No ano triste que ora termina para dar lugar ao novo de combate, lembro a minha aluna Liliana Costa, que faleceu há meses após longa e corajosa luta contra o cancro.
A Liliaana nunca desaminou. Aliás, falava desassombradamente da doença, que a flagelou durante anos e anos, e mantinha uma excecional confiança na cura. Lamentava a burocracia hospitalar e a rigidez dos médicos portugueses face às modernas terapias genéticas que lhe prolongaram a vida à custa de tratamentos dispendiosos na Alemanha que conseguia realizar com recurso à caridade comunitária. Mas apresentava uma esfusiante alegria de viver, que certamente sentia e que comunicava aos outros. A doença aprofundou-lhe a bondade que era natural e desenvolveu-lhe o entusiasmo que partilhava com o marido Mário. Procurava ainda aconselhar, sugerir médicos e serviços, e encorajar outros que passavam pela mesma aflição. Pelo exemplo que dava, convidei-a a fazer uma conferência com o tema «A vida como um projeto», em meados de 2015, na qual deslumbrou os presentes com a sua perseverança e vontade de viver. No cantinho do céu onde Nosso Senhor a acolheu, estará a velar por nós, feliz do serviço que prestou no mundo e agora a rir-se embaraçada do desajeitado texto do professor. Deus a tenha no seu descanso.
Prof. para quando a resenha de 2016? Ou passou-se para a geringonça?
ResponderEliminarMorreu o Fontes.
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