Ontem, 9-4-2017, o Estado Islâmico da Síria e do Levante atacou duas igrejas no Egipto durante a celebração do Domingo de Ramos, através de bombistas suicidas, matando 44 cristãos e ferindo mais de uma centena. Os atentados foram perpetrados na Catedral de São Marcos em Alexandria (cuja missa estava a ser transmitida, em direto, na televisão egípcia quando ocorreu a explosão) e na Igreja de São Jorge, em Tanta, ambas no Egipto. Lembrei-me da anáfora do padre Lereno, na Rádio Renascença dos perigosos tempos pós-revolucionários: «Cristo é crucificado hoje!». É: a Páscoa chegou mais cedo... A morte teve uma vitória, temporária.
São atentados lá longe, que o racismo cínico despreza: os 5 mortos da Suécia provocaram mais notícias e consequente indignação do que os 44 do Egipto... Noticiar massacres de cristãos é politicamente incorreto...
São atentados lá longe, que o racismo cínico despreza: os 5 mortos da Suécia provocaram mais notícias e consequente indignação do que os 44 do Egipto... Noticiar massacres de cristãos é politicamente incorreto...
O genocídio e a limpeza étnica dos cristãos - coptas, maronitas, gregos-melquitas, siríacos, caldeus e arménios - do Médio-Oriente continua no Egipto, depois do Líbano, do Iraque e da Síria. Os cristãos foram os sacrificados da aventura geopolítica norte-americana e europeia de regime change, para travar a influência iraniana. Como se o desastre iraquiano nada tivesse ensinado a Obama e aos líderes europeus, que fomentaram as chamadas «primaveras árabes» que devastaram os países em guerras civis de iniciativa sunita radical e abandonaram os cristãos ao azar do martírio. A guerra na Síria tem origem não apenas no financiamento dos países sunitas da Arábia, mas também no apoio militar norte-americano.
Putin aproveita o vazio e o medo, alargando as fronteiras russas na Europa, alcançando a velha ambição de chegar ao mar quente através da aliança ruso-chiita com o Irão, os 65% de iraquianos chiitas, a Síria dos alauítas de Assad e o Líbano do Hizbala - até com o novo sultão Erdogan (ao modo do Imperador Ivan III. Não se contenta com isso, e influencia as eleições norte-americanos, com chantagem sobre a administração Trump, enquando financia, e ajuda na informação, a extrema-direita europeia. Uma extrema-direita fascinada com o autoritarismo de Putin e esquecida de que este é... russo.
A desumanidade do Islão radical tem de ser revertida. É necessário promover a reforma do Islão, atualizando a doutrina bélica original do Corão e dos Ditos para uma versão pacífica e respeitadora dos crentes de outros ritos e religiões e dos não-crentes. Um combate cultural e político para enfrentar a guerra híbrida das ruas europeias e das redes de comunicação mundiais. Em vez da negação da ameaça da ideologia radical e da expetativa de que os serviços de informação e as polícias resolvam o problema, investigando virtualmente e detendo umas dezenas de indivíduos... É uma patetice, pensar que o mal se limita ao isolar meia dúzia de árvores contaminadas, negligenciando a moléstia que afeta a floresta. Para lá da repressão dos atentados, é a ideologia que importa combater. Islão significa «submissão» - a paz da doutrina fundamentalista é uma falácia.
E não se pode esperar que sejam os governos dos países do cordão islâmico, que está a apertar a cintura do globo até rebentar, porque são eles mesmos poderes quem promove a leitura radical dos textos fundamentais como instrumento político de domínio do povo e ameaça dos países adversários. A reforma cultural deve desenvolver a exegese pacífica da doutrina e resolver o nó-górdio do conflito islâmico com o norte do globo: a emancipação da mulher - como indica Bernard Lewis. Só com a reforma religiosa do Islão e a reforma cultural das sociedades agora sujeitas a ditaduras de comportamento em que a mulher é um ser inferior e o não-crente um subalterno, se pode vencer a III Guerra Mundial em curso.
O padrão de governo não pode ser o califado com uma sociedade civil submissa. A reforma do wahabismo, versão do Islão que a Arábia incentiva - comparada à Reforma luterana -, acentuou a severidade fundamentalista da doutrina. A reforma religiosa será um meio de laicização da sociedade muçulmana, com o poder político separado do poder religioso, com liberdade de culto e de vida, com a ciência, a cultura e as artes, alforriadas do grilhão arcaico, a economia a renascer e o bem estar a emergir.
O padrão de governo não pode ser o califado com uma sociedade civil submissa. A reforma do wahabismo, versão do Islão que a Arábia incentiva - comparada à Reforma luterana -, acentuou a severidade fundamentalista da doutrina. A reforma religiosa será um meio de laicização da sociedade muçulmana, com o poder político separado do poder religioso, com liberdade de culto e de vida, com a ciência, a cultura e as artes, alforriadas do grilhão arcaico, a economia a renascer e o bem estar a emergir.
Um combate cultural e político do Ocidente contra o Islão radical, semelhante ao que derrubou o poder comunista no mundo. No mundo... à exceção de Portugal, aparentemente esgotado pela mama da cobra comunista que nos vai infestando as fazendas, engolindo os valores e estrangulando a liberdade...
El director de la Sala de Prensa del Vaticano, Greg Burke, confirmó que hasta ahora "no llegó ningún pedido de audiencia" con el Papa Francisco por parte del presidente estadounidense Donald Trump, que visitará Italia el 26 y 27 de mayo para la cumbre del G7 en Taormina.
ResponderEliminarDe esta manera Trump podría ser el primer presidente de Estados Unidos desde los tiempos de Franklin D. Roosevelt en realizar un viaje oficial a la península sin encontrarse con el Papa.
Tiempo después, Trump ironizó: "Cuando el Vaticano sea atacado por Estado Islámico puedo prometerles que el Papa sólo desearía y oraría para que yo hubiera sido presidente".
ResponderEliminarApenas uma pequena adenda.
ResponderEliminarCreio que as asneiras graves dos CRIMINOSOS DE GUERRA OBAMA E HILLARY não podem ser atribuídos aos.....ESTADOS UNIDOS...ou...aos Americanos...
Porque esses criminosos e a administração que formaram.....adotaram políticas tão opostas e diversas da tradição EUA...que não podem vincular os EUA...
Desde há uns meses para cá, OBAMA só vem a public defender os muçulmanos..........
tá tão TRESLOUCADO que chegou a afirmar que os muçulmanos tiveram um contributo muito importante na formação dos EUA !!!
hoje parece não haver dúvidas que BARACK HUSSEIN OBAMA MENTIU SOBRE O NASCIMENTO NO HAVAI...(em Harvard foi considerado ""foreign student"". além de vida gay.)SOBRE a religião (???) evangélica...etc.
A Administração Obama ajudou a criar e financiar o ESTADO ISLÂMICO...e esteve refém da máfia islâmica do petróleo....
veja se quem são os maiores doadores da CLINTON FOUNDATION:
-GEORGE SOROS
-SAUDITAS
-EMIRADOS
-KOWEIT
-MARROCOS (!!!)
assim se comprende a retirada das tropas EUA do iraque.....deixar um vazio.....criar o ISIS nesse vazio.....financiar esse grupo selvage (pior k os Nazis...), abandoner Cristãos yazidis etc...
por mais que os media INVENTEM MENTIRAS E CALÚNIAS...
FELIZMENTE TRUMP GANHOU AS ELEIÇÕES.......
E ACABOU COM A SUBSERVIÊNCIA EUA Á MÁFIA ISLÂMICA DO PETRÓLEO.
Vamos deixar de hipocrisias, principalmente nesta quadra pascal.
ResponderEliminarQuem arma, financia, municia e encoraja os diferentes grupos terroristas islâmicos, desde a Al Quaeda, Estado Islâmico e outros grupos rebeldes, é a Europa e a América «cristãs».
Basta olhar para o Iraque, Síria, Egipto, Sudão, etc. onde os cristãos caldeus, maronitas, assírios, siríacos, coptas, etc. têm sido mortos, decepados, degolados e crucificados.
E onde estão os «cristãos», os governos e os partidos «cristãos» da Europa, quando vêm os seus irmãos na fé a passar por um verdadeiro calvário?
Talvez a apanhar sol numa praia do Algarve, Brasil, Espanha ou Cuba...
"Putin aproveita o vazio e o medo, alargando as fronteiras russas na Europa, alcançando a velha ambição de chegar ao mar quente através da aliança ruso-chiita com o Irão, os 65% de iraquianos chiitas, a Síria dos alauítas de Assad… Não se contenta com isso, e influencia as eleições norte-americanos, com chantagem sobre a administração Trump, enquando financia, e ajuda na informação, a extrema-direita europeia. Uma extrema-direita fascinada com o autoritarismo de Putin…"
ResponderEliminarSr. António Caldeira, quanto recebe da Nato para proferir estas cretinices e mentir aos seus leitores?
V. é um agente da CIA ou quê? É amigo do Stoltenberg e da Nikki Haley? Está à procura de um job em Bruxelas ou na ONU, junto do seu amigo o "católico" Guterres? Sempre era melhor do que apodrecer na Benedita, não é verdade?
Influenciar as eleições americanas? Onde estão os indícios para lá das mentiras e instrumentalização dos serviços de espionagem pelo staff obâmico?
ResponderEliminarPassados 8 meses não há um único indício. Porque será?
As escutas que a NSA fez aos líderes dos países ocidentais, entre eles ingleses e alemães, no consulado do bissexual islâmico Obama não será uma tentativa de influenciar esses governos?