terça-feira, 31 de maio de 2016

O Governo do socialismo de rosto desumano

A perspetiva sobre o Governo é enviesada pela memória do velho PS. Porém, este PS já não é socialista: tornou-se comunista. Costa, Vieira da Silva, Pedroso e Ferro, não tentam sequer reviver a aliança socialista-comunista de Allende, mas aplicar insidiosamente a ditadura marxista de Chávez. Um socialismo de rosto desumano.

O ataque do governo catolicofóbico de Afonso António Costa à «padralhada» enquadra-se nessa revolução de valores, deixando para outras núpcias coloridas a batalha final da estatização da economia. A prioridade é a revolução cultural do País: casamento homossexual, a adoção de crianças por casais homossexuais, as barrigas de aluguer, a eutanásia, a mudança física de sexo para menores.

Paralelamente, esta tríplice aliança comunista acantona a Igreja nos templos, através da vozearia mediática do politicamente correto, e tenta manter o controlo das suas instituições de projeção de poder cultural, como a Universidade Católica e a Rádio Renascença, curiosamente poupadas à sanha persecutória do socialismo radical. E, para ser absolutamente claro, de nada adianta à Igreja manter a Católica e a Renascença, se, em vez de projetarem, de forma inequívoca a mensagem do Evangelho e a sua consequência, estas instituições continuarem a servir, de modo objetivamente cúmplice e sob a desculpa da neutralidade, a política contrária e a privilegiar os adversários dos valores cristãos e os seus aliados. É tempo de combate!

Nesta campanha persecutória deste Governo anticatólico, primeiro atacam-se os colégios, depois as creches, a seguir os hospitais e os lares. Os alvos últimos não são os colégios privados, mas os colégios católicos, tal como não são todas as religiões que se combatem, mas a Igreja Católica. Veja-se o caso da mesquita da Mouraria, em que a CMLisboa, contra a vontade dos locais e dos proprietários, vai aplicar milhões de euros na expropriação e construção de um novo templo de um culto que desumaniza as mulheres e promove a guerra contra os que os não-islâmicos.

Como diz um amigo meu, o poder político em Portugal está tomado por um coligação de três partidos comunistas. Ao Bloco de Esquerda trotskista e ao PC estalinista, juntou-se este PS gramsciano.

Um PS que pretende mudar a política externa do País, apostando na aliança com as forças radicais de esquerda que promovem a dissolução da União Europeia e no enfraquecimento da aliança atlântica. Atente-se na moção de António Costa «Cumprir a alternativa, consolidar a esperança» ao Congresso do PS, de 3 a 5-6-2016, coordenada, na sombra, por Paulo Pedroso. Relativamente à União Europeia, ressalta «uma nova atitude de Portugal na Europa», com a «construção» de outras «alianças estratégicas» e (apesar de desmentido) o «confronto» (em vez da atitude de bom-aluno). E neste realinhamento internacional do País para o leste, não é por acaso que a Nato não é referida, enquanto a ONU, a CPLP, a Conferência do Clima, os países africanos e Timor, são mencionados (pp. 21-22).

A direita que se mantenha no business-as-usual que a revolução da esquerda radical prossegue a sua marcha para submeter Portugal a um regime marxista autoritário. Conforme se pode verificar no quadro abaixo dos residentes em Portugal com 15 ou mais anos, colhido dos Censos 2011, aí se compreende a fantástica aritmética leninista615.332 (7%) sem religião (ateus, agnósticos, céticos e livres-pensadores) a mandarem em 7.281.887 (81%) católicos.



Censos 2011. Residentes em Portugal com 15 ou mais anos.
Católicos vs. Sem religião.
(Clique na imagem para aumentar).


Censos 2011. Residentes em Portugal com 15 ou mais anos,
por religião.
(Clique na imagem para aumentar).




domingo, 29 de maio de 2016

A realização da agenda socialista-revolucionária do governo Costa



«Et ses mains ourdiraient les entrailles du prêtre,
Au défaut d'un cordon pour étrangler les rois.» 
Diderot, Denis (1875). Les Éleuthéromanes. P. 96


Insidiosamente, o governo Costa, suportado pela aliança PS-Bloco-PC, vai realizando a sua agenda extremista:
  1. Imposição à sociedade dos seus costumes radicais: depois do casamento homossexual, a adoção de crianças por casais homossexuais e as barrigas de aluguer. A seguir, a eutanásia e a mudança (física!...) de sexo para menores.
  2. Ataque à «padralhada» com o fim da subvenção dos colégios católicos - depois dos corte nos ATL. Logo mais, as creches dos centros católicos e os lares das misericórdias. O que se pretende não é deixar de financiar os ricos (os colégios privados e mais caros continuarão a funcionar...), mas afastar os pobres e a classe média do ensino católico, mais aplicado e disciplinado. A revolução, de novo. Na falta de cordão, estrangulá-los à mão. Como enquadra a Helena Matos, neste 29-5-2016: «Os padres, primeiro». As exceções são Universidade Católica e a Renascença...
  3. Cerco chavista das empresas, dificultando as suas condições para pagar salários.
  4. Aumento da subsidio-dependência, com o agravamento do desemprego para os 12,4%, a  descida das exportações, a diminuição do investimento e a estagnação do crescimento económico. Utilização da tropa-de-choque dos estivadores para ganhos do PC noutras negociações laborais com o PS (quais?).
  5. Domínio político das 500 maiores empresas do País, mediante a designação, para cada uma, de um controleiro vieira-da-silva. Uma via rosa para uma bolsa partidária de grandes contribuintes.
  6. Perseguição da magistratura independente, através dos serviços com difusão através dos média estatais: o caso da reportagem vergonhosa que intentou manchar indiretamente a honra do juiz Carlos Alexandre, imputando favorecimento (!...) na concessão rápida de um empréstimo de 4 mil euros pelo Cofre da Previdência dos Funcionários Públicos, apesar do pedido legal e regular do juiz!... Para macular a imagem da justiça, a divulgação de videos privados, em festa durante a hora de almoço, de funcionários de tribunais centrais, logo comentados pelos advogados do engenheiro falso... Entretanto, Fernanda Câncio, usualmente violenta na prosa, aflita com a possibilidade de ser acusada pelo Ministério Público, veio dizer, de fininho, que nada sabia do luxo de que ela própria beneficiou - espalhando-se nas justificações emaranhadas (e mal amanhadas) sobre a sua alegada tentativa para que o seu alegado namorado comprasse um apartamento de 2,2 milhões de euros em Lisboa... Entretanto, em 17-5-2016, saíu a condenação, por difamação, do tenente-coronel Brandão Ferreira pelo desembargador Antero Luís - diretor do SIS entre 2005 e 2011, conterrâneo de Armando Vara da face oculta - e pelo desembargador João Abrunhosa de  Carvalho, a pagar uma indemnização de 25 mil euros a Manuel Alegre (e 1.800 euros ao Estado), do Tribunal da Relação de Lisboa (após absolvição na primeira instância), por aquele o ter classificado como traidor à Pátria pelo seu comportamento aos microfones da Rádio Argel durante a Guerra do Ultramar. Valorizaram a reputação do pretenso ofendido sobre a liberdade de expressão!...
  7. Cortina de fumo atgravés do caso oportuno do espião português que gostava do frio (da URSS) para disfarçar o confessado, em tribunal, gravíssimo atropelo da Constituição pelos serviços de Informação do socialista Júlio Pereira na obtenção ilegal de registos das operadoras telefónicas - através de «protocoloos formalizados» e «não formalizados» (sic!...). Objetivo: justificar implicitamente a entorse ao Estado de direito.
Para tanto, o Governo ainda conta com a cumplicidade da direção do PSD no delírio dos maus costumes e uma apatia da oposição de direita relativamente às políticas governativas. Quem tem o poder, jamais deve abdicar da possibilidade de o manter: «Il potere logora... chi non ce l'ha», lá dizia o outro.

O combate político é muito difícil neste ambiente sediço e sobre terreno lamacento. A alternativa há-de construir-se fora do sistema podre, com reafirmação dos valores humanos e a junção de boas vontades destemidas.


* Imagem picada daqui.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Peste e CIG

O Presidente da República chamou «voz... quase aberrante» (audio) a Catarina Martins, em 11-5-2016. Vai também ser processado, por delito de opinião, pela Comissão para a Cidadania e Igualdade do Género («CIG»!...), tal como Pedro Arroja que classificou como «esganiçadas» as deputadas do Bloco de Esquerda, em 10-11-2015, no Porto Canal, tendo de responder em inquérito-crime por alegada «incitação á discriminação» sexual?... «Aberrante» não é muito mais politicamente incorreto do que «esganiçadas»?!...

A Comissão para a Cidadania e a Igualdade do Género (sic) está integrada na presidência do Conselho de Ministros, do Dr. António Costa. A composição da Secção das ONG do Conselho Consultivo da CIG é tão politicamente enviesada como a ideologia do género que agora lhe subjaz. A maioria das organizações que cuidam da cidadania e que trabalham na defesa das mulheres não faz parte, à exceção das inevitáveis Caritas e Oikos. Mas a representatividade dos organismos que pertencem a esta lista das ONG do Conselho Consultivo da CIG é ainda mais elucidativa: da Associação Cultural Moinho da Juventude (da Cova da Moura) ao Chapitô, passando pela Moura Salúquia (Associação de Mulheres do Concelho de Moura) até ao Dress for Success Lisboa.

* Imagem picada daqui.

domingo, 8 de maio de 2016

Eutanásia estatal

A poupança na limpeza dos aparelhos e condutas de ar condicionado dos hospitais, e a negligência dos procedimentos de segurança face aos doentes durante a limpeza, que provocam a transmissão de vírus e bactérias resistentes a doentes mais enfraquecidos, tornou-se uma forma estatal de eutanásia. Os doentes morrem, os hospitais não pagam indemnizações porque a prova do local do contágio é muito difícil e o Estado diminui a despesa com pensões... A morte rende.

Os (ir)responsáveis sabem muito bem o que se passa, mas impõem decisões que custam vidas.

É por causa de fenómenos como este que clamo que a corrupção mata. O adiamento da limpeza dos sistemas de ar condicionado dos hospitais, e a negligência nos cuidados com os doentes durante esses procedimentos, é um resultado da poupança na despesa da saúde, motivada pelo roubo do Estado, através de comissões nos contratos empolados e de obras e serviços redundantes.

Uma boa causa pública seria instar o Governo a cumprir com estes cuidados.