quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A sina chinesa

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O ministro das Finanças admitiu a participação da China no leilão de ontem, 12-1-2011
, tal como já se sabia do empréstimo chinês secreto na colocação privada de dívida de cerca de  mil milhões de euros, em 5-1-2011, para um prazo de um ano e meio, com uma taxa de juro (4,75%) que é superior à que os mercados exigem para os três anos. Segundo o Negócios, Teixeira dos Santos respondeu à CNN  que não está habilitado a dizer...
«Questionado se terá sido suporte da China que beneficiou o leilão de dívida pública ontem realizado por Portugal, o ministro português respondeu que “sim, poderá ter sido esse o caso, mas não estou habilitado” a dizer “se estiveram presentes neste leilão e que quantidade compraram”.»

E, entretanto, sem cão, Sócrates caça com gato. Como, afinal, o Governo não tem dinheiro para pagar juros, salários, pensões e subsídios, de Janeiro, sem recorrer a ajuda externa - e a eleição presidencial ser a 23 de Janeiro não ajuda... -, vai fazer, em 19-1-2011, um leilão de bilhetes do Tesouro com um prazo de maturidade de doze meses (prazos cada vez mais curtos e taxas cada vez maiores...), evitando os mercados internacionais para não sobrecarregar o apoio chinês e não arriscar uma taxa mais elevada do que os proibitivos 6,9% de juros nas obrigações a dez anos (13-1-2011)... O problema é que a venda de bilhetes do Tesouro é, como dizia o treinador Jaime Pacheco, «uma faca de dois legumes», pois o crédito a taxa mais baixa do que a dos mercados internacionais afunda mais os bancos portugueses, cujos depósitos dos particulares escorrem para estes títulos do próprio Estado.

Não se pode abusar, insisto, do amigo chinês para duas tarefas simultâneas: o adiamento da morte do moribundo Governo socialista e a ilusão da salvação chinesa do domínio socialista-maçónico no BCP, que permita ao socratismo manter o banco nas suas mãos depois da eleições de Outubro de 2011, na sequência do apelo do Governo socialista ao FMI/União Europeia.


* Imagem picada daqui.

3 comentários:

Anónimo disse...

Pois o candidato socratino não acha isso.
Para ele,isto está um mar de rosas.
Quem tivesse dúvidas que o traidor Alegre não vale um chavo e é farinha do mesmo saco,é só ler isto.

"No comício em Castelo Branco, em que o secretário-geral do PS surgiu pela primeira vez junto de Manuel Alegre desde que a campanha eleitoral começou, o candidato fez uma declaração de apoio à forma como José Sócrates tem gerido a questão da crise económica e financeira em Portugal.

Manuel Alegre manifestou a sua satisfação por estar com José Sócrates no comício.

«É para mim um momento de grande alegria e de grande alento ter aqui hoje o apoio claro, inequívoco, do secretário-geral do meu partido, o meu amigo e camarada José Sócrates», sublinhou."

Mani Pulite disse...

A MELHOR SEGUNDO O I É O ESTADO TER COMPRADO DIVIDA AO PRÓPRIO ESTADO EM DEZEMBRO.ASSIM FICA TUDO EM CASA E JÁ NÃO PRECISAMOS DOS MERCADOS E DOS CHINESES."TEIXEIRA,QUERIDO,SE HOJE COMPRARES A MINHA DIVIDA AMANHÃ COMPRO-TE A TUA".OUVE-SE RESFOLGAR,COMO SE DE UM ASNO SE TRATASSE."JÁ ESTOU A TREMER DE PRAZER,FILHO,JOSÉ.SÓ DE PENSAR QUE AMANHÃ TE COMPRO A DIVIDA QUASE QUE ME DÁ UM FANICO."SE ENTRETANTO NÃO SE DESENCANDEAR UM CHOQUE PSICÓTICO,NO FINAL DAS COMPRAS DAS DIVIDAS CAI O PANO DO FMI.

+ou- disse...

Pelo sim e pelo não... apesar da minha já avançada idade, estou seriamente a pensar ir aprender mandarim. Aliás, sempre tive esta impressão da China como um país "amigo e desinteressado", desde os tempos de Chou en Lai por África... eheheheheh!
Tempos houve em que cheguei a pensar que o castelhano seria o mais indicado (pela proximidade), mas... já não o é mais.
Há que deixar de olhar os chinocas como se todos eles só negociassem até aos 300... ora, desta vez, foram aos mil milhões!