(Atualizado)
O pedido, em 28-1-2014, de fiscalização preventiva pelo Presidente da República Cavaco Silva da constitucionalidade e da legalidade da proposta de referendo sobre a possibilidade de coadoção pelo cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo e sobre a possibilidade de adoção por casais do mesmo sexo, casados ou unidos de facto, aprovada pela Resolução n.º 6-A/2014 da Assembleia da República, constitui uma traição ao seu eleitorado.
Juízos de oportunidade, custos de referendo, impossibilidade de referendar direitos que o povo não consagrou, são tudo desculpas de interesse.
Cavaco Silva trai quem o elegeu sem ganhar o apoio do setor relativista que defende a coadoção e a adoção de crianças por casais homossexuais. Ziguezagueando por bissetrizes móveis de ângulo cínico, fica mal com as duas linhas: a esquerda não esquece a sua história e a sua filiação ideológica; e a direita agonia-se com a promiscuidade que cultivou com o socratismo e agora com o relativismo socialista.
Pós-Texto (19:22 de 30-1-2014): Erros e traições
Chamou-me um leitor à atenção para o teor do artigo 26.º da Lei n.º 15-A/98, de 3 de Abril (Regime jurídico do referendo):
Assim sendo, importa reconhecer que errei: o Presidente tinha obrigatoriamente de pedir a fiscalização preventiva da proposta de referendo ao Tribunal Constitucional (TC). E, se o TC verificar que a proposta de referendo é inconstitucional ou ilegal, então, nos termos do art.º 28.º número 1 da Lei n.º 15-A/98, o Presidente é obrigado a devolver a proposta à Assembleia da República para reapreciuação e eventual reformulação da proposta (número 2 do art.º 28.º). É devida, portanto, uma desculpa ao visado porque Cavaco Silva tinha obrigatoriamente de enviar a proposta para o Tribunal Constitucional.
Outra coisa, além deste procedimento legal obrigatório, é a opinião do Presidente da Repúbica Cavaco Silva sobre o referendo da coadoção e adoção. E essa foi filtrada para o Expresso, de 18-1-2014: «Cavaco Silva contra referendo à coadoção». Uma opinião que não foi desmentida depois - e nem vejo como o Expresso se atreveria a trazer essa notícia peremptória sem que a Presidência da República lha comunicasse... expressamente.
Nos termos do número 10 do art. 115.º da Constituição e dos art.os 34.º e 36.º da Lei n.º 15-A/98, mesmo após o pedido de fiscalização, o Presidente pode recusar a realização do referendo, inviabilizando a sua convocação na mesma sessão legislativa (o que, aliás, já poderia fazer antes da consulta ao TC).
Mas se o Presidente faz constar publicamente que é contra a realização do referendo, conforme transparece da referida notícia do Expresso:
Dir-se-á que esta notícia do Expresso é contraditória, pois põe Cavaco na pele de um «conservador em termos de costumes» que não se opõe à reengenharia liberal/socialista de codoação e adoção de crianças por casais homossexuais!... Ou que justifica a sua oposição ao referendo dos novos costumes aprovados pela Assembleia com a «situação económica e financeira do país»!... Como se o custo, ou a atenção dessa circunstância económica e financeira não pudesse consentir a realização de um referendo...
Mas o que importa realçar é que o condicionamento objetivo do Tribunal Constitucional, que faz através da filtração prévia da sua oposição ao referendo, constitui realmente uma traição ao seu eleitorado.
Portanto, Cavaco Silva não trai o eleitorado conservador pelo trâmite, aliás obrigatório: trai o seu eleitorado por fazer constar a sua oposição a um referendo que poderia impedir a reengenharia da coadoção e adoção de crianças por casais homossexuais e manter o direito de qualquer criança ter um pai e uma mãe. E, o que é mais censurável, fá-lo por cálculo político: para se aconchegar no regaço da esquerda e obter melhor aprovação de um setor que o abomina e despreza.
O pedido, em 28-1-2014, de fiscalização preventiva pelo Presidente da República Cavaco Silva da constitucionalidade e da legalidade da proposta de referendo sobre a possibilidade de coadoção pelo cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo e sobre a possibilidade de adoção por casais do mesmo sexo, casados ou unidos de facto, aprovada pela Resolução n.º 6-A/2014 da Assembleia da República, constitui uma traição ao seu eleitorado.
Juízos de oportunidade, custos de referendo, impossibilidade de referendar direitos que o povo não consagrou, são tudo desculpas de interesse.
Cavaco Silva trai quem o elegeu sem ganhar o apoio do setor relativista que defende a coadoção e a adoção de crianças por casais homossexuais. Ziguezagueando por bissetrizes móveis de ângulo cínico, fica mal com as duas linhas: a esquerda não esquece a sua história e a sua filiação ideológica; e a direita agonia-se com a promiscuidade que cultivou com o socratismo e agora com o relativismo socialista.
Pós-Texto (19:22 de 30-1-2014): Erros e traições
Chamou-me um leitor à atenção para o teor do artigo 26.º da Lei n.º 15-A/98, de 3 de Abril (Regime jurídico do referendo):
«Nos oito dias subsequentes à publicação da resolução da Assembleia da República ou do Conselho de Ministros, o Presidente da República submete ao Tribunal Constitucional a proposta de referendo, para efeitos de fiscalização preventiva da constitucionalidade e da legalidade, incluindo a apreciação dos requisitos relativos ao respectivo universo eleitoral.»Na verdade, a própria Constituição no número 8 do art.º 115.º estabelece que
«O Presidente da República submete a fiscalização preventiva obrigatória da constitucionalidade e da legalidade as propostas de referendo que lhe tenham sido remetidas pela Assembleia da República ou pelo Governo».
Assim sendo, importa reconhecer que errei: o Presidente tinha obrigatoriamente de pedir a fiscalização preventiva da proposta de referendo ao Tribunal Constitucional (TC). E, se o TC verificar que a proposta de referendo é inconstitucional ou ilegal, então, nos termos do art.º 28.º número 1 da Lei n.º 15-A/98, o Presidente é obrigado a devolver a proposta à Assembleia da República para reapreciuação e eventual reformulação da proposta (número 2 do art.º 28.º). É devida, portanto, uma desculpa ao visado porque Cavaco Silva tinha obrigatoriamente de enviar a proposta para o Tribunal Constitucional.
Outra coisa, além deste procedimento legal obrigatório, é a opinião do Presidente da Repúbica Cavaco Silva sobre o referendo da coadoção e adoção. E essa foi filtrada para o Expresso, de 18-1-2014: «Cavaco Silva contra referendo à coadoção». Uma opinião que não foi desmentida depois - e nem vejo como o Expresso se atreveria a trazer essa notícia peremptória sem que a Presidência da República lha comunicasse... expressamente.
Nos termos do número 10 do art. 115.º da Constituição e dos art.os 34.º e 36.º da Lei n.º 15-A/98, mesmo após o pedido de fiscalização, o Presidente pode recusar a realização do referendo, inviabilizando a sua convocação na mesma sessão legislativa (o que, aliás, já poderia fazer antes da consulta ao TC).
Mas se o Presidente faz constar publicamente que é contra a realização do referendo, conforme transparece da referida notícia do Expresso:
«Nada é menos certo do que uma apreciação positiva do tema por parte de Belém. Cavaco Silva é um homem conservador em questões de costumes, como demonstrou ao longo do seu primeiro mandato, e está hoje totalmente virado para as questões relativas à situação económica e financeira do país.»
Dir-se-á que esta notícia do Expresso é contraditória, pois põe Cavaco na pele de um «conservador em termos de costumes» que não se opõe à reengenharia liberal/socialista de codoação e adoção de crianças por casais homossexuais!... Ou que justifica a sua oposição ao referendo dos novos costumes aprovados pela Assembleia com a «situação económica e financeira do país»!... Como se o custo, ou a atenção dessa circunstância económica e financeira não pudesse consentir a realização de um referendo...
Mas o que importa realçar é que o condicionamento objetivo do Tribunal Constitucional, que faz através da filtração prévia da sua oposição ao referendo, constitui realmente uma traição ao seu eleitorado.
Portanto, Cavaco Silva não trai o eleitorado conservador pelo trâmite, aliás obrigatório: trai o seu eleitorado por fazer constar a sua oposição a um referendo que poderia impedir a reengenharia da coadoção e adoção de crianças por casais homossexuais e manter o direito de qualquer criança ter um pai e uma mãe. E, o que é mais censurável, fá-lo por cálculo político: para se aconchegar no regaço da esquerda e obter melhor aprovação de um setor que o abomina e despreza.
O drama o horror, não há nada como um post bem humorado.
ResponderEliminarQuem se preocupa?! O caos a sério ainda vai chegar...Para outros já estará instalado.
ResponderEliminarTempos de máscaras, sombras e trevas.
Valha-nos DEUS que é Santo Velho!
http://www.parlamento.pt/Legislacao/Documents/Legislacao_Anotada/RegimeJuridicoReferendo_Simples.pdf
ResponderEliminarNos oito dias subsequentes à publicação da resolução da Assembleia da República ou do
Conselho de Ministros, o Presidente da República submete ao Tribunal Constitucional a
proposta de referendo, para efeitos de fiscalização preventiva da constitucionalidad
e e da
legalidade, incluindo a apreciação dos requisitos relativos ao respectivo universo eleitoral.
Habitue-se, Prof. Caldeira.
ResponderEliminarAliás, desde o "monstro da Função Pública", ou de que "o problema da Função Pública resolvia-se com a morte natural....", ou ainda "o gato e a lebre", que levou a um crash por meses da Bolsa de Lisboa, são coisas que o Sr. Aníbal Silva nos deixou.
Cavaco Silva e Soares são as duas faces do Regime de Abril, que prometeu loas, e termina, 40 anos depois, em pobreza até à miséria final.
Se fosse só nisto que Cavaco atraiçoava o eleitorado de Direita, era bom.
Aliás, Cavaco é uma versão light de um Caetanismo frouxo, a quem os portugueses dão muito valor, mas que lhe tem trazido uma perda continuada de futuro.
Agora, Cavaco arrastar-se-á por mais 2 anos, com a Maria e o Luís Montez, a coadjuvarem.
Nós continuaremos na poltrana, a saborear este fim lento, mas consolidado, de fim de regime.
Se em vez de uma DITADURA MAÇONICA tivesse-mos uma VERDADEIRA DEMOCRACIA isto nunca teria acontecido. A Maçonaria deu-nos o direito ao voto - coisa muito diferente de democracia - mas impos um DITADURA controlada por essa gente que pretence a essa religiao basiada em simbolos....
ResponderEliminarSó um eleitorado imbecil podia ter votado em Cavaco Silva. E pelos resultados, vê-se logo que o Silva não é nada o presidente de todos os portugueses, so o é dos imbecis. Foram traídos? Não é mal feito. Estão bem uns para os outros.
ResponderEliminarO Soares foi o Presidente de todos os tugas. Sabemos. Por falar no Soares, porque não falará há já duas semanas? Será uma encefalite, outra vez? Ou....Panteão?
ResponderEliminarÉ um nojo, esse silva...
ResponderEliminarSe não traíu em actos,traíu em pensamentos. Ehehe!
ResponderEliminarAcho que este post foi um erro apenas meio assumido. É pena.Fica caricato.Retirava-se e pronto.Toda a gente erra.
Tal foi o suficiente para os submarinos do socialismo corrupto que por aqui pululam disfartçados,abrirem as comportas dos disparates,apontando as baterias ao seu ódio de estimação.O homem que os impediu de ter novamente a totalidade dos controlos da nação.
Cómico!
De facto o Cavaco desiludiu os imbecis que nele votaram, porém essa "manada" vai, por certo, em massa ao referendo para fazer a vontade aos que ainda não perceberam que o mundo não parou no tempo.
ResponderEliminarEsta golpada do PSD foi mais uma machadada no prestigio do parlamento, uma pedrada fortíssima na qualidade da atual classe política.
Um nojo|...
E reler o que disse o Passos em 2010 relacionado com o assunto apenas demonstra o quão mentiroso é o homem. Estamos entregues aos bichos...
O socretino queria amancebar os vizinhos do lado, sabe-se lá, para fazer deles uns petiscos.
ResponderEliminarUm pai e um pai. Ou uma mãe e uma mãe. Até onde vai o Ocidente?! A Ásia não perde tempo com estas minudicências.
Pois não, a Ásia não perde tempo com estas discussões: pratica-as com toda a naturalidade. Sem pedir licença a ninguém.
ResponderEliminarClaro.Na Ásia toda a gente adopta crianças com o cu.Nem se faz outra coisa por aquelas bandas.Tudo muito civilizado.Como diria aquele Adelino xuxa da rádio,são grandes saltos civilizacionais.
ResponderEliminarDesde o casamento,as adopções,etc,tudo deve ser pensado e regulado pelo cu.
Fazer sexo com os intestinos é que está a dar.
Um pai e um pai. Uma mãe e uma mãe. São hermafodritas, não é?
ResponderEliminarAinda a propósito do caso do Meco: ilegalização da maçonaria, já!
ResponderEliminarEles são os mentores desta desgraça.
Vamos ver se a polícia tem tomates para os investigar e acusar.
E se os juízes os têm para os condenar.
Não é necessário ser muito inteligente para entender que aquilo é um ritual maçónico. Resta investigar quem está a investigar.
Mais uma vez, o CM vai catar a casa maçónica do Damásio. Mais uns que vão sofrer as masmorras tal como o Vigarista Sócrates.
ResponderEliminarO referendo é importante: é uma questão importante para a sociedade. Podia-se aproveitar e referendar se o contribuinte quer pagar ou não abortos gratuitos e um prémio de 1 mês de férias.
ResponderEliminarIlegalizar a Maçonaria,como?
ResponderEliminarSe é a Maçonaria que faz a lei...
Ela é a alma amter desta podridão que mina a sociedade.Os pervertidos e os desviados fazem norma e mandam na maioria carneiral que só se preocupa em ficar bem na foto do politicamente correcto.
O tuga é velhaco e sabe bem que gabar o fato novo do rei é que traz dividendos.
Cú ou não cú eis a questão!Cambada de panascas a (des)governar Portugal.
ResponderEliminarSerá que "o rebanho" que elegeu Cavaco vai ao referendo?
ResponderEliminarOu a haver esse referendo nem 30% do povo está disponível para alinhar nesta traição parlamentar da direita retrógrada?
Vou mais pela segunda hipótese...
Está visto que o Cavaco é um malandro. Mandou o que devia mandar pra TC mas devia dizer que não mandava. Brilhante
ResponderEliminarAhahaha!
ResponderEliminarCavaco leva sempre com as pedras,faça ou não faça.
Isto é uma tragicomédia.
O governo e a AR cozinham as leis e o Cavaco é que carrega as culpas.
Já só dá para rir.
Antes até tratavam o PR por sua Excª,o sr presidente da república.O sr dr este ou aquele.Este PR é apenas Cavaco.
Este regime podre tem um largo séquito.
Mas essa do "tu-cá, tu-lá" é uma bactéria de Abril. O traidor Soares é que trouxe a ideia dos "ministros sem gravata", do fim dos "doutores" e dos "minis" para os políticos. O pulha enriqueceu-se a si e aos seus seguidores. Agora, admiram-se que os políticos sejam tratados pelo Passos, o Seguro, o Sócrates ou o Louçã? Queriam o quê? Quem não se dá ao respeito, não merece respeito.
ResponderEliminarO Costa de Lisboa, mais o Portas do Caldas, queriam pagar ao Woody Allen um filme tendo como base Lisboa, para a promoverem. Toda a gente sabia que o Woody sempre foi pedófilo, em especial dentro das suas portas. E agora, o que dirão o Costa e Portas?
ResponderEliminarhttp://www.publico.pt/cultura/noticia/filha-adoptiva-de-woody-allen-fala-pela-primeira-vez-do-alegado-abuso-sexual-cometido-pelo-pai-1622065#/0
Filha adoptiva de Woody Allen detalha pela primeira vez o alegado abuso sexual cometido pelo pai
Mais de 20 anos depois de ter levado as acusações às autoridades, Dylan Farrow escreveu carta aberta no New York Times porque o seu "tormento foi piorado por Hollywood" respeitar e homenager o seu pai - Allen recebeu Globo de Ouro honorário, é candidato a três Óscares.
O Costa e o Portas estão-se nas tintas.Pedófilos e larilas é o que há mais pela AR.São medalhas,estas acusações.
ResponderEliminarPode até aparecero espantalho Ana Gomes a clamar por cabala.Ehehehe!
Esta história em dois episódios de blogue não passa duma treta. Per tempo a discutir o que não tem qualquer valor e passar em branco o que importa. A frase "povo se oporia à coadoção e adoção de crianças por casais homossexuais" é que interessa porque mostra a qualquer cego, estúpido ou convencido a realidade nacional -- não estamos nem nunca estivemos em democracia, mas num sistema autoritário e oligárquico que impõe ao povo o que ele não quer. A NEGAÇÃO COMPLETA DOS PRINCÍPIOS DO 20 DE ABRIL. O resto é tudo inutilidades.
ResponderEliminarA questão central é de facto essa.A democracia com que este bando enche a boca,na verdade não existe.
ResponderEliminarMuitos destes crápulas queriam derrubar o anterior regime para implantar o comunismo sob a pata da União Soviética e tal como em todos os regimes similares,suprimir todas as liberdades,matar e torturar nos campos de reeducação,embora agora simulem o contrario e metam o marxismo na gaveta.Já estão gordos e anafados com a abundância que esta "democracia lhes trouxe ao estômago e à carteira.
É comum ver estes trafulhas anti-fácistas acumular grandes fortunas e exibirem um luxo que criticavam aos que chamavam capitalistas.
As televisões e jornais acobertam toda esta maralha pervertida.
faz bem ABC em reconhecer que errou
ResponderEliminarcreio que é uma erro politico crasso o centro - direita atacar o PR por tudo e por nada.
o melhor seria
MUDAR O TÍTULO DO POST.
cumprimentos