quinta-feira, 23 de maio de 2019

A cultura da morte

A politicamente correta cultura da morte no NYTimes, de 21-5-2019: «Pregnancy kills. Abortion saves lives», de Warren M. Hern.

sábado, 11 de maio de 2019

A entrevista de Marcelo à Globo: sobranceria e crítica a Bolsonaro

O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa procura aproximar-se do novo Presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que havia criticado, por oportunismo e negligência, em detrimento do opositor marxista Fernando Haddad, objeto de 32 processos de corrupção, durante a campanha eleitoral do país irmão, liofilizando as relações entre os dois países a um nível que não era visto desde João Goulart (1961-1964). Para tal, Marcelo concedeu uma entrevista, neste 6 de maio de 2019, na qual falou com sotaque brasileiro (?!...), ao jornalista comunista Pedro Bial, da Globo (inimiga do novo presidente). Não obstante, Marcelo manteve a sobranceria e a crítica ao Presidente brasileiro.

Marcelo preside à República Portuguesa e não ao governo socialisto-comunista de António Costa, nem à metade do País que votou nessas forças políticas de esquerda nas eleições legislativas. Porém, na entrevista, em que jamais refere a situação desastrosa em que o regime marxista-corrupto de Lula deixou o Brasil, voltou a criticar a política e o estilo do presidente Bolsonaro, diferenciando o bom populismo, o seu, do populismo mau, do seu homólogo brasileiro. E alfinetando o Presidente brasileiro, a propósito da polémica das declarações do seu filho Carlos. Enquanto coçava o nariz, num sinal de comunicação não-verbal de que o assunto não lhe cheirava bem (o que também fez quando o entrevistador lhe falou na audiência de 2-1-2019, concedida por Jair Bolsonaro, aquando da sua posse), afirmou:
‹‹Eu acho que família de presidente não é presidente. (...) Presidente é presidente, família é família (...). Filho de presidente não é presidente [em coro com o entrevistador]. O único porta-voz de Presidente é Presidente. Porque senão, se há dez porta-vozes, cada um pode ter a tentação de ser um minipresidente››. (Transcrição minha)
Melhor fora que Marcelo não iludisse, por capricho, vaidade e alinhamento com a esquerda, a responsabilidade de manter um relacionamento amigável e profícuo com o Estado brasileiro, porque isso é benéfico para os cidadãos, as empresas e as instituições portuguesas.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Com que se há-de salgar?


Escombros da catedral de Notre-Dame de Paris, NYTimes, 16-4-2019.


A Carta Apostólica sob forma de motu proprio (por sua iniciativa) do Papa Francisco «Vos estis lux mundi», de 9-5-2019, aos bispos, sobre o abuso sexual de menores (‹‹idade inferior a 18 anos, ou a ela equiparada por lei››) e pessoas vulneráveis, pornografia de menores, e seu encobrimento, é um avanço na prevenção e repressão da pedofilia na Igreja. Destaco e comento.
  1. Obriga os bispos a criar um guichet para receber as denúncias (‹‹assinalações››) e a encaminhá-las para o Dicastério da Santa Sé, com relatórios mensais sobre o andamento das investigações. Aumenta o controlo sobre as dioceses o que é positivo.
  2. Prevê também o recurso a ‹‹pessoas qualificadas›› em cada diocese, ou em conjunto (por exemplo, a nível nacional), para ‹‹auxiliar›› o bispo na investigação das denúncias. É uma abertura para que especialistas leigos possam participar nas investigações, em vez da utilização de clérigos ao modo de frei William of Baskerville. Porém, o modo mais útil seria a instituição de comissões independentes de especialistas leigos.
  3. Estabelece, no seu art.º 19.º, que ‹‹estas normas aplicam-se sem prejuízo dos direitos e obrigações estabelecidos em cada local pelas leis estatais, particularmente aquelas relativas a eventuais obrigações de assinalação às autoridades civis competentes››. A ‹‹observância das leis estatais›› é dever indeclinável desde sempre, obrigando todos os cidadãos à participação de crimes de que tenham conhecimento. Isso não era feito, entendo-se internamente que que o Código de Direito Canónico seria a única lei aplicável e a suspensão a divinis seria a sanção máxima para o abusador. A sanção canónica parece ter sido fraco disuasor para prevenir a violação da inocência das crianças:  a pena estatal de reclusão do abusador de crianças num cárcere, acompanhada da sua exposição pública, é mais pesada e assusta. O paradigma era o segredo em vez da transparência, o encobrimento em vez da responsabilização, o perdão do abusador em vez da proteção das vítimas, a transferência em vez da expulsão. Ora, como tenho salientado, uma coisa é o processo canónico, que em todo o caso deve existir para efeitos religiosos, e outra o processo penal e civil cuja competência é do Estado para cujas autoridades devem ser comunicadas imediatamente as denúncias. A isenção de clérigos e membros de ordens religiosas da justiça do Estado era algo da Idade Média, aplicável então nos coutos da Igreja. Não era possível manter. A prioridade tem de ser sempre dada às crianças vítimas dos abusos sexuais e não à defesa dos abusadores. Portanto, este motu proprio fica ainda aquém do que o problema  da pedofilia carece e do que a sociedade reclama. As denúncias às autoridades estatais de suspeitas de crimes, praticados por clérigos, membros de ordens religiosas, catequistas, acólitos e outros, de abuso sexual de menores e desvalidos (deficientes, etc.) e do uso da violência sobre adultos e da produção e uso de pornografia de menores, não são obrigações ‹‹eventuais››, mas fundamentais e imediatas. A comunicação às autoridades estatais deve ser pronta, correndo o processo penal e civil em paralelo ao processo canónico.

Em suma, este motu proprio, estendendo a linha de anteriores posições, é um avanço, mas ainda falta percorrer mais caminho. Se o sal se corromper, com que se há-de salgar?


Atualização: este poste foi atualizado e emendado às 19:32 de 10-5-2019.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

A irresponsabilidade do Presidente Marcelo na deterioração das relações luso-brasileiras

As declarações oportunistas de menosprezo do Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o então candidato, e atual Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foram terrivelmente irresponsáveis e afetaram gravemente o País, as empresas, as instituições e os cidadãos portugueses. «Bem prega frei Tomás!...» - avisa o povo...

Após a vitória de Jair Bolsonaro, o Presidente Marcelo Sousa tentou recuperar o efeito da brincadeira divertida das bocas indiretas que tinha atirado ao então candidato, cujo crescimento nas sondagens lhe recomendava prudência, sobre eleições de outro país nas quais, pela função que ocupa, não devia meter-se. Marcelo Sousa apareceu na posse de Jair Bolsonaro, em 2 de janeiro de 2019, sendo todavia tratado com muito mais respeito do que havia manifestado, numa audiência que durou... vinte minutos!... Quem não se dá ao respeito, acaba desrespeitado...

Porém, se fosse apenas um “facto político” pessoal, na linha tático-histriónica habitual, pouca consequência teria. O problema é que o desrespeito pelos assuntos internos brasileiros, como foi o de imiscuir-se numa eleição presidencial alheia contra o candidato (da direita) tentando favorecer o opositor (marxista e corrupto) provocou a liofilização das relações luso-brasileiras e o prejuízo inerente para os particulares, as empresas e as instituições portuguesas.

Do governo de António, Catarina e Jerónimo, CRL, não se esperava que enviasse socorro ao Brasil após a tragédia da rutura da barragem de Brumadinho (25-1-2019)... Ficou pelas condolências, que o apoio teve de vir de Israel... Para os marxistas, o sectarismo ideológico vem primeiro do que a humanidade, e também não é provável o arrependimento do estúpido embargo político. Mas o presidente Marcelo deveria comportar-se ao nível do cargo que os portugueses lhe confiaram: não podia danificar a aliança genética luso-brasileira para agradar ao Governo da esquerda radical.

Portugal recebia habitualmente a primeira visita do chefe de Estado eleito do Brasil, uma tradição interrompida por Lula da Silva, comparsa de José Sócrates nos negócios bilionários da Vivo e da Oi. Agora, devido à opinião leviana do Presidente Marcelo Sousa e da ideologia social-comunista do governo de coligação de António Costa, Portugal nem consta da lista das próximas viagens, nem dos interesses da nova administração brasileira. Ora, o Presidente da República deve representar todos os portugueses: não apenas os burgueses da esquerda radical e os ortodoxos comunistas.

Com a enorme poupança decorrente da reforma da previdência, o presidente Jair Bolsonaro vai lançar um grande programa de desenvolvimento, de obras públicas, nomeadamente a irrigação do Nordeste, de transformação da educação, de modernização tecnológica, de abertura da economia e de fomento do investimento. Os cidadãos, as empresas e instituições portuguesas vão pagar o preço da irresponsabilidade do Presidente Marcelo Sousa e da contaminação da ideologia marxista do governo português no relacionamento com o Brasil.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Vai lá, vai!...

ABC (março de 2019). Desabrigado. Atenas, Grécia.

‹‹O primeiro-ministro, António Costa, ameaçou demitir-se esta sexta-feira caso o diploma dos professores seja aprovado, numa declaração ao País depois de reunir com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da aprovação no parlamento da contabilização total do tempo de serviço congelado aos professores››. 



Já ia tarde!... Mas Costa não sai. Ainda tem de atrofiar mais a economia, inchar a subsidio-dependência e arrasar os costumes. Tem de pôr o País socialistaa-comunista ao nível da Grécia.