Ausente, mas sempre presente. Porque não fugimos de nós mesmos, na identidade orquídica gerada e criada, acumulando sonhos e dores, nem a nossa circunstância nos consente desistir. Somos - e vivemos no ser. Nessa Outra que nos consome. Jogamos, perdendo mais do que ganhando - ganhando quanto mais perdemos... -, sublimando mágoas, assumindo culpas e mantendo sonhos, apesar de tudo e do nada. A vida continua a sua roda. Mesmo que a ressaca nos encrave.
Caíu a seleção portuguesa na primeira fase do excecional Mundial do Brasil 2014. Perdeu como tinha de perder, por falta de «qualidade», à parte o colendo Ronaldo, por mais que o aborrecimento lusitano lhe degrade o valor nas alturas em que não consegue puxar a equipa até ao seu limiar celeste. Com o pior meio-campo dos últimos quarenta anos. Sem talentos como Alves, Oliveira, Jaime Pacheco, Sousa, Rui Costa, João Vieira Pinto ou Figo; e com trincos sem tranca, sem habilidade e nem força (e desperdiçando, quem os tinha, como William Carvalho). Sem avançados. E com defesas velhos e sem força. E guarda-redes banal. Espremidos por época exigente, com (sem...) motivação de fim de carreira, dirigidos por homem honesto mas receoso e preferindo os jogadores em quem confia há muito... e que o apoiam - mesmo que não dêem já rendimento suficiente (como assinala o Prof. Daniel Matos da Team of Future) -, esta seleção de Paulo Bento é apenas o resultado de uma política desportiva errada. Uma política que abdica da formação, preferindo contratar estrangeiros talentosos naquilo que talvez se possa chamar o «modelo Jorge Gomes», antigo olheiro do FCPorto e atual olheiro do Benfica, responsável pelas suas notabilíssimas contratações, mas de estrangeiros). Uma política que acontece num país que tinha valorizado a formação para o mundo e cujo modelo foi copiado há trinta anos. Precisamos de uma reforma do tipo daquela que os alemães decidiram depois do tricórnio do Sérgio Conceição, no Euro 2000, em Roterdão, ou desta que fizeram os belgas quando outra geração dourada se acabou ou daquela realizada pela geração Queiroz de treinadores/gestores e atletas no final dos anos 80 e anos 90. Todavia, apesar do atual modelo estar gasto, não creio que o presidente da Federação, Fernando Gomes, e muito menos os presidentes do grandes clubes, estejam disponíveis para a travessia do deserto de que o futebol português carece. O problema das reformas é que reformam estruturas e... gente.
a escolha de seleccionadores e jogadores da selecção
ResponderEliminare a contratação de jogadores estrangeiros
deve ser submetida ao Tribunal Constitucional
O negócio do futebol fede.
ResponderEliminarPorque perder grande tempo com isto?!
E depois a "manias" patrioteiras das bandeiras...
Até o Senhor!? Porf ABC!!!
Deve ser submetida, ao mesmo tribunal aos Estranjeiros a jogar pela Alemanha
ResponderEliminarComparar Portugal com a Alemanha ou a Bélgica, em termos de planeamento e organização, é a mesma coisa que comparar um carro de bois da Vigueira com um BMW.
ResponderEliminarComo alguém perguntava há dias:
ResponderEliminar- Será que Cristiano Ronaldo foi o melhor jogador do mundo no Mundial?
Acrescentamos nós, não será o futebol um jogo colectivo por excelência?
Endeusar Cristiano Ronaldo deu nisto. Teófilo Cubillas há 4 décadas, chegou ao FC Porto e ganhava mais do que a restante equipa. A equipa mandou-o jogar a ele.
Ou seja, ou Ronaldo se torna mais humilde, ou então que jogue sózinho!
Mais humilde? A inveja é a norma neste país.
ResponderEliminarRonaldo paga o pato.
~Ele tem o palmarés extraordinário que tem porque é o melhor jogador português de todos os tempo e com larga vantagem.
É um previlégio tê-lo na nossa selecção.
Mas,Ronaldo não é seleccionador,apenas joga futebol e com ele,mais 10.
O sucesso obtido por Scolari levou a turba a imaginar que o sucesso é fácil.Vilipendiavam o brasileiro.Exigiam o título europeu e mundial.
Com a saída de Scolari estão a voltar à realidade.Custa,mas não têm outro caminho.
Voltaram à mediocridade habitual.
O Fernando Gomes é o coveiro da seleção, o Paulo Bento é a pá.
ResponderEliminarEle nunca poderia ser despedido, demitir-se nem pensar. Que clube o contrataria. O Leixões? Não vamos ofender a gente boa de Matosinhos.
"Voltaram à mediocridade habitual."
ResponderEliminarO Ronaldo também lá está. Nenhuma equipa do mundo se faz com um único jogador.
Chegámos a ouvir que o "Ronaldo poderia não jogar na selecção". Queríamos ver isto....
Até há quem diga que o seleccionador foi o Jorge Mendes, um patusco e amigo do Ronaldo.
ResponderEliminar"Há quem diga".
ResponderEliminarHá sempre quem diga tudo e o seu contrário.
Paulo Bento é o seleccionador.Ele escolheu.Se foi influenciado ou não,é secundário,não lhe retira responsabilidade.