa e colegas de direção, sobre a Universidade e o ministro:
«Tiveram mais um dia de glória antes de viverem mais uma semana de miséria» (sic).
Em Portugal, devido ao espelho sistémico, o sistema político tem como reflexo um sistema mediático distorcido. Na mesma linha, a «leitura "benévola"» (sic) da ex-vogal da ERC, doutora Estrela Serrano, sobre a referência do CM, de 13-7-2012, à alegada nova relação do ministro.


Conclusão
Não é uma conclusão final porque a experiência me ensinou a não fazer um juízo último sobre factos incompletos. Devemos ir com paciência, porque a demora, e a soltura da informação a conta gotas mediante a insistência dos media e dos cidadãos na Net, tem sido também, apesar das lições do passado, a escolha dos protagonistas.

Atualizo as perguntas que devem ser respondidas pela Universidade Lusófona, a não ser que se escolha o caminho do calvário mediático:
  1. Quantas turmas e alunos,  no regime diurno e no regime pós-laboral, no 1.º, no 2.º e no 3.º ano, no ano letivo de 2006-2007, tinha a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade Lusófona, de Lisboa?
  2. Quantos docentes existiam, e quem eram, relativamente a cada turma, em cada uma das unidades curriculares que a Universidade indicou que Miguel Relvas realizasse (Introdução ao Pensamento Contemporâneo - 1.º ano, 2.º semestre; Teoria do Estado, da Democracia e da Revolução - 2.º ano, 1.º semestre; Geoestratégia, Geopolítica e Relações Internacionais I - 3.º ano, 2.º semestre; e  Quadros Institucionais da Vida Económica-Político-Administrativa - 3.º ano, 2.º semestre) no ano letivo de 2006/2007?
  3. Quem eram os colegas de turma de Miguel Relvas em cada uma dessas quatro cadeiras, sob aqueles docentes, no ano letivo de 2006/2007?
  4. Qual era o regime de avaliação contínua de cada uma dessas quatro cadeiras (por exemplo, 100% para o teste escrito; ou 60% para o teste escrito, 30% para um ou mais trabalhos escrito, individuais ou de grupo, e 10% para a participação nas aulas)
  5. Que testes, trabalhos ou exames, Miguel Relvas realizou em cada dessas quatro cadeiras, no ano letivo de 2006/2007, e que lhe permitiram obter aprovação em cada uma?
A Universidade já indicou quem eram os professores de Miguel Relvas em cada cadeira, como acima referi. Mas faltam os demais professores dessas cadeiras e os alunos, para que tudo se esclareça e compreenda bem. De outro modo, em vez de fechar, o folhetim continua.

Miguel Relvas deu também uma breve entrevista aos media, em 12-7-2012, onde terá dito:
«Norteio pela simplicidade da procura do conhecimento permanente. Sou uma pessoa mais de fazer, do que de falar. Estou de consciência tranquila. A lei foi cumprida.»
Não basta dizer que «a lei foi cumprida» - o que, até este momento, não existem factos que permitam contestar. Seria melhor que evitasse a fórmula infeliz do «conhecimento permanente» - que se vira contra si -, reconhecesse o erro e declarasse o seu arrependimento por esta licenciatura especial. Não basta mostrar o arrependimento em discurso indireto do líder da JSD Duarte Marques, em 14-7-2012. Em seguida, é útil que Miguel Relvas limpe esta mancha com emenda futura: por exemplo, uma pós-graduação em universidade de prestígio. Os processos por difamação (como este a Helena Roseta, como aquele ao Expresso) não costumam limpar, mas trazer mais sujidade.

Miguel Relvas assinalou também que há casos em que políticos alcançam diretamente o doutoramento. É verdade. Até existem os casos daqueles que recebem doutoramento sem nunca terem sido licenciados, como o honoris causa Manuel Alegre. Ou, conforme me contaram, os casos de jornalistas que, numa adaptação sistémica das etapas queimadas do trotskismo, sem sequer terem sido licenciados vão diretamente para a sociedade socialista do doutoramento... no (in)suspeito ISCTE... Relvas não deve ser o único a ser investigado. O seu caso sugere a utilidade de proceder ao escrutínio mediático do percurso académico dos políticos, de Pedro Passos Coelho na Universidade Lusíada ao incomodado António José Seguro na Universidade Autónoma.

Do que já conhece da licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais de Miguel Relvas na Universidade Lusófona é possível dizer que se tratou de uma licenciatura especial, como tem sido indicado pelos próprios docentes da universidade: concessão fantástica de creditação a 32/36 cadeiras do curso por atacado sem relação específica da experiência profissional com cada unidade curricular; realização de uma licenciatura num ano, quando apenas possuía uma cadeira universitária do curso de Direito; professores chamados preventivamente a reitoria por causa daquele aluno. A Universidade e Miguel Relvas aproveitaram-se, aquela na concessão e este na obtenção, da lei  (Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março). Surpreende que, depois de eu Fevereiro de 2005, neste blogue, eu ter levantado o percurso académico do primeiro-ministro eleito José Sócrates, e do escândalo ao retardador que a partir de Março de 2007, o caso desencadeou, não houvesse por parte de Miguel Relvas maior cuidado, numa licenciatura que obteve de Outubro de 2006 a Setembro de 2007. Nem tudo o que é legal é legítimo. E não pode atirar-se para a permissividade da lei gaga e socratina a responsabilidade das condutas que, a coberto dela, se realizaram: a licenciatura especial de Miguel Relvas é uma vergonha para a Universidade Lusófona e para o próprio.

Para lá do escrutínio dos media, da Inspeção-Geral da Ciência e da Educação, e eventualmente do Ministério Público se for detetada alguma irregularidade ou ilegalidade,  existe a questão política. Este Governo não exerce as funções num período qualquer: é Governo perante a ruína do País e a herança imoral do socratismo. Tem, por isso, a obrigação da rutura com esse sistema iníquo. Durante a fartura o povo ignora, na ruína o povo não perdoa.

Nos períodos graves, o problema não passa se nos sentarmos neleA passividade ameaça a sustentação do próprio Governo.

A tolerância do povo é neste quadro de desgraça, ínfima. Como se percebeu ontem, à tarde, 16-7-2012, na inédita manifestação a reclamar a demissão do ministro Miguel Relvas, em frente à Assembleia da República - que não deve ser desprezada na conta da oposição política comunista ou no número e variedade de manifestantes -, onde se terão ouvido, segundo relato que obtive de alguém que participou no evento, gritos contra o controlo do Estado pela Maçonaria. A situação apodrece. Divisão do próprio Governo e também queixa do primeiro-ministro relativamente a ministros por causa de ausências ao Conselho Nacional do PSD, de 11-7-2012!?... À ironia do presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim: em 15-7-2012: «Trinta e tal anos de governo penso que vai dar para Veterinária, Biologia, Informática e Astronomia. Vou querer estes quatro cursos». À infeliz crítica do bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, que recuperou da sua afonia no tempo do socratismo e que, no programa «Política Mesmo», da TVI24, em 17-7-2012,  que se disse, em 6-6-2012, estar «tentado a chamar o povo à rua», agora, com uma análise enviesada, branqueia, na prática, o consulado de corrupção de Estado mais aviltante da história de Portugal, ao mesmo tempo que critica violentamente o «gangue» «profundamente corrupto» (sic) do Governo PSD-CDS:
«os anteriores [Governo Sócrates], que foram tão atacados, eram uns anjos ao pé destes diabinhos negros que acabam de aparecer. (...) Há jogos atrás da cortina, habilidades e corrupção. Este Governo é profundamente corrupto nestas atitudes a que estamos a assistir».
A indignação social, que o caso da licenciatura de Miguel Relvas espoletou, é muito perigosa e contamina o Governo. A representação do Estado, e particularmente na época que atravessamos, não admite a fragilidade atual. Não se trata do caso antigo das viagens e das residências (Jornal de Tomar, de 26-11-1997), que Daniel Oliveira, no Expresso, em 13-7-2012, «A fama que vem de longe», pôs na ventoinha mediática, depois de saltar das redes sociais. Aliás, não sei se o fenómeno extenso das viagens dos deputados Parlamento foi resolvido depois disso, mas o dos subsídios de residência - efetivas versus declaradas - que investiguei relativamente ao Governo Sócrates II, não foi - tal como não sei o que sucedeu ao caso dos cartões de crédito dos governantes socratinos.

Sobre o caso atual, com o que ainda se acabará por conhecer, não posso afirmar que a admissão imediata do modo como a licenciatura foi obtida, seguida de uma declaração de arrependimento, aguentasse o ministro, mas com o degradar da sustentabilidade, nesta situação de protetorado de Portugal, sob vigilância da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional e a delicadeza da imagem nacional perante os mercados, numa instável conjuntura política interna da coligação, é difícil manter Miguel Relvas, por mais que o primeiro-ministro proteja o seu amigo «a muerte», como dizem os espanhóis. Como li há tempos, e falta-me agora o tempo para procurar o autor, um homem pode ter uma só vida, mas um político várias - embora a ressurreição, seletiva, não seja imediata.

Noutra «road not taken» - barrela geral do Estado! -, tudo teria sido diferente neste Governo, e heróico: rutura franca com o socratismo, mediante: auditoria das contas do Estado, responsabilização judicial dos prevaricadores, limpeza dos tachos socratinos e suspensão imediata dos pagamentos das parcerias público-privadas (pendente de avaliação judicial dos contratos). Mas em vez da rutura, sobreveio a promiscuidade com o sistema socratino,  a continuação da dependência face à Maçonaria e ao complexo bancário-construtor e o fluxo de subsídios do Estado para empresas através das políticas seletivas (é o nome científico que têm e está bem posto). Ainda é possível a mudança? Não creio.

Não o digo por cálculo político, mas para preservação da governabilidade, que é a capacidade que, num determinado momento, um governo tem para poder governar: julgo, sinceramente, que é melhor para o Governo e para o próprio Miguel Relvas que o ministro apresente agora a demissão. Em vez de esperar por próximo motivo.


Pós-Texto 1 (1:32 e 11:01 de 18-7-2012): A duplicidade de Mário Soares
Mário Soares atacou, sem piedade, o ministro Miguel Relvas, em 17-12-2012, em declarações registadas pelo DN:
«"Eu não sei classificar [este caso] porque para mim é uma coisa impensável, tirar um curso sem lá ir e ainda por cima depois vangloriar-se não é possível, para mim não é possível", declarou.
Para Mário Soares, a licenciatura atribuída pela Universidade Lusófona a Relvas "é uma coisa que é inaceitável para qualquer pessoa de bem".»

Mas, em 19-4-2007, no jantar de desagravo socialista de José Sócrates, na FIL, em Lisboa, a pretexto da comemoração do 34.º aniversário do PS, onde este derramou lágrimas de crocodilo, Mário Soares tinha defendido o seu camarada primeiro-ministro e criticado fortemente as notícias, e a indignação sobre o modo como Sócrates tinha obtido a sua rocambolesca licenciatura na Universidade Independente - ver «Mário Soares acusa direita de "ataques raivosos" a Sócrates», no Público, de 19-4-2012. Então, Soares denunciava os «ataques ao PS e ao seu secretário-geral, com raiva», «ataques sórdidos e infundados», cujo motivo seria o êxito da política socratina: "Dois anos depois da formação do Governo Sócrates, podemos afirmar, com objectividade, que estamos a caminho de vencer a crise financeira»... Viu-se e soube-se: o caso da licenciatura foi o princípio, muitos outros surgiram e noutros ainda nem sequer se levantou o céu do silêncio. Soares tenta branquear José Sócrates à pala de Relvas.

A direção do PSD de Passos Coelho andou a namorar Soares, alegre por receber o seu beneplácito na suave transição de poder. Cumprido o perdão do Governo PSD-CDS à corrupção de Estado ocorrida no Governo socratino, o PSD está a receber o troco do seu investimento bloco-centralista...


Pós-Texto 2 (9:16 de 18-7-2012): A pele e a capa da Lusófona
Sobre a organização da Universidade Lusófona, veja-se ainda o texto de Miguel Castelo Branco, no Combustões, de 7-7-2012, que me havia esquecido de citar. Uma informação cifrada sobre padres e sacristãos, como silent partners  obedientes, para disfarçar a natureza maçónica da Lusófona, a qual garantiu a sua expansão interna e a sua projeção externa.












«Reitor avaliou Relvas à parte do resto da turma» - Expresso, 14-7-2012, pp. 1, 4-5



«Currículo não foi validado como devia» - Expresso, 14-7-2012, p. 5 



 «Relvas foi consultor do Grupo Lusófona» - Expresso, 14-7-2012, p. 5



«Nota da direção - O Expresso, a Lusófona e Miguel Relvas» -Expresso, 14-7-2012, p. 5


Atualização: este poste foi atualizado à 1:32, 9:16 e 11:01 de 18-7-2012)


Limitação de responsabilidade (disclaimer): Miguel Fernando Cassola de Miranda Relvas, Manuel de Almeida Damásio, a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, o Grupo Lusófona, e demais entidades referidas nas notícias dos media, que comento, não são arguidos ou suspeitos do cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade neste caso.

45 comentários:

Anónimo disse...

Moral? Ética? Onde? O Prof. Cavaco está profundamente envolto no maior escandalo financeiro do pós-25 de Abril, chamado BPN. O Dr. Passos parece que trabalhava para as empresas do Eng. Ilídio. Do Dr. Relvas já se sabia há muito sobre a mal parida licenciaturazinha. Assim como se sabe, que parece que tem muitos negócios em Angola e no Brasil. Que fazer? O Dr. Jardim que fala de cátedra tem na Madeira, um dos piores casos de apodrecimento de Portugal. A mistura entre o PSD-M e os negócios do Governo Regional são meras coincidências. Onde é que acabamos?

Anónimo disse...

Como dizia há dias, Rui Rio, Portugal já não vive em Democracia. Portugal é um protectorado internacional, após entrega do exilado de Paris. Rio tem uma teoria interessante, pois diz não ter medo de um qualquer "General", mas que Portugal cairá na opacidade dos poderes que não são eleitos, mas mandam. Que poderes? Do Espirito Santo, até à Maçonaria. Da Opus Day, até aos poderezinhos dos magistrados. Tudo poderes maiores do que a chamada Assembleia da República.

Levantai hoje de novo!

MOVIMENTO DOS PATRIOTAS PORTUGUESES disse...

APÓS A GIGANTESCA ROUBALHEIRA PRATICADA PELOS GOVERNOS SOCIALISTAS AO LONGO DE 16 ANOS ESTE GOVERNO DEVIA COMPORTAR-SE COMO A MULHER DE CÉSAR.SER E PARECER HONESTA.HOJE É CLARO QUE JÁ NÃO PARECE E AS ESTRATÉGIAS DE ENRIQUECIMENTO RÁPIDO DE MEMBROS DO GOVERNO E APANIGUADOS NOMEADOS PARA POSTOS CHAVE COMEÇAM A EXALAR UM FEDOR INSUPORTÁVEL QUE ASFIXIA O CIDADÃO HONESTO,TRABALHADOR E INOCENTE.AS CEREJAS EM CIMA DO BOLO SÃO AS LICENCIATURAS MANHOSAS E AS CERTEZAS DE CONSPIRAÇÃO E FAVORES MAÇÓNICOS PARA TOMADA DE ASSALTO DO PSD,DO GOVERNO E DO ESTADO.SÓ FALTA MESMO A PRÓXIMA NOMEAÇÃO DE UM ENCOBRIDOR OU ENCOBRIDORA GERAL PARA A INDIGNAÇÃO EXPLODIR E O DIREITO À RESISTÊNCIA SE TORNAR NECESSÁRIO.PORTUGAL PRECISA DE UM GOVERNO HONESTO.ESTE, ESTÁ PROVADO ,NÃO O É.

Anónimo disse...

Senhor Professor,

média é uma palavra portuguesa etimologicamente correcta quando escrita com acento agudo no e, pelo que não deve ser escrita em itálico e sem acento. Visto que a palavra existe e é correcta, não existe qualquer justificação para a substituir por uma estrangeira equivalente nem para usar o termo iletrado brasileiro "mídia", que contraria todas as regras gramaticais e tradicionais de formação.

Anónimo disse...

O Procurador Geral do Partido Socialista deve ser removido para instalações condignas e adequadas ao seu nobre desempenho.
Temos óptimos resorts em Vale de Judeus e Custóias.
Depois,é só engavetar a escória da sociedade,desde autarcas a governantes e outros vígaros que encobriram todo o gamanço,no Banco de Portugal,no Tribunal de Contas e outras instâncias pseudo-fiscalizadoras,além da maralha vendida que ocupa a administração pública,participando,à sua medida,no esbulho nacional.
O Partido Sucialista é um sindicato do crime.
Comece-se pelo padrasto desta bodega inominável,que ainda hoje,com as constrições económicas e ruína a que o país foi conduzido pelo gangue dele,continua a comer da manjedoura do OE.

Este governo deve levar uma lição demolidora.Quem pactua com o crime organizaqdo e encobre a xuxaria,deve comer pela medida grande.
Façam-se as leis a favor do legítimo interesse nacional e do povo português.Abaixo os fabricantes de legislação protectora da fraude e do roubo descarado.
Ainda agora o Procurador do PS pediu a absolvição dos arguidos do Freeport,que toda a gente sabe que meteu milhões no PS e nos offsshócrates.
Chegou-se ao ponto de um cardeal sucialista milionário,vir branquear os autores da bancarrota.
Limpeza geral!
Portugal resistiu nove séculos.Não pode cair às mãos desta gentalha.

Anónimo disse...

Onde está a auditoria às contas do governo socialistas que nos levou à miséria enquanto enriqueciam?
É bem mais importante que uma licenciatura manhosa.
Já agora,falem com antigos colegas e professores do Guterres.
Percebam como é que um cábula acaba com as notas mais altas um curso de engenharia.

Karocha disse...

Caro Prof. ABC

Não acha isto importante?

http://portadaloja.blogspot.pt/2012/07/as-ppps-estao-para-lavar-e-durar.html

Anónimo disse...

Aguiar Branco deu uma excelente resposta ao Lixo Januário. Se acha que o governo de Passos é corrupto, que envie uma queixa formal ao PGR, sobre toda a corrupção que ele diz conhecer.

A padralhada, dirigida pelo Maçon policarpo diz que ele fala em nome pessoal. E aparece na TV, vestido com as vestes da Igreja? E aparece com a "coleira"? Anti-Cristo. Vá para Irgeja do Damásio, no Campo Grande.

Mentiroso disse...

O que diz o bispo das forças armadas devia ser tomado em consideração por ser verdade. a cobardia actual da igreja portuguesa chefiada por um cardeal medroso contraria o que foram os padres-operários e destrói a herança de João Paulo II que desde a sua ordenação lutou contra todos os tipos de mal que caem em cima dos povos. A corrupção é o maior mal do país, está em todos os partidos sem excepção e não pára de aumentar porque Portugal é o único pais da Europa em que o povo não tem o mínimo controlo sobre a cambada de ladrões que eles todos são. O governo de Sócrates com todos os males de que justamente foi acusado não passavam de anjos ao pé destes, como muito bem disse o bispo. Incrível que venha um dos vigaristas que começou por roubar o subsídio de alojamento assim que chegou ao governo, dizer que é falso. ele sabe que os portugueses são estúpidos e o ouvem.

Cardeal do Diabo disse...

Não liguem!
Além de Mentiroso,é socialista.

BURRO COMO RELVAS disse...

O Português vai sair enriquecido de tudo isto,novo acordo ortográfico oblige.Dantes diziamos "É Burro".Agora vamos passar a dizer "É Relvas" com sotaque Brasileiro.É a vida...

Anónimo disse...

entre ps e psd não há diferenças ..nenhumas..

Portugal está entregue à bicharada socialista há 40 anos ..

o negócio só se vai resolver com bombas e balas ..uma limpeza ..algumas noites de facas longas ...

Anónimo disse...

Vai sair livro. Lá isso vai. E com quatro volumes!...

A partir de agora não trato ninguém por Dr. É que duvido de que sejam, de facto, doutores.

A. Oliveira disse...

Fico espantada com quem acha que esclarecer e punir, se necessário, os responsáveis pela atribuição de licenciaturas "a olho" não é fulcral.
Descubram que um professor de qualquer nível de ensino tem um bacharelato,licenciatura ou mestrado adquirido nestas circunstâncias, que diga ter umas habilitações e mais tarde venha dizer que foi um lapso e verão como o Ministério de Educação é rápido a agir, como os pais se indignarão e como os colegas reagirão ao descobrir que alguém ocupa indevidamente uma vaga.
Então as novas oportunidades é que certificavam ignorantes?
Quem atribui e quem pede estas equivalências é igualmente responsável.
Quem devia governar e acha que este é "um não assunto" devia ter todos os Portugueses, que estudaram ou pagaram estudos aos filhos,a exigirem exemplos rigor e verdade ou a demissão.Não me parece que exista uma terceira hipótese.

BANDO DE VIGARISTAS E DE TRAIDORES disse...

ENROLADOS NOS AVENTAIS OS DOIS MALANDROS ANDARAM A ENCOBRIR E BRANQUEAR OS CRIMES DE SÓCRATES,DO SÓCRETINISMO E DOS SOCIALISTAS EM GERAL.COM PALMADINHAS NAS COSTAS PROSSEGUIRAM AS NEGOCIATAS E A CORRUPÇÃO CONJUNTA,PERSEGUINDO DE NOVO OS QUE ANTERIORMENTE JÁ TINHAM SIDO PERSEGUIDOS POR SÓCRATES E SÓCRETINOS.JULGAVAM ASSIM GARANTIR IMPUNIDADE PARA OS SEUS PRÓPRIOS CRIMES.ENGANARAM-SE REDONDAMENTE!PERDERAM TODOS OS AMIGOS E SÓ GANHARAM NOVOS INIMIGOS.HOJE COMEM PELA MEDIDA GRANDE E SÃO APUNHALADOS PELOS XUXAS QUE PROTEGERAM...DESACREDITADOS,À DERIVA,NÃO SÃO MAIS DO QUE MISERÁVEIS TRAIDORES QUE AGUARDAM O AFUNDAMENTO DEFINITIVO.NÃO ESPEREM QUALQUER APOIO OU PIEDADE.TUDO O QUE DE MAL LHES ACONTEÇA É MAIS DO QUE MERECIDO!!

Anónimo disse...

O maior pulha de todos, Soares, e Padrasto do regime mal parido, veio reagir ao Caso Relvas, para dizer que o Governo deve sair. Este Governo até pode sair, mas Portugal cairá no abismo. O combate será longo, nem que fique toda a Fundação destruída, pedra por pedra.

JPA disse...

Caro Professor ABC;

Em situação de crise é sempre a Maçonaria a culpada.
Isto é um desaforo para centenas de Maçons que primam por ser exemplos na sociedade.
Nunca soube de nenhuma verba que tenha ido parar a uma Loja Maçónica, ou a alguma Obediência, por favor culpe pessoas e não instituições.
O caso do Bispo D Januário Torgal Ferreira, que deve ser Socratino ou Comunista não belisca a Igreja Católica, no entanto os Maçons que são melhores de que este senhor, são a desgraça do País.
Acho que deve postar a favor da maioria dos Maçons, em especial dos Regulares.
Já neste caso Relvas, sem duvida que deve demitir-se, ontem já era tarde. E o governo se continua a ser a continuação do Socratismo mas com outros interpretes tem que ir embora.
Provavelmente teremos que nos voltar a juntar todos para os corrermos.

Cumprimentos
JPA

Anónimo disse...

Misturar João Paulo II com bispos imundos é estúpido. Absolutamente estúpido.

Anónimo disse...

Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele. A I República foi uma imensa calamidade, por força da Carbonária e dos maçons. São factos. A III República padece, hoje, dos mesmos males da I República. Vai acabar da mesma forma. Aliás, só a pedinchisse internacional, impede o fim do Regime, que se mantém curiosamente de pé, por força da Finança Internacional.

MOVIMENTO DOS PATRIOTAS PORTUGUESES disse...

SE HÁ MAÇONS SÉRIOS,E ACREDITAMOS QUE OS HAJA,FAÇAM O VOSSO DEVER DE CIDADÃOS HONRADOS E EXPULSEM DA MAÇONARIA TODOS OS VIGARISTAS,LADRÕES E BANDIDOS QUE LÁ SE ACOITAM E JUNTEM-SE AOS CIDADÕES DE MÃOS LIMPAS QUE QUEREM TORNAR PORTUGAL UM PAÍS HONESTO,LIVRE E DEMOCRÁTICO.DEIXEM DE DAR COBERTURA A CORRUPTOS E PEDÓFILOS E FAÇAM-NO PUBLICAMENTE!

DÁ-ME UM BRIOCHE INDEPENDENTE disse...

O Padrinho Marioni,doutor mafiosis causas pela Universidade de Palermas gostava de também conseguir vender canudos Modernos no Campo Grande.O vizinho da frente antecipou-se e roubou-lhe o negócio.Desde então só bufa e vai chorar para Paris enquanto come um brioche no Bois.

TARÁ -TÁ-TÁ disse...

O Trotskista Torgal,bem reformado,teve duas ofertas de emprego.Substituir o Louçã no Bloco ou limpar as sanitas dos Guardas Suiços no Vaticano.Consta que decidiu ir a Paris pedir conselho no Bois e voltar com um pacote de brioches.

JPA disse...

Dr. ABC;

Devia investigar a passagem por decreto de Regente Agrícola a Engenheiro Agrónomo do Ministro António Campos no Governo de Mário Soares.
Se a memória não me falha, penso que foi o próprio que assinou os documentos.

Cumprimentos
JPA

Anónimo disse...

Parece que os jornalistas Adelino Gomes e Andringa andam pelo ISCTE a fazerem doutoramento. Perguntamos nós, terão eles feito alguma vez uma licenciatura? Perguntar, não ofende. É só para esclarecer.

Anónimo disse...

o sr é que tenta branquear o caso relvas. é igual ou pior ao caso socrates. como diz o prof marcelo o socrates ainda fez vinte e tal cadeiras (correspondente ao bacharelato). o resto é o que se sabe. como diz o sacerdote das forças armadas: cambada de corruptos que não olham a meios para atingir fins.

Varanda do Norte disse...

O Rio Ao poder.

Fazer pela justiça a limpeza que deve ser feita.

IV República, já.

Anónimo disse...

O sacerdote da Casa Pia vale tanto como vocês todos,zero!

Anónimo disse...

Segundo noticiava o Correio da Manhã do dia seguinte, aqui
https://www.youtube.com/user/Campingguy1
a manifestação a pedir a demissão de Relvas teve 100 gatos pingados. Mas eu vi aqui:

https://www.youtube.com/user/Campingguy1

muito mais de 100. Será que s media foram «comprados»?

Anónimo disse...

Notícia do CM, link anterior errado:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/uma-centena-em-manifestacao-pela-demissao-de-relvas

Anónimo disse...

Aqui, a notícia foi mais isenta e falam em centenas, já concordo mais. Eu estive lá e posso avaliar em umas 15 centenas.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2669426

Anónimo disse...

Eu também lá estive.Seriam uns 90.

Anónimo disse...

Comparando com a manifestação que fizeram 100.000 professores a pedir a demissão,negada pelos socialistas,da Maria de Lurdes Rodrigues,nota-se que o BE está com pouco dinheiro para contratar figurantes.

Anónimo disse...

100.000 contra Maria de Lurdes indignados por estarem a ser prejudicados não se compara nem a uma única pessoa acusando um ministro de ter um comportamento menos digno. Pois imagine-se que ele era pedófilo, eram necessárias mais de 100.000 pessoas para correr com ele? Não, como disse Miguel Gonçalves Mendes, esta manifestação seria desnecessária num país civilizado porque o ministro teria saído por si de vergonha.

Anónimo disse...

E não queira ligar este blogue a BE ou a comunistas,é do conhecimento geral a que quadrante político pertence o Professos Balbino Caldeira.

Anónimo disse...

http://economia.publico.pt/Noticia/investigacao-aos-assessores-do-estado-nas-privatizacoes-ainda-sem-arguidos-1555349

Escutas feitas no âmbito da operação Monte Branco terão levado as autoridades a investigar processo de privatização da REN e da EDP. Procuradores do DCIAP estiveram sozinhos nas buscas.

As privatizações, quer da REN quer da EDP, estiveram no seu início envolvidas em polémica, quando a Parpública contratou, por ajuste directo, em Agosto de 2011, a Perella Weinberg Partners para prestar assessoraria financeira ao Estado. Na altura várias vozes criticaram o facto de esta sociedade, de origem norte-americana e com um sócio português, Paulo Cartucho Pereira, não ter, aparentemente, historial no sector energético. A decisão de contratar esta consultora terá partido do próprio ministro das Finanças, Vítor Gaspar. O Diário Económico revelou então que Gaspar terá alegado falta de tempo "para lançar um concurso de selecção dos bancos, tendo em conta a urgência em avançar com as privatizações". Paulo Cartucho Pereira, ex-chefe do departamento de fusões e aquisições europeias da Morgan Stanley, é tido como próximo de Gaspar e do economista António Borges, que à data da sua contratação pela Parpública estava no FMI, a liderar o departamento europeu. Só este ano, Borges assumiu as funções de consultor do Governo para as privatizações.

Anónimo disse...

http://the-insead-mba-experience.insead.edu/tag/scholarships/

There are a couple of new scholarships that I would like to mention to you. The first one is the INSEAD Pereira Endowed scholarship. Alumnus Paolo Cartucho Pereira MBA ’87J has donated this fund at INSEAD targeted at candidates from Portugal. The fund will assist INSEAD to attract the best and the brightest participants from Portugal to attend its MBA programme. If there are no candidates from Portugal in a given year, the scholarship will be allocated to other MBA applicants in keeping with the school’s goal to attract diverse participants who meet its high standards of admission.

Anónimo disse...

http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2012/02-25/0/1_1765178_81D278F752A54D0B6391BF60F0AE13A8.pdf

Paulo Cartucho Pereira.

Anónimo disse...

http://mobile.economico.pt/noticias/contrato-com-perella-para-assessorar-privatizacoes-na-mira-da-justica_125968.html

Em causa está um contrato de assessoria financeira que está a ser ultimado entre o banco de investimento da CGD e a Perella Weinberg, para a montagem das operações de privatização das participações do Estado na EDP, Galp e REN.
A firma norte-americana - que tem um ‘partner' português, Paulo Cartucho Pereira - terá direito a uma percentagem que poderá ascender a 50% da comissão do negócio, a qual deverá rondar os 20 milhões de euros. O que falta definir, nas negociações que estão a decorrer entre estas duas entidades, é o tamanho da fatia deste ‘bolo' que caberá à boutique de investimento.
A escolha da Perella - não qualificada para ser contratada sem concurso público e sem experiência em operações no sector energético - para ajudar o Caixa BI (assessor escolhido por ajuste directo) nas privatizações apanhou o mercado de surpresa, na semana passada. E causou mal estar no sector financeiro, especialmente entre os bancos de investimento que foram excluídos do processo de venda, apesar de terem feito a avaliação dos activos a privatizar (BESI e BCP Investimento).
O negócio está a causar mal-estar também na própria CGD. Ao que o Diário Económico apurou, não existe consenso sobre o tema no seio do conselho de administração do banco público, devido às dúvidas jurídicas à volta da contratação e à forma como o processo foi conduzido pelo Executivo. Recorde-se que, na sexta-feira, vários deputados da comissão de Orçamento e Finanças exigiram ao ministro Vítor Gaspar a divulgação do contrato com a Perella.

Anónimo disse...

Bloco de Esquerda quer legalizar consumo de canábis.

Se fosse há uns quatro meses até a bancada do governo aprovava, de pé com aclamação. Agora... nem com pedidos dos bispos, cardeais ou mesmo do papa.

Mas faz tanta falta aos tugas, nestes tempos que correm, fumar umas ganzas... Frau Merkelzinha, dá lá uma boca à tróika, a malta está necessitada de rir...

Napoleão

CORTA RELVAS disse...

TAMBÉM TENHO DE PASSAR FACTURA PARA OS CLIENTES TEREM DEDUÇÃO NO IRS?OU SÓ O CARTUCHO É QUE PODE PASSAR FACTURAS AO GASPAR?

Anónimo disse...

"Pois imagine-se que ele era pedófilo, eram necessárias mais de 100.000 pessoas para correr com ele?"

Não é preciso imaginar.Todos sabem que no governo anterior havioa alguns e nas bancadas da AR ainda lá estão.Talvez algum ande pela Comossão de Ética Farfalhuda.
Onde estavam esses cem tipos,que nada lhes vi contestar?

O AGRICULTOR disse...

O QUE ESTÁ MESMO A DAR É PLANTAR PEREIRAS E NÃO É A PEREIRA ROCHA É A GASPAR.

OS GOLPISTAS disse...

UM ENGOLE LICENCIATURAS A MARTELO.O OUTRO SÓ COME PÊRAS.

Anónimo disse...

Não sei onde estavam os 1500 na altura em que convoquei uma vigília na Assembleia da República a denunciar Jaime Gama e outros pedófilos. Eu fui à vigília sozinho,acendi uma vela e deixei um recado numa pedra nas escadarias. Combati e combato ainda o Sócrates com igual denodo e o que me chateia nos blogues é que aqui pode-se aparecer incógnito e com isto me vou.

H. Sousa disse...
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