sexta-feira, 20 de julho de 2018

A panela de pressão do sisterma corrupto

«Operação Tutti Frutti: 500 escutas com indícios criminaisÉ uma autêntica bomba-relógio: os telefonemas gravados incluem encontros maçónicos, esquemas nas eleições internas do PSD e nas autárquicas de 2017.(...) A Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ tem estado a usar estas escutas para ajudar a construir uma espécie de A Polícia Judiciária está a desenhar um diagrama de conexões entre (ex-)políticos do PSD e do PS e diversos casos de troca de favores (por exemplo, contratos de avença) e adjudicações de negócios pagos com dinheiros públicosAs escutas centraram-se em quatro alvos principais e estiveram activas durante largos meses, tendo apanhado várias conversas indiscretas referentes a lojas maçónicas e alegados esquemas relacionados com o financiamento e a falsificação da inscrição de militantes com direito a voto nas últimas eleições internas para a liderança do PSD.» (grosso meu)

A notícia de António José Vilela na Sábado, de ontem,19-7-2018, sobrer a Operação Tutti-Frutti, de conluio de políticos do PS, PSD e maçonaria, para esquemas de empregos falsos, trocas de avenças, financiamento partidário, amanho eleitoral e corrupção, pode ser uma «bomba-relógio» do regime. Mais uma. Não vale só por si, mas pela acumulação de casos de corrupção que um dia fará explodir a panela de pressão do sistema político corrupto que sofremos, cujo pipo é a maçonaria. Sem valores e sem valor. Motivados apenas pelo dinheiro e pelo poder. Anciãos e jotas de inteiros partidos. Tutti-frutti.


* Imagem picada daqui.

sábado, 14 de julho de 2018

O crescimento do poder da maçonaria em Portugal




A maçonaria é, atualmente, a principal fonte de corrupção, impunidade e ruína do nosso País. É nas redes dessa organização maléfica, antidogmática e de discriminação desumana dos «profanos» (!?...) face aos «irmãos», que se promove a corrupção, se realiza o tráfico de influências e se garante a impunidade dos membros (ultima ratio regum). Qualquer que seja a classificação - irregular ou regular - e «obediência», masculina ou feminina, a sua natureza e prática são reprováveis. Os altos valores da maçonaria especulativa são a treta para dissimular o negócio comezinho do poder, o comércio dos contratos, a distribuição dos tachos e o salvo-conduto da imunidade. O resultado é a ruína da Pátria.

Tão ladrão é o que vai à vinha, quanto o que fica à espreita - diz o povo. A não participação de membros no tráfico de influências e na corrupção não isenta de responsabilidade legal, nem moral. A cumplicidade é criminosa; e o conhecimento de crimes obriga legalmente à participação judicial. A ignorância não é um delito, mas a ingenuidade não pode justificar o que é público e notório. Homens e mulheres de bem não podem pertencer à maçonaria. 

Em Portugal, a maçonaria alargou o seu comando e controlo das grandes cidades ao interior, do Estado às autarquias, das organizações humanitárias às instituições da sociedade civil. As eleições tornaram-se atos simbólicos: redes de maçons - grandes eleitores secretos -, decidem candidatos nos partidos e lugares nas instituições, organizam o sufrágio e amanham os resultados. A formal democracia representativa e pluralista foi transformada numa paródia na qual os cidadãos são os bobos da corte da elite maçónica.

Em Portugal, como noutros países da Europa, bispos frequentam os ágapes rituais e  padres fazem vista grossa ao enfileiramento de cristãos e ao domínio crescente das comunidades por esta irmandade secreta de sinais e toques, visceralmente oposta a qualquer dogma. A filosofia antirreligiosa e desumana da maçonaria, as suas alegorias e símbolos - que seria leviandade crer que não têm consequência espiritual... -, a sua prática de favorecimento imoral dos irmãos face aos simples, deveriam ser expostos. Ao contrário, uma casula de silêncio cobre essa influência perniciosa, a vontade degenera em conforto e a promiscuidade é fundamentada como diálogo. As homilias omitem, as sacristias abafam e as instituições  paroquiais toleram as infilitrações. O nível de influência ubíqua das maçonarias sobre o País - o maior desde os tempos da primeira República - é propiciado pela resignação da Igreja.

E, todavia, permanece em vigor a Declaração sobre a Maçonaria, emitida pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Sé, de 26 de novembro de 1983, assinada pelo prefeito cardeal Joseph Ratzinger e então aprovada pelo Papa João Paulo II:
«Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.
Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçónicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de Fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, p. 240-241).
O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a Audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, decidida na reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação.

Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983.

Joseph Card. Ratzinger
Prefeito

+ Fr. Jérôme Hamer, O.P.
Secretário»

Atente-se ainda no artigo «Reflections a year after Declaration of Congregation for the Doctrine of the Faith: irreconcilability between Christian faith and Freemasonry», do Osservatore Romano, de 11 de Março de 1985, cujos excertos traduzo. , para reafirmar a «básica irreconciliabilidade entre os princípios da Maçonaria e os da Fé cristã», se cita, a carta Custodi do Papa Leão XIII ao povo italiano, de 8-12-1892: «Lembremo-nos de que a Cristandade e a Maçonaria são essencialmente irreconciliáveis». Explica-se nesse artigo - que não é assinado, mas é como se fosse... - que, independentemente da hostilidade ou não da Maçonaria para com a Igreja, essa irreconciliabilidade existe no nível mais profundo da fé e dos seus «requisitos morais». São esses requisitos morais que devem impedir qualquer género de promiscuidade entre a Igreja portuguesa e a Maçonaria. Pois, «de facto, só Jesus Cristo é o Mestre da Verdade e apenas n'Ele podem os cristãos encontrar a luz e a força para viver de acordo com o plano de Deus, trabalhando para o verdadeiro bem do seu rebanho». Seja a Maçonaria «irregular» (em Portugal, principalmente o Grande Oriente Lusitano) ou regular (a Grande Loja Legal de Portugal), ela é incompatível com a fé católica e a Igreja. Nesse sentido, veja-se  Ullate Fabo (2010), em «O segredo da Maçonaria desvendado».

Estamos a chegar, em Portugal, ao nível do escândalo da loja italiana P2. O poder da maçonaria cresce na medida da satisfação dos membros e da exclusão dos outros, cujo mérito para nada conta, e que sofrem perseguição no trabalho, na sociedade e perante o Estado, simplesmente por quererem ser... livres.



* Imagem picada daqui.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

A perigosa humilhação dos militares portugueses pelo governo da aliança PS-Bloco-PC



O governo da aliança PS-Bloco-PC de António Costa, o ministro da Defesa Azeredo Lopes, o  insensato artilheiro Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) Rovisco Duarte (e na cadeia hieráquica, o CEMFGA almirante Silva Ribeiro) estão a brincar com coisas muito sérias. O poder político e os seus oficiais de gabinete não podem humilhar os militares, desde logo a prestigiadíssima tropa operacional dos Comandos, por mais que a esquerda abomine a função patriótica que desempenham, a instrução indispensável que praticam e a prudente prontidão que lhes pedem. O Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, deve informar o País sobre este assunto.

Então, através do papel, e sem qualquer explicação ao próprio, o general CEME Rovisco Duarte exonera o comandante do Regimento de Comandos, coronel Pipa Amorim, que ele mesmo nomeou há um ano?!... Antes, as chefias militares e o Governo já tinham decidido a promoção a general dos dois coronéis suspensos comandantes das unidades de guarda aos paióis de Tancos, em junho de 2017, cujo inquérito ao furto de armamento perigosíssimo (o maior de sempre na NATO) foi encerrado sem que se tenham descoberto os autores, esclarecidas as circunstâncias, apuradas responsabilidades e feita a aritmética do material recuperado, nem se tenha demitido o CEME - e sendo o militar mais graduado punido, um sargento!... E isto depois da acusação, pela inesquecível procuradora Dra Cândida Vilar, a 19 militares dos comandos por alegados 489 crimes, em junho de 2017, regimento na altura comandado pelo coronel Dores Moreira, que o coronel Pipa Amorim veio substituir por decisão do Governo de esquerda.

A indignação acumulada dos militares é tremenda e a arrogância do poder socialisto-comunista uma desonra. Leia-se, com muita atenção, o poste «A única solução é a porrada») de 3-7-2018, o poste «Apelo a todos os militares» de 5-7-2018 e o poste sobre a demissão do «melhor comandante dos Comandos» pelo «pior Chefe do Estado-Maior do Exército», ainda de 5-7-2018, do tenente-coronel comando Pedro Tinoco de Faria, sobre este caso. Os militares dão até a vida, mas não abdicam do respeito. Convinha que o poder político corrupto não negligenciasse a honra dos militares...


Limitação de responsabilidade (disclaimer): As entidades referidas neste poste, objeto das notícias dos média que comento, não é arguidas ou suspeitas dco cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade neste caso; e quando na situação de arguidas gozxam do direito constitucional à presunção de inocência até ao trânsito em julgado de eventual sentença condenatória.