Colhi num amigo uma referência de debate interessante: Picketty, Thomas (2014, março). Capital in the Twenty-First Century. Harvard University Press (edição francesa de agosto de 2013).
O francês Thomas Picketty, um marxista-suave (alertava-nos o Prof. Adriano Moreira, in illo tempore, a respeito do«Igreja, Carisma e Poder» de Leonardo Boff» de que um autor segue sempre o livro que não cita) da Paris School of Economics, socialista e conselheiro de Ségolène Royal fustiga a desigualdade. Uma interpretação que cai como sopa no mel no discurso burguês do socialismo mundial, tão-tão na moda. No moderno socialismo, já não se trata de defender os pobres - o que interessa um pobre a um radical socialista burgês de classe média, motivado pela inveja?... - mas de pretender a redistribuição da fortuna dos muito ricos pela alta classe... média. Picketty baseado na velha ideia da redução da eficiência marginal de capital com o tempo, ao contrário do que a experiência de renovação económica demonstra.
Paul Krugman defende-o: «The Picketty Panic», 24-4-2014. E David Brooks zurze-o: «The Picketty phenomenon», 24-4-2014.
Há uma reflexão a fazer sobre o desvio financeiro da economia, que deve ser resolvido pelo Estado promíscuo nesta altura com os interesses financeiros, naquilo que chamo a bancocracia.
Mas não se resolve o problema económico do Estado com uma taxa sobre a riqueza, como a salgalhada da política fiscal de François Hollande, aliás, ilustra: a riqueza dos mais ricos (normalmente mais bem informados) é uma enguia que foge das mãos de quem a quer taxar para qualquer paraíso fiscal disponível. E não é com a tentativa de redistribuição da riqueza dos mais ricos que aumentamos significativamente o rendimento da classe média, mas com a criação de riqueza.
O desafio que temos é o de reduzir o imposto sobre o trabalho, transferindo o encargo para o consumo: quem mais trabalha, mais recebe; quem mais consome, mais paga. Mas isso ofende o paradigma ideológico da esquerda consumista e promotora do ócio. Só a promoção do trabalho, subsittuindo o modelo de Estado socialista ocioso em que vivemos, atalhará a desigualdade e permite a arrecadação de imposto, pelo aumento da atividade económica.
Já a caridade e a filantropia têm um efeito pedagógico de doação e de frugalidade que é útil, não apenas para quem receb, mas também para quem dá. Não chega. Mas ajuda. O Estado socialista está a falir. E a solidariedade é obra de todos.
O francês Thomas Picketty, um marxista-suave (alertava-nos o Prof. Adriano Moreira, in illo tempore, a respeito do«Igreja, Carisma e Poder» de Leonardo Boff» de que um autor segue sempre o livro que não cita) da Paris School of Economics, socialista e conselheiro de Ségolène Royal fustiga a desigualdade. Uma interpretação que cai como sopa no mel no discurso burguês do socialismo mundial, tão-tão na moda. No moderno socialismo, já não se trata de defender os pobres - o que interessa um pobre a um radical socialista burgês de classe média, motivado pela inveja?... - mas de pretender a redistribuição da fortuna dos muito ricos pela alta classe... média. Picketty baseado na velha ideia da redução da eficiência marginal de capital com o tempo, ao contrário do que a experiência de renovação económica demonstra.
Paul Krugman defende-o: «The Picketty Panic», 24-4-2014. E David Brooks zurze-o: «The Picketty phenomenon», 24-4-2014.
Há uma reflexão a fazer sobre o desvio financeiro da economia, que deve ser resolvido pelo Estado promíscuo nesta altura com os interesses financeiros, naquilo que chamo a bancocracia.
Mas não se resolve o problema económico do Estado com uma taxa sobre a riqueza, como a salgalhada da política fiscal de François Hollande, aliás, ilustra: a riqueza dos mais ricos (normalmente mais bem informados) é uma enguia que foge das mãos de quem a quer taxar para qualquer paraíso fiscal disponível. E não é com a tentativa de redistribuição da riqueza dos mais ricos que aumentamos significativamente o rendimento da classe média, mas com a criação de riqueza.
O desafio que temos é o de reduzir o imposto sobre o trabalho, transferindo o encargo para o consumo: quem mais trabalha, mais recebe; quem mais consome, mais paga. Mas isso ofende o paradigma ideológico da esquerda consumista e promotora do ócio. Só a promoção do trabalho, subsittuindo o modelo de Estado socialista ocioso em que vivemos, atalhará a desigualdade e permite a arrecadação de imposto, pelo aumento da atividade económica.
Já a caridade e a filantropia têm um efeito pedagógico de doação e de frugalidade que é útil, não apenas para quem receb, mas também para quem dá. Não chega. Mas ajuda. O Estado socialista está a falir. E a solidariedade é obra de todos.
Parece que o espanhol que agora é Primeiro Ministro de Espanha, Manuel Valls, quer impor a seguinte lógica:
ResponderEliminar- Não se taxam rendimentos de trabalho até um nível de 1.200 a 1.500 euros, e a contrapartida será um corte equivalente na despesa de Estado.
Se conseguirem este desiderato, dão um impulsozinho a quem ganha mal (não esquecer que 1.200 euros em França equivalerá a 600 euros em Portugal) e ajudam a cortar as tais gorduras do Estado.
Parece-nos que será mais do mesmo. Ou seja, o Dr. Passos Coelho também veio prometer cortar nas gorduras do Estado, mas a festa na República ainda se mantém.
Por exemplo, quanto gastará o Estado (governo, PR, governos regionais, Câmaras, Empresas Públicas, etc.) em assessoria jurídica. Isto é, quanto mamaram os Sérvulos, os Proenças, os Júdices, de proveitozinhos dos amigos do estado?
"o espanhol que agora é Primeiro Ministro de Espanha, Manuel Valls"
ResponderEliminaro espanhol que agora é Primeiro Ministro de França, Manuel Valls...
E o que vão fazer os senhores procuradores, que viram os seus telefones e e-mails disponibilizados em público? Será que alguns dos senhores procuradores sabem o que é um e-mail? Ou será que acordaram agora para a sociedade de informação?
ResponderEliminarO que dirá o bandalho da Guarda, que agora usufruiu de choruda pensão, que foi PGR, e que dizia que os blogues são uma vergonha? Para que precisam os procuradores de e-mail, se têm canetas, lápis, borracha e papel? Fechem o site dos procuradores e vão trabalhar para o campo.
ResponderEliminarUm povo na miséria a pagar pensões chorudas a gente indigna que se serviu dos cargos públicos para traficar influências,garantir impunidades e fazer carreira.
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