Não se confirma que a morte do estudante Luís Giovani dos Campos Rodrigues, após ter sido vítima de bárbara agressão em 20-12-2019, em Bragança, tenha sido causada por um grupo de rapazes ciganos, como neste blogue, eu tinha dito em 8-1-2020, que alegadamente havia ocorrido porque uma fonte credível me havia contado.
Do Portugal Profundo, tenho a maior honra em reconhecer e pedir desculpa aos visados e leitores sempre que erro. Esperei até poder confirmar a informação relativa não apenas aos cinco agressores já detidos ,mas também aos outros dez envolvidos na espera e agressão aos quatro estudantes cabo-verdianos. Esta informação em nada muda a posição antirracista deste blogue, afirmada em cada um dos textos que publiquei sobre o assunto. E também não foi pelo erro da origem do homicídio, mas com a justificação absurda de ódio racial que o Facebook, em 9-1-2020, bloqueou e baniu todo o conteúdo do meu blogue: de outro modo, quando um jornal publica uma informação que vem a revelar-se falsa também teria todo o seu conteúdo bloqueado no Facebook e o próprio jornal ser banido dessa rede social. Presumo que a informação errada que divulguei sobre o origem do homicídio de Luís Giovani possa ter provindo da mesma fonte original que também levou ao engano o inspetor Carlos Anjos, comentador de assuntos criminais da CMTV, com quem não falei.
A Polícia Judiciária deteve cinco indivíduos (que fonte da PJ, designou como «núcleo duro» do grupo), que estão já em prisão preventiva, indiciados pela agressão ao jovem cabo-verdiano, dos quais apenas um deles, segundo fonte da PJ ao Observador, de 17-1-2020, «apenas um dos suspeitos tem ascendentes familiares na comunidade cigana, mas que nenhum deles mantém contacto com essa mesma comunidade» e desmentiu motivação racial no homicídio. Creio, no entanto, que é prematuro concluir que se tratou de crime por «motivos fúteis», como fez o diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, em 16-1-2020.
No entanto, aquém do erro sobre a origem do homicídio de Luís Giovani, do que publiquei no meu poste de 8-1-2020, confirma-se que:
Recorde-se que, inicialmente, a morte do malogrado Luís Giovani, que ocorreu no Hospital de Santo António, no Porto, em 30-1-2020 (dez dias depois das agressões em Bragança), não foi determinada como resultando das agressões, pois a autópsia foi inconclusiva. Aliás, o infeliz comunicado da PSP de Bragança, em 10-1-2020, referia que a polícia tinha encontrado o Luís Giovani «inanimado e com forte odor a álcool proveniente do vomitado no seu vestuário» (o traumatismo craniano provoca vómito...), o que poderia dar a entender que o jovem, «alcoolizado», teria caído e batido com a cabeça, o que causaria a sua morte.
Note-se ainda que, apesar do choque do crime e do modo brutal como ocorreu, a família de Luís Giovani e a associação de estudantes cabo-verdianos de Bragança distinguiram sempre entre o comportamento do grupo agressor, a forma acolhedora como são tratados no Instituto Politécnico (ali estudam cerca de 1.200 alunos de Cabo Verde) e a comunidade bragantina.
Do Portugal Profundo, tenho a maior honra em reconhecer e pedir desculpa aos visados e leitores sempre que erro. Esperei até poder confirmar a informação relativa não apenas aos cinco agressores já detidos ,mas também aos outros dez envolvidos na espera e agressão aos quatro estudantes cabo-verdianos. Esta informação em nada muda a posição antirracista deste blogue, afirmada em cada um dos textos que publiquei sobre o assunto. E também não foi pelo erro da origem do homicídio, mas com a justificação absurda de ódio racial que o Facebook, em 9-1-2020, bloqueou e baniu todo o conteúdo do meu blogue: de outro modo, quando um jornal publica uma informação que vem a revelar-se falsa também teria todo o seu conteúdo bloqueado no Facebook e o próprio jornal ser banido dessa rede social. Presumo que a informação errada que divulguei sobre o origem do homicídio de Luís Giovani possa ter provindo da mesma fonte original que também levou ao engano o inspetor Carlos Anjos, comentador de assuntos criminais da CMTV, com quem não falei.
A Polícia Judiciária deteve cinco indivíduos (que fonte da PJ, designou como «núcleo duro» do grupo), que estão já em prisão preventiva, indiciados pela agressão ao jovem cabo-verdiano, dos quais apenas um deles, segundo fonte da PJ ao Observador, de 17-1-2020, «apenas um dos suspeitos tem ascendentes familiares na comunidade cigana, mas que nenhum deles mantém contacto com essa mesma comunidade» e desmentiu motivação racial no homicídio. Creio, no entanto, que é prematuro concluir que se tratou de crime por «motivos fúteis», como fez o diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, em 16-1-2020.
No entanto, aquém do erro sobre a origem do homicídio de Luís Giovani, do que publiquei no meu poste de 8-1-2020, confirma-se que:
- Os agressores eram cerca de 15 indivíduos em «três grupos armados de cintos, ferros e paus» estavam à espera dos jovens cabo-verdianos, 20 minutos depois do bar fechar (os jovens haviam ficado no interior a conselho da segurança do bar). Segundo me disseram mas não posso confirmar, quem esperava os jovens cabo-verdianos eram os indivíduos que tinham provocado o confronto no bar e cerca de uma dezena de outros que estavam num jantar e que foram chamados para reforço por um dos elementos do grupo.
- O grupo em causa «é suspeito de outras agressões» (Expresso, de 10-1-2020). Ainda que me digam agora que um dos jovens agredidos anteriormente - e que foi hospitalizado -, alegadamente pelo mesmo grupo, era do Paquistão e não do Bangladesh (como eu disse neste blogue em 8-1-2020).
- E, alegadamente, insistem que o confronto no bar foi propositadamente provocado no bar Lagoa Azul, não por causa de os jovens cabo-verdianos quererem passar à frente na fila de pagamento, mas pela simulação de ofensa (um rapaz cabo-verdiano, que não era Giovani, ter esbarrado com uma rapariga), seguido de empurrão do «'suposto namorado'» da rapariga, a que o rapaz cabo-verdiano teria respondido com outro empurrão e em seguida levado um soco do «'suposto namorado'» (ver Jornal luso-luxemburguês Contacto, de 3-1-2020). Dizem-me que essa provocação fazia parte do modus operandi do grupo.
Recorde-se que, inicialmente, a morte do malogrado Luís Giovani, que ocorreu no Hospital de Santo António, no Porto, em 30-1-2020 (dez dias depois das agressões em Bragança), não foi determinada como resultando das agressões, pois a autópsia foi inconclusiva. Aliás, o infeliz comunicado da PSP de Bragança, em 10-1-2020, referia que a polícia tinha encontrado o Luís Giovani «inanimado e com forte odor a álcool proveniente do vomitado no seu vestuário» (o traumatismo craniano provoca vómito...), o que poderia dar a entender que o jovem, «alcoolizado», teria caído e batido com a cabeça, o que causaria a sua morte.
Note-se ainda que, apesar do choque do crime e do modo brutal como ocorreu, a família de Luís Giovani e a associação de estudantes cabo-verdianos de Bragança distinguiram sempre entre o comportamento do grupo agressor, a forma acolhedora como são tratados no Instituto Politécnico (ali estudam cerca de 1.200 alunos de Cabo Verde) e a comunidade bragantina.
Era realmente peta. A fonte não era, de todo, credível. E assim se lançou um boato lamentável.Por uma daquelas coincidências incríveis, foram falsamente apontadas culpas a ciganos. Foi mesmo coincidência.
ResponderEliminarClaro que sim, foi apenas uma coincidência. Ele há coincidências do camandro...
ResponderEliminarao menos pediram desculpas á comunidade cigana e cabo verdiana, por estes "erros", que são tão comuns na mentalidade racista lusitana?...
ResponderEliminarou limitam-se a ficar fechados no vosso bunker, em "pedidos de desculpas escondidos" em jeito de mais uma "fake news" de "pseudo sociabilização"?
Quando se ouve a noticia de um crime, é normal que se pergunte quem foram as vitimas e os supostos criminosos. Ora é sabido que a informação relativa aos criminosos só é dada, em regra, quando se trata de nacionais ou estrangeiros brancos. Quando nada é, com naturalidade, informado sobre as pessoas suspeitas do crime, o leitor ou ouvinte parte logo do principio que se trata de alguém pertencente às minorias protegidas. E isto não acontece só em Portugal. Que eu saiba, acontece também noutros países europeus. Trata-se de um efeito perverso de uma prática comprovadamente errada na atitude das autoridades e media perante estrangeiros.
ResponderEliminar"Ora é sabido que a informação relativa aos criminosos só é dada, em regra, quando se trata de nacionais ou estrangeiros brancos"
EliminarNunca vi uma notícia dizendo explicitamente "um autor do crime é um cidadão português de etnia caucasiana" (essa conversa do "caucasiano" também tem muito que se lhe diga, mas isso é outra história... por sorte não temos cá chechenos ou abkhazes para gerar equivocos); até há pouco tempo, era exatamente quando o acusado era um português branco que ninguém dava informação étnica (provavelmente que se presumia que "é português branco se nada for dito em contrário") - o mais parecido foi mesmo este caso de Bragança, em que a dada altura tiveram que dizer "dos 5, só um é cigano".
Dito isto, concordo que haver uma política exlicita de não revelar a origem étnica de acusados tem realamente esse efeito perverso - a partir do momento em que um dado tipo de crime está muito associado a uma etnia, começa-se a assumir que todos os crimes desse tipo foram cometidos por alguém dessa etnia.
"a partir do momento em que um dado tipo de crime está muito associado a uma etnia, começa-se a assumir que todos os crimes desse tipo foram cometidos por alguém dessa etnia."
ResponderEliminarComo assim? Se 70% dos homicídios são cometidos dentro da família em contexto de violência doméstica e heranças ou por vizinhos em contendas de limites de terras ou traição, os outros 20% são motivos fúteis e raramente em contexto de assalto!